O Clube - Cap. 48 e 49

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O Clube – Cap. 48
“Ter conhecido ela foi a sua melhor escolha ou a segunda melhor escolha. Você é que tem que saber. Mas cuide dela, ela vai ser a responsável pela sua felicidade, ela vai te fazer feliz pelo resto da vida, mesmo que ela não esteja com você... Mas ela vai te dar o melhor presente da sua vida ou o segundo melhor presente. Você é que tem que saber.”

“Giulia, o médico disse que você pode morrer...”
“Eu só quero que a minha filha fique bem, e que você cuide dela!”
“A roupa que Arthur escolheu era toda vermelhinha, o sapatinho era da mesma cor.
“Ele é um remédio... Uma droga a qual Lua não vive sem.”

POV NARRADOR

Não, ela não podia morrer, ele não podia acabar com a vida de outra garota, não de novo, não... Será que tudo vai se repetir? Será que ele nunca vai conseguir fazer uma garota feliz? Giulia não podia morrer... Nem sua filha, outra mulher em sua vida que estava correndo risco! Ele tinha que falar que Giulia podia morrer. Mas como ele ia falar? Qual seria a melhor maneira? Pensando bem, não existe uma maneira certa de dizer que uma pessoa vai ou pode morrer. Ele estava confuso e com muito medo de perder Giulia. Ele não a amava, mas ele gostava muito daquela garota... E ela ainda iria lhe dar o melhor presente que ele podia ganhar.

-Arthur? –Giulia o chamava baixinho, ela já tinha tido alta, estava em casa fazia umas 3h.
-Ah’ Oi? –Ele respondeu, olhando a janela.
-Você tá longe... Tá pensando em que?
-Na vida... –Ele só não disse que vida.
-Ah’ Bem! É que você tá diferente desde que chegamos do hospital.
-Sabe Gi... –Ele tinha que falar a verdade.
-O que?
-O doutor Tales me chamou pra gente conversar... E me falou uma coisa que me deixou muito preocupado... E com muito medo! –Arthur tentava explicar.
-Aconteceu alguma coisa com o bebê?
-Ainda não... –Arthur falou tão baixo que Giulia quase não escutou se não fosse pelos movimentos que seus lábios fizeram, ela seria obrigada a perguntar de novo.
-Me fala tudo... Eu exijo saber a verdade! –Giulia falava quase soletrando.
-Giulia eu não quero que nada de ruim aconteça com você se eu pudesse evitar, essa seria a primeira coisa que eu iria fazer... Mas eu não posso fazer nada. Desculpa...
-Pelo que?
-Por ter colocado a sua vida em risco... –Arthur viu a expressão da garota mudar, agora ela estava com uma cara de confusa.
-Como assim?
-Giulia, o médico disse que você pode morrer... –As palavras de Arthur fizeram com que os olhos da garota enchessem de lagrimas. Ele só podia estar brincando! -E eu não sei como te ajudar...
-Você não precisa ajudar... Eu só quero que a minha filha fique bem, e que você cuide dela! –Giulia falou segura, o que deixou o garoto espantado. Ela podia morrer e parece que já previa.
-Mas eu não quero que você morra! –Arthur falou abraçando Giulia que deixou de resistir contra as lágrimas e as deixou cair.
-Eu sei... Mas você não precisa de mim...
-Claro que eu preciso! –Sua voz de surpresa soou alto. Fazendo a garota fita-lo com intensidade.
-Arthur, você pode encontrar a garota que você sonha, que você pode amar de verdade, para que você vai precisar de mim?
-Giulia, a gente vai ter uma filha! –Era tão obvio o motivo que ele praticamente gritou as palavras.
-Eu não vou ficar com você só por causa dela...
-Eu sei... Mas a gente precisa de você.
-Você vai se virar super bem, sem mim... Eu sei que vai! –Sua voz era um lamento contido.

NO BRASIL

-Eu não sei mais o que fazer... Esse trabalho tá me dando muito trabalho! –Mel falou encarando Lua que fez uma expressão “ah?”.
-Por que será? Que frase idiota Mel! –Lua falou.
-Ah’ Eu quero sair, falando nisso, faz tempo que a gente nem sai daqui!
-Tá presa? Acorrentada? Trancada?  -Lua perguntou.
-Não...
-Então, a porta de casa tá aberta é só você sair...
-UAU! Que engraçado! –Mel falou se jogando na cama.
-Quando a gente vai voltar a falar com os meninos? Eles parecem tão bem sem a gente.
-Eu, não tão cedo... Já você, eu não sei!
-Ah’ Lua... Tô sentindo falta do Chay!
-Mas parece que ele nem sente a sua...
-É. Eu sei...

EM LONDRES

-Arthur? Eu posso escolher o nome da minha filha?
-Claro Gi! Qual nome você quer colocar?
-Eu gosto de Manuela... Eu sempre gostei desse nome! –Giulia falou sorrindo.
-Lindo... Manuela, então?
-Aham...
-Vamos compra a primeira roupa da Manu? –Arthur perguntou.
-Tá!

UMA HORA DEPOIS

-Ah’ Arthur, eu amei essa roupinha... –Giulia fez manha.
-É linda... Mas é para uma criança de cinco anos, Gi, e a Manuela ainda nem nasceu. –Arthur franziu as sobrancelhas e encarou Giulia.
-Mas ela vai crescer...
-Vai demorar um pouco. Vamos levar essa?
-Ah’ Tudo bem. –Giulia falou desanimada e a vendedora apenas ria da cena. A roupa que Arthur escolheu era toda vermelhinha, o sapatinho era da mesma cor. Pagaram tudo e saíram da loja.
-Arthur, quando vamos comprar as coisas do quarto da Manuela? –Giulia falou, e Arthur achou tão bom ouvir esse interesse da parte da garota, ele estava tentando evitar pensar que sua filha talvez morresse também.
-Ainda não sei...
-Uhum!

SEIS MESES DEPOIS

Nesses últimos meses, até que Giulia tinha se comportado bem, ela até estava se alimentando direito. O que deixou Arthur mais aliviado. O médico até falou que as chances tanto de Giulia quanto de Manuela morrer tinha diminuído, o que não o deixava completamente feliz, já que elas podiam morrer ainda. Só que disso Giulia não sabia. Arthur tinha medo da reação dela, então resolveu não falar nada que Manuela também podia morrer.
-Ah’ A Gi, tá tão linda grávida! –Sophia comentou arrancando um sorriso meigo da garota.
-Que nada Soph, eu tô é gorda! –Giulia retrucou rindo.
-Onde meu irmão foi?
-Desde quando ele me diz onde vai?
-Desculpa! Ela tá diferente...
-Já percebi! –Giulia falou encarando a TV desligada.
-Ele anda muito preocupado...
-É... –Foi só o que Giulia disse, ela sabia o motivo da preocupação de Arthur.

NO BRASIL

A vida aqui também seguiu em frente, nada parou... Nem os pensamentos de Lua em Arthur, ela podia enlouquecer, e mesmo assim ele ainda iria perseguir ela, ele é um remédio... Uma droga a qual Lua não vive sem. Um ano e seis meses, muito, muito tempo... Sem ao menos um telefonema, uma foto, um oi, um abraço apertado, um aperto de mão, um olhar, um sorriso, um beijo... Sem ao menos uma noticia... Literalmente sem... Nada. A vida quis brincar com eles, e achou tão boa essa brincadeira que nunca mais parou. Talvez você se pergunte, eles deveriam agradecer por estarem vivos, por terem pessoas tão boas cuidando deles, e que os amam tanto. Mas não, eles só “reclamam” talvez eles não “reclamem”, eles sintam falta de tudo o que viveram, de tudo o que sonharam... De todos os planos que fizeram juntos. Das promessas de serem “Felizes Para Sempre”. Tudo isso dói quando eles olham para trás e veem que nada mais existe.

Continua...


O Clube – Cap. 49
O passado dele, ela soube, e nem se surpreendeu, ela sabe que ele não a ama, ele já trocou seus nomes e agora ela sabe o por quê.

“Ah’ eu imaginei ela chorando e a Giulia e você sem saberem o que fazer.”
“Você sabe que isso talvez não aconteça”
“Quem era Luh, Sophia?”
“Uma amiga, Gi!”
“A verdade sempre machuca!”

POV NARRADOR

-Falta só três meses pra mim vê a minha sobrinhazinha! –Sophia falou olhando Giulia arrumar algumas coisas da criança.
-É. Passou rápido!
-Muito rápido... E o Arthur tá feliz! –Sophia comentou.
-E preocupado! –Giulia acrescentou.
-Não é pra menos... A pequena tá quase nascendo, quero ver os dois aí cuidando dela! –Sophia falou rindo, ela até imaginou a menina chorando e a Giulia e o Arthur sem saberem o que fazer. Talvez esse pensamento dela não viesse a acontecer... Não com Giulia! Giulia sorriu forçadamente. Ela sabia que talvez não estivesse junto da filha e nem de Arthur.
-Haha’há... E você acha que não vai ajudar? –Giulia tentou disfarçar.
-Eu não levo nenhum pouco de jeito com crianças, sem chances, Gi! –Sophia riu.
-É o que vamos vê!
-Ah’ Ok!
-Oi, oi... –Arthur falou ao chagar na sala, ele havia acabado de acordar ainda era umas 09h30min.
-Oi!
-Bom dia maninho!
-Bom... O que vocês estavam falando? –Arthur perguntou curioso.
-Eu falei pra Gi, que quando a Manu nascer, quero vê os dois cuidando dela! Ah’ eu imaginei ela chorando e a Giulia e você sem saber o que fazer. –Sophia comentou o seu pensamento. Arthur sorriu.
-Ah’ Bem! –Arthur falou e Giulia o olhou com cara de “Você sabe que isso talvez não aconteça”
-Que má Soph! –Giulia falou tentando disfarçar outra vez.
-Eu sou muito má!
-Aaai... Que medo! –Arthur fez uma voz engraçada e fina, o que fez as garotas caírem na risada.
-Sabe, eu tive uma ótima ideia... –Sophia disse.
-Fala longo antes que você esqueça! –Arthur fez graça e Soph deu um tapa nele.
-Idiota! A gente bem que podia viajar... Já que quando a filha de vocês nascer, vocês não vão poder ir... –Sophia falou.
-Legal... Mas pra onde? –Giulia falou.
-Aí a gente decide...
-Arthur, o que você acha? –Giulia perguntou.
-Não sei Gi... A minha irmã teve essa excelente ideia e esqueceu que nós dois estamos estudando!
-Verdade! –Giulia falou.
-Pior... Ah’ Que saco... –Sophia falou e riu.
-O que foi sua louca? Tá rindo sozinha já...
-É que eu lembrei da...
-De quem? –Giulia indagou curiosa, ela não sabia nada sobre o passado dos dois irmãos.
-Deixa pra lá...
-Fala... Eu nem se muita coisa de vocês, nem nomes dos amigos de vocês do Brasil!
-Ah’ Gi... Foi da Mel... Uma amiga ela sempre falava “Ah’ Que saco” quando estava com raiva de alguma coisa. –Sophia falou olhando pra Arthur, e ele desviou o olhar para a TV desligada.
-Ela era namorada do Arthur? –Giulia perguntou.
-O QUE? –Arthur perguntou ao ouvir a pergunta da garota. Nem se deu conta de que alterou o tom de voz. –Ela não era minha namorada! –Ele falou depois de um tempo. –Era minha amiga.
-Quem era Luh, Sophia? –Giulia perguntou ignorando a resposta de Arthur.
-O que isso importa? Eles eram os nossos amigos do Brasil e a gente nem mora mais lá e nem falar mais com eles, a gente fala... –Arthur falou e Giulia percebeu em seu tom de voz que ele estava nervoso.
-Uma amiga Gi! –Sophia esclareceu.
-Só amiga? –A garota insistiu.
-Ah’ Chega! –Arthur falou saindo da sala.
-Ela era namorada dele né? –Giulia perguntou outra vez.
-Por que você quer tanto saber? A verdade sempre machuca! –Sophia disse sem encarar Gi.
-Não se preocupa... Eu sei que ele não me ama, e que só tá comigo por causa da nossa filha.
-Não pensa assim Giulia...
-Por que eu não posso saber da verdade? –Giulia perguntou.
-Porque a verdade ainda é muito ruim pra gente!
-O que aconteceu?
-Ele amava muito a Lua... Talvez a única garota que ele amava, meu irmão nunca precisou pedir pra ficar com uma garota, parece que ele era um imã, para elas... Mas com a Lua foi diferente, ela era a única garota que eu não demonstrava nenhum interesse por ele, só não demonstrava, porque ela o amava tanto quanto ele. Mas ela nunca deu em cima dele, era ele que dava em cima dela... Ela tinha muito ciúme dele... Mas ele tinha uma amiga, e a garota a odiava...
-E eles terminaram?
-Sim, de uma forma... Da pior forma... A Lua tentou se matar... É isso que dói mais no Arthur, ele se sente culpado, o irmão da Lua o culpou de tudo.
-Nossa... Ele me chamou de Luh... Ele ainda a ama! –Sua voz baixa, demostrava toda a surpresa e a tristeza que a garota sentia no momento.
-Ele me disse isso... Ele não consegue esquecê-la. -Sophia falou. –Any era o nome da amiga dele, só ele falava com ela, ela era atirada e eu também nunca gostei dela... Ele foi à festa de aniversário dela e a Lua pediu pra ele não ir, mas ele foi. Ninguém sabe que a gente mora aqui em Londres, só os nossos pais! –Sophia explicou de uma forma bem resumida tudo que aconteceu.
-Nem passava pela minha cabeça isso...
-Imagino!

Continua...

Se leu, comente. Acho que não custa nada!

9 comentários:

  1. ���� adoreii, quase morrendo pra saber qndo eles vão se reencontrar ��

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  2. deu pena da Giulia :(

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  3. ansiosa para o desenrolar da história curiosa kkk

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  4. Lua vai ter pena dele quando encontrar com uma filha que mãe morreu mais deu pena :(

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  5. Vai demorar mto pra eles se encontrarem?

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    1. Uns 10 Cap's, Louise. Mas como estou postando de 2 em 2. Logo, logo chega!

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  6. Ainda n me conformo de Chay ter culpado arthur se tudo... Tadinho ele n teve culpa... Amo essa web, já li outras vezes e n me canso se ler nunca!!!!

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