Peça-me o que quiser agora e sempre - 2º temp. - 62º e 63º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 62:

Acordo às nove. Bem, o despertador me acorda. Botei o despertador porque sou do tipo que dorme até o meio-dia, se ninguém me chama. Como sempre, estou sozinha na cama, mas sorrio ao lembrar que é a manhã do feriado de Reis.

Que bela manhã!

Vestida com o pijama e um roupão, pego meus presentes, que estão guardados no armário, e desço a escada pronta para distribuí-los.

Vivam os Reis Magos!

Passo pela cozinha e convido Simona e Norbert para ficarem connosco. Tenho presentes para eles também. Quando entro na sala de jantar, Arthur e Flyn jogam Wii. O menino, quando me vê, fecha a cara. Eu, feliz como uma criança, paro a música com o controle de Arthur, olho para eles e anuncio feliz:

— Os Reis Magos deixaram presentes pra vocês.

Arthur sorri e Flyn diz:

— Espere que a gente acabe a partida.

Puta que pariu!

A falta de alegria desse menino me leva a nocaute. Puxa, igualzinho à minha Luz, que com certeza está gritando e pulando de felicidade ao ver os presentes embaixo da árvore! Mas decidida a não dar bola para ele, levanto Arthur da poltrona quando Norbert

e Simona entram.

— Vamos, vamos nos sentar perto da árvore. Tenho que dar os presentes de vocês.

Flyn protesta de novo, mas desta vez Arthur o repreende. O menino se cala e vem sentar com a gente perto da árvore. Então Arthur tira quatro envelopes do bolso de sua calça e dá um para cada um de nós.

— Feliz Natal!

Simona e Norbert agradecem e guardam os envelopes no bolso sem abrir. Eu não sei o que fazer com o meu e observo Flyn abrir o dele.

— Dois mil euros! Obrigado, tio!

Incrédula, alucinada, estupefata e boquiaberta, olho Arthur e pergunto:

— Está dando um cheque de dois mil euros a uma criança no Dia de Reis?

Arthur balança a cabeça concordando.

— Esse negócio de presentes é uma besteira — diz o menino. — Eu já sei quem são os Reis Magos.

Essa explicação não me convence e, olhando meu Iceman, protesto.

— Pelo amor de Deus, Arthur! Como pode fazer isso?

— Sou prático, meu amor.

Neste instante, Simona entrega a Flyn uma pequena caixa. O menino a abre e grita com entusiasmo ao encontrar um novo jogo do Wii. Fico animada com sua felicidade, embora seja por outro joguinho que o manterá preso à televisão. Dou a Simona e a

Norbert meus presentes. São uma jaqueta de lã para ela e um par de luvas e cachecol para ele. Ambos me olham com alegria e não param de me agradecer, enquanto se desculpam por não terem nenhum presente para mim. Coitados, como ficam constrangidos!

Continuo tirando pacotes da minha enorme sacola. Entrego um a Arthur e vários a Flyn.

Arthur rapidamente abre o seu e sorri ao ver o cachecol azul e a camisa Armani. Adorou!

Flyn nos observa com seus pacotes na mão. Decidida a assinar o tratado de paz com o menino, olho para ele com carinho.

— Vamos, querido. Abra tudo. Espero que goste.

Durante uns instantes, o menino contempla os pacotes e a caixa que deixei diante dele. Se fixa na caixa enorme embrulhada com papel vermelho. Olha para mim e para a caixa alternadamente, mas não a toca.

— Garanto que não morde — digo afinal em tom cômico.

Receoso como sempre, Flyn pega a caixa. Simona e Norbert incentivam-no a abrir logo. Por uns segundos, ele fica olhando como se não soubesse o que fazer com ela.

— Rasgue o papel. Vamos, puxe — digo.

Em seguida começa a desembrulhar o presente. Arthur e eu sorrimos. Quando, por fim, tira o papel bonito, dá com a caixa fechada.

— Vamos, abra!

Ele obedece. Quando vê o que há na embalagem, exclama:

— Nossa!

Sim, sim, sim, ele gostou!

Eu sei. Dá para perceber.

Sorrio triunfal e olho Arthur. Mas a expressão dele mudou. Já não sorri. Simona e Norbert também não. Todos olham o skate verde com seriedade.

— O que foi? — pergunto.


 
Capítulo 63:
Arthur tira o skate das mãos do garoto e o mete na caixa.

— Devolva isso, Lu.

Então lembro o que Sophia me disse. Problemas! Mas me recuso a tentar entender o que há de errado e respondo:

— Devolver? Por quê?

Ninguém responde. Pego de novo o skate verde da caixa e o mostro a Flyn.

— Não gosta?

O menino, pela primeira vez desde que o conheço, me olha ansioso. O presente o impressionou. Sei que ele gostou. Seus olhos me dizem, mas, claro, Flyn não quer admitir isso por causa da expressão séria de Arthur. Decidida a brigar pela causa, deixo o skate de lado e peço que Flyn abra os outros presentes. Em seguida, surgem o capacete, as joelheiras e as cotoveleiras. Então pego de novo o skate e me dirijo a meu Iceman:

— Qual o problema com o skate?

Arthur, sem olhar para o que tenho nas mãos, diz:

— É perigoso. Flyn não sabe usar. Em vez de se divertir com ele, vai é se machucar.

Norbert e Simona concordam com a cabeça, mas não vou dar o braço a torcer:

— Comprei todos os acessórios para que Flyn tenha o mínimo de problema até que aprenda. Não se preocupe, Arthur. Vai ver que em quatro dias ele será um craque.

— Lua — diz com voz muito tensa —, Flyn não vai andar nessa coisa.

Incrédula, respondo:

— Tenha dó, vamos, é apenas um brinquedo. Eu posso ensinar Flyn.

— Não.

— Ensinei Luz a andar. Precisa ver como ela anda.

— Já disse que não.

— Meu amor, escuta, não é difícil aprender. Basta pegar o jeito e manter o equilíbrio. Flyn é um menino esperto, tenho certeza de que aprenderá rapidamente.

Arthur se levanta, pega o skate de minhas mãos e explica, alto e claro:

— Quero isto longe de Flyn, entendido?

Santo Deus, tenho vontade de matá-lo, quando fica assim! Me levanto, pego de volta o skate e resmungo:

— É o meu presente para Flyn. Não acha que deveria ser ele quem diz se quer ou não?

O menino só nos observa. Mas, finalmente, diz:

— Não quero. É perigoso.

Simona, com o olhar, pede que me cale. Que pare de insistir. Mas me recuso!

— Olha, Flyn..

— Lu — intervém Arthur, pegando de novo o skate —, ele acaba de dizer que não quer. O que mais você precisa ouvir?

Irritada, arranco a droga do skate das mãos dele.

— O que ouvi é o que você queria que ele dissesse. Deixe que ele responda.

— Não quero — insiste o menino.

Me aproximo dele com o skate e me agacho.

— Flyn, se você quiser, eu posso te ensinar. Prometo que você não vai se machucar, porque não vou deixar e...

— Chega! Já disse que não e é não — grita Arthur. — Simona, Norbert, levem Flyn daqui. Tenho que falar com Lua.

Quando os outros saem da sala, Arthur sussurra:

— Escuta, Lu, se não quer que discutamos diante do menino ou dos empregados, fique calada. Já disse que não ao skate. Por que insiste?

— Porque é uma criança, merda! Não viu os olhos dele quando abriu o pacote? Ele adorou. Você não reparou?

— Não.

Louca para xingá-lo de tudo, protesto:

— Ele não pode ficar o dia todo jogando Wii e Play ou sei lá o quê. Que tipo de criança você está educando? Não vê que Flyn vai acabar um menino retraído e medroso?

— Prefiro que seja assim a acontecer alguma coisa.

— Claro, alguma coisa vai acontecer com ele com a educação que você está dando.

Não pensou que chegará o momento em que ele vai querer sair com os amigos ou com uma garota, e não saberá fazer nada, fora jogar Wii e obedecer o tio? Vocês dois, hein? Tal tio, tal sobrinho.

Arthur me olha, me olha e me olha, antes de responder:

— Você morar comigo e Flyn nesta casa é a melhor coisa que me aconteceu em anos, mas não vou pôr o garoto em perigo porque você acha que ele deve ser diferente. Aceitei que você armasse essa árvore pavorosa na sala, obriguei o menino a escrever os desejos absurdos como enfeites, mas não vou ceder no que se refere à educação dele. Você é minha namorada, se ofereceu pra cuidar do meu sobrinho quando eu não estiver, mas Flyn é minha responsabilidade, não sua. Não se esqueça disso.

7 comentários:

  1. Ops Guerra declarada Lu vai explodir em 3 2 1 ... kkkk quem ganha Espanha ou Alemanha? mais amando

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  2. Isso não é uma criança é um robo só pode Arthur criando uma florzinha de cristal Lua tem que bota moral faz creve Lua kkk Dar certo bota esse alemão no tapete kkk que ta mais anoite kkk

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  3. Ridículo, aonde que isso é uma criança saudável ? Que curte a infância ? Meu Deus
    Acho que se fosse comigo, eu pegava o garoto e ia com ele pra um parque, ou sei lá, todo dia pra ensinar á ele ! E ainda dava uma lição de moral daquelas com o pai, tio, seja o que for, da criança ! Me revoltei !!

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  4. Se eu fosse lua ia embora... Nunca ia aceitar ser tratada desse jeito, ele gosta de mandar em todo mundo. Amooo essa web, pista maissss!!!

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  5. Nossa, "Guerra Declarada". Ansiosa pelo próximo.... Posta mais logo... #roendoasunhas

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  6. Mano se eu fosse a Lua já teria dado na cara do Arthur ! Como a criança vai ser saudável jogando vídeo game slk parece meus primos que não tem vida social ! Mais!!!

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