Peça-me o que quiser agora e sempre - 2º temp. - 46º e 47º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 46:



Arthur ri da minha cara.

Pelo amor de Deus, Flyn está com a gente!

Quero falar, protestar, mas meu gigante se aproxima e com cumplicidade me beija

na boca.

— Desejo que se divirta, pequena. Vamos... Tire a roupa e se esbalde.

Vou ter um troço. Caraca, ficou louco? Que pretende que eu faça?

— Vamos, minha linda, me siga — me apressa Orson. E olhando Arthur e Flyn, diz: — Se vocês quiserem, podem ir. Eu me ocupo dela e de todas as suas necessidades.

Me dá um calorão. Sim, vou ter um troço. Estou indignada. Vou gritar, explodir como uma possessa. Então aparece uma jovem com um cabide cheio de roupas. Fica vermelha ao ver Arthur. Depois me olha e pergunta:

— Você é a cliente que vem provar a roupa, não é?

Arthur solta uma gargalhada, e eu, ao compreender de repente o mal-entendido que eu mesma criei, dou um murro na barriga dele e rio. Arthur pega a mão do sobrinho e me beija de novo.

— Precisa de roupa, fofinha. Vamos, veja com Orson e Ariadna, e compre tudo, absolutamente tudo, o que quiser. Flyn e eu temos coisas a fazer.

Feliz da vida, devolvo o beijo e sigo Orson e a moça do cabide.

Entramos numa sala com grandes espelhos e muitas araras com todo tipo de roupa.

Surpresa, olho ao redor.

— Arthur me disse que você precisa de tudo — informa Orson. — Portanto, divirta-se.

Prove tudo o que quiser e, se não gostar de nada, me avise, que traremos mais.

Estou perplexa. O homem se vai. A jovem me olha e sorri.

— Vamos começar! — exclama.

Durante mais de duas horas, experimento todo tipo de calças, vestidos, camisas, botas, sapatos, casacos e conjuntos de lingerie. É tudo maravilhoso, mas, claro, a preços exorbitantes!

Soam umas batidas na porta. Instantes depois entra Arthur. Estou com um vestido sexy, de gaze preto — muito parecido ao que a Shakira usa quando canta Gitana.

Adoro o vestido e, pela cara dele, vejo que gosta também. Isso me faz sorrir. Ariadna, ao ver Arthur entrar, desaparece da sala. Ficamos só nós dois.

Com graça, dou uma voltinha diante dele.

— Que acha?

Arthur se aproxima e me agarra pela cintura. Sorri.

— Não vejo a hora de arrancá-lo, pequena.

Vou protestar, mas ele me beija. Minha nossa, como gosto de seus beijos!

— Está linda com este vestido — afirma, quando se afasta de mim. — Compre-o.

Num gesto automático, olho a etiqueta e me escandalizo.

— Arthur, é um... Santo Deus! Olha, custa dois mil e seiscentos euros! Nem louca!

Vamos, por favor, eu não ganho isso nem fazendo mais de cem mil horas extras.

Ele sorri e me segura o queixo.

— Você sabe que o dinheiro não é problema pra mim. Compre.

— Mas...

— Você precisa de um vestido pra festa da minha mãe, dia 5. E com este você está incrivelmente bonita.

A porta abre de novo. Entram Ariadna e Orson. Ele me olha e dá um assobio de aprovação.

— Este vestido foi feito pra você, Lu.

Sorrio. Arthur sorri.

— Bom, Lu, gostou de alguma coisa? — pergunta Orson.

Admirada, olho ao redor. Tudo é fantástico.

— Acho que gosto de tudo — respondo em tom de brincadeira.

Orson e Arthur me olham, e meu Iceman diz:

— Envie tudo pra minha casa.

Fico horrorizada.

— Arthur, pelo amor de Deus, nem pense nisso! A troco de que vai comprar tudo isto?

Achando graça com minhas reações, o homem pelo qual me apaixonei completamente aproxima seu rosto do meu e sussurra:

— Pois se não quer que enviem tudo pra casa, escolha alguma coisa. E quando digo alguma coisa, me refiro a... várias peças, incluindo sapatos e botas! Você precisa de tudo até que as suas coisas cheguem da Espanha, certo?

Uau! Isso pode me deixar louca. Adoro as roupas. Mas insisto:

— Tem certeza, Arthur?

— Certeza absoluta, pequena.

— Arthur, você me deixa sem jeito. É muito dinheiro.

Meu Iceman sorri e me beija a ponta do nariz.

— Você vale muito mais, querida. Vamos, me dê o prazer de ver você usar essas roupas. Pegue absolutamente tudo o que quiser sem olhar o preço. Sabe que posso bancar. Olho de relance para Orson, que sorri. Puxa, que comprinha Arthur vai fazer.

Finalmente, fraquejo. Estou vivendo o sonho que qualquer mulher da Terra gostaria de viver. Comprar sem olhar o preço! Respiro fundo, me viro para as coisas de que gostei, disposta a dar esse prazer a Arthur, embora, para dizer a verdade, quem vai ter um prazer enorme sou eu. Nossa, eu sou um perigo!

Ariadna fica ao meu lado para que eu vá lhe entregando as peças escolhidas. Então começo. Sem pensar no preço, pego vários jeans, camisetas, vestidos, saias longas e curtas, sapatos, botas, meias, bolsas, roupa íntima, um casaco comprido, gorros, mantas, luvas, um casaco acolchoado e vários pijamas.

Quando acabo de separar tudo isso, olho para Arthur com o coração acelerado.

— Quero tudo isso, incluindo o vestido que estou usando.

Arthur sorri. Está encantado, feliz.

— Desejo concedido por favor, me faça feliz.

Capítulo 47:

Com um lindo vestido vermelho que comprei esta tarde, me olho no espelho do quarto.

Fiz um coque alto, e minha aparência é sofisticada.

Chove horrores. Está caindo um temporal tremendo, e os trovões fazem eu me encolher. Não sou medrosa, mas nunca gostei dos trovões.

Ligo para meu pai em Jerez e falo com ele e com minha irmã. Ouço, ao fundo, as risadinhas de minha sobrinha, e meu coração se aperta. Enquanto falamos, todos parecem felizes, apesar de sabermos que morremos de saudade. Muita saudade.

Depois de desligar, um tanto emocionada, decido retocar a maquiagem. Chorei, meu nariz está igual a um tomate. Preciso dar uma arrumada geral. Quando acho que já estou totalmente apresentável, vou para a sala, descendo a escada presidencial. É a última noite do ano e quero me sentir feliz com Arthur e Flyn. Arthur, ao me ver, se levanta e caminha até mim. Está maravilhoso com seu terno escuro e sua camisa azul.

— Você está linda, Lu. Linda.

Me beija, e seu beijo tem sabor de desejo e amor. Durante uma fração de segundos, nos olhamos nos olhos, até que uma vozinha protesta.

— Parem já com esses beijos! Que nojo!

Flyn não suporta nossas demonstrações de afeto, e isso nos faz sorrir, embora o menino não ache graça nenhuma.

Flyn está vestido como Arthur, mas em miniatura! Faço um gesto de aprovação.

— Flyn, vestido assim, você se parece muito com teu tio. Está muito bonito.

O menino me olha e esboça um sorrisinho. Gostou do meu comentário, mas, mesmo assim, me apressa para jantar.

— Vamos de uma vez. Você está atrasada, e estou com fome.

Olho o relógio. Não são nem sete!

Santo Deus, como podem jantar tão cedo?

Este horário de gringo vai me matar. Arthur sorri — parece ler meu pensamento.

Quando me recomponho, contemplo a bela e enfeitada mesa que Simona e Norbert prepararam e pergunto, enquanto Arthur me guia a uma das cadeiras:

— Bom, e na Alemanha, o que se janta na última noite do ano?

Mas antes que possam responder, a porta se abre e aparecem Simona e Norbert com duas sopeiras que deixam sobre a bonita mesa. Surpresa, observo que numa das sopeiras há lentilhas, e em outra, sopa.

— Lentilhas? — digo rindo.

— Eca! — careteia Flyn.

— É uma tradição na Alemanha, como na Itália — responde Arthur, feliz.

— A sopa é de torresmo com salsichas, senhorita Lua, e está muito saborosa — diz Simona. — Sirvo um pouquinho?

— Sim, obrigada.

Simona me serve, e todos ficam me olhando. Esperam que eu prove a sopa que realmente está muito boa. Sorrio, e todos os outros sorriem também.

Sem conseguir ficar quieta, enquanto Norbert brinca com Flyn e Simona lhe enche o prato de sopa, olho Arthur e cochicho:

— Por que não diz a Simona e Norbert que se sentem com a gente pra jantar?

Minha sugestão o surpreende, mas concorda, depois de entender o que pretendo.

— Simona, Norbert, querem jantar com a gente?

O casal se olha. Pela cara, imagino que é a primeira vez que Arthur propõe algo assim.

— Senhor — responde Norbert —, agradecemos muito, mas já jantamos.

Arthur me olha. Como estou disposta a atingir meu objetivo, digo sorridente:

— Gostaria que se sentassem com a gente pra sobremesa, combinado?

O casal se olha de novo e, por fim, diante de minha insistência, Simona sorri e concorda.

Dez minutos depois, terminada a sopa, Simona e Norbert entram com mais pratinhos. Fico olhando um deles com atenção.

— Isso é verdura. Se chama sauerkraut — explica Arthur. — Chucrute, repolho avinagrado. Prove.

— Sim. Tá sensacional — diz Flyn.

Pela cara dele dá pra ver que não gosta, e a aparência do prato não me atrai.

Decido recusar a oferta com o melhor dos meus sorrisos e pego um pãozinho com algo que parece uma salsicha branca.


Desculpem, desculpem meninas não tive tempo de vir postar ontem :(
Meninas recebemos outro aviso que já não vamos precisar mudar as cenas hot´s. Ao que parece muitas pessoas reclamaram.
Foi isso que recebemos
A alteração à Política de conteúdo para adultos do Blogger, anteriormente anunciada, não vai ser implementada.
Mas a Cris deve explicar tudo se ainda não fez é porque não teve tempo.

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