Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulo 51

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Se Arthur me deixar, vou morrer de tristeza. Eu realmente quero estar com ele e nos separarmos não será fácil. Determinada a fazer a maior loucura da minha vida, o beijo e quando me separo de sua boca, digo:

— Tudo bem. Eu vou com você.

Ele suspira aliviado e beijando-me, murmura:

— Não vai se arrepender, querida. Aproveitaremos a vida, viajaremos e te mostrarei os lugares mais bonitos do mundo e...

— Um momento. – eu o interrompo – Eu quero fazer tudo o que você diz, mas eu também quero deixar claro que não vou desistir do meu sonho...

— Eu não quero que faça isso – responde sério, ao entender sobre o que estou falando — Eu só peço um tempo para mim. Para nós. Eu sei que você não entende agora, mas quando estiver dentro do furacão que é uma vida artística, você entenderá.

Eu não sei o que dizer. Ele viveu toda a sua vida entre músicos e certamente sabe do que está falando. Fazendo-me cócegas para mudar a minha expressão séria, pergunta:

— Você já pensou em uma data para o casamento?

Sua insistência me faz rir. Todos os dias ele me pergunta, e ao me lembrar de uma conversa que tivemos no barco, respondo brincalhona:

— O que acha de 14 de fevereiro?

Ele fica pasmo.

— O Dia dos Namorados? – pergunta.

Essa data é muito típica e sei que ele odeia, mas é divertido ver sua cara, assinto e, para deixá-lo bravo, digo:

— Você não acha romântico nos casarmos neste dia?

Arthur olha para mim. O “anti casamento” se casando em 14 de fevereiro?

Mas logo a seguir diz que sim com a cabeça.

— Tudo bem. – diz ele — Nós nos casaremos neste dia, em Los Angeles.

Pelo amor de Deus, ele levou a sério?

— Eu disse de brincadeira, Arthur.

— Mas, eu não. – ele ri.

Incomodada com sua segurança, insisto:

— Mas, meu filho, como vamos casar neste dia?

Deitando em cima de mim, ele me beija e levando-me onde ele quer, ele responde:

— Vamos nos casar nesse dia, baby, porque eu te amo, você me ama e é um dia maravilhoso para se casar. E quanto a Los Angeles, você escolheu a data e eu proponho o lugar. Eu cuidarei de todas as despesas de viagem de sua família. Não se preocupe com nada.

Agora, não pense mais nisso e beije-me, caprichosa...

Eu faço isso. Como sempre, sua boca me faz perder a cabeça e, em seguida, afasta-se de mim e diz:

— Amanhã eu vou ligar para Tony e pedir-lhe para organizar a viagem para Porto Rico para daqui uma semana. Ficaremos lá por quinze dias e depois vamos para Los Angeles. Tenho que voltar ao trabalho. Vou me casar e tenho que manter a minha mulherzinha.

Ambos sorrimos. Mas me assusta o que ele diz, porém estou tão feliz que eu não posso resistir.

Vou conhecer Puerto Rico e Los Angeles!

Além disso, eu vou viver em Los Angeles!

Que legaaaal!

Estou animada pensando nisso, quando Arthur, olhando sério e acariciando minha mão, diz:

— Você vai ter que falar com o seu chefe no hotel e dizer que vai deixar o seu

emprego.

Assinto.

Isso me entristece e corta o romance. Adoro cantar com a banda.

— Quando chegarmos a Los Angeles. – insisto – Eu quero trabalhar em algo ou...

Arthur me beija, e sem me deixa terminar a frase, murmura:

— Você não tem porque trabalhar, querida. Posso mantê-la. Eu tenho condições e você sabe disso.

— Não falo de trabalhar cantando em hotéis. Eu estou falando sobre...

— Não. – respondeu sem rodeios.

— Arthur...

— Ouça, Lu, – diz tomando meu rosto em suas mãos – Vamos começar uma nova vida. Deixe-me ser egoísta por um tempo. Eu preciso de você. Eu quero você só pra mim, só pra mim, ok?

Não sei o que ele quer dizer. Eu já sou dele e ele sempre me terá só para ele. Mas eu estou tão apaixonada que respondo:

— Você vai ficar mais tranquilo se eu comprar uma chave do meu coração e te dar?

Arthur sorri e toca a chave pendurada entre os meus seios, assente com a cabeça murmurando:

— Sem dúvida, sim.

Naquela noite, quando chegamos à casa dos meus pais durante o jantar, informamos a data e o local do casamento. Minha família se emociona, e Garret, observando-nos com sua camisa Han Solo, diz, fazendo todos rirem:

Eu tenho algo a dizer. Vocês são uns patetas escolhendo 14 de fevereiro.

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