Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 108, 109 e 110

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Capítulo 108:
Às oito da noite, Frida e eu decidimos começar a nos arrumar. Eles também. Nos vestimos separados para surpreender um ao outro, e gosto disso. Quero que Arthur tenha uma surpresa. Frida se oferece para me maquiar, algo que não faço com muita frequência, então aceito. Ela é esteticista. Me aplica uma sombra escura nas pálpebras e usa bases de mil potinhos no rosto todo. E, quando me olho no espelho, minha expressão é impagável. Essa desconhecida com esses olhões sou eu?
Frida ri e me anima a continuarmos com a produção. Ela comprou um vestido vermelho, decotado e cheio de franjas, e eu um prateado de lantejoulas, solto até os quadris. Os dois vão até os joelhos e são sensuais e provocantes. Usaremos sapatos de salto incríveis, colares imensos, plumas no cabelo e também umas luvas compridas até acima dos cotovelos. Quando acabamos, nos olhamos no espelho e Frida diz, achando graça:
— Uau... estamos parecendo melindrosas de verdade!
— Melindrosas? O que é isso?
— Lua, nos anos 20 a mulher mudou radicalmente de imagem e ficou mais livre... mais atrevida. As melindrosas dançavam charleston e se vestiam de maneira diferente, provocativa e meio doidinha. Exatamente como a gente. Prontas pra deixar os homens loucos.
Isso me faz rir. Frida é divertida e tem um senso de humor maravilhoso. Pegamos nossas piteiras de meio metro que compramos e descemos para a sala, onde os rapazes nos esperam.
Antes de entrar, vejo Arthur e fico sem palavras. Usa um terno branco, uma camisa preta e um chapéu de época, no estilo Al Capone. Está sexy e gatíssimo. Andrés também, mas seu terno é cinza e sua camisa vermelha. Quando nossos olhares se encontram, sorrio.
Reparo que ele gosta da minha fantasia e vem, me pega pela mão e me faz dar uma voltinha na sua frente.
— Está deslumbrante.
— Gostou?
— Adorei, tanto que acho que nem vou te deixar sair de casa.
Isso me faz rir. Me afasto dele e me requebro um pouco para que o vestido balance.
— Sou uma melindrosa! — Por sua expressão vejo que não sabe do que estou falando, então explico: — Uma mulher desinibida da época do charleston.
Arthur sorri, me pega pela cintura e, enquanto seguimos Frida e Andrés até o carro, murmura em meu ouvido:
— Muito bem, melindrosa... vamos nos divertir.
Às nove e meia, entramos numa linda mansão decorada no mais puro estilo anos 1920. Fascinada, olho ao redor e me surpreendo ao ver uma banda tocando no fundo de um enorme salão. Os músicos estão de branco, como nos famosos filmes de gângsteres que eu via quando era pequena.
Arthur me apresenta aos anfitriões e estes, encantados, elogiam minha roupa. Eu sorrio, feliz. Andrés e Frida também os cumprimentam. Entro no salão e vejo as pessoas conversando animadamente e percebo que todo mundo conhece Arthur e fala com ele.
Enquanto me apresenta aos empregados da casa, eu fico admirada. Saber que é uma festa em que todos estão em busca de sexo é algo que me surpreende. Há gente de todas as idades. Gente jovem e gente mais velha.
Terminadas as apresentações, Arthur e eu ficamos um tempo curtindo o som. Frida, que sabe tudo sobre os anos 1920, é quem me diz se está tocando um boogie-woogie, um charleston ou um foxtrot. Eu não entendo nada disso. Sou mais um rock. E, quando já entornamos vários copos, descubro que foi Frida quem ajudou Maggie, a dona da casa, a organizar a festa. Conforme as horas vão passando, percebo como os homens se aproximam de nós e me devoram com os olhos. Sei o que estão pensando, mas estou tranquila. Ninguém, absolutamente ninguém, diz nada que possa me incomodar. Todos são muito educados.
Após várias bebidas, vou até o banheiro junto com Frida. Estamos morrendo de vontade de fazer xixi. Rapidamente vamos aonde está desocupado, e a porta do banheiro se abre e entram outras mulheres. Muitas, que não conheço, falam bem alto e, ao escutar o nome de Arthur, resolvo prestar atenção.
— Que bom ver Arthur de novo, né?
— Ah, sim... fiquei muito feliz que ele veio. Está muito gato.
— Quanto tempo fazia que ele não vinha a uma de nossas festas?
— Dois anos.
— Realmente ele está ótimo. Tão atraente e sexy como sempre.
— Sim... parece estar recuperado do que aconteceu. Tadinho. Recuperado? O que houve com Arthur?


Capítulo 109:

Decidida a saber mais, fico de ouvido ligado, mas logo ouço a voz de Frida:
— Garotas, vocês estão lindas! Onde compraram essas roupas?
Em seguida mudam de assunto e passam a falar de compras. Saio da cabine e Frida me apresenta e todas são supersimpáticas comigo. Quando saímos do banheiro, uma delas, Marisa de la Rosa, caminha ao meu lado e pergunta:
— Você veio com Arthur, né?
— Sim.
— De onde você é?
— De Madri.
— Ah, adoro a capital! Eu e meu marido somos de Huelva, mas vamos muito a Madri.
Temos um apartamentinho lá, na rua Princesa.
Saber disso me deixa surpresa.
— Eu moro na Serrano Jover.
— Tem uma academia de ginástica ali, né?
— A Holiday Gim? — A mulher faz que sim com a cabeça. — É a minha academia.
Marisa sorri e diz:
— O mundo é um ovo, menina. Meu apartamento fica perto, e é a essa academia que eu e Mario vamos quando estamos em Madri.
Nós duas sorrimos da coincidência.
— Então com certeza a gente vai se ver por lá.
— Sim, com certeza.
Falamos mais um pouco, enquanto observo Arthur conversar com uma mulher e um homem no fundo da sala. Parece entretido. Sua expressão está relaxada e vejo que ele sorri. Marisa é simpática, pula de um assunto a outro, e logo me apresenta a outras mulheres. Quando ficamos sozinhas novamente, pega duas taças de champanhe em uma mesa.
— Gostaria de passar uns momentos agradáveis comigo na sala ao lado?
Fico vermelha, azul e verde. A mulher, ao perceber, sorri.
— Se mudar de ideia, me avisa, ok?
Quando se afasta, pisca um olho e eu caminho até Arthur. Ele, ao me ver chegar, me dá um beijo na boca e continua falando com o casal que o acompanha.
O bufê é livre, e os convidados começam a beliscar uma porção de comidinhas gostosas. Sinto os olhares dos homens sobre mim e também os de muitas das mulheres, mas, quando vejo como várias delas olham para Arthur, fico um pouquinho chateada. Meu sentimento de posse surge forte e, ao fim, consciente do que está acontecendo, Arthur me acalma e me lembra de onde estamos. Mas as mulheres que se aproximam de nós o devoram com os olhos, e vou ficando uma fera.
Arthur acha graça e logo me leva pelo braço para uma janela. Assim que ficamos a sós, me beija na boca.
— Essas brotoejas no pescoço estão te entregando. Que é que houve?
— Nada.
Impulsivamente faço menção de me coçar, mas Arthur segura minha mão e sopra meu pescoço.
— Não, moreninha... não. Se você coçar, vai piorar.
Isso me faz rir. Lembro o que acabei de escutar no banheiro e decido perguntar, mas ele se antecipa.
— Ouça, amor. Conheço essa gente há anos. Pode ficar tranquila.
Olho para aquela mulherada e sinto que todas nos observam. O celular de Arthur começa a apitar e novamente leio no visor: “Betta.”
Já li esse nome várias vezes em seu telefone e não aguento mais:
— Quem é Betta?
Arthur guarda o celular e olha para mim.
— Alguém do meu passado. Nada importante.
Tomo um gole da minha taça. Gostaria de saber mais sobre essa mulher, mas acabo mudando de assunto.
— Quando eu estava no banheiro, tinha umas mulheres falando de você.
— Ah, sim... Espero que tenham sido coisas boas e excitantes — murmura, rindo.
Sua expressão maliciosa me faz arregalar os olhos.
— Babaca.
Minha resposta o diverte e, enquanto acaricia minhas costas, ele sussurra:
— Menina... são antigas conhecidas.
— Diziam alguma coisa sobre você parecer recuperado.
Ele fica tenso. Para de fazer carinho nas minhas costas.
— Não estou interessado nas fofocas dos banheiros femininos.
— Nem eu, espertinho — insisto. — Mas, ao ouvir aquilo, pensei que... Arthur me interrompe, chateado.
— Já te disse que não estou interessado.



Capítulo 110:

Sua resposta fria põe fim na conversa. Corta qualquer possibilidade de contar alguma coisa dele, como sempre faz em relação a sua vida pessoal. Por fim resolvo quebrar o gelo e mudo de assunto, digo:
— Me incomoda o jeito como algumas mulheres olham pra você.
Arthur sorri. Dá um gole na taça e se vira para mim.
— E você reparou como os homens te olham? — Balanço a cabeça, indicando que sim.
— A diferença entre elas e eles é que elas querem que eu as deixe nuas e eles querem deixar você nua. Elas querem que eu lhes dê prazer, e eles querem te dar. Não acha que eu posso estar mais chateado que você?
Suas palavras me fazem sorrir. Olho para ele, que então chega mais perto de mim.
— Lembre-se, Lu, seu prazer é meu prazer e hoje meu único prazer é você. Quero tirar sua roupa e...
— Fica quieto...
— Que foi?
— Assim fico excitada, Arthur.
O risinho que ele solta me faz relaxar. Arthur me beija e me atrai para si.
— É o que eu quero, moreninha. Que você fique excitada.
Em seguida, a banda começa a tocar uma música sensual, e Arthur me pega pela cintura e me convida para dançar. Dançamos olhando um para o outro. Não precisa falar, seu olhar já me diz o quanto me deseja. Isso mexe profundamente comigo. Depois segura minha mão
e caminhamos por um amplo corredor da casa. Uma porta se abre e de lá sai um homem que nos cumprimenta:
— E aí, Arthur, que bom te ver!
Apertam-se as mãos e Arthur responde:
— Digo o mesmo, amigo. Não sabia que você estava por aqui.
O homem moreno sorri e, após me olhar de cima a baixo, continua:
— Estou passando férias em Cádiz. Além disso, você sabe que não perco nenhuma festa de Maggie e Alfred... São fantásticas!
Os dois sorriem e então Arthur se volta para mim.
— Lua, esse é Björn, um grande amigo meu. Björn, essa é Lua, minha namorada.
Uau! Ele disse que sou sua namorada.
Sorrio e cumprimento o recém-chegado com dois beijinhos, mas, assim que me afasto, ele diz:
— Prazer, Lua. Hummmm... você tem uma pele muito macia.
Fico como uma boba, e então ouço Arthur dizer:
— Ela é toda macia e gostosa.
Me contraio enquanto sinto que os dois homens se olham. Arthur está me oferecendo?
Instantes depois, Björn abre a porta que tinha fechado.
— Vamos entrar?
Arthur me segura e entramos.
É um quarto espaçoso, com uma luz vermelha. Björn fecha a porta e vejo que não estamos sozinhos. Há três casais numa das tantas camas daquele quarto, e começo a ficar nervosa. Sei por que estamos ali e isso me inquieta. Björn se aproxima de um pequeno balcão e
serve três taças de champanhe. Arthur me olha e sussurra, provocandome arrepios:
— Que tal brincar com Björn? Sei que você o prefere a uma mulher.
Olho para ele. É moreno e atraente. Alguém que sem dúvida eu teria reparado se tivesse conhecido em outro momento. Arthur espera uma resposta.
— Legal.
— Posso te oferecer a ele?
Meu estômago se contrai, mas, excitada, respondo que sim.
— Pode.
— Ótimo. — Arthur sorri e eu vejo seus olhos brilharem.
Segundos depois, Björn se aproxima e nos entrega as taças.
Falam em alemão e tentam me integrar na conversa. Dá para perceber que se conhecem e que existe uma cumplicidade entre eles. Mas estou muito nervosa, ainda mais quando Björn vem me beijar nos lábios. Arthur o impede.
— Sua boca e seus beijos são só meus.
Fico emocionada ao ouvir isso e notar o sentimento de posse na sua voz. Björn concorda logo. Não ficou chateado com o que Arthur disse.
— Vamos nos sentar? Assim ficamos mais à vontade.
Arthur me segura pelo braço e me faz sentar num sofá. Dou um gole na minha bebida e nos sentamos cada um de um lado. Estou nervosa. Me sinto um animal indefeso diante do olhar atento dos predadores. Ouço gemidos. Perto de nós outras pessoas transam.
Seus ruídos ecoam pelo quarto e não consigo parar de olhar. O que fazem me deixa agitada, mexe muito comigo, ainda mais quando Arthur chega pertinho e chupa o lóbulo da minha orelha.
— Excitada?

9 comentários:

  1. MEU DEUS, TO TENDO ATAQUE
    Posta +++++++
    Ameeii *-*

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  2. GENTEEE Arthur se entregando aos poucos!

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  3. "Namorada" ADOREI HAHA, CONTINUAAAA !

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  4. Uiiiiii *O* namoradaa ♡♥♡♥
    oh God imaginar Arthur falando essas coisas kk e ñ tremer na base é impossivel kk Lua querida vc é uma sortuda u.u kk
    adoreeei Jess :)

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  5. Putz que perfeito , onde vc aprendeu um hot tão perfeito parabéns chego a mim imaginar no lugar da lua ♥

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  6. "sua boca e seus lábios são só meus" AI MEU DEUS O QUE FOI ISSO?Jesus eu to tendo ataque

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  7. "Sua boca e seus lábios são só meus " woow ...hahahahah "amor" .... Aaaaaaaaah adoreiii

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