Peça-me o que quiser agora e sempre - 2º temp. - 8º e 9º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 8:

— O mundo não acabou — murmura Frida.

— Eu te disse — respondo alegre.

Meu Deussssss! Arthur veio!

Meu estômago se contrai e, de repente, toda a minha segurança começa a evaporar. Por que sou tão imbecil? Por acaso o amor nos torna inseguros? Tudo bem, no meu caso com certeza a resposta é sim.

Sei o que um evento como este faz com Arthur. Dor e tensão. Mesmo assim, decido não olhar para ele. Continuo zangada. Depois de beijar Frida, com carinho cumprimento

Andrés e Glen, que está no seu colo. Quando chega a vez de Arthur, digo sem olhá-lo:

— Bom dia, senhor Aguiar.

— Oi, Lu!

Sua voz me deixa nervosa.

Sua presença me deixa nervosa.

Ele todo me deixa nervosa!

Mas tiro forças do fundo da alma para momentos assim, viro a cabeça e digo a minha desconcertada irmã:

— Raquel, eles são Frida, Andrés e Glen, e ele é o senhor Aguiar.

Minha irmã e os outros ficam com cara de tacho. A frieza que demonstro ao me referir a Arthur desorienta a todos, menos a ele, que me olha com sua habitual expressão de mau humor.

Nesse instante, surge Fernando, que me avisa:

— Lua, você sai no próximo grupo.

De repente vê Arthur e fica parado. Ambos se cumprimentam com um movimento de cabeça, e olho Frida.

— Tenho de deixar vocês. É minha vez. Frida, sou a número 87. Me deseje sorte.

Quando me viro, David Guepardo, o piloto com quem falei antes, se aproxima e tocamos nossos punhos fechados. Me deseja sorte! Eu sorrio e, sem dizer nada, me afasto acompanhada por Raquel e Fernando. Quando estamos suficientemente longe dos outros, entrego a minha irmã o papel que tenho na mão:

Grave o número do telefone de David no meu celular, tá?

Minha irmã concorda.

— Puxa, fofinha! — diz. — Arthur veiiiiiooooooo!

Com cara de contrariada, apesar de no fundo sentir uma alegria idiota, ironizo:

— Oh, que emoção!

Mas minha irmã é uma romântica incorrigível.

— Lua, pelo amor de Deus! Ele está aqui por você, não por mim, nem por outra.

Não tá vendo? Esse pedaço de mau caminho está louco por você.

Tenho vontade de estrangulá-la.

— Nem mais uma palavra, Raquel. Não quero falar disso.

No entanto, minha irmã... é minha irmã!

— Claro — insiste — que isso de chamar o cara pelo sobrenome teve sua graça.

— Raquel, feche a matraca!

Mas como é lógico nela, volta à carga:

— Uau, quando papai souber!

Papai? Paro na hora. Olho Raquel.

— Nem uma palavra a papai sobre isso. E, antes que continue essa papagaiada de mulherzinha e de novela mexicana, lembre-se: o senhor Aguiar e eu já não temos nada. Entendeu ou quer que desenhe?

Fernando, que está com a gente, tenta manter a paz.

— Vamos, garotas! Chega de discussão. Não vale a pena.

— Como não vale a pena?! — recrimina minha irmã. — Arthur é...

— Raquel... — protesto.

Fernando, que sempre se diverte com nossos estranhos “bate-bocas”, me diz:

— Vamos, Lua, dê uma maneirada. Talvez deva ouvir tua irmã e...

Incapaz de aguentar um segundo mais o papo deles, olho meu amigo puta da vida e grito como uma possessa:

— Por que não fecha a matraca?! Te garanto que fica mais bonito.

Fernando e minha irmã trocam um olhar e riem. Viraram idiotas?

Chegamos onde meu pai está com o Bichão e o Lucena. Puxa, que trio! Boto o capacete, os óculos de proteção e ouço o que papai tem a me dizer sobre a regulagem da moto. Depois, monto e me dirijo para a porta de entrada. Aqui espero, com outros participantes, que me deixem entrar na pista.

Protegida atrás de meus óculos, olho para onde Arthur está. Não posso evitá-lo. Além do mais, é tão alto que é impossível não vê-lo. Está impressionante com esses jeans de cintura baixa e o suéter preto de tricô.

Nossa, que gato mais gostoso!

Capítulo 9:

É o típico homem que até com uma melancia no pescoço ficaria bem. Fala com Andrés e Frida, mas eu o conheço: está tenso. Sei que, detrás de seus Ray-Ban espelhados de aviador, me procura com o olhar. Isto me agita o coração. Mas como sou pequena e estou entre tantos pilotos vestidos do mesmo modo, ele não consegue me localizar, o que me dá vantagem. Eu posso ficar calmamente curtindo essa cena.

Quando abrem a pista, os juízes nos colocam em nossa posição no grid de largada.

Eles nos avisam que há vários grupos de nove pessoas — tanto faz se homem ou mulher — e que os quatro primeiros colocados de cada grupo se classificam para as rodadas seguintes.

Pronta em minha posição, ouço a vozinha de minha Luz me chamar e aceno para ela, que ri e aplaude. Que linda que é minha sobrinha!

Mas meu olhar volta a Arthur.

Ele não se mexe.

Quase não respira.

Mas aí está, disposto a ver a corrida apesar da angústia que sei que vai lhe causar.

De novo, me concentro no que devo fazer. Devo ficar entre os quatro primeiros se quero me classificar para a rodada seguinte. Acalmo minha mente e acelero a moto.

Foco na corrida e me esqueço do resto. Tenho de fazer isso.

Os instantes antes da largada fazem sempre minha adrenalina subir. Ouvir o ronco dos motores ao meu redor me deixa arrepiada e, quando o juiz baixa a bandeira, acelero ao máximo e saio a toda. Ganho boa posição desde o começo e, como meu pai me avisou, tenho cuidado na primeira curva, que está cheia de lombadas. Salto,

derrapo, me divirto! E, ao chegar a uma descida espetacular, me alegro como uma louca enquanto vejo que o piloto a minha direita perde o controle de sua moto e cai.

Puxa, que porrada levou! Acelero, acelero, acelero e salto de novo. Os pneus cantam e acelero, salto, derrapo de novo e, depois de completar o circuito três vezes, chego entre os quatro primeiros.

Beleza!

Me classifiquei para a próxima rodada.

Quando saio da pista, meu pai, mais feliz que pinto no lixo, me abraça. Todos se dão parabéns pelo meu sucesso, enquanto tiro os óculos enlameados. Minha sobrinha está emocionada e não para de dar pulinhos. Sua titia é sua heroína, e estou muito contente por ela.

David Guepardo sai no próximo grupo. Ao passar a meu lado, outra vez tocamos nossos punhos. Nesse instante, chega Frida e, adorando tudo, grita:

— Parabéns! Santo Deus, Lua, você foi impressionante!

Sorrio e bebo um gole de Coca-Cola. Estou sedenta. Olho além de Frida e parece que Arthur não vem me abraçar. Eu o localizo a vários metros de distância, com Glen no colo, falando com Andrés.

— Não vai cumprimentá-lo? — pergunta Frida.

— Já o cumprimentei.

Ela sorri e chega mais perto ainda.

— Isso de chamá-lo de senhor Aguiar foi provocante — murmura. — Mas fala sério: não vai falar com ele?

— Não.

— Te garanto que fez um tremendo esforço pra vir. Você sabe por quê.

— Sei, sim, mas podia ter se poupado a viagem.

— Para com isso, Lua! — insiste Frida.

Falamos mais um pouco, mas, como diz meu pai, ele pode tirar o cavalinho da chuva. Não vou falar com Arthur. Ele não merece. Ele me disse que nossa história tinha acabado, e eu lhe devolvi o anel. Fim de papo.

A manhã segue, e eu vou superando as rodadas, tantas que chego à final. Arthur continua lá e o vejo falar com meu pai. Ambos estão concentrados na conversa, e agora meu pai sorri e dá um tapa de homem nas costas de Arthur. Do que será que estão falando?

Reparei como Arthur me procura continuamente com o olhar. Isto me excita, embora eu tenha ficado na minha. Tentou se aproximar de mim, mas cada vez que percebi sua intenção, escapei entre as pessoas, e não me encontrou.

— Tá com cara de que quer tomar uma Coca-Cola, não é mesmo?

Me viro e vejo David Guepardo me oferecendo a latinha.

Enquanto esperamos que nos chamem para a última rodada, sentamos para tomar o refrigerante. Arthur, não muito longe de mim, tira os óculos. Quer que eu saiba que está me olhando. Quer que eu veja sua irritação. Mas até com os óculos eu já sabia como me olhava. Por fim, fico de costas para ele. Mas mesmo assim sinto seu olhar. Isto me incomoda e, ao mesmo tempo, me excita.

Durante um tempinho, David e eu falamos, rimos e observamos outros colegas correrem a última rodada de classificação. Meu cabelo flutua ao vento, e David pega uma mecha e a põe atrás de minha orelha.

Minha nossa, isso deve ter tirado o senhor Aguiar dos eixos!


Meninas eu não vou poder postar nenhuma das duas webs este fim de semana porque esqueci-me de por na minha pen  com a adaptaçao. Eu deixei no pc do trabalho lamento muito e agora é que me dei conta, porque so tinha passado a primeira temporada e esqueci-me completamente da segunda temporada.
Desculpem

11 comentários:

  1. Ahh mdsss simplesmente perfeita.... Adoreiiiiii... Será q vai acontecer algo com lua na final?? Ansiosa de mais!!!

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  2. aaaaahhhhhh amei como sempre <3

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  3. vai demorar muito pra postar?
    amo essa web <3

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  4. quanto mais eu leio essa web mais eu mim apaixono <3
    -allana

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  5. muito perfeita essa web,ameiii

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  6. sempre perfeita sua web..parabéns

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Lua tem que parar de gracinhas e voltar logo pro Arthur, ele já teve o que mereceu, anciosa pelo próximo

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