Peça-me o que quiser agora e sempre - 2º temp. - 16º e 17º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 16:

Arthur!

Me viro.

Olho para ele.

Santo Deeeuuuusss, está um arraso de lindo!

Mas, espera aí, quando não está? E, consciente de sua irritação e da minha, pergunto com minha petulância no máximo:

— E quem vai me impedir, você?

Não responde.

Continua não respondendo.

Apenas me olha com aqueles olhos azuis gelados.

— Se, pra impedir, tenho que te carregar nas costas pra te levar comigo, é o que

farei — murmura por fim.

O comentário não me surpreende e não me deixo intimidar.

— Sim, claro... no dia de são nunca. Você é descarado, hein? Se atreva e...

— Lu, não me provoque — corta, com secura.

Sorrio diante da advertência dele, e sei que meu sorriso o perturba mais ainda.

— Olha, pequena, minha paciência nesses dias está mais que esgotada. E...

— Tua paciência?! — grito, descontrolada. — Esgotada tá é a minha! Me liga. Me persegue. Me assedia. Aparece no meu trabalho. Minha família insiste em que você é meu namorado, mas não! Não é. E ainda assim vem me dizer que tua paciência está esgotada.

— Te amo, Lu.

— Pior pra você — respondo, sem saber muito bem o que digo.

— Não posso viver sem você — murmura com voz rouca e carregada de tensão.

Um “ohhhhhh!” abafado escapa dos lábios de minha irmã. A expressão dela diz tudo.

Está totalmente abduzida pelas palavras romanticonas de Arthur. Irritada e sem vontade de ouvir o que tenha a me dizer, me aproximo dele, me empino toda e digo, o mais perto possível de sua cara:

— Está tudo acabado entre nós. Que parte desta frase você é incapaz de processar?

Minha irmã, ao me ver neste estado, despenca de sua nuvenzinha cor-de-rosa, me pega por um braço e me afasta de Arthur.

— Por Deus, Lua, calma! A cozinha está cheia de objetos pontiagudos, e neste momento você é uma arma de destruição em massa.

Arthur dá um passo adiante, afasta minha irmã e afirma, me olhando:

— Você vai vir comigo.

— Contigo? — digo, e sorrio com malícia.

Meu Iceman particular confirma com essa segurança arrasadora que me desconcerta:

— Comigo.

Irritada com a confiança que ele destila por cada poro, levanto uma sobrancelha.

— Nem em sonhos.

Arthur sorri. Mas seu sorriso é frio e desafiante.

— Não posso sonhar?

Encolho os ombros, olho desafiante para ele e adoto a atitude mais atrevida de que sou capaz:

— Pois não.

— Lu...

— Oh, por favorrrrrrrrrrrrrrr! — protesto, louca para pegar a frigideira que está perto da minha mão e sentá-la na cabeça dele.

— Lua — cochicha minha irmã —, afaste a mão da frigideira agora mesmo.

— Cala a boca, Raquel! — grito. — Não sei quem é o mais chato, se você ou ele.

Minha irmã, ofendida, sai da cozinha e fecha a porta. Mostro intenção de ir atrás dela, mas Arthur corta meu caminho. Estou ofegante. Seguro a vontade de matá-lo e sussurro:

— Já te disse muito claramente que, se você fosse embora, devia assumir as consequências.

— Eu sei.

— Então?

Me olha... me olha... me olha e, finalmente, diz:

— Agi mal. Como você diz, sou um cabeça-dura. Preciso que me perdoe.

— Está perdoado, mas nossa história acabou.

— Pequena...

Sem me dar tempo de reagir, me pega entre seus braços e me beija. Me sinto dominada. Toma minha boca com verdadeira adoração e me aperta contra ele de forma possessiva. Meu coração vai a mil. Mas, quando Arthur separa sua boca da minha, eu digo:
 

Capítulo 17:

— Cansei das tuas imposições.

Me beija de novo e me deixa quase sem fôlego.

— De teus showzinhos e tuas zangas, e...

Toma minha boca de novo. Quando se separa de mim, murmuro sem ar:

— Não faça isso de novo, por favor.

Arthur me olha e desvia o olhar em seguida, girando a cabeça.

— Se vai me dar com a frigideira, dê logo, porque não planejo soltar você. Planejo continuar te beijando, até que me dê uma nova oportunidade.

De repente, consciente de que estou com o cabo da frigideira na mão, eu o solto. Eu me conheço, sou uma arma de destruição em massa, como diz minha irmã. Arthur sorri, e digo com toda a convicção de que sou capaz:

— Arthur, nossa história acabou.

— Não, querida.

— Sim, acabou! — repito. — Desapareci de sua empresa e de sua vida. Que mais você quer?

— Quero você.

Ainda entre seus braços, fecho os olhos. Minhas forças começam a desfalecer, percebo. Meu corpo começa a me trair.

— Te amo — prossegue ele perto de minha boca. — E te amar assim às vezes me faz ser irracional diante de certas coisas. Sim, tive dúvidas. Tive dúvidas ao ver aquelas fotos suas com Betta. Mas essas dúvidas se dissiparam quando você falou como falou, no escritório, e me fez ver o quanto sou ridículo e idiota. Você não é Betta. Você não é uma mentirosa, uma filha da mãe sem-vergonha como ela. Você é uma mulher maravilhosa, sensacional, que não merece o tratamento que se dei. Nunca me perdoarei por ter partido seu coração.

— Arthur, não...

— Querida, não duvide um segundo de que você é o mais importante em minha vida e que estou louco por você. — Eu o olho, ele pergunta: — Você não me ama mais? —

Não respondo. — Se me diz que não, prometo te soltar, ir embora e nunca mais te incomodar de novo. Mas se me ama, me desculpe por ser tão cabeça-dura. Como você disse, sou alemão! E estou disposto a continuar insistindo que você volte comigo, porque já não sei viver sem você.

Meu coração vai estourar. Que coisas mais bonitas Arthur está me dizendo! Mas... não. Não devo ouvi-lo. Então murmuro com um fio de voz:

— Não me faça isto, Arthur.

Sem me soltar, suplica, colando sua testa na minha.

— Por favor, meu amor, por favor. Me escute, por favor, por favor. Uma vez você me cobrou que eu me abrisse com você, mas eu não sei fazer isso. Eu não tenho nem sua magia, nem sua graça, nem sua doçura para demonstrar os sentimentos. Sou apenas um alemão sem sal que se põe diante de você e te pede... te suplica uma nova oportunidade.

— Arthur...

— Ouça — me interrompe rapidamente —, já falei com os donos do pub onde você trabalha e já ajeitei tudo. Não precisa ir trabalhar. Eu...

— O que foi que fez?

— Pequena...

Furiosa. Fico furiosa de novo.

— Espera aí. Quem você pensa que é pra... pra...? Ficou louco?

— Querida. O ciúme está me matando e...

— Não é o ciúme que vai te matar, sou eu — insisto. — Acabou de ferrar o único trabalho que eu tinha. Mas quem você pensa que é pra fazer isso? Quem?

Espero que minhas palavras o irritem, mas não.

— Sei que isso parece abusivo de minha parte, mas quero... preciso ficar com você

— teima meu Iceman. Vou resmungar qualquer coisa, quando acrescenta: — Não posso permitir que continue distribuindo seus maravilhosos sorrisos e seu tempo a outro que não seja eu. Te amo, pequena. Te amo demais pra te esquecer e farei tudo o que for preciso pra que você me ame de novo, pra que você precise de mim tanto quanto eu preciso de você.

Meus olhos se enchem de lágrimas. Estou enfraquecendo. Agora complicou para o meu lado! O homem que amo está me dizendo as coisas mais maravilhosas da minha vida. Mas me agarro a minha decisão.

— Me solte.

— Então é verdade? Já não me ama? — pergunta com voz tensa e carregada de emoção.

9 comentários:

  1. espero que ela não diga que não ama mais ele, ou se ela disser espero que ele não acredite!vai demorar pra eles voltarem???

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  2. Momento tensoooo....posta maissss!!!!

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  3. Faz ele voltar com a Lua logo!!

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  4. FALA LOGO QUE AMAAA
    VOU TER UM TRECO SE ELA DEIXAR ELE IR EMBORA!

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  5. Menina como q vc deixa um homem desses escapar? ??

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  6. Eles tem que voltar logo, a Lua tem que parar com essa palhaçada, jah tah ficando chato... Posta mais....

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