Capítulo 175:
Quando
acordo na manhã seguinte, estou sozinha e nua na cama imensa.
Jogado
de qualquer jeito numa cadeira, vejo o terno que Arthur usava na noite anterior
e, não muito longe, meu vestido. Sorrio e suspiro. Por um momento repasso mentalmente
os últimos meses com ele e sinto que estou numa montanha-russa que me agrada
muito e não quero que essa viagem acabe nunca.
Meu
celular apita. Uma mensagem. É meu pai, dizendo que está indo embora para Jerez.
Ligo para me despedir e sorrio ao me lembrar da sua alegria na noite anterior. Arthur
e ele se dão muito bem e para mim isso é muito importante. Combinamos de nos
ver no Natal. Então me despeço dele e em breve embarcarei para a Alemanha junto
com meu amor.
Deixo
o celular na mesinha de cabeceira e reparo no pote de lubrificante — fecho os olhos.
Ainda não consigo acreditar nas coisas que tenho feito. Nunca na vida imaginei que
pudesse experimentar o sexo selvagem que faço com Arthur. Cada vez entendo mais
o que um dia Arthur me explicou sobre o tesão. O tesão pode te fazer alcançar
limites inimagináveis. Ah, se pode...! Eu que o diga!
Nos
últimos meses tenho feito sexo em todos os sentidos da palavra, e Arthur me compartilhou
com homens e mulheres. Pensar nisso me faz sorrir e desejar mais. Se há um ano
alguém tivesse me dito que eu faria tudo isso, eu pensaria que essa pessoa estava
doida. Mas não. Aqui estou eu, nua na cama de Arthur e disposta a realizar
minhas fantasias e as dele.
Me
levanto e, ao sentar na cama, faço uma careta ao perceber que minha bunda está doendo.
Com cuidado, ergo o corpo novamente e me sinto estranha ao caminhar. Vou direto
para o chuveiro e, quando saio, vejo Arthur sentado na cama. Ligou o rádio e,
assim que me vê, sorri.
— O
que houve?
—
Minha bunda está doendo.
Sua
expressão se contrai e ele murmura:
— Querida...
eu te falei pra ter cuidado.
— Ai,
Arthur... acho que vou ter que sentar em cima de uma boia.
Arthur
ri, mas em seguida percebe que estou com a cara séria.
—
Desculpa... desculpa.
Com
cuidado, me sento na cama e, antes que ele diga qualquer coisa, levanto um dedo
e digo:
—
Nada de me sacanear sobre isso, tá?
— Tá
— responde.
De
repente, começa a tocar uma música que faz nós dois rirmos. Arthur me deita na cama
e, achando graça, comenta:
—
Como diz a música, estou louco pra te beijar.
E me
beija. Aceito com prazer seu beijo e quando sua mão desce pela minha cintura, o
telefone toca. Arthur me solta e vai atender. Após desligar, diz:
— Era
minha mãe. Marquei com ela meio-dia e meia no restaurante do hotel.
— Pra
almoçar?
— É.
—
Esse horário gringo de vocês me mata — respondo, bufando. — Eu tomaria é o café
da manhã.
Arthur
sorri e explica:
— Eu
sei, querida, mas ela vai voltar a Munique hoje à tarde e quer almoçar com a gente.
— Tá
bom — digo. — Você tem um analgésico ou algo do gênero?
—
Tenho... na nécessaire.
Arthur
vai pegá-lo, mas se detém e diz, segurando o riso:
— Não
se preocupa, querida, as cadeiras do restaurante são macias.
Essa
gracinha me faz bufar. Sinto vontade de lhe dizer umas poucas e boas, mas, ao ver
seus olhos brincalhões, me seguro e abro um sorriso. Sua felicidade é minha felicidade,
e a música que me faz ficar louca para beijá-lo continua tocando.
Dolorida,
me levanto e abro o armário. Ali dentro vejo uma calça jeans e uma blusa rosa,
mas, como não encontro o que estou procurando, reclamo desesperada:
— Que
droga, não tenho nem uma calcinha!
— Não
fale palavrões, querida — Arthur me repreende ao mesmo tempo que me abraça.
—
Desculpa, mas tenho que dizer. Você arrebentou todas as minhas calcinhas, e
agora não tenho nenhuma aqui pra vestir. E claro... você não acha que vou sair
sem calcinha pra almoçar com sua mãe, né?
Achando
graça, ele sorri, me entrega o analgésico e responde:
— Ela
nem vai saber. Qual é o problema?
Pego
uma cueca boxer da Calvin Klein e coloco. Surpreso, Arthur me olha.
Capítulo 176:
—
Nossa! Até de cueca você me deixa excitado, fofinha. Vem cá.
— Nem
pensar.
— Vem
cá.
—
Não... sua mãe está esperando a gente pra almoçar.
—
Vamos, amor. Temos tempo ainda!
Nesse
instante o notebook de Arthur apita. Chegou uma mensagem. Eu aviso, mas ele sabe
bem o que quer. E o que ele quer sou eu.
Corro
pelo quarto, subo na cama e ele se pendura em mim. Me puxa e eu fico rindo.
Me
beija com voracidade e ao mesmo tempo ri também e tira a cueca que estou vestindo.
Desabotoa sua calça e, sem tirar sua própria cueca, entra em mim. Nos olhamos
nos olhos e, enquanto ele entra várias vezes dentro de mim, me sussurra centenas
de palavras carinhosas que me deixam louca.
Após
essa rapidinha, nos vestimos. Coloco a cueca outra vez, a calça jeans e a blusa
rosa, em meio a risadas e beijinhos. Quando pego meu celular, ouço novamente o barulho
das mensagens do notebook de Arthur. Depois de um beijo delicioso nos lábios,
ele vai até o computador, e o sorriso que antes me alegrava desaparece pouco a
pouco, dando lugar à máscara de Iceman em sua versão mais assustadora. Seus
olhos perdem o brilho e ele xinga. Vejo-o mexer no mouse. Me olha e diz, tenso:
—
Nunca esperaria isso de você.
Fecha
com força a tela do computador e sai do quarto furioso. Sem pensar duas vezes, vou
até o computador, abro a tela e leio uma mensagem:
De: Rebeca Hernández
Data: 8 de dezembro de 2012
08:24
Para: Arthur Aguiar
Assunto: Sua
namorada
Fico
feliz em saber que continuamos compartilhando os mesmos gostos.
Mando
umas fotos. Sei que você adora olhar. Aproveite.
Horrorizada,
abro as fotos e fico sem palavras. São fotos minhas com Rebeca, tomando uma
bebida e rindo. Marisa e Lorena não aparecem. Onde estão? Abro outro arquivo e
grito. Vejo Rebeca tocando meus seios, e eu nua. Em outra imagem estou de pé e
ela agachada diante do meu púbis com as mãos entre minhas pernas. Sinto falta
de ar... não entendo. Como podem ter tirado essas fotos? E, principalmente,
como essas fotos podem ter chegado até Arthur?
Estremeço.
Não sei por que Rebeca enviou essas imagens e saio à procura de Arthur. Eu o
encontro na sala de estar da suíte, dando voltas como um louco. Com as mãos trêmulas,
me aproximo. Deixo meu celular em cima da mesa e não sei o que dizer. Não sei
como justificar essas fotos.
—
Pode me dizer o que significa isso? — grita descontrolado.
—
Não... não sei. Eu...
Enlouquecido,
olha para mim e grita:
—
Pelo amor de Deus, Lu. Que merda você foi fazer com Betta?
—
Betta?!
— Não
se faz de idiota — esbraveja irritado. — Você sabe muito bem que Betta é Rebeca.
Escutar
esse nome me deixa paralisada. Betta é Rebeca? A mulher que traiu Arthur com o
pai dele é a mesma com quem saí nas fotos? Minhas pernas tremem e eu preciso sentar.
Busco uma explicação para tudo isso. Estou totalmente convencida de que me
enganaram
com o objetivo claro de prejudicar nosso relacionamento.
— Arthur...
escuta.
Furioso,
chega mais perto de mim e, sem me tocar, berra na minha cara:
—
Desde quando você a conhece?
— Arthur,
não fala besteira. Eu nem sei quem é essa mulher. Ela e...
— Não
acredito em você — grita. — Como você foi capaz? Como?
Nervosa,
me levanto do sofá e tento me aproximar dele, mas Arthur está fora de si e não para
de andar e gritar pelo quarto. É tão grande que tentar pará-lo seria como me
chocar contra um trem em alta velocidade.
— Por
favor, Arthur, me escuta. Sei que pode parecer outra coisa, mas juro que eu não
sabia que essa mulher era Betta, e não fiz nada do que parece que faço nas
fotos. Pelo amor de Deus, você tem que acreditar em mim...
Meu
celular toca. Está em cima da mesa.
Arthur
olha para ele e eu também. Quase fico sem ar quando vejo no visor do aparelho o
nome “Rebeca”. Furioso, Arthur o pega e, após confirmar que é ela e trocar umas
palavras bem desagradáveis com sua ex, atira-o no chão. Fecha os olhos. Sua
expressão se contrai por alguns segundos. Sua cara é assustadora. Ameaçadora.
Quando abre os olhos, me olha por alguns instantes e depois diz em alto e bom
som:
— A
brincadeira acabou, senhorita Blanco. Pega suas coisas e vai embora.
Meu
estômago se revira. Mal consigo respirar.
177.
— Arthur...
querido, você precisa me escutar. Isso tudo é um engano, eu...
— É
um erro imperdoável e você sabe tão bem quanto eu. Vai embora!
— Arthur,
não!...
Com
um desprezo total estampado em seu rosto, olha para mim e diz:
—
Primeiro foi com Marisa, agora com Betta. O que mais você está escondendo?
—
Nada... se você deixar, eu...
—
Você ia morar comigo na Alemanha. Pretendia continuar mentindo?
— Meu
Deus, Arthur, quer me escutar e...?!
—
Sabe — me interrompe —, mulheres como você, eu tenho todas que eu quiser.
O Arthur
prepotente está de volta.
— Não
me diga! Mulheres como eu? — grito fora de mim.
— É.
Mentirosas. Mentirosas sem escrúpulos e dispostas a magoar quem quer que seja —
responde. — Meu erro foi achar que você era especial.
— Não
fala bobagem, Arthur, e me escuta, que estou ficando angustiada.
Com
expressão cínica, o homem que amo olha para mim e sorri.
— Se
você fica angustiada por achar que Björn ou qualquer um dos homens e mulheres a
quem eu te ofereci não vão mais te chamar, não se preocupa. Eu vou dar seu
telefone. Tenho certeza de que eles vão me agradecer.
—
Como você pode dizer isso? Como pode ser tão cruel? — Me olha com uma expressão
dura, e eu grito desconcertada: — Nem pense em dar meu telefone a ninguém!
Arthur
me encara de um jeito desafiador, com os olhos injetados de raiva.
— Tem
razão, pra quê? Você sozinha se sai muito bem.
Sem
alterar sua expressão, ele se vira e abre a porta da suíte.
—
Quando eu voltar do almoço com minha mãe, não quero te encontrar aqui.
Não
posso deixá-lo ir embora. Não posso deixar nossa relação terminar. Tento segurá-lo
por todos os meios, mas acabo gritando:
— Se
você sair sem falar comigo, sem me dar uma chance de eu me explicar, vai ter que
assumir as consequências.
Meu
grito o detém, ele se vira de novo e me encara.
—
Consequências? Você acha pouco saber que minha suposta namorada e minha ex são
mais que amiguinhas?
—
Isso é mentira!
—
Mentira. As fotos já dizem tudo.
Sem
me dar tempo de dizer ou fazer qualquer coisa, ele vai embora, fecha a porta.
Sofrendo
e sem respirar direito, vejo o homem que amo e adoro me enxotando sem querer me
ouvir. Quero correr na direção dele, mas sei que não vou conseguir nada. Se há
uma coisa que sei sobre Arthur é que, quando ele se zanga desse jeito, não
raciocina. É pior que eu.
Me
sento no sofá. Estou tão paralisada que nem sei o que fazer.
Choro
e me desespero. Por que ele não quer acreditar em mim? Por que não me escuta?
Mil perguntas sem resposta ficam dando voltas na minha cabeça, enquanto tento buscar
uma saída, uma solução. Quando consigo parar de chorar, me levanto e ando até o
quarto. Ver a cama revirada me angustia e eu me jogo em cima dela. O cheiro de Arthur,
de sexo e de bons momentos vividos horas atrás me faz gritar furiosa.
Olho
a tela do computador e observo com frieza a foto em que apareço junto com a agora
conhecida como Betta. Como pude ser tão idiota?
Me
levanto, pego uma caneta em cima da mesa e, com todo o sangue-frio de que sou capaz,
anoto seu e-mail. Essa mulher vai me pagar. Coloco o papel na calça jeans. Dou uma
olhada ao redor e guardo na minha bolsa o vestido da noite anterior. Saio do
quarto em seguida, mas, ao passar pela sala, vejo meu celular destruído no
chão. Me abaixo, recolho as peças, vou embora da suíte aos prantos e, com a
pouca dignidade que me resta, saio do hotel.
Reta final lindas :)
Querem a 2º temporada???
Ai meu core <3, morri posta mais
ResponderExcluirChorei amo essa web
É claro q eu qro a segunda temporada!
ResponderExcluiro dia q supostamente ela "traiu" ele foi naquele em q ela foi na loja de lingeries né?
Manda matar essa Betta, e esse Arthur tem que acreditar na Lua ela devia ter contado antes dessa confusão
ResponderExcluirEle tinha que confiar mais nela, e era pra ela ter contado logo.
ResponderExcluirMas é lógico que sim !!
ResponderExcluirNão aguento eles separadooos :'''(
Posta ++++++++
Ameeii *-*
Posta mais por favor
ResponderExcluirTo desesperada, preciso de mais.
ResponderExcluirPosta mais um hj por favor
ResponderExcluirSimmm .
ResponderExcluirEles vao demorar para voltar?
O arthur nao podia fazer isso
eles vao voltar nessa temporada ou so na outra?
Pffffff posta mais um cap hjjj pffffff ,se nao der pffff posta tres caps amanha pffff, to morrendo de curiosidade
Faz sim a 2° temporada by : duda
ResponderExcluirvc e de que parte de Portugal??
ResponderExcluirSabia que ela teria que contar isso antes ! Sim queremos 2 temporada !!!
ResponderExcluirGente fiquei de boca aberta essa betta é triste , se ru quero segunda temporada concerteza♥♥♥♥♥♥
ResponderExcluirMais que vacilo esse de Lua eim :/
ResponderExcluirEssa Betta di carai ia se ver cmg...
Arthur nem da a chance de Lua se explicar :/
choreiii :'/
Clarooo 2a temporada sim *----*
Coitada da lua
ResponderExcluirsim quero a segunda temporada com toda certeza.
Posta maiss ++++++++