Peça-me o que quiser agora e sempre - 2º temp. - 36º e 37º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 36:


Ambos sorriem. Sem perder tempo, Arthur se levanta, toca com cumplicidade o punho de Björn, pega minha mão e diz:

— Vamos atender a cozinheira ou não poderemos voltar aqui.

Espantada, me levanto diante do olhar de todos. Quando Flyn vai se levantar para nos acompanhar, Björn atrai a atenção da criança:

— Se você for, eu como todas as suas batatas.

O garoto defende sua propriedade, enquanto nos afastamos do grupo. Saímos da sala, caminhamos por um corredor amplo e, de repente, Arthur para diante de uma porta, mete uma chave na fechadura, me faz entrar e, depois de fechar a porta, murmura, desabotoando a jaqueta:

— Não posso aguentar mais, querida. Tenho fome, e não é da comida que ficou na mesa.

Eu o olho desconcertada.

— Mas não íamos falar com a cozinheira?

Arthur se aproxima, o olhar devorador.

— Vamos, querida, tire a roupa. Escala cinquenta, lembra?

Ainda espantada, vou responder quando Arthur, impetuoso, me pega pela cintura e me senta sobre a mesa do escritório. Mas não disse pra eu tirar a roupa?

Ele passa a língua em meu lábio superior, depois no inferior. Quando termina esse contato excitante com uma mordidinha, sou eu que se lança sobre sua boca e a devora.

Calor.

Excitação.

Loucura instantânea.

Durante vários minutos, nos beijamos num verdadeiro delírio, enquanto nos acariciamos. Arthur está tão excitante e tão intenso que sinto que vou derreter, mas quando, cheio de pressa, levanta meu vestido e bota as enormes mãos na barra de minhas meias, digo:

— Stop. — Minha ordem o faz parar. — Não quero que rasgue as meias nem a calcinha. São novas e me custaram uma fortuna. Eu tiro.

Sorri, sorri, sorri. Santo Deus! Quando sorri, meu coração bate selvagem.

Que rasgue o que quiser!

Arthur dá um passo atrás. Percebo que seu desejo aumenta. Rápido, ponho um pé em seu peito. Sem afastar os olhos dos meus, me tira a bota. Repetimos a operação com a outra bota.

Uau, que gostoso é meu Iceman!

Quando as botas estão no chão, desço da mesa, e Arthur dá um passo atrás. Eu tiro as meias e as deixo sobre a mesa.

A respiração de Arthur é tão irregular quanto a minha. Quando ele se ajoelha na minha frente, sem que seja necessário me pedir o que quer, eu o faço. Me aproximo dele e ele encosta seu rosto em minha calcinha, fecha os olhos, murmura:

— Você não sabe quanta saudade senti.

Eu também senti saudade e, excitada, pouso minhas mãos em seu cabelo e desarrumo, enquanto ele, sem se mexer, esfrega sua face em meu púbis. Então, com um dedo, abaixa um pouco a calcinha e passeia sua boca pela tatuagem. Ouço que murmura:

— Peça-me o que quiser, pequena. O que quiser.

Repetindo essa sua frase, tatuada no meu corpo, tira a calcinha e a deixa sobre a mesa. Levanta-se, me abraça e me senta sobre a mesa, depois abre minhas pernas e abaixa a calça preta de moletom. Quando observo sua ereção tentadora, Arthur sussurra, me deitando:

— Fico louco com esta frase em teu corpo, pequena. Eu ficaria horas te lambendo, mas agora não há tempo para preliminares. Por isso vou te foder agora mesmo.

Sem mais, aproxima-se de minha vagina molhada e me penetra com um único e certeiro movimento.

Sim, sim, sim...

Oh, sim!

Ouvimos o zum-zum-zum das pessoas do outro lado da porta, e Arthur me possui. Eu o olho e me delicio.

— Chega de segredos entre nós — murmuro.

Arthur concorda, sem parar de me comer.

— Quero sinceridade em nossa relação — insisto, ofegante.

— Claro, pequena. Prometido, agora e sempre.

A música chega até nós, mas eu só consigo me concentrar no que sinto neste instante. Estou me saciando uma vez depois da outra com o homem que mais desejo no mundo. Adoro isso. Suas mãos fortes me seguram pela cintura, me guiam, e eu me deixo guiar, feliz.

Arthur me aperta contra ele uma vez depois da outra, os dentes cerrados. Meu corpo se abre para recebê-lo, e ofegante, estou disposta a me abrir mais e mais. De repente, Arthur me levanta entre seus braços e me apoia contra a parede.

Oh, meu Deus, sim!
 

Capítulo 37:


Arthur, cada vez mais possessivo, entra em mim com mais intensidade. Uma, duas, três vezes. Sete, oito, nove... Eu gemo de prazer.

Suas mãos me apertam a bunda, me imobilizam contra a parede. Só posso receber deliciada seus contínuos, maravilhosos e demolidores movimentos. Este é Arthur. Esta é nossa maneira de nos amar. Esta é nossa paixão.

Calor. Tenho um calor terrível quando sinto que um orgasmo devastador está a ponto de me fazer gritar. Arthur me olha e sorri. Contenho o grito e, como posso, sussurro em seu ouvido:

— Agora. Vamos, mais fundo agora.

Ele obedece, ele sabe como fazer. Arthur mergulha fundo em mim e eu me delicio e explodo de prazer. Arthur me dá o que peço. É meu dono. Meu amor. Meu servo. Ele é tudo para mim, e quando a excitação entre nós parece que vai nos queimar, nasce em nossas gargantas um grito explosivo de libertação que calamos com um beijo.

Instantes depois, Arthur se arqueia sobre mim e eu, decidida a não deixar que saia pela noite toda, aperto meu querido.

Quando os estremecimentos do orgasmo maravilhoso começam a desaparecer, nos olhamos nos olhos. Arthur murmura, ainda dentro de mim:

— Não posso viver sem você. O que você fez comigo, hein?

Isso me faz sorrir. Depois de lhe dar um beijo casto na boca, respondo:

— Fiz o mesmo que você fez comigo. Fiz você se apaixonar.

Durante uns segundos, meu Iceman particular me olha com esse olhar tão seu, tão alemão e tão sedutor que me deixa louca. Eu adoraria estar em sua mente e saber o que passa por ela quando ele me olha desse jeito. Por fim, Arthur me dá um beijo nos lábios e me solta de má vontade.

— Eu te comeria em cada canto deste lugar, mas acho que devemos voltar. O pessoal nos espera.

Concordo com entusiasmo. Vejo as meias e a calcinha na mesa. Me visto

apressadamente, depois que Arthur abre uma gaveta e pega uns guardanapos de papel para nos limparmos.

— Ora, ora, senhor Aguiar — noto com um gesto malicioso —, parece que não é a primeira vez que você vem aqui satisfazer suas necessidades.

Arthur sorri e, depois de se limpar e jogar o guardanapo no lixo, responde ajeitando sua calça preta:

— Não se engana, senhorita Blanco. Este lugar é do pai de Björn. Visitamos este quartinho muitas vezes para nos divertir e compartilhar umas companhias femininas.

Acho graça de seu comentário, mas o ciúme espanhol tão característico da minha personalidade me faz ir além. Arthur me olha.

— Espero que a partir de agora sempre conte comigo — digo, franzindo os olhos.

Arthur sorri.

— Não tenha dúvidas, pequena. Já sabe que é o centro do meu desejo.

Fogo...

Falar tão claramente sobre sexo com Arthur me enlouquece. Ele, que me conhece, se aproxima e me pega pela cintura.

— Logo você vai abrir as pernas pra que outro te foda diante de mim, enquanto beijo teus lábios e bebo teus gemidos de prazer. Só de pensar nisso já fico duro de novo.

Fico vermelha — talvez mais vermelha que um tomate-cereja. Só imaginar o que ele disse me deixa enlouquecida.

— Você quer mesmo isso, Lu?

Sem o menor pingo de vergonha, movo a cabeça afirmativamente. Se meu pai me visse, me deserdaria. Arthur, divertido, sorri e me beija com carinho.

— Vamos fazer, sim, te prometo. Mas agora é melhor acabar de se vestir, minha linda. Há uma mesa cheia de gente nos esperando a poucos metros daqui. Se demorarmos mais, vão começar a suspeitar.

Afogueada pelo que aconteceu e por suas últimas promessas, boto as meias e depois, com a ajuda de Arthur, ajeito as botas.

— Estou decente de novo? — digo, olhando para ele.

Arthur me olha de alto a baixo e sussurra, antes de abrir a porta:

— Sim, querida. Mas quando chegarmos em casa, te quero totalmente indecente. — Rio. Ele continua, ofegante: — Vamos de uma vez, ou não sou capaz de me conter e rasgo essas tuas amadas meias e calcinha novas.

À noite, quando chegamos em casa e Arthur coloca Flyn para dormir, fechamos a porta de nosso quarto e nos entregamos ao que mais gostamos: sexo selvagem, cheio de tesão, ardente.

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