Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulo 103

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Começo a tremer, e não é de frio, quando sinto os outros dois se aproximarem de nós.

Frida está toda brincalhona e sai da piscina. Senta-se na beira perto de nós com os mamilos molhados e arrepiados, enquanto Andrés fica atrás de mim e apoia suas mãos na minha cintura. Arthur, ao ver como eu olho para ele, faz um gesto com a cabeça e Andrés me solta em seguida, sai da piscina e, após beijar sua mulher, ambos desaparecem dentro do chalé.

Estou nervosa. Super descontrolada!

Não sei onde me enfiar, mas percebo que estou latejando, lubrificada.

Notando que estou tensa, Arthur se levanta dos degraus da piscina e, sem me soltar, entra comigo na água. Me agarro nele com desespero.

— Pode ficar tranquila, pequena. Comigo você nunca vai fazer nada que não queira.

Estremeço toda. Me falta o ar e eu consigo sussurrar:

— Eles... brincam dos mesmos jogos que você?

— Sim.

— E...?

— Lu, você tem que entender o que eu te disse há um tempo atrás. Sexo é só sexo.

Frida e Andrés são um casal que têm um relacionamento sólido e sabem muito bem do que gostam quando o assunto é sexo. Já fomos várias vezes juntos a casas de suingue e eles participaram de trios e orgias e, ao voltarem para casa, continuaram sendo eles mesmos. Andrés e Frida. Um casal.

— Você... já esteve com eles?

— Já. Nós dois com ela. Não sou chegado a homens — brinca e eu sorrio. — Ouça, Lu.

Você precisa entender que tanto Frida quanto Andrés e eu temos ideias bem claras e sabemos diferenciar o sexo e os sentimentos. Nós três gostamos de um pouco de perversão nos nossos jogos, mas, assim que terminam, nos respeitamos como pessoas.

Aliás, a festa a que nos convidaram para ir amanhã é...

— Uma festa onde vale tudo para todo mundo, né?

Arthur faz que sim com a cabeça.

— Se você não quiser, não precisamos ir.

Por um momento ficamos os dois calados, até que ele me leva à escada, me toma nos braços e diz:

— Venha. Vamos pra jacuzzi.

Eu o acompanho até lá.

— Como está quentinha... — murmuro ao entrar.

— Quente demais. — Arthur aperta uns botões e, segundos depois, a água esfria.

Continuamos em silêncio enquanto as borbulhas explodem à nossa volta, até que ele me atrai de novo pra si e outra vez me faz sentar no seu colo.

— Está vendo só como você me deixou? — diz enquanto pressiona o pênis na minha vagina.

— Sim. — Sorrio e, sem poder evitar, pergunto: — O que você gostaria que tivesse acontecido na piscina?

Arthur joga a cabeça para trás.

Ah... querida. Eu gostaria que tivessem acontecido várias coisas.

— Como por exemplo... — insisto.

Arthur olha para mim.

— Ainda me lembro de como você estremeceu naquela tarde no meu hotel quando

Frida se enfiou entre suas pernas e fez tudo o que pedi.

— Era Frida?

— Era. — Saber disso me deixa assombrada. — Hummmmmm... gosto da delicadeza que vocês, mulheres, têm. Olhar pra vocês me excita. São deliciosas!

— E os homens?

Me olha com atenção e alerta:

— Amor, já te disse que não curto homens.

Isso me faz rir.

— O que eu estava perguntando é se nas suas fantasias só tem mulheres.

— Não, minhas fantasias são mais amplas. Adoro ver duas mulheres transando, mas também gosto de compartilhá-las com outros homens.

— E você se imagina me compartilhando com outro homem?

— Se você quiser, sim — responde com um sorriso.

Só de dizer isso ele me deixa excitada. Muito mais excitada do que me imaginar com outra mulher. Arthur me olha fixamente.

— Seu prazer é meu prazer e, se você me pedir, eu vou te compartilhar. Mas, quando isso acontecer, eu é que mandarei nesse jogo. Você é minha e quero deixar isso bem claro.


 

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