Capítulo 54:
Pego a caneta e o caderno e começo a escrever pequenos desejos. Quando
tenho uma porção, arranco as folhas e as corto com cuidado. Faço desenhozinhos
natalinos ao redor do texto. Preciso me entreter com alguma coisa. Quando estou
satisfeita, enrolo meus desejos e os ato com a fita colorida. Fico nessa por
mais de uma hora, até que de repente vejo uns pés ao meu lado, levanto a cabeça
e me deparo com a cara fechada de meu Iceman.
Caraca! Que coisa!
Me levanto rapidamente e tiro os fones.
— O que é isso? — diz, enquanto aponta a árvore vermelha.
Vou responder quando o baixinho de olhos puxados se aproxima do tio e,
com a mesma expressão séria dele, responde:
— Segundo ela, uma árvore de Natal. Segundo eu, uma porcaria.
— Que você ache uma porcaria minha linda árvore não significa que ele
tenha que achar também — respondo ríspida. Depois olho Arthur e continuo: —
Tudo bem, talvez não combine com tua sala, mas eu vi esta árvore e não pude
resistir. Não é bonita?
— Por que não ligou pra me consultar? — diz meu alemão favorito.
— Pra consultar você?
Estou surpresa.
— Sim. Sobre a compra da árvore.
Tô chocada!
Mando Arthur à merda ou só o insulto?
Por fim, decido respirar antes de dizer o que penso, mas, chateada,
digo:
— Nunca pensei que tivesse que pedir permissão pra comprar uma árvore
de Natal.
Arthur me olha, me olha e então se dá conta de que estou ficando puta
da vida. Para tentar me acalmar, pega a minha mão.
— Olha, Lu, o Natal não é minha época preferida do ano. Não gosto das
árvores nem dos enfeites que nestas datas todo mundo coloca em casa. Mas se
você queria tanto uma árvore, eu podia ter encomendado um belo pinheiro.
Nós três olhamos de novo minha árvore vermelha e, antes que Arthur
diga qualquer coisa, respondo:
— Sinto que não goste da época natalina, mas eu adoro. E com certeza
não gosto que se corte um pinheiro pelo simples fato de que seja Natal. São
seres vivos, que levam muitos anos pra crescer, pra morrer só porque a gente
gosta de decorar nossa sala com um pinheiro no Natal. — Tio e sobrinho me
olham. — Sei que algumas dessas árvores são replantadas. Tudo bem, mas a
maioria delas acaba seca, na lata do lixo.
Eu tô fora. Prefiro uma árvore artificial, que uso e que, quando não
preciso, guardo para o ano seguinte. Pelo menos sei que enquanto está guardada
não morre nem seca.
Os lábios de Arthur se arqueiam. Acha graça de minha defesa dos
pinheiros. Aproveito o momento e pergunto:
— Não acha mesmo linda e original esta árvore?
Com sua habitual sinceridade, levanta as sobrancelhas e diz:
— Não.
— É horrível — resmunga Flyn.
Não me rendo. Evito responder ao menino e, toda carinhosa, olho meu
menino grande.
— Nem gosta se eu disser que é nossa árvore dos desejos?
— Árvore dos desejos? — pergunta Arthur.
Faço um gesto afirmativo, e Flyn responde, enquanto toca um dos
desejos que eu já pendurei na árvore:
— Ela quer que a gente escreva cinco desejos pra pendurar aí. Depois,
no fim das festas, que a gente leia pra que aconteçam. Mas eu não quero fazer
isso. Isso é coisa de menina.
— Seria novidade se você quisesse — falo demasiado alto.
Arthur me repreende o comentário com um olhar. O menino, disposto a
chamar a atenção, grita:
— Além do mais, as árvores de Natal são verdes e são decoradas com
bolas. Não são vermelhas nem são enfeitadas com desejos bobos.
— Pois eu gosto dela vermelha e enfeitada com desejos, veja só.
Arthur e Flyn se olham. Em seus olhos vejo que se comunicam.
Desgraçados! Mas, consciente de que quero minha árvore vermelha e do quanto vou
ter de lutar com estes dois resmungões, tento ser positiva:
— Olha, meninos, é Natal, e um Natal sem árvore não é um Natal!
Arthur me olha. Eu o olho e faço um biquinho. Por fim, ele sorri.
Ponto pra Espanha!
Flyn, emburrado, vai se afastar quando Arthur o pega pelo braço e diz,
apontando o caderno:
— Escreva cinco desejos, como Lu pediu.
— Não quero.
— Flyn...
— Droga, tio! Não quero.
Arthur se agacha. Fica cara a cara com a criança.
Capítulo 55:
— Por favor, eu gostaria muito que fizesse isso. Este Natal é especial
pra todos nós e seria um bom começo com Lu aqui em casa, né?
— Detesto que ela tenha de cuidar de mim e me mandar fazer coisas.
— Flyn... — insiste Arthur com dureza.
A batalha de olhares entre eles é velada. Por fim meu Iceman vence. O
menino, furioso, pega o caderno, rasga uma folha e agarra uma das canetas.
Quando está para sair, digo:
— Flyn, pegue a fita verde pra amarrar na árvore.
Sem me olhar, pega a fita e vai até a mesinha em frente à tevê, onde
começa a escrever. Com discrição me aproximo de Arthur e, ficando na ponta dos
pés, cochicho:
— Obrigada.
Meu alemão me olha. Sorri e me beija.
Ponto pra Alemanha!
Por um momento falamos sobre a árvore e tenho que rir com seus
comentários. Arthur é tão clássico para certas coisas que é impossível não rir.
Um tempo depois, Flyn volta, pendura na árvore os desejos que escreveu e, sem
nos olhar, vai para a poltrona. Pega o comando do Play, e a música barulhenta
começa a soar. Arthur, que não tira os olhos de mim, pega o caderno no assoalho
e a caneta e pergunta em meu ouvido:
— Posso anotar qualquer desejo?
Sei onde quer chegar. Sei o que quer dizer. Melosa, murmuro mais
pertinho dele:
— Sim, senhor Aguiar, mas lembre que no fim da festa leremos os
desejos todos juntos.
Arthur me observa por uns instantes, e eu só penso em sexo... sexo...
sexo. Deus meu! Olhar para Arthur me
excita tanto que estou me transformando numa escrava do sexo! Por fim, o gato
do meu namorado concorda com um gesto, se afasta uns metros e sorri.
Uau! Como me deixa, quando me olha assim. Adoro essa mistura de
desejo, intimidação e mau-humor. Sou pra lá de masoquista!
Fico olhando Arthur escrever apoiado na mesinha da sala de jantar.
Gostaria de saber seus desejos, mas não me aproximo. Devo esperar até o dia
marcado para ler.
Quando Arthur acaba, dobra o papel e pega a fita prateada que lhe
estendo. Depois de pendurá-lo na árvore, me olha com malícia e vem pôr alguma
coisa no bolso da frente de meu moletom. Me beija na ponta do nariz, dizendo:
— Não vejo a hora de realizar este desejo.
Sorrio, feliz, excitada. Deus meu, que tesão! Ficando na ponta dos
pés, dou um beijo na boca de Arthur enquanto meu coração vai a trocentos por
hora. Depois de uma palmadinha cúmplice no meu traseiro, que me faz perceber o
quanto ele me deseja, ele se senta com seu sobrinho. Eu aproveito, tiro a pequena
caixa que pôs em meu bolso junto com um papel e leio:
— Meu desejo é ter você nua esta noite em minha cama pra usar este
brinquedo.
Sorrio. SEXO!
Curiosa, abro a caixinha e observo algo metálico com uma pedra verde.
Que incrível!
Para que será? Minha cara é de espanto quando leio no papel: “Joia
anal Rosebud”.
Puxa, não sabia que havia joias para o cu!
Desato a rir.
Alegre, vou até a janela, o rosto afogueado, e continuo lendo: “Joia
anal de aço cirúrgico com cristal de Swarovski. Ideal para enfeitar o ânus e
estimular a região anal.”
Que diferente!
Excitada, percebo que Arthur me olha com expressão sacana.
Comicamente, levanto o polegar em sinal de que gostei, e ambos rimos. Esta
noite vai ser o máximo!
Depois do jantar, proponho uma partida de Monopoly da Wii. Lance a
lance vamos nos entusiasmando. Por fim, deixamos que Flyn ganhe e ele vai
dormir todo prosa.
Quando ficamos sozinhos na sala, Arthur me olha. Seu olhar diz tudo:
impaciência. Beijo-o e murmuro em seu ouvido:
— Quero você em cinco minutos no quarto.
— Chegarei em dois — responde autoritário.
— Melhor!
Dito isto, saio da sala. Corro escada acima, entro em nosso quarto,
tiro o edredom, me dispo, deixo a joia anal ao lado do lubrificante sobre o
travesseiro e me atiro na cama para esperá-lo. Não há tempo para mais nada.
A porta se abre, e meu coração bate com força. Excitação. Arthur
entra, fecha a porta, e seus olhos já estão sobre mim. Caminha até a cama, e o
observo tirar a camiseta cinza.
— Teu desejo está esperando onde você o queria.
—
Perfeito — responde com voz rouca.
Posta maiss +++++++
ResponderExcluirLindosss... Será q vai ter briga entre lua e flyn? Posta maisss!!
ResponderExcluirEspero cenas fortes ein !!!!
ResponderExcluirPosta ++++++++
Ameeii *-*
😍😂🔥!! Mais +++
ResponderExcluirEitaa que o Flyn é pé no saco --' credo
ResponderExcluirahhh esses dois safadhenhos u.u
adoroooo :)
Esse flyn é terrível coitada da Lu mais ele não quer a Lua longe então flyn perde feio na disputa kkkkk ela consegue tudo com Arthur kkkkk
ResponderExcluirEsse flyn é terrível coitada da Lu mais ele não quer a Lua longe então flyn perde feio na disputa kkkkk ela consegue tudo com Arthur kkkkk
ResponderExcluiransiosa por mais :)
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