Após
uns instantes a cancela volta ao lugar. Estou furiosa. Me abaixo, de cócoras,
de olhos fechados, tentando me acalmar. Arthhur me cansa, e suas constantes
mudanças de humor me deixam louca. Suas palavras e reações me deixam
desnorteada. Nunca sei o que ele quer, e muito menos o que devo fazer.
De
repente ouço um ruído rouco. Levanto a cabeça e vejo Arthur que
vem vindo de moto.
Para
perto de mim, abaixa o pedal de descanso desce. Ele me encara.
—
Como você pode ser tão frio?
— Com
a prática.
Respiro
fundo e me levanto, sem conseguir conter minha fúria.
— Arthur,
você me desespera. Não aguento essa sua maneira de ser. Às vezes quero te devorar
com beijos, mas outras vezes sinto vontade de matar você. E agora é uma dessas
vezes. Você sempre se acha o rei do mundo. O rei da razão. O rei do universo. É
um cabeça-dura, um mandão, um intransigente e...
—
Você tem razão.
Sua
resposta me surpreende.
—
Pode repetir o que disse?
Arthur
sorri.
—
Você tem razão, pequena. Passei dos limites. Fiquei muito nervoso quando te vi saltar
com essa maldita moto e também com os comentários inconvenientes do seu amigo
Fernando e acabei descontando em você. — Quando percebe que vou dizer algo, se
adianta: — Não quero mais falar desse cara. Aqui, o importante somos eu e você.
E por isso vim te buscar.
Seu
sorriso. Ai, meu Deus...! Seu sorriso. Que gato ele fica quando sorri... Sem
precisar de mais nada, chego bem pertinho dele.
— Por
que temos que discutir por tudo?
— Não
sei.
—
Discutimos por tudo, menos por sexo.
—
Hummmm... bom começo, não é?
Nós
dois rimos, e Arthur me pega. Beija meus dedos.
—
Continua zangado?
—
Muito.
—
Sério?
— Com
o que você fez hoje, me roubou dez anos de vida.
—
Exagerado. — Sorrio.
Arthur
faz que sim com a cabeça e em seguida fecha os olhos.
— Lu,
minha irmã Hannah morreu há três anos. Ela era como você, cheia de energia e
vitalidade, adorava esportes radicais. Um dia me chamou pra fazer bungee
jumping com ela e os amigos. Estávamos nos divertindo até que sua corda... e...
eu... eu não pude fazer nada pra salvá-la.
Fico
sem ação. Que coisa horrível! Viu a própria irmã morrer. O que ele acaba de contar
me faz entender a angústia que sentiu enquanto eu me divertia com os saltos e derrapagens
durante a corrida. Entendendo sua dor, quero dizer alguma coisa, mas é ele que
continua:
— É
por isso que não consegui continuar assistindo ao que você fazia.
—
Sinto muito... eu... eu não sabia.
— Eu
sei, querida. — Me abraça com força e murmura: — Agora sorria, por favor.
Preciso
que você sorria e não me pergunte mais nada do que te falei. Dói demais e não gosto
de ficar lembrando, combinado?
Faço
um gesto de compreensão e, sem falar mais nada, Arthur me beija com verdadeira paixão.
Sorrio, tento não pensar na tragédia que acaba de me contar e me deixo levar pelo
meu amor. Minutos depois, ele pega o troféu que ainda está nas minhas mãos e
fica admirando.
— Vou
te matar, moreninha. Você me fez passar uns momentos terríveis.
— Arthur...
é motocross, você esperava o quê?
Sorri,
me solta e sobe na sua moto com o troféu nas mãos.
— Pra
casa, campeã. Vamos comemorar sua vitória como você merece.
Essa comemoração vai ser quente u.u.Perfeitoo *-*,posta mais amanhã de manhã,please!
ResponderExcluirQue dó do Thur, espero que ele consiga demostrar mais seu amor pela lua, que top esse capítulo
ResponderExcluirEsses dois por mais que briguem foram feitos um pro outro ♡♥♡♥
ResponderExcluirAdoreeeeiii Jess
Ansiosa pra essa comemoração !!
ResponderExcluirJá até imagino !
Posta +++++++++
Ameeii *-*
Ai, Que Triste Da Irmã Do Arthur :( , Continuaaaaaaa !
ResponderExcluirPosta maiss por favor ++++++++
ResponderExcluirEssa comemoração vai ser melhor do q a vitória haha
ResponderExcluirPosta mais hj
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