Treinando a Mamãe 2

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Capitulo 25

- Oi? - Uma voz familiar chamou a atenção dela,estava por trás de Amy, e ela logo virou para ver quem é.
- Oi? - Estava surpresa. - Você?
- Achoque sim. - Sorriu suave. Era Caio, e era uma baita coincidência também, ele estar na praia á aquela hora. Talvez uma mãozinha do destinho. - Posso?
- Pode. - Aprumou o corpo, desanimada, voltando á olhar para o mar e seu horizonte.
- O que faz na praia, tá quase escurecendo. - Sentou-se ao lado dela. Amy permaneceu olhando para o mar.
- Nada. Eu gosto.
- Ah. Entendi... - Dobrou os joelhos e aprumou os braços neles. - Eu moro nesse prédio. - inclinou o corpo para trás, e apontou para o prédio imenso, do outro lado da avenida. Amy também inclinou-se para olhar. Mas logo se aprumaram. - E desci para comprar uma água de cocó para a minha mãe. Te reconheci pelo cabelo. - Mesmo tímido, Caio era conversador.
Amy deixou escapar um sorriso acanhado.
- Ae, sorriu. - Ele comemorou.
- As coisas estão barra pesada. - abaixou a cabeça, olhando para a areia diante de suas vistas. - Queria sumir sabe? - tornou a olhar para ele. Que confirmou com a cabeça.
- Sei. - Respondeu. - Mas sumir não é uma escolha boa. Eu realmente acredito em destino, e ele me trouxe até aqui porque você precisa desabafar, certo?
Ela afirmou com a cabeça. Seu semblante era péssimo, e diferente de Lua, ela não fazia nenhum esforço em não chorar. Logo estava soluçando, e  Caio largou o coco na areia, afagando o cabelo dela suavemente. O celular que estava na mão de Amy, começou então a tocar. A foto de Lua logo apareceu anunciando que era ela ligando. Automaticamente Amy escondeu a tela do Iphone entre a perna,suspirou fundo e olhou para Caio, que sorriu.
- Sua mãe está atrás de você.
- Ela não é minha mãe. - Disse, enxugando as lágrimas com apenas a mão livre.
- Prazer... Filho de Sophia Abrahão. - Abriu um largo e lindo sorriso, abaixando a cabeça, sereno. - Atriz, cantora e estilista conhecia mundialmente, conhece?
Amy ficou boquiaberta. Claro que conhecia, tinha peças da Sophia em seu guarda-roupas, como não conhecer? Não era possível, ele? filho da Sophia Abrahão? Estavam no mesmo barco então, pelo menos entre ter mães famosas.
- Amy Lee de Aguiar Blanco. Certo?
- Você já sabia?
- A sua mãe assinou contrato com o meu avo. - Ele disse, olhando-a. - E o meu tio, Fernando... Hã, digamos que ele sabe o relatório completo dela. - Sorriu, mas Amy bufou. - E só conheço 2 Amy Les nessa vida, você e a cantora do Evanescence.
- Ai... - Desviou o olhar, sorrindo de canto.
- Então juntei os pontos.  - Concluiu, em meio a um sorriso também. - Prazer, filha da Lua famosa Blanco. - estendeu a mão para ela, que olhou para a mão dele, e logo levou o olhar para os olhos dele. O vento balançava os cachinhos de Amy, e aquele som de onda batendo contra maré, era enlagador.
- Prazer, filho da Sophia top Abranhão. - Falou aina desanimada, mas conseguindo sorrir ao apertar a mão dele.
Lua tornou a ligar para o celular de Amy Lee. Mas ela não atenderia. A água de coco que Caio comprou para a mãe, e deu para Amy beber.
- Não vai mesmo atender?
- Não. - Disse irritada. - Deixa eles me perderem um pouco.
- Hã... Quer... - Sem graça ele sorriu. - Ir para minha casa?
- Oi? - Segurando o coco, ela franziu a sobrancelha. Discretamente sugou a água, com o canudo.
- Subir... - Manuseou a mão para trás, inclinando um pouco o corpo. - Está escurecendo. E a maré também está ficando alta.
Amy encolheu os ombros e olhou para o mar. Ventava muito, Caio também olhou para o mar, maneou a cabeça sorrindo e lhe olhou novamente.
- Sua mãe? hã... Não fica brava se eu for contigo?
- Ela ficaria se eu contasse que você bebeu a água de coco que seria dela. - Riu. Amy olhou para o coco e ergueu os olhos. Ele notou o susto dela e riu. - Estou apenas brincando.
- Uffa. -Suspirou aliviada e risonha.
E então o celular tocou e quando ela olhou para a tela, era Géss ligando. Amy sorriu ao ver o nome dela enquanto tocava e logo atendeu.
- O garota, onde cê tá? - Começou o esporro desde já. - Amiga,você não sabe, sua mãe simplesmente me achou no facebook. Perguntou se eu sabia onde você... - Pausou. - Calma. A melhor parte é a que, a Lua blanco, senhora sua mãe. Me adicionou no facebook. Eu... Santo Cristo. - Tinha um mini ataque do outro lado da linha.
- Géss!- Pediu a vez de falar, um pouco impaciente. - Respira ai. Agora presta atenção... - Respirou fundo. - Diz que eu entrei no mar, um tubarão me comeu e eu estou me comunicando contigo do céu. Ah... E eu tenho apenhas 3...2... Hã... Bye. - Desligou o celular, estufou o peito e soltou o ar, como se tivesse exausta. Olhou para Caio com os lábios dentre abertos. Em seguida sorriu, discordando com a cabeça e largou o coco na areia em seu lado.
Caio levantou, limpou a bermuda jeans suja de areia e estendeu a mão para ela. Amy abaixou a cabeça e tentou disfarçar o sorriso, olhou para ele de novo, segurou sua mão e foi ajudada a se levantar. Subiram no calçadão de mãos dadas, mas pela falta de jeito largaram as mãos. Rapidamente estavam do outro lado da avenida, diante do prédio onde a top na balada, Sophia Abrahão morava com seu filho gato que encheu os olhos da bela indomada Amy Lee.
- Amiga nova Caio? - O porteiro que parecia ter uma certa intimidade com ele, perguntou. Amy dobrou os lábios sem graça e Caio sorriu chamando o elevador.
- É sim, Seu Almir. - Ele respondeu, olhando para o porteiro. Almir aparentava ter no máximo uns 60 anos, com o cabelo totalmente branco e a pele desgastada da vida, parecia mesmo ser uma ótima pessoa.
- Como é seu nome, menina linda? - Segurou a mão de Amy, afetuoso.
- Amy. - Respondeu olhando-o ao apertar a mão de Almir com cuidado. - Sabe uma cantora de Rock? Evanescence? Então. Meu pai pensou nela, para homenagear. - Riu.
- Irado. - Almir fez um gesto de rock com a mão, arrancando uma risada de Amy e Caio. - Sou Almir, ao seu dispor.
- Vamos. - Caio seguro o elevador á espera de Amy.
- Até mais, seu Almir. - Assentiu com o olhar. Ainda segurando a mão dele com carinho. - Foi um prazer te conhecer.
- O prazer foi meu, coisa linda. - E ah, seja qual for o motivo desses olhinhos tristes, vai passar.
- Tomara. - Puxou o ar e soltou, abatendo-se.

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