O Clube - Cap. 50 | Parte 1

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O Clube – Cap. 50
Parte Um

“A hora dela havia chegado, mas lembre-se ela nunca vai te deixar sozinho, ela prometeu, mas você não sabe, não esqueça que você fez promessas a ela... Cuide bem da sua filha, ela vai te fazer feliz, ela vai ser a única pessoa que você tem que amar sem esperar ser amado, porque ela vai te amar para sempre, você é o pai dela.”

“Manuela podia nascer a qualquer momento e Giulia podia morrer a qualquer momento também.”
“Arthur, promete cuidar da Manuela para sempre?” “Prometo Gi, eu Prometo!”
“Promete falar de mim para ela sempre que ela perguntar?” " Prometo"


POV NARRADOR

A HORA CHEGOU, NOVE MESES DEPOIS.
-Gente, bem que eu podia ser a madrinha da Manuela, o que vocês acham? –Sophia perguntou
-Claro maninha você acha que seria quem? –Arthur perguntou.
-Sei lá... –Sophia falou e Giulia riu da resposta da tia de sua filha.
-Alessandro, você quer ser o padrinho da Manuela junto com a Sophia? –Giulia perguntou.
-Claro que sim, Gi! –Ele respondeu sorrindo.

Giulia estava com nove meses completo, Manuela podia nascer a qualquer momento e Giulia podia morrer a qualquer momento também. Arthur não queria acreditar que isso fosse verdade, mas ele tinha que ser forte... Por elas. Giulia nem ligava mais, ela sabia que ia morrer, é, ela podia sentir que iria morrer, mas tinha medo do que ia acontecer, tinha medo de pensar como iria ficar sua filha, mas a certeza de que Arthur seria um bom pai a deixava um pouco mais aliviada. Ele saberia como cuidar de Manuela. Giulia só queria um pouco mais de tempo com a filha, talvez nem o rosto da garotinha ela fosse ver. Seu tempo era curto demais! Mas Giulia iria está com Manuela e Arthur para sempre, ela iria cuidar deles para o resto da vida, mesmo que eles não a vissem... Ela ia sempre está por perto. Arthur queria tanto ver o rosto da filha, mas não queria perder a mãe dela. Giulia tinha um pensamento o qual nem a deixava dormir, e quando sua filha crescesse, será que ela iria perguntar o por que de não ter uma mãe? E nas festas de Dias das Mães, será que ela sentiria falta de Giulia? Como iria ser o rostinho de Manuela? Ela ia ser parecida com Arthur ou com Giulia? Giulia sentiu as lágrimas molharem o seu rosto.

-Você tá bem Giulia? –Arthur perguntou preocupado.
-Estou sim Arthur... –Ela respondeu um pouco baixo.
-Tô te achando meio pálida... –Ele falou tocando no rosto da garota.
-Tá tudo bem... Não se preocupa! Eu tô só um pouco cansada. –Ela falou respirando fundo.
-Vou deixar você descansar... Qualquer coisa me chama. Boa Noite! –Ele disse dando um beijo demorado na testa da garota e depois passou a mão de leve na barriga de Giulia que sorriu de lado, Arthur sempre a tratou bem.
-Boa Noite! –Ela sussurrou antes de Arthur sair do quarto.
Giulia deitou na cama e tentou dormi, mas não conseguia, já era 02h45min da madrugada e a garota ainda estava acordada. Nunca demorou tanto a dormi... Ela estava cansada, sua respiração falhava e ela não tinha feito nada o dia todo, Arthur não a deixava fazer esforço algum. Resumindo: ela estava passando mal.
-ARTHUR! ARTHUR! –Ela gritou. Já estava mais que na hora dela chamar por ele, era 05h30min da manhã.
-Oi Gi? –Ele veio correndo até o quarto da garota.
-Eu... Não... Não estou bem. –Ela falou com dificuldade, sua respiração não estava ajudando.
-Eu... Eu vou chamar a Sophia...

*

-Giulia, fica calma! –Arthur pedia, eles já estavam a uns 15min no hospital.
-Arthur, promete cuidar da Manuela para sempre? Eu sei que não vou sair da sala de cirurgia viva, mesmo que você tente falar ou me convencer do contrario, eu sei que vou morrer... –Giulia falava e as lagrimas a acompanhava.
-Não diz isso...
-Promete?
-Prometo Gi, eu Prometo! –Ele falou entre lagrimas.
-Eu sei que você vai se esforçar, eu sei que você vai fazer de tudo por ela, como você fez por mim... Você é a melhor pessoa que eu já conheci, esteve comigo quando eu mais precisei, e sempre cuidou de mim, eu fui feliz e não tenho duvidas disso... Desde que conheci você, Eu Te Amo, Arthur...
-Gi...
-Shiii... Não precisa falar nada...  Eu sei a sua resposta, melhor... A sua justificativa... Você não precisa me amar... Eu só quero que você ame a minha filha... A nossa filha. Ela vai precisar de você, Arthur, eu tô morrendo... E eu não quero que você a culpe, eu quero que você a ame, como eu já amo. Promete outra coisa? –Giulia chorava muito.
-O que você quiser... –Arthur respondeu não suportando mais a dor em seu coração.
-Promete falar de mim para ela sempre que ela perguntar? –A garota sentiu uma pontada no coração e suspirou.
-Prometo! Giulia eu queria que fosse diferente, eu não quero que você morra, eu sempre acabo com a vida das pessoas... Elas sempre morrem... –Ele quase implorava e tentava pedi um perdão... Um perdão sem ter culpa alguma.
-Você não tem culpa... Eu não quero que você carregue mais uma culpa... Arthur, você me fez a garota mais feliz e eu nem precisei ter você só pra mim, pra isso acontecer... Só o fato de você cuidar de mim, fez eu me sentir a garota mais amada do mundo... E você sabe disso... Você é espetacular... Continue a sua vida... Sem culpas, você merece ser feliz! –Ela falou, depois começou a passar mal. Arthur ficou desesperado. Os médicos começaram a chegar e entre eles o doutor, Tales.
-Você sabia que esse dia ia chegar...
-Eu não queria acreditar! –Arthur falou chorando.
-Eu sei... Eu queria está enganado... –O médico respondeu.

*

-Arthur? –Ele ouvia a voz de Giulia chamar o seu nome.
-Gi...
-Eu... Eu... Não... Quero... Que você... Entre...  Na... Naquela... Sala... Sala... De... Cirurgia! –A garota nem conseguia falar direito sentia uma falta de ar jamais sentida...
-Por que? Eu quero está com você! –Ele respondeu.
-Porque eu não... Não quero... Que... Que você... Me veja... Morrendo! Por favor, fica aqui.
-Tudo bem Gi! –Ele falou mesmo contra vontade.

*

-Ela vai ficar bem! Ela só vai ter um bebê, não tô entendendo esse seu desespero todo. –Sophia falou, ela estava calma, claro ela nem sabia que Giulia iria morrer.
-Você nunca vai entender o meu desespero...
-Então fala... Fala ao que tá acontecendo!
-Ela vai morrer Sophia... MORRER! –Ele gritou, estava pouco se importando se aquele local era um hospital.
-Ah’ Fala sério... Ela vai ter um filho... Arthur!
-ELA SABE QUE VAI MORRER... O MÉDICO FALOU...
-Mentira...
-Você acha que eu iria brincar com isso?

Continua...


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