Peça-me o que quiser agora e sempre - 2º temp. - 4º e 5º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 4:


É 17 de dezembro. As festas de fim de ano se aproximam e os amigos da vida inteira, que vivem fora de Jerez, vão chegando. Se o mundo acabar no dia 21, como dizem os maias, pelo menos teremos nos visto uma última vez.

Como todos os anos, nos reunimos na grande festa que Fernando organiza na casa de campo de seu pai e passamos super bem. Risadas, danças, piadas e, principalmente, ótimo ambiente. Durante a festa, Fernando não me faz a menor insinuação. Fico agradecida. Não estou para insinuações.

Num momento da farra, Fernando se senta perto de mim e falamos com franqueza.

Por suas palavras, deduzo que sabe muito sobre minha relação com Arthur.

— Fernando, eu...

Ele bota um dedo em minha boca para me calar.

— Hoje quem vai escutar é você. Te falei que não gostava desse cara.

— Eu sei...

— Nós dois sabemos por que ele não serve para você.

— Sei...

— Mas, gostando ou não, sei a realidade. E essa realidade é que você está caidinha por ele, e ele por você. — Eu o olho espantada. — Arthur é um homem poderoso que pode ter a mulher que quiser, mas demonstrou que sente algo muito forte por você, e sei disso por sua insistência.

— Insistência?

— Me ligou mil vezes, desesperado, no dia em que você desapareceu de seu escritório. E quando digo “desesperado”, é desesperado.

— Te ligou?

— Sim, todos os dias, várias vezes. E mesmo sabendo que não vou com a cara dele, o sujeito se arriscou, engoliu o orgulho, só pra me pedir ajuda. Não sei como conseguiu meu celular, mas o certo é que ligou pra me suplicar que te encontrasse. Estava preocupado com você.

Meu coração se descontrola. Pensar em meu Iceman enlouquecido por minha ausência me deixa boba. Boba demais.

— Me disse que tinha se comportado como um idiota — continua Fernando — e que você tinha ido embora. Te localizei em Valência, mas não contei nada pra ele, nem tentei entrar em contato com você. Imaginei que você precisava pensar, não é?

— Sim.

Paralisada pelo que está me dizendo, olho para ele.

— Já tomou uma decisão? — pergunta.

— Sim.

— Dá pra saber qual?

Tomo um gole da minha bebida, afasto o cabelo do rosto e, com toda a dor de meu coração, sussurro num fio de voz:

— O que havia entre mim e Arthur acabou.

Fernando concorda, olha para uns amigos e murmura, depois de um suspiro:

— Acho que você está enganada, conterrânea.

— Como?

— Você ouviu.

— Ouvi, sim, mas você tá maluco?

Meu amigo, o maluco, sorri e toma um gole de sua bebida.

— Ah, se teus olhos brilhassem por mim como brilham por ele! — exclama finalmente. — Ah, se você tivesse ficado tão louca por mim como sei que está por ele!

Ah, se eu não soubesse que esse ricaço está tão louco por você que é capaz de me ligar pra que eu te procure e te encontre, mesmo sabendo que numa hora dessas eu posso botar você contra ele.

Fecho os olhos, com mais força ainda, quando Fernando começa a falar de novo.

— Para ele, tua segurança, te encontrar e saber que você está bem, foi essencial, o mais importante, e isso me faz ver que tipo de homem é Arthur e o quanto está apaixonado por você. — Abro os olhos e ouço com atenção. — Sei que estou acabando com minhas chances ao te confessar isso, mas, se o que há entre você e esse convencido é tão verdadeiro como ambos me dão a entender, por que terminar?

— Está me dizendo pra voltar pra ele?

Fernando sorri, afasta uma mecha de cabelo do meu rosto e murmura:

— Você é boa, generosa, uma mulher excelente, e sempre te achei esperta o bastante pra não se deixar enganar por qualquer um ou fazer alguma coisa de que não gosta. Além disso, gosto de você como amiga, e se você se apaixonou por esse cara, deve ter seus motivos, não? Olha, andaluza, se é feliz com Arthur, pense no que quer, no que deseja, e se teu coração te pede pra ficar com ele, não negue isso ou vai se arrepender, não é mesmo?

Capítulo 5:


Suas palavras tocam meu coração, mas antes que eu comece a chorar como uma imbecil e as cataratas do Niágara brotem dos meus olhos, sorrio. Está tocando o Waka waka, de Shakira.

— Não quero pensar. Vem, vamos dançar — proponho.

Fernando também sorri, me pega pela mão, me leva para o centro da pista e juntos dançamos enquanto, aos gritos, cantamos com nossos amigos:

Tsamina mina, eh eh, waka waka, eh eh

Tsamina mina, zangaléwa, anawa ah ah

Tsamina mina, eh eh, waka waka, eh eh

Tsamina mina, zangaléwa, porque esto es África.

 

Horas depois, a animação continua, e falo com Sérgio e Elena, os donos do pub da moda de Jerez. Em outros anos, nas festas de fim de ano, trabalhei de garçonete para eles e me convidam para trabalhar de novo. Topo, com prazer. Agora que estou desempregada, qualquer grana que pinte cai super bem.

De madrugada, quando chego em casa, estou cansada, meio bêbada e satisfeita.

Como todo ano, me inscrevo para participar na corrida beneficente de motocross que arrecada fundos para comprar brinquedos para as crianças carentes de Cádiz. A corrida será no dia 22 de dezembro em Puerto de Santa María. Meu pai, o Bichão e o Lucena adoram. Eles sempre se divertem tanto ou mais que eu com esses eventos.

No dia 20 de dezembro, pela manhã, meu telefone toca pela décima oitava vez.

Estou morta. Trabalhar no pub é divertido mas exaustivo. Ao pegar o celular e ver que se trata de Frida, ressuscito e atendo rapidamente.

— Oi, Lu! Feliz Natal. Tudo bem?

— Feliz Natal. Estou bem, e você?

— Bem, amiga, bem.

Sua voz é tensa, e me assusto.

— O que foi, Frida? Aconteceu alguma coisa? Arthur está bem?

Depois de um silêncio incômodo, Frida se decide.

— É verdade o que ouvi sobre Betta?

— Não — respondo, e respiro fundo lembrando. — Foi tudo armação dela.

— Eu sabia — murmura.

— Tanto faz, Frida. Não importa mais.

— Como não importa?! Eu me importo. Me conte agora mesmo sua versão.

Sem demora, conto a ela o que aconteceu tim-tim por tim-tim. Quando acabo, ela responde:

— Nunca gostei dessa Marisa. É uma bruxa, e Arthur parece um principiante. Homens!

Sabe que Marisa é amiga de Betta? Ela que apresentou os dois.

— Ela os apresentou?

— Sim. Betta é de Huelva, como Marisa. Quando começou sua relação com Arthur, foi pra Alemanha morar com ele, até que deu no que deu e a perdi de vista. Mas essa Marisa é uma filha da mãe, merece uma lição.

— Calma. Já fiz uma visita a essa bruxa e deixei bem claro que comigo não se brinca.

— Não me diga!

— É isso aí. Avisei que eu também sei jogar sujo.

Frida cai na risada, e eu com ela.

— Como Arthur está? — pergunto sem poder evitar.

— Mal — ela responde, eu suspiro. — Ontem à noite jantei com ele na Alemanha e, como não te vi, perguntei por você. Foi assim que fiquei sabendo do que aconteceu.

Fiquei furiosa e disse poucas e boas pra ele.

Acho graça de ouvi-la falar assim e insisto, enquanto me espreguiço:

— Mas... ele está bem?

— Não, não está bem, Lua, e não me refiro a sua doença, mas a ele como pessoa. Por isso te liguei logo que cheguei aqui na Espanha. Você deve dar um jeito nisso. Deve ligar pra ele. Arthur morre de saudades de você.

— Ele me tirou da vida dele, agora que aguente as consequências.

— Sei. Ele também me disse isso. É um cabeça-dura, mas um cabeça-dura que te ama. Não tenha dúvidas.

Ouvir uma coisa dessas faz com que, inconscientemente, esvoacem não borboletas no meu estômago, mas avestruzes. Sou a rainha das masoquistas. Gosto de saber que Arthur ainda me ama e tem saudades, embora eu mesma me esforce para não acreditar.

— Te liguei porque neste fim de semana vamos à ceia de Natal nos meus sogros, em Conil, e depois estaremos em nossa casa de Zahara, sossegados. Passaremos o Ano-Novo na Alemanha com minha família. Claro que Arthur vai vir ficar com a gente em Zahara. Não quer aparecer?



Eles vão voltar logo, só que a Lua vai fazer ele sofrer um pouco.
Ainda não sei o que vou fazer em relação ás webs, mas com certeza não vou parar de postar. Porque depois dessas duas ainda tenho mais um também muito hot. Só não comecei a postar ainda porque essas duas deram um bocado de trabalho para adaptar e só quando essas acabarem eu dedico-me totalmente a adaptar a próxima, até porque é a minha favorita dessas 3.
Mas vamos com calma uma coisa de cada vez, ainda vou pensar o que fazer em relação ás novas regras

7 comentários:

  1. Tem que deixar eles separadas mais um tempo... Lua tem q ser mas difícil!!! Arthur tem q sofrer mais um pouquinho!!! Amooo de maisss posta maissss!!!

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  2. Com certeza Jessica.Esse livro eu já li ele é bom demais,li ano passado.Continuei a posta apesar de ter lido,eu amei a adptação com LuAr.

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  3. Lua podia aceitar e provocar arthur kkkk posta mais
    Gabs❤️

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  4. lua tem que aceitar e tem que rolar mt provocaçao adorrooooo quero Luar de volta mais adoroo um "showzinho"
    Alice

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  5. essa web é muito perfeita
    -allana

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