Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulo 62

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Eu fico com raiva e praguejando ao pensar na pobre menina. Apenas quatro anos está pagando pelo erro dos mais velhos, sem que ela não entenda nada, e isso me irrita.
Quando chega o horário das refeições e eu me encontro com Elsa, vejo que sorri. Sua sem coração! Ao entrar na sala de jantar, a expressão do Ogro me espanta.
Valha-me Deus! Está claro que hoje ele me prejudicará. Suspiro e estou disposta a dar-lhe um tapa. Se ele mexer comigo... Hoje o dia não está bom e juro que se ele mexe comigo eu respondo.
Ah se respondo!
— Alguma objeção, jovem? – Ao ouvir isso, eu o olho e desejo dizer "Vai se foder!" como tanto dizem por aqui, mas eu me contenho e pergunto:
— O que você acha? – O silêncio cai de novo sobre a “Vila Monastério” até que ele volta para o ataque:
— Já me disse meu filho que te deixou as coisas bem claras.
— Anselmo... – intervém Tata. Eu bufei. Mas que pentelho é este homem!
Vejo que não o contrario ou não me deixará em paz. Então eu olho para Arthur e pergunto:
— O que é suposto que você me deixou claro?
Ele está desconfortável, eu posso ver isso em seus olhos, e então seu pai responde por ele:
— Eu deixei claro quem é que manda.
— Pai, por favor, não comece. – murmura Arthur com expressão de bravo.
Eu solto uma risada. O que este velho tenta é surreal.
— Do que você está rindo? – Pergunta. Balanço a cabeça e não respondo.
Penso em dedicar a palavra "Merdinha" para ele, mas me calo por educação. Apesar de que dois segundos depois ele insiste:
— Quem ri por último, ri melhor, loira. Lembre-se.
Bufo de volta. Posso sentir a minha adrenalina começando a acelerar.
Respiro fundo. Meu nível de tolerância com este homem começa a desaparecer. Acho que todo mundo tem um limite e o meu, infelizmente, está muito próximo. Arthur sabe. Com o olhar, pede que eu não me exalte, não diga nada. Suplica que me cale. Grita que está tão farto de seu pai, mas tem que aguentá-lo.
Decido fazer. Por ele farei o que for. Mas seu Dom Anselmo Aguiar, que é um maldito, continua a insistir:
— Diga o que você tem a dizer. Vamos... Se atreva...
Plano A: eu digo e é fatal.
Plano B: calo-me e ele acha que eu tenho medo.
Plano C: Passá-lo! Como diria minha avó Nira "Não há melhor desprezo que não
apreciar.".
— Oh, Deus bendito, Anselmo. – Tata protesta — Será que você pode fazer o favor de parar de oprimir Lua?
— Tata, – Ogro levanta sua voz — quer fazer o favor de calar a boca? Estou em minha casa e eu posso dizer o que eu quiser com quem eu quiser. Não se esqueça quem você é aqui.
Eu fico olhando, sem acreditar no que ouço.
Nesse momento, Arthur solta um rugido, olha para o seu pai e grita furioso.
— Já chega, pai! Não volte a falar assim com Lua ou Tata. Você já passou do limite.
Eu não sou Omar, nem Tony. Eu não vou aguentar tanta tolice. No final, o que você vai conseguir é que saiamos por aquela porta e não voltamos mais.
— Não vou fazê-lo...
— Meu nome é Lua. – o corto dando um tapa na mesa.
Desde que eu cheguei nesta casa, eu nunca fui chamada pelo meu nome. Sou sempre "loira", "jovem" ou "Esta", e começa a mexer com minha moral, para não dizer o contrário. Eu sei que ele faz isso de propósito. Eu sei que ele quer me incomodar e agora ignorando-me diz:
— Arthur, Caty ligou outro dia e...
— Pai, eu disse que acabou! – Ele grita. O Ogro sorri.
Mas como ele pode ser tão mau? Está claro que desfruta do dano que causou. Tata desesperada, levanta-se e sai da sala chorando. Pobre mulher. Quão boa ela que é e tem que aturar isso. Eu vou levantar-me para ir atrás dela, mas Arthur me impede de fazê-lo. O silêncio reina na sala de jantar quando estamos sozinhos e então, este homem ímpio diz:
— Você pode passar a bandeja de salada?
Se eu passar a estampo em seu nariz, assim respondo:
— Não.
Minha recusa o pegou de surpresa e quando eu o olho, digo:
— Recentemente, tive um chefe que chamávamos de Rançoso, ninguém suportava ele. E acabo de me dar conta de que o senhor é igual. São uns amargos que só se sentem feliz se amargam quem estão ao seu redor. – Dos seus olhos e os meus saem fogo, eu prossigo. — Arthur está suportando tudo o que o senhor diz ou faz, porque quer, você não percebe? Você não percebe que se continuar assim ele vai embora e não vai voltar a vê-lo? Faça o favor de parar. Caso contrário tenho certeza que vai se arrepender.
— Você está me ameaçando, loira?
— Hoje não me chamou de loira tingida? – Ele me olha, e eu digo — Eu sei o que isso significa e é muito triste que você me chamou de algo assim. Mas relaxe, Arthur não sabe. Eu não disse. – O Ogro olha para mim surpreso e vai responder quando eu adiciono — Seu filho tem limites. E mais uma coisa, eu não ameaço. Deitando o vinho no copo, toma um gole. Pensa e depois diz:
— Antes que sua mãe morreu, Arthur estava namorando uma mulher com que ele deve envelhecer e tudo e ela definitivamente poderia lhe dar uma vida melhor do que você está dando a ele. Caty Thomson é um pediatra de renome, que poderia dar-lhe um lar e crianças como Deus planejou. Apenas o que meu filho precisa e eu tenho certeza que você vai negar-lhe.
Falar da ex do meu namorado me põe a dois mil por hora, mas nesse momento, Arthur entra com raiva e grita:
— Chega, pai! O que você está procurando?
O velho não responde e meu garoto assobia:
— Caty é passado. Assume de uma santa vez. Ela e eu nunca vamos ter nada, exceto um bela amizade.
— Filho, você esqueceu a regra número um?
Arthur está em silêncio e olho para ele. "Qual é a regra número um?" Depois de uma pausa constrangedora, toma fôlego e responde:
— Não, pai. Eu não esqueci. Mas eu estou apaixonado por Lua e...
— Você me prometeu, Arthur. Você prometeu que nunca iria se casar com uma
cantora!
Ah. Já sei qual é a regra número um.
— Mamãe e Lua são duas pessoas diferentes. E parece incrível que você, tendo casado três vezes com ela, diga isso.
Emoção toma conta da sala. Os olhos de Arthur e seu pai estão brilhantes pelas lágrimas e o velho diz:
— Quero que não passe pelo que eu passei. Você sabe que eu adorava a sua mãe acima de todas as coisas, mas a sua carreira sempre foi mais importante para ela do que nós. E você sabe que se...
— Você acaba de admitir, pai. Basta de ofender a mulher que eu amo pelo simples fato de que não é o que você quer para mim. Se você continuar assim, vai acabar sozinho nesta casa e aí sim você vai se arrepender.
Olho o velho com cara de "Eu te disse!".
Olé meu garoto!
Estou prestes a levantar e dar um grande beijo por suas palavras, quando seu pai continua:
— Você vai se casar com ela, mas cometerá um erro. Eu conheço você e você não vai apoiar uma mulher como esta. Eu sei, filho... E eu sei porque você é como eu. À procura de uma outra vida, não a vida de um artista. E o que me irrita mais é que você sabe. Você sabe, Arthur! Mas você não está dando crédito e você vai sofrer como eu sofri.
A expressão de Arthur se aperta e me assusta.
Espero que diga que está errado, mas não. Fecha os olhos desesperado.
Estou prestes a ficar parda. Mas, inexplicavelmente, nesse momento eu me lembro do meu irmão Garret e digo:
— Só o Senhor Negro dos Siths conhece a nossa fraqueza, se informarmos o Senado, nossos oponentes aumentarão. (De Star Wars)
De repente, os dois olham para mim espantados. Até não entendo o que eu disse. Eu ri muito e encolhi os ombros, esclareci:
— Disse Yoda, o baixinho orelhudo de cor verde de Guerra nas Estrelas.
O velho, confuso não sabe o que dizer e vejo que Arthur curva o canto dos lábios e olha para mim com amor.
Comemos em silêncio e a Tata volta. Com seus olhos me fazem saber que está mais tranquila e eu aceno com a cabeça. A atmosfera é calma e quando eles trazem a sobremesa, o pai de Arthur diz:
— Hector e Joaquim ligaram. Chegam no fim de semana. Querem conhecer sua
namorada. Como segunda-feira você está indo para Los Angeles, eu pensei que já que você está aqui, fazer uma festa sábado a noite para apresentá-la aos amigos.
Uau... Eu de repente sou a namorada. Não sei se me alegro ou corto os pulsos.
— Que ideia maravilhosa. – Tata aplaude.
Pai e filho se olham por alguns segundos. Duelo de Titãs. Temo que começar de novo com injúrias, mas, finalmente, o meu menino responde:
— Sim, é uma excelente ideia, pai. Obrigado.
— Tata, cuide de tudo. Avise Tito e diga para ele vir. Em seguida ligue para Omar, e diga que o quero aqui no sábado, com ou sem a tonta da esposa, ele que decide.
Suspiro. Pobre mulher do Omar. O que tem suportado.
— Ok, Anselmo.
O silêncio reina novamente no lugar e, olhando para Arthur, pergunto:
— Quem são Héctor e Joaquim?
— Meus tios. Os dois são irmãos de minha mãe.
O garfo cai da minha mão. Santo Deus, sabem quem são?! Héctor é trompetista e Joaquim é o que toca os bongos. Fazem parte de uma banda famosa com a cantora Luisa Fernandez, os Kodigo Salsa. Juntos, eles ganharam muitos prêmios. Lembro-me de já ter visto na televisão, juntamente com Celia Cruz e Tito Fuentes. Vendo minha expressão, o Ogro sorri e em um tom que deixa muito a desejar, murmura olhando-me:
— Eu espero que você saiba se comportar.
— Merda... Aqui vamos nós de novo... – Arthur protesta.
Eu levanto a mão. Eu já estava esperando este ataque e sem enervar-me, respondo:
— Calma, senhor. Meus pais me educaram bem.
— Eu espero que sim. Vendo como me olha, eu pergunto sarcasticamente:
— E você, seus pais o educaram bem?
— Lua... Você não vai começar agora. – Arthur rosna.
Levanto-me e dou um novo tapa na mesa.
Foda-se, acaba de me destruir! Mas sem demonstrar, olho para Arthur e vendo se rosto confuso, eu digo:

— Se você me dá licença... Vou antes de dizer algo realmente doloroso.

9 comentários:

  1. Meu Deus, que web viciante ��
    Quero só ver até quando o Ogro vai continuar assim com a Lu, ele ainda vai se arrepender do que vai fazer com ela, igual o Flyn...

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  2. Fala umas verdades pra ele Luh! Mais

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  3. Esse Velho é orrento santo Deus mais amando ansiosa por maiis

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  4. Oii eu ainda vou escrever fanfic deles (eu faço de todos os famosos)mais queria uma ajuda 02176255383(add no whatzapp)comecei hoje e queria leitores como os seus q seguem mesmo e comenta,pode me ajudar

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  7. Que velho chato, a web ta cada dia mais viciante

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