Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 121 e 122

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Capítulo 121:

Dois dias depois, após a noite de sexo selvagem que tivemos no quartinho de jogos de Frida e Andrés, a vida segue seu rumo. Cada vez estou mais envolvida com Arthur, e ele cada vez está mais ligado a mim. Tudo de que preciso ou que desejo, antes mesmo de eu pedir, ele me dá. Será que está se apaixonando por mim?
Esta manhã, Andrés decide pedir uma paella na praia. Por volta das duas da tarde, descemos para comer no quiosque. Está deliciosa. A melhor paella mista que já comi na vida. O telefone de Arthur toca o tempo todo, e várias vezes leio o nome de Sophia ou o de Betta. Não digo nada, e seus gestos já dizem tudo. Após a paella, resolvemos deitar na praia e pegar um pouco de sol.
O telefone de Arthur volta a tocar. Ele digita alguma coisa no aparelho, mas logo fica aflito e pede a Andrés que o leve ao chalé. Seu humor mudou e, por mais que ele tente disfarçar, sua cara mudou completamente. Levanto, rápida, e começo a recolher as coisas. Arthur, ao me ver, me pega pela mão.
— Fica aqui com Frida, amor. Andrés voltará pra ficar com vocês.
— Não... não, vou contigo — insisto.
— Eu disse pra você ficar, Lu... não quero companhia. Estou com dor de cabeça e preciso ficar sozinho.
Seu mau humor me enerva.
— Olha aqui, seu chato, não me interessa se você não quer companhia, eu disse que volto contigo e não se fala mais nisso.
— Porra! — diz, grunhindo. — Eu disse pra você ficar.
Seu jeito ríspido de falar me assusta.
— Não gosto desses showzinhos e menos ainda quando não sei o motivo. Então vou contigo e pronto.
Mas Arthur não deixa. Está irritado e, por mais que eu tente convencê-lo, a única coisa que consigo fazer é deixá-lo ainda mais aborrecido comigo. Finalmente Frida se coloca entre nós dois e tenta apartar a discussão. Andrés fala algo com Arthur e o acalma. Não entendo por que ele está assim e me recuso a lhe dar um beijo quando ele vai embora com Andrés.
Por um momento, Frida e eu ficamos quietas pegando sol, até que ela diz:
— Lua, não se preocupa. Não está acontecendo nada.
Mordo os lábios. Estou irritada. Sento na toalha.
— Está acontecendo, sim, Frida. As mudanças de humor dele me desesperam. Uma hora está bem e na outra...
— Vocês se conhecem há pouco tempo, né?
— É. Uns dois meses, mais ou menos.
— Só isso?
— Só.
Faz um gesto com a cabeça.
— Então, menina... te garanto que conheço Arthur há muitos anos e nunca o vi tão envolvido com uma mulher.
— Ah, sim... claro.
— Estou falando sério, Lua. Não tenho por que mentir pra você.
Quero acreditar no que ela diz. Preciso disso. Mas então lembro como ele estava aborrecido.
— Não o conheço bem, Frida. Ele não permite, a não ser no plano sexual e, apesar de estar descobrindo coisas que gosto e que sem ele eu nunca experimentaria, quero e preciso saber sobre ele. Sobre Arthur como pessoa.
Frida contrai os lábios. Tenho vontade de lhe fazer mil perguntas.
— Quem são Betta e Sophia? Todo dia recebe várias mensagens delas.
Noto que minha pergunta incomoda Frida.
— Sei que você sabe do que estou falando. Não negue. Por favor, me diga o que está acontecendo.
Frida levanta os óculos escuros para me olhar diretamente nos olhos, e murmura:
— Lua...
Por alguns instantes eu a encaro e por fim baixo o olhar, rendida. Tudo é misterioso em torno dele, e eu digo enquanto me deito na toalha:
— Tá bom, Frida, vamos pegar um bronzeado.

 
 

Capítulo 122:
 Cerca de duas horas depois, Andrés desce para nos buscar na praia. Está de bom humor e, enquanto andamos até o carro, me diz que Arthur está descansando. Faço que sim com a cabeça. Não quero perguntar mais nada. Já basta a preocupação com as ligações daquelas mulheres. Quando chegamos ao chalé, vou direto para a piscina. Se Arthur está descansando, não quero incomodar.
Frida e Andrés desaparecem e eu fico sozinha na piscina. Pego meu iPod e coloco os fones. Escuto Jesse James estirada numa das espreguiçadeiras e cantarolo. Meia hora depois, Arthur aparece na porta usando óculos escuros. Para ao meu lado. Não olho pra ele.
Não digo nem oi. Continuo chateada. Por mais de dez minutos, permanecemos em silêncio até que ele tira um dos meus fones de ouvido.
— Oi, moreninha.
Com uma expressão que demonstra meu aborrecimento, tiro o fone de sua mão e o recoloco no meu ouvido. Ao ver minha pouca disposição para conversar, senta-se confortavelmente numa das espreguiçadeiras em frente a mim, põe os braços acima da cabeça e me olha. Me olha... Me olha... Me olha e, ao fim, eu o provoco:
— Pelo seu bem, pare de me olhar.
— Ah é? Por quê? Você vai me bater?
Solto o ar bufando. Sinto vontade de lhe dar uma bofetada com a mão bem aberta.
— Olha, Arthur, agora quem não quer você por perto sou eu. Vai dar uma volta.
Ele sorri e isso me irrita mais ainda.
Me levanto e ele faz o mesmo. E, sem pensar em mais nada, eu o empurro e ele cai de roupa na piscina.
— Mas, Lu, o que você está fazendo? — protesta.
Com rapidez, pego minha bolsa de praia e corro para o quarto. Entro e vou direto para o chuveiro. Ali vejo a nécessaire aberta de Arthur e pela primeira vez examino os frascos de comprimidos. O que é isso? Mas, antes que eu possa chegar mais perto para ler os rótulos, ele entra no banheiro e começa a tirar a roupa molhada.
— Então, Lu, o que há com você?
Não olho para ele. Passo ao seu lado e respondo aborrecida:
— Nada que te interesse.
— De você me interessa tudo, pequena.
Senti-lo tão relaxado, enquanto eu estou no maior estresse, me faz olhar pra ele com mais raiva ainda.
— Arthur, quando estou irritada, é melhor não falar comigo, ok?
— Por quê?
— Porque não.
— E por que não?
— Bom, vamos ver, você é burro? Não vê que está me irritando ainda mais?
— Se você quiser, posso falar com Frida pra você fazer uma faxina geral agora mesmo.
Te conheço e sei que, quando está irritada, gosta de limpar a casa.
Ao escutar isso, solto um grunhido. Não estou no clima de brincadeira. Ele chega mais perto de mim e se abaixa, ficando na minha altura.
— Posso passar metade da minha vida te pedindo desculpas. Mas vale a pena pelo simples fato de estar contigo e ver sua cara quando você me perdoa.
Tenta me beijar e eu não deixo.
— Outra vez me virando a cara?
Seu comentário e principalmente sua expressão acabam me fazendo sorrir.
— Sim e, se você não se afastar, vou te dar um tapa.
— Uau! Adoro esse seu temperamento tão espanhol...
— E sua teimosia alemã me tira do sério, seu cabeça-dura!
Em seguida, me enlaça pela cintura, me deita na cama e me beija. A toalha fica pelo caminho e eu estou nua. Tento desviar sua boca da minha, mas ele é muito mais forte que eu e, quando consegue me enfiar a língua, já não raciocino mais, a irritação foi embora, e eu correspondo aos seus beijos selvagens.
— Gosto assim... — me diz. — Que você seja uma fera que, quando eu quero, consigo domesticar.
Seu comentário machista me faz lhe dar uma mordida no ombro, e ele se encolhe, olha para mim e morde meu pescoço.
— Sua besta...!
— Para você, sempre, pequena. Somos como a bela e a fera. Claro, a bela é você, e a fera, a besta, sou eu.
Isso me faz sorrir outra vez e, após aceitar com prazer o beijo de reconciliação, percebo que a cara dele não está boa.
— Está tudo bem, Arthur?
— Sim. Mas quem importa aqui é você, não eu.

 
 
 
Meninas amanha não vou conseguir postar de manha :/
 
 

9 comentários:

  1. Quando que ele vai contar ??
    Posta +++++++
    Ameeii *-*

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  2. Ele vai contar quando?Poxa,amo os capítulos da manha :( .Se der posta mais hoje

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  3. AFF super curiosa sobre esses segredos de Arthur... Adorooo essa webbb !! Posta maisss!!!

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  4. O momento na piscina me fez lembrar os momentos de Roberta e Diego :``(
    Saudades S2

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  5. Aaaaaaaaah (1)amor .... (2) posso passar a minha vida toda te pedindo desculpas mais vale a pena pelo simples fato de esta contigo e ver sua cara quando me perdoa ❤❤❤❤❤❤ acabou comigo Amo amoooo amooo muito essa web ....

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  6. Kkkk ñ adianta Lua tentar ser dura com Arthur ele sempre sabe amolecer ela é amor demaaaaais ♡♥♡♥♡♥

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