Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 155 e 156

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Capítulo 155:

Tento encontrar uma resposta que não o deixe ainda mais irritado, mas não me ocorre nenhuma. Tudo me parece terrivelmente absurdo.

— Ah, para com isso, por favooooor... Miguel só tirou o cabelo do meu rosto, e Paco e Raul me cumprimentaram com um beijinho no rosto.

— Não dei permissão pra eles te tocarem.

Suas palavras me deixam perplexa:

— Mas do que você está falando?

Iceman, em sua versão rabugenta, olha para mim. Me examina com seus olhos injetados e furiosos e, sem levantar a voz, sussurra:

— Não quero que te toquem nem te beijem de novo, escutou?

— Sim... escutei.

— Ótimo!

— Se vou obedecer ou não, aí são outros quinhentos. — Sinto a frustração em seu olhar. — Mas, vem cá, o que há contigo? Realmente está com ciúme pelo que viu e... e... e ao mesmo tempo você não se importa que... que... a gente jogue com outras pessoas

e...?

— É diferente, Lu. Incrível você não entender isso.

— É que não dá pra entender — digo, respirando fundo.

— Chega! Vou sair agora mesmo e contar pra todo mundo que você é minha namorada. Que você é a namorada do chefe.

Seu comentário me deixa alarmada.

— Arthur Aguiar, se você ousar fazer isso, vai me pagar.

— Está me ameaçando?

— Com cereteza.

— Por que você não quer que eu conte?

— Porque não.

— Essa resposta não vale. Por que não?

Olho para ele bufando de raiva.

— Bem... não quero que o pessoal fique fofocando e pense que sou uma golpista que se envolveu com o chefe. Se nossa história for adiante, haverá tempo de sobra pra contar. Por que devemos nos precipitar?

Nesse momento, a porta se abre e minha chefe aparece. Surpresa ao me ver, pergunta:

— O que houve?

Não sei o que responder. Me dá um branco. Mas Arthur reage com rapidez.

— Eu estava pedindo à senhorita Blanco que enviasse uns documentos por fax.

Me entrega os papéis que estava segurando.

— Quando você tiver os relatórios, mande-os para mim, por favor.

— Pode deixar, senhor.

Assim que saio da sala, respiro aliviada.

Discutir com Arthur me deixa exausta. Nunca nos entendemos.

Pelo resto do dia, Arthur não sai da sala. Continua pensativo. Na hora do almoço, saio e fico surpresa quando minha chefe me informa que Arthur foi embora e disse que não voltaria mais hoje.

Não telefono nem envio mensagens. Não quero invadir seu espaço.

Vou para a academia. Preciso extravasar, e de novo eu topo com Marisa, que vem falar comigo com intimidade. Me apresenta duas amigas que estão com ela, Rebeca e

Lorena. Nós quatro fazemos uma aula de aeróbica e, quando terminamos, suadas, vamos para os chuveiros.

— O que acham de irmos pra jacuzzi? — propõe Rebeca, e todas nós aceitamos.

Entramos na jacuzzi e começamos a conversar. Além de divertida, Marisa é uma mulher muito culta e logo começa a falar de sua última viagem à Índia. Sempre adorei viajar, apesar de ser um luxo que, com meu salário, mal posso me permitir.

Quando saímos da jacuzzi, em meio a risadas pelas histórias que Marisa nos contou, tomamos uma chuveirada e Rebeca vê minha tatuagem e faz um comentário. Eu não dou muita bola e mudo de assunto.

Ao sairmos da academia, vamos a um pub que fica ao lado e tomamos uma bebida geladinha. Trocamos telefone e combinamos de nos ligar e marcar de sair para jantar em casais. Depois, Lorena nos convence a acompanhá-la a uma loja para buscar umas roupas que ela encomendou. Ao chegar, vejo se trata de uma casa particular que vende lingerie. Enquanto esperamos, observo as peças ao meu redor, e a dona nos convence a provar algumas coisas. Aceito sem hesitar. Elas também. Provo dois conjuntos de calcinha e sutiã muito sensuais que tenho certeza de que Arthur vai adorar.

— Ficou lindo — diz Rebeca, que entra no provador espaçoso.

— Você acha mesmo?



Capítulo 156:

Ela faz que sim com a cabeça, aproxima-se por trás e deixa um conjunto de calcinha e sutiã sobre o banquinho.


— Leva. Tenho certeza de que seu namorado vai adorar.

— Sim, com certeza. — Sorrio ao imaginar a cara de Arthur.

De repente, Rebeca pega minha mão.

— Que anel lindo.

Eu olho para ele, admirando.

— Ganhei de presente do meu namorado.

— Ele tem muito bom gosto.

— Obrigada.

Me olho no espelho enquanto ela se despe de novo para provar outro conjunto.

— Toma. Prova esse aqui — diz e me entrega um espartilho de couro preto.

Achando graça, tiro as peças que acabei de provar e fico nua como ela, no provador.

Quando me agacho para tirar a calcinha, noto que ela se agacha também. Assim que me desfaço da minha calcinha, Rebeca fica bem diante da minha tatuagem. Não me mexo, apenas a encaro. Rebeca passa um dedo pela minha vagina e beija meu púbis. Me afasto depressa.

— O que você está fazendo?

Ela se levanta e diz:

— Marisa me disse que te viu brincando numa festinha em Zahara, é verdade?

Desconfortável, eu a encaro.

— Sim, mas eu só jogo na presença do meu namorado.

— É a regra de vocês dois?

— É.

Ela faz que sim e recua. Para de me tocar.

— Seu namorado não precisa ficar sabendo. Será um segredo nosso.

— Não — respondo com firmeza.

Rebeca abre a cortina do provador e eu vejo Marisa, Lorena e a dona da loja nuas em cima de um sofá, transando. Fico sem palavras. Rebeca se aproxima de mim por trás e segura meus seios.

— Elas estão se divertindo. Vamos, aproveite o momento.

Solto o espartilho e me desvencilho de suas mãos. Me afasto dela. Vou até minha roupa, me agacho para pegar a calça e começo a me vestir. Não quero olhar e quero sair desse lugar o quanto antes. De repente, me agarra pelos quadris, aproxima seu púbis do meu traseiro e se esfrega nele.

— Vamos, Lua... eu sei que você quer. Você quer abrir as pernas pra mim. Não adianta negar.

— Já disse que não. E me solta!

Minhas palavras fazem as outras mulheres nos olharem. Rebeca se afasta de mim. Não volta a me tocar, mas o olhar que me dirige não me agrada. Parece divertir-se com meu constrangimento. Quando termino de me vestir, saio correndo da loja sem dizer nada.

Ao chegar em casa, estou descontrolada. Como pude ser tão idiota? Tomo um banho, nervosa. Penso em Arthur e sinto uma vontade enorme de falar com ele e contar o que aconteceu. Ligo para ele e escuto sua voz fria do outro lado da linha.

— Fala, Lu.

— Tudo bem?

— Tudo.

Com receio de que ele esteja se sentindo mal, pergunto:

— Está com dor de cabeça ou alguma coisa assim?

— Não.

— Está enjoado ou vomitou?

— Não.

— Então por que não voltou pro escritório hoje à tarde?

Não responde. Seu silêncio me incomoda.

— Bom... Se fisicamente você está bem, o que houve? Se está assim pelo que aconteceu no escritório, por favooooor, é uma bobagem!

— Pode ser uma bobagem pra você, mas não pra mim.

— Quero te lembrar que sou uma pessoa adulta, não uma criança, como seu sobrinho, em quem você pode dar bronca.

— Isso, me deixe ainda mais irritado — diz, grunhindo.

Sua desconfiança me entristece. E eu preciso contar a ele o que aconteceu comigo.

— Arthur...

Mas ele está chateado e me corta.

— Você sabe que eu não vou com a cara desse Miguel, não sabe?

— Sei, mas...

— Não. Me escuta, Lu. O que você acharia se amanhã eu deixasse sua querida chefe tocar no meu cabelo enquanto eu estivesse tomando café da manhã com ela? Tenho certeza de que ela gostaria. Ah..., e talvez também adorasse me dar um beijinho, que tal?

Não... não... não.

Só de pensar eu já me sinto mal. Conheço minha chefe e sei que ela está ansiosa para que Arthur lhe dê a chance de se aproximar e conseguir algo mais. Fecho os olhos e, com esse exemplo, passo a entender sua frustração.

— Ok... captei a mensagem.

— Que bom, Lu. Fico feliz em saber que você finalmente me entendeu. Uma coisa é você permitir que uma mulher toque em mim, outra muito diferente é que uma mulher que você sabe que me deseja toque em mim sem sua permissão. Compreende agora?

— Sim.

— Pensa nisso, porque não estou a fim de repetir nem mais uma vez — acrescenta após um silêncio sepulcral. — Não me importo que você tome café da manhã com Miguel ou com quem você quiser, mas não aceito que ninguém, homem ou mulher, te toque ou te beije sem o meu consentimento. Boa noite, Lu. Amanhã te vejo no escritório.

Em seguida, desliga o telefone e fico desconcertada.

Como posso lhe contar o que aconteceu comigo sem despertar ainda mais desconfiança?
Aturdida, me sento no sofá com a sensação de que, sem querer, acabei de fazer uma coisa que, se Arthur ficar sabendo, vai deixá-lo muito aborrecido. Coço o pescoço que começou a pinicar. Ninguém está por perto para me impedir.

11 comentários:

  1. Ixe coitada da lua , amo ️️arthur com ciúmes ! Mais ?

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  2. OMG,ele n vai compreender,quero q eles assumem logo o namoro vai demorar mt amore?
    Gabs❤️

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  3. Essa Rebeca é uma doente :O
    Arthur doido pra oficializar pra sociedade e Lua ñ quer kkkkkk
    adoroooo

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  4. Posta mais um hoje amore, a Luh tem que contar a verdade pra não gerar mais desconfiança, to mto ansiosa, não vou aguentar esperar até amanhã

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  5. Olha eu abalando na fic kkkkk
    Rebeca

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  6. Genteeee !
    A Lu fez certo em sair correndo !
    Posta ++++++
    Ameeii *-*

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  7. Essa Rebeca é maluca, deus e pai. Sexo entre mulher não né kkkkk ainda mas a Lua que nojo rs

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