Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulo 106

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Na manhã seguinte acordo sozinha outra vez no quarto. Rapidamente, as imagens da noite anterior voltam à minha cabeça e fico vermelha de vergonha. Mas também me excito.
Arthur está me fazendo mergulhar em seu mundo e sinto que gosto cada vez mais. De repente, a porta se abre. É ele, com uma bandeja de café da manhã.
— Bom dia, moreninha.
Ele me chamar como meu pai me faz sorrir e eu me sento na cama. Arthur me passa a bandeja e, após me dar um beijo carinhoso nos lábios, senta-se ao meu lado.
— Trouxe suco de laranja, uns frios, torradas, bolo e dois cafés com leite. Está bom de café da manhã?
Encantada com seu gesto, sorrio e olho para ele.
— Perfeito.
Durante uns dez minutos, tomamos café em meio a risadas e, quando acabamos com tudo o que havia na bandeja, ele a coloca no chão e se senta de novo perto de mim. Está gatíssimo de blusa branca e bermuda verde militar. Vestido assim, parece um cara da minha galera, não o diretor de uma grande multinacional.
— Então, pequena, como você está? — pergunta enquanto acaricia os contornos do meu rosto.
— Bem, por quê? — Ao ver suas sobrancelhas levantadas, respondo: — Bem... Se você está perguntando em relação ao que aconteceu ontem, estou bem, aproveitei e, principalmente, você não me obrigou a nada, eu fiz porque estava a fim.
Pela sua expressão percebo que ele precisava ouvir isso, e vejo que sorri.
— Adorei a experiência contigo. Foi maravilhosa.
— Pra mim foi estranha. Diferente. Mas também excitante... muito excitante. E vi como você gostava quando Andrés e Frida me tocavam.
— Hummmm... me excita ver sua cara de prazer, pequena. Você abre a boca de um jeito e se contorce tão deliciosamente... Fico louco ao te ver assim.
Nós dois rimos.
— Sobre a festa de hoje à noite, se você não quiser, não...
— Eu quero, sim. Quero ir.
— Tem certeza?
— Tenho. Total.
Minha decisão parece surpreendê-lo.
— Você não quer ir?
— Não... não é isso... mas...
— Por acaso vai estar ali alguma mulher com quem eu precise me preocupar?
Arthur solta um risinho e responde:
— Não, nenhuma. Com elas eu simplesmente brinquei e...
— Já brincou muito com elas?
— Já.
Isso me incomoda.
— Mas muito... muito?
— Muito... muito. Algumas delas eu conheço há mais de dez anos, pequena. Mas você não tem com o que se preocupar. Em
compensação, eu sim tenho motivo pra me preocupar. Você vai ser nova ali e tenho certeza de que muitos homens vão te observar querendo ser os escolhidos.
— Você acha?
Arthur faz que sim com a cabeça e seus olhos escurecem, quase se fechando. De repente, eu o noto meio cismado e isso chama minha atenção. Será que está com ciúmes?
— Acho, sim. Mas não esqueça, querida, que...
— ... que só faremos com quem eu quiser, né?
— Isso. — Sorri e afasta do meu rosto uma mecha de cabelo.
Bebo um gole de café.
— Você vai me oferecer a outro homem?
Minha pergunta o pega de surpresa. Como sempre, ele pensa... pensa e, ao fim, responde com outra pergunta:
— Você quer?
— Quero... me excita sentir que você é meu dono. Ontem à noite isso me excitou.
Ele solta uma gargalhada e, após me dar um beijo na boca, murmura:
— Senhorita Blanco, a senhorita falou “dono”? Não disse que não curtia sado?
— E não curto mesmo — esclareço. — Mas é gostoso me sentir sua..
Seus lindos olhos se fixam em mim e ele concorda:
— Não vou me esquecer disso quando te oferecer hoje à noite.
Está claro que ele só fará o que eu quiser e, ansiosa pra que tudo seja como ontem, me deito na cama e, após fazer um sinal com o dedo para que ele se deite sobre mim, sussurro:

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