Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulo 66

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Na manhã seguinte, quando acordo, meu corpo não é meu.
Penso nos chichaítos e uma náusea me faz sentar imediatamente na cama.
Tudo está girando. Olho para o chão e ele se move.
Bebi muito rum?
Toco minhas pálpebras. Querido Deus, não removi as lentes! Devo estar com os olhos enormes.
Coloco um dedo em um olho e eu quase tiro. Tento novamente e não encontro a lente. Desesperada, procuro no outro olho e nada. De repente, paro, olho para frente e percebo que não vejo com clareza. Sobre a mesa consigo distinguir a caixinha onde guardo as lentes. Pego, abro e suspiro ao ver que eles estão lá.
Arthur teve que tirá-las. Como é fofo!
Minha bexiga está estourando e tento me levantar para ir fazer xixi.
Tudo se move e murmuro:
— Estou péssim...
Olho para a porta do banheiro. Está próxima. Levanto-me, mas perco o equilíbrio e, depois de dar um tropeço, caio diretamente contra a parede. Na minha queda levo a mesinha e a lâmpada e a bagunça está feita.
Toco minha cabeça. Que dor...
Atordoada e no chão, olho em volta, quando a porta se abre e Arthur entra.
— Querida! – grita ao me ver no chão.
— Eu caí. Tive uma pequena queda.
Levantando-me com cuidado, olho para seu rosto distorcido. Juro que ele está preocupado e pergunta:
— Você se machucou?
Mas não há tempo para explicações e murmurou:
— Eu me... Eu meeeeee.
Ele me pega nos braços, me leva para o banheiro, levanta a tampa do vaso sanitário, baixa minha calcinha e me senta.
Oh, Deus. Sou anti-glamour. A que ponto chegamos!
Sem querer olhar em seus olhos, faço xixi sentada no vaso sanitário e enquanto este não pára... E quando por fim termino, pego o papel e me limpo sozinha.
Tento me levantar, mas não posso. O que acontece? Tudo ao meu redor gira. Noto as mãos de Arthur e dou um tapa enquanto grito:
— Deixe-me e vá embora.
Ele não se move e depois de alguns segundos, rosnou:
— E quando puder me levantar, vou para minha casa. Não quero me casar com você. Eu... Eu não quero que a pessoa que esteja ao meu lado seja infeliz e se você já pensa isso antes do casamento, porque você vai ser.
Começo a chorar, despenteada e com os cabelos no rosto, choro sem me importar como devo estar.
— Não chore, querida.
— Deixe-me em paz!
— Acalme-se, por favor. – insiste com carinho.
Mas não me tranquilizo. Choro como um urso e ao final Arthur me levanta, sobe minha calcinha e me leva de volta para a cama num piscar de olhos, enquanto eu protesto entre soluços. Uma vez lá, me deito e retirando o emaranhado de cabelo do rosto diz:
— Não quero ver você chorar.
Mas eu sou como a cara de um palhaço. Minhas lágrimas brotam sozinhas, sou incapaz de pará-las e ouço Arthur me dizer:
— Te amo, você me ama e vamos nos casar.
— Não, não vamos fazer isso.
Nossos olhos se encontram. Olho para ele através das lágrimas. Tem o rosto pálido e se vê agoniado. Em seguida, pegando a chave que tinha em torno de seu pescoço, murmura:
— Você é a única que tem a chave do meu coração.
Meu grito ao ouvir isso é devastador. Como você pode me dizer algo tão bonito e romântico sempre?
Quando, cinco minutos depois me tranquilizo, meu menino, com a paciência de um santo, pergunta após secar minhas lágrimas com um lenço de papel:
— Onde você machucou quando caiu?
Apontei para minha cabeça, que dói muito e ouço dizer depois de inspecioná-la:
— Saiu um pequeno galo.
Ele me beija na testa e faço um biquinho.
— Vou até a cozinha pegar gelo. – me informa — Isso reduzirá o inchaço.
Dois segundos depois, estou sozinha no quarto. Lágrimas escorrem, pelo meu rosto. Sinto-me triste. Muito triste. Minha família está longe. A resmungona se aproxima e antes que meu amor retorne, me encolho na cama, fecho os olhos e volto a cair nos braços de Morpheu.
Não sei quanto tempo passou quando acordei.
A luz que entra pela janela já não tem a mesma força. Agora é alaranjada. Mexo-me na cama e me estico até que noto que minha cabeça dói.
Sento-me como posso. Tudo gira e toco o enorme galo murmuro:
— Porra... O que é isso aqui?
— Você deu um bom golpe contra a parede, querida, e tem um grande galo. – ouço que Arthur responde, se sentando ao meu lado.
Olho-o e aperto os olhos para vê-lo melhor. Ele retira novamente o cabelo do meu rosto e me sento como se tivesse passado uma multidão de formigas vermelhas e assassinas por acima. Encontro-me melhor do que antes e pergunto:
— Tony está bem?
Arthur sorri e diz:
— Ele está acostumado aos chichaítos. Você não.
Ouvi-lo mencionar a bebida me faz levar as mãos à boca.
Que náuseas!
— Não quero ver você chorar mais, ok? – Arthur diz.
Quando vou responder a porta se abre e Tata entra com uma vasilha. Ao me ver pergunta:
— Você está bem coração? – Concordo, ela grunhi — Já disse quatro coisas a Tony. Mas como ele pode levar você para beber chichaítos.
Mais uma vez eu cubro minha boca com as mãos. Arthur sorri.
Quando passa a angústia, Tata deixa a bandeja sobre a cama e me aconselha:
— Coma alguma coisa. Fará bem e você vai se recuperar rápido.
Quando ela sai, Arthur me olha com um sorriso doce e sentando-se ao meu lado, oferece:
— Vem. Eu vou te dar a sopa.
Torço o nariz. Não posso tomar nada ou vomitarei com certeza.
— Não... Não... Não... Arthur. Não desce.
— Você tem que tomar. – E quando vou protestar novamente ele insiste
— Querida, confie em mim. Esta sopa mágica da Tata vai ajudar você a se recuperar. Pense que vivemos aqui e sabemos o que enfrentamos.
Pego o guardanapo da bandeja e coloco relutante em torno do meu pescoço. Arthur coloca uma colher de sopa na minha boca. Eu entro em agonia, mas quando vou para protestar, docemente me diz:
— Outra colherada mais, amor.
Abro a boca e ele coloca outra colherada. Eu quero morrer, como me sinto mal, mas ele insiste:
— Mais uma.
E assim continua. Quando não posso mais ameaço:
— Se me obrigar tomar mais uma colherada, eu juro que te mato.
Arthur sorri e deixando a colher e a vasilha na bandeja afirma:
— Seu corpo vai agradecer em breve. Você vai ver.
Deitando-me novamente, murmuro:
— Duvido.
A sopa gira como uma máquina de lavar em meu estômago e não sei quanto tempo vai ficar lá. Fecho meus olhos e mesmo com eles fechados sinto que Arthur me observa. Não tenho força para olhá-lo. Adormeci e quando acordei Tony está na minha frente.
— Olá, dançarina.
— Wepaa! – zombo sem forças.
Tony sorri. Eu levantando os braços, peço que me abrace. Ele faz isso com carinho.

— Obrigada por me suportar ontem. Obrigada... Obrigada...

7 comentários:

  1. ❤️❤️❤️Perfeita❤️❤️❤️ Mais

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  2. Essa resaca da Lua foi foda kkkkkk rindo ate 2066666 kkkk

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  3. O Arthur todo bonzinho kkk Lua beba foi memorável wep kkkkk

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  4. Lua nunca mais quer ver chichaitos na vida rs rs amando ansiosa por mais!

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  5. Lu meu amor beba mais kkkkkk putis que ressaca que queda deu ate pena kkkkkkkkk

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  6. wepaaaaa! Lua beba foi divertido de mais ;) amando minha flor Anna

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  7. Acho q ela nunca mais bebe chichaitos

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