Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulo 67

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— Não me agradeça, cunhada. Você me terá sempre que quiser.
— Que fofo você é.
Vejo-o cabecear, em seguida, pergunta:
— Não me odeie por ter convidado...?
— Não se atreva a dizer o nome. – corto.
Ambos rimos e de repente percebo que estou muito melhor. Meu corpo se recupera e controlo meus movimentos. A tontura desapareceu.
Eu olho pela janela e vejo que está totalmente escuro. Espantada, pergunto a Tony:
— Tenho dormido o dia todo?
— Eu lhe disse para beber devagar. – respondeu.
De repente, milhares de imagens passam pela minha mente. Os chichaítos, a salsa, o baile, Arthur, seu pai, os insultos! Tudo volta à minha mente com clareza e com medo, eu pergunto:
— Tony... Me diga que ontem à noite não falei a seu pai o que estou lembrando.
Ele olha para mim, acena com a cabeça e murmura:
— Wepaaaaaaaaa.
Horrorizada pego um travesseiro e cobrir o meu rosto com ele. Eu quero morrer!
— Porra. Não posso nem imaginar o que ele pensará de mim agora.
— Essa é a última coisa que você tem que se preocupar neste momento e muito menos depois de como ele tratou você.
Ao ouvir a voz de Arthur, fico com o travesseiro no rosto, viro a cabeça e o vejo apoiado na parede. Nossos olhos se encontram.
Oh, Deus, como eu o quero!
Tony me dá um beijo na testa, se levanta da cama e caminha até a porta.
— Tenha uma boa noite. – me deseja — Amanhã venho te ver.
Quando ele sai do quarto e Arthur e eu estamos sozinhos, fico em silêncio.
Não sei o que dizer. Ele continua encostado na parede, sem tirar os olhos de mim. Com cara de presunçoso que eu gosto de repente pergunta:
— Por que não me pede um abraço, como pediu ao Tony?
— Não.
— Por que?
Ao pensar sobre as coisas que me disse ontem, respondo:
— Estou com raiva de você. Se você realmente acha que o que você disse ontem, não sei por que estou aqui. Não sei por que você quer se casar comigo.
O silêncio retorna novamente e nenhum de nós dois diz nada. Arthur me olha e eu o observo, através das pestanas, até que de repente, me desconcertando pergunta:
— Você viu a camiseta que está usando?
Com curiosidade olho para baixo e ao ver mexo a cabeça:
— Por que estou usando a camiseta das reconciliações? – Rosno.
Arthur sorri e sem se mover, murmura:
— Porque eu preciso de você, meu amor.
Oh, Deus, por que você sempre faz ou diz apenas o que toca meu coração?
— Por que você não me contou? – Ele diz de repente.
Não respondo. Não acho que isso significa que o que eu penso, e acrescenta:
— Tony me contou sobre a conversa. Nunca imaginei que meu pai poderia dizer-lhe coisas tão terríveis. Mas calma, eu falei com ele e ele não me negou. Ele admitiu seu erro.
Novamente horrorizada, volto a pegar o travesseiro e cobrir o meu rosto.
Por que tudo é tão difícil? Por quê?
A cama se afunda e notou Arthur sentado ao meu lado. Tira o travesseiro e nossos olhos se encontram. Não sei o que dizer. Com amor, ele afasta os cabelos de meus olhos.
— Eu amo o seu cabelo. É lindo.
Sem deixar de me olhar, passa a mão pelo meu rosto e murmura:
— Não quero ver você chorar e muito menos que você saia do meu lado.
Eu fui um tolo ao deixar me influenciar pelos medos do meu pai, mas acredite quando eu lhe digo...
— Não posso estar com alguém que sempre me observa atento para ver se o dececionarei ou não. – o corto — Não sei se chegarei a ter sucesso no mundo da música, só sei que quero tentar seguir meu sonho, como talvez você tenha lutado pelos seus para ser um cirurgião.
Ele me olha emocionado. Entende o que eu digo. Eu sei. Eu vejo em seus olhos. Ele acaricia minha bochecha e sussurra:
— Troco um beijo por um sorriso.
Derreto-me. Pode comigo!
— Preciso de você, Lua. Alcançará seu sonho, mas, por favor, fique comigo.
Como fiz com Tony minutos antes, eu abro meus braços. Arthur sorri ao ver meu gesto e feliz me abraça enquanto fala:
— Como gosto da sua camiseta das reconciliações.
Eu sorrio. Eu gosto dela.
Durante alguns minutos, estamos em silêncio nos braços um do outro, até que abrindo meu coração, digo sem que ele me peça:
— Eu te amo, querido, nunca duvide disso.
Sei que minhas palavras chegam ao coração. É pouco provável que eu diga algo tão carinhoso e o emociona. Sua boca procura a minha, mas evito e digo em voz baixa:
— Devo estar com um gosto desagradável. Guarde este beijo para depois do banho.
Arthur finalmente sorri e isso me relaxa.
— Eu liguei para o Argen. Estava preocupado com você.
Aparentemente, tinha que ter ligado para dizer se ele viria para buscá-la. – Vejo que dizer isso dói — Falei com ele e disse que não me preocupar, mas ele não acreditou em mim. Você deve ligar para ele.
Pega meu celular da bolsa e me dá. Entendo que se não ligar, Argen aparecerá como uma fera em Porto Rico e depois de dois toques, ouço sua voz:
— Lua! Pelo amor de Deus. Estava preocupado. Você está bem?
Sorrio e olho para Arthur, que está ao meu lado, e respondo:
— Sim. Mas deixe-me dizer para nunca beber chichaítos. Eles são devastadores!
Ouço meu irmão rindo e meu amor faz o mesmo.
— Você resolveu tudo? Quer que eu vá buscá-la?
Olho para o meu homem, que me observa com amor, e respondo:
— Eu estou bem, Argen. Fique tranquilo. Tudo foi resolvido.
Depois de falar com ele por um tempo, desligo o telefone e deixo em cima da mesinha.
— Falei com o meu pai e acho que tudo ficou esclarecido. – diz Arthur.
— Desculpe...
— Não sinta nada, querida. – fala carinhosamente — Se alguém tem que sentir algo sou eu. Não soube como proteger você como merecia, mas a partir de agora o farei e se você quiser, nós sairemos agora mesmo desta casa.
Cancelaremos a festa que organizamos e...
— Não. Participaremos da festa.
Arthur sorri, beija minha testa e sussurra:
— Se você não é bem-vinda, eu também não sou. Nunca duvide disso.
Ouvir isso faz com que meus olhos se encham de lágrimas e voltamos e nos abraçar. Adoraria ir embora. Não voltar a ver a velha raposa, mas não seria justo com Arthur. É seu pai e sei que ele o ama. Com carinho, cravo meus dedos em seu cabelo e me olhando ele murmura:
— Mas na segunda-feira, como dissemos, nós vamos para Los Angeles!
— Estou ansiosa para conhecer sua casa.
— Nossa casa. – Retifica.

Dito isso se deita ao meu lado e, por horas, planejamos o que vamos fazer quando chegar a Los Angeles.

6 comentários:

  1. Ohhhh que fofooo... Finalmente arthur acordou... Manda aquele velho pastaaa Posta maisss!!!!!

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  2. omt........ que fofo esses dois

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  3. Que lindo amando, esse velho é osso duro de roer em kkk

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  4. Wepaaaa vamos bebe Lua kkkkk e matar esse sogro do cão kkk

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