Agora estou tendo que lutar com ela todos os dias e trabalhar para
mantê-la.
Pisco. Eu não acreditei quando eu disse:
— Eu posso levar a menina comigo para a piscina, enquanto você
trabalha.
— Não, Lua. Isso não é uma boa ideia – diz Tata. Sem entender o que há
de errado com o que eu proponho, eu pergunto:
— Por que? O que ocorre? – As duas mulheres se olham e Elsa responde:
— O senhor Aguiar não gostará de um detalhe. – Eu sorrio. O senhor Aguiar
não
gosta de nada, mas eu insisto:
— Por que não vai gostar? –Os olhos de Tata fecham, e quando abre,
sussurra:
— O senhor não gosta de crianças na piscina.
— Piscinaaaaaa! – Aplaude a menina, deixando de chorar.
Eu olho para ela com ternura. Tem belos cachos escuros, camisa e
calças verdes fosforescentes, é linda. Ignorando o que me dizem, eu tomo a
mãozinha dela e digo:
— Tata, vou leva-la comigo.
Elsa, sem mudar sua expressão azeda, sorri e murmura:
— Depois não diga que eu não avisei para não levar a Preciosa...
Senhorita.
— Seu nome é Preciosa? – Elas assentiram e eu sorri. Agora eu entendo
a reação da criança. Quando me ouviu cantar, pensou que eu estava falando dela.
Ainda mais ansiosa para levá-la, eu digo:
— Vamos lá, não falem mais nada. A menina vem comigo.
Elsa sorri. A Tata não. Eu pego-a em meus braços, que não pesa nada e
pergunto:
— Preciosa, devemos ir para a piscina? – Ela acena com a cabeça que sim,
sorrindo feliz.
E se há algo de belo neste mundo é a risada de uma criança. Por algum
tempo nos divertimos brincando na água e fiquei surpresa quando com suas poucas
palavras, me pede que lhe cante a canção do outro dia. Eu canto e cada vez que eu
digo: “Não chore mais, minha preciosa” – ela sacode a cabeça e murmura:
— Não choro!
Vejo vários trabalhadores agrícolas perplexos olharem para nós e me
faz pensar, o que acontece para que todos nos olhem assim? Depois de um tempo
Tata vem com a intenção de levar a criança. Eu me recuso. Estou me sentindo
genial com este bombonzinho carinhoso.
Cinco minutos mais tarde, ela retorna com refrescos e sanduíches, mas
Preciosa não quer comer nada. Falo com Tata. Eu não posso acreditar que a sua
própria tia a chamou de "Merdinha" pobrezinha é tão amorosa e bonita,
apesar de estar tão magra. Eu acho que não come bem, e na minha opinião, é
também está bastante negligenciada em termos de higiene.
A Tata me dá razão e vejo em seus olho que se desespera.
Quando ela vai, eu ainda estou brincando com a menina, até que de
repente o Ogro aparece seguido de Arthur e grita:
— O que faz a menina na piscina?
Oh... Oh... Ele nos pegou!
Preciosa estava assustada e permaneceu paralisada enquanto eu
respondo:
— Eu a convidei para banhar-se comigo.
Se fez um silêncio tenso e vejo Tata vir correndo apressada. Sem dizer
nada, puxa a menina. Arthur diz sem se aproximar.
— Tata... Leve-a.
— Eu quero ela fora da minha vista agora! – grita o Ogro fora de si.
Depois de olhar para mim e soltar seu usual "Oh, Deus bendito!
" Tata a leva e o bico de Preciosa me parte o coração.
Por que todo mundo é tão ruim com essa pobre garota? Uma vez que eles
saem, eu saio da piscina, me enrolo na toalha e Arthur começa assim:
— Querida, escute...
— Quem você pensa que é para convidar alguém nesta casa? – Seu pai o
corta.
— Pai, deixe-me fazer isso...
— Não, não deixo. É a minha casa! – Arthur bufa e como pude, eu
respondo:
— Você está certo, é a sua casa . Mas estava quente e eu pensei...
— Bem, nunca pense. Vê-se que não é coisa sua pensar loira – conclui o
ogro, dando a volta.
Quando se vai, seguido por seu cão, olho para Arthur, que me observa
taciturno e pergunto:
— Mas o que eu fiz de errado?
Aproximando- se com um gesto semelhante a ira do seu pai, ele
respondeu:
— Há muitas coisas que você não sabe. A partir de hoje não volte a
convidar essa menina para a piscina. Entendeu?
Sua resposta não me vale e eu insisto:
— Por que? Seu pai tem um paraíso incrível aqui que não gosta e não
vejo por que essa menina não pode desfrutar.
— Lua, – murmura contendo-se — limite-se a fazer o que te digo e não
me pergunte mais.
E dito isso, ele se vira para ir embora, mas eu não vou manter esse
mau gosto na boca então me coloco na frente dele e insisto mais uma vez:
— Diga-me o que acontece. Você não pode me pedir para cumprir ordens,
sem saber por que e ficar completamente calma. Não seja como o seu pai e me
esclareça as coisas.
Eu vi que todos os trabalhadores agrícolas me olhavam estranho
enquanto eu estava na piscina com a Preciosa. Qual é o problema? Arthur parece
cada vez mais irritado e respondeu:
— E mesmo vendo como eles olhavam não podia imaginar que havia algo de
errado?
— Mas é apenas uma garotinha, Arthur... Droga, o que pode estar
errado?
Ele faz que vai continuar andando, mas eu volto a cortar o seu caminho
e, finalmente, murmura com raiva:
— A irmã de Elsa tentou entrar para a minha família.
— Como?!
— Ela disse que a menina era filha de Omar.
O que?!! Isso me faz entender muitas coisas, mas pergunto:
— E é? – Arthur olha por cima de minha cabeça e responde:
— Não sei, nem quero saber. Meu irmão disse que não é e não se falou
mais disso. Só sei que a mãe, ao ver que não conseguia o seu propósito, se foi
e deixou a pequena aos cuidados de sua irmã Elsa. Dois meses mais tarde,
soubemos que tinha morrido de um assalto, em Miami. Minha mãe sofreu muito com
isso e sei que ajudou Elsa a sua maneira dando algum dinheiro, mas quando ela
morreu, meu pai decidiu esquecê-la, mas lhes permite viver aqui.
Bem... Bem... Bem... Acabo de descobrir o que acontece e pergunto, com
risco de deixá-lo ainda mais irritado:
— Eu entendo que o seu pai quer esquecer o assunto, mas Omar não quer
saber se realmente é sua filha? Mesmo seu pai, não quer saber se é sua neta? Ou
você, sua sobrinha? Acredito que os Aguiar tem dinheiro e meios para sabê-lo,
certo? – Arthur sorri. Mas não é um sorriso verdadeiro e responder com uma voz
que eu não gosto:
— Omar diz que não é sua filha e sua palavra nos vale. Infelizmente,
isto não é o primeiro a ser neto atribuído a meu pai, nem o filho de um dos
três Aguiara. Se fôssemos a todas as mulheres que afirmam ter filhos do meu
irmão ou meu, eu lhe asseguro que seriamos uma grande família. Agora você é uma
Aguiar, Lua, e você tem que estar do nosso lado, entendeu? – Não assenti. Não
pude. Suas palavras e suas suposições não são engraçadas. Tão mulherengo é Arthur?
Eu vou dizer mais, quando ele me corta bruscamente:
— E agora, se você não se importa, se acabaram as confidências. Vou
ver como está meu pai. E por favor, a partir de agora, pergunte antes de fazer
alguma coisa ou convidar alguém, entendido?
O mando para a merda ou me calo?
Só me resta perguntar aos Aguiar se eu posso respirar.
Deixei passar por mim sem dizer nada e sem pará-lo. Estou indignada.
Quando fico sozinha, tento entender o que aconteceu e me esforço para
ficar do lado de quem eu suponho que devo estar: da família Aguiar. Mas eu não
posso. Se estes três irmãos são mulherengos mesmo, que aguentem as
consequências do que acontece com eles.
Afff que familia maiss chataaa.... Lua não pode fazer nada.. Tadinha ela tem que começa a deixar de baixar a cabeça pra eles!!!!
ResponderExcluirSe eu fosse a Lua já teria ido embora faz é tempo slk!!
ResponderExcluirSe eles são tão mulherengos tem que assumir as consequências!
Maiiiiis
;( que droga de família é essa que não pode nada. A Lua devia era dar um susto no Arthur e ir embora... Postaaaa maiiis
ResponderExcluirMas n pode nada nessa família
ResponderExcluirmaais
Se eu fosse a Lua eu iria embora sem avisar o Arthur só deixava uma carta pq ela ñ pode fazer nd eu acho q até pra respirar ela vai ter que pedir permissão eu hein
ResponderExcluirPosta maiss
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