Treinando a Mamãe 2

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Capitulo 16

Estavam jantando, e então o celular de Lua tocou. Ela estava mastigando e rapidamente engoliu a comida, atendendo o celular.
- Oi Jack. É bem na hora do jantar. - Revirou os olhos e sorriu. - Hum... Bebeu um gole do suco. - Hã? Novamente? Ah Jack.... - Olhou desconfiada para Arthur que esperava ela desligar o celular. - Jack.... Hã... Eu não sei. Te ligo mais tarde, pode ser? Ok. Beijo. - Desligou.
- Que foi mãe? - Amy foi a primeira a perguntar.
- iiiiii, alguma coisa que o papai não irá gostar. - Thammy disse, com o cotovelo amparado na mesa, amparando o rosto na mão.
- Alguma coisa que vai fazer a gente ter uma babá. - Théo continuou, olhando para o prato.
- Claro que não... Não é mãe? - Amy olhou para ela, querendo uma explicação.
Lua largou a colher no prato, colocou aquela cara de ''putz, vou ser colocada contra a parede''. Olhou para Arthur que estava do seu lado e suspirou fundo. tornando a olhar para aos filhos que estavam diante dela.
- Jack me chamou para voltar.
- Como assim? - Arthur perguntou calmo e cauteloso.
- Tênis, voltar... jogar, competir. Ah Arthur, você sabe. - Disse rápido, olhando-o sem jeito.
- E o que você vai fazer?
- Não sei Arthur, não sei. - Levantou-se da mesa, mostrando-se aflita. - Não sei! - O encarou e então saiu da sala de jantar.
Arthur ia levantar para ir atrás dela. Mas Amy fez sinal para que ele ficasse, e ela mesma levantou e saiu da sala de jantar atrás de Lua.
- iiiiii, você está certo Théo. Vamos ter uma babá. - Thammy disse um pouco entediada.
- Que babá? Não... Não tem babá nenhuma crianças. - Arthur disse um pouco irritado. - Fiquem tranquilos.
Amy entrou logo em seguida no quarto de Lua, vendo-a sentada sob a cama. Caminhou até a mesma, e sentou-se ao lado dela.
- Mãe.
- Não vou, fica tranquila. Eu não vou. - Disse, um tanto agoniada.
- Não vim aqui para impor nada mãe. - Olhou para ela nos olhos, e segurou as mãos de Lua. - Só vim conversar e dizer que estou do seu lado para tudo.
- Você quer voltar mãe? - Amy insistia em uma conversa. Mas Lua não conseguia falar nada ao certo.
Colocou a mão no peito e fechou os olhos.
- Mãe... - Estava ficando sem paciência. E então Lua levantou-se, aflita. Fechou a porta e lhe olhou nos olhos. Deu alguns passos diante de Amy, e suspirou fundo.
- Minha vida toda está naquelas quadras. Segurando a minha raquete e vencendo. - Disse atordoada. - Cresci naquele mundo, cresci ali. É tudo que eu construí... Ninguém entende.
E então a porta abriu. Era Arthur e el tinha escutado o que Lua teria acabado de falar, atrás da porta. Ele entrou encarando-a, e ela lhe olhou com aflição.
- É tudo que você construiu?
- Eu me referi a meu trabalho, minha vida sabe? - Manuseou as mãos ao falar.
- Tem tantas coisas para você fazer. Você é jovem Lua, pode cursar alguma coisa, Medicina que tal? Direito, Engenharia....
- Arthur, eu já tenho cara de médica? - Interrompeu ele, franzindo o cenho. - Ou advogada? Arthur para.
- Eu dei exemplos. Um trabalho normal que te faça dar atenção para sua família, e não faça você querer abandonar tudo por ele.
Amy suspirou profundo, mostrando o desgosto que sentia ao ver aquilo. Aquela pequena discussão boba.
- Você trocaria o seu trabalho? Trocaria se eu tivesse impondo isso?
- Meu trabalho é normal, e eu não tenho vontade nenhuma de largar vocês. Não tenho um treinador que se mete na minha vida e me manda fazer o que ele quer que eu faça. E por um titulo ou uma boa nota em imprensa, eu faço.
Lua soltou um riso incrédulo. Ela não estava acreditando no que estava ouvindo. Entortou um pouco a cabeça, encarando Arthur, e sem seguida semicerrou os olhos, procurando uma palavra certa para descrever o que estava sentindo.
- Você está sendo injusto. - Foi tudo que ela conseguiu dizer.
Amy então, interferiu, levantou-se e ficou no meio dos dois, usando os braços para separá-los.
- Está maluco pai? Está menosprezando o trabalho dela. - Disse, lhe repreendendo, após abaixar os braços e olhar para ele. - Não é melhor, conversarem sem precisar desse aue todo? Não precisa disso. - Alterou um pouco o tom de voz, olhando para os Dois. - Não passem a fazer da vida dos filhos de vocês... - Olhou para porta, onde estava Thammy e Théo, observando tudo desde o começo. - Ser, ouvir discussões e lembranças que Me machucam. - Colocou a mão no peito. Deu uma longa encarada nos dois e saiu do quarto, passando pelos gêmeos. Em disparada para seu quarto.

                                                                                                             Continua....................

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