Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulo 99

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Após uns instantes a cancela volta ao lugar. Estou furiosa. Me abaixo, de cócoras, de olhos fechados, tentando me acalmar. Arthhur me cansa, e suas constantes mudanças de humor me deixam louca. Suas palavras e reações me deixam desnorteada. Nunca sei o que ele quer, e muito menos o que devo fazer.

De repente ouço um ruído rouco. Levanto a cabeça e vejo Arthur que vem vindo de moto.

Para perto de mim, abaixa o pedal de descanso desce. Ele me encara.

— Como você pode ser tão frio?

— Com a prática.

Respiro fundo e me levanto, sem conseguir conter minha fúria.

— Arthur, você me desespera. Não aguento essa sua maneira de ser. Às vezes quero te devorar com beijos, mas outras vezes sinto vontade de matar você. E agora é uma dessas vezes. Você sempre se acha o rei do mundo. O rei da razão. O rei do universo. É um cabeça-dura, um mandão, um intransigente e...

— Você tem razão.

Sua resposta me surpreende.

— Pode repetir o que disse?

Arthur sorri.

— Você tem razão, pequena. Passei dos limites. Fiquei muito nervoso quando te vi saltar com essa maldita moto e também com os comentários inconvenientes do seu amigo Fernando e acabei descontando em você. — Quando percebe que vou dizer algo, se adianta: — Não quero mais falar desse cara. Aqui, o importante somos eu e você. E por isso vim te buscar.

Seu sorriso. Ai, meu Deus...! Seu sorriso. Que gato ele fica quando sorri... Sem precisar de mais nada, chego bem pertinho dele.

— Por que temos que discutir por tudo?

— Não sei.

— Discutimos por tudo, menos por sexo.

— Hummmm... bom começo, não é?

Nós dois rimos, e Arthur me pega. Beija meus dedos.

— Continua zangado?

— Muito.

— Sério?

— Com o que você fez hoje, me roubou dez anos de vida.

— Exagerado. — Sorrio.

Arthur faz que sim com a cabeça e em seguida fecha os olhos.

— Lu, minha irmã Hannah morreu há três anos. Ela era como você, cheia de energia e vitalidade, adorava esportes radicais. Um dia me chamou pra fazer bungee jumping com ela e os amigos. Estávamos nos divertindo até que sua corda... e... eu... eu não pude fazer nada pra salvá-la.

Fico sem ação. Que coisa horrível! Viu a própria irmã morrer. O que ele acaba de contar me faz entender a angústia que sentiu enquanto eu me divertia com os saltos e derrapagens durante a corrida. Entendendo sua dor, quero dizer alguma coisa, mas é ele que continua:

— É por isso que não consegui continuar assistindo ao que você fazia.

— Sinto muito... eu... eu não sabia.

— Eu sei, querida. — Me abraça com força e murmura: — Agora sorria, por favor.

Preciso que você sorria e não me pergunte mais nada do que te falei. Dói demais e não gosto de ficar lembrando, combinado?

Faço um gesto de compreensão e, sem falar mais nada, Arthur me beija com verdadeira paixão. Sorrio, tento não pensar na tragédia que acaba de me contar e me deixo levar pelo meu amor. Minutos depois, ele pega o troféu que ainda está nas minhas mãos e fica admirando.

— Vou te matar, moreninha. Você me fez passar uns momentos terríveis.

— Arthur... é motocross, você esperava o quê?

Sorri, me solta e sobe na sua moto com o troféu nas mãos.

— Pra casa, campeã. Vamos comemorar sua vitória como você merece.

8 comentários:

  1. Essa comemoração vai ser quente u.u.Perfeitoo *-*,posta mais amanhã de manhã,please!

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  2. Que dó do Thur, espero que ele consiga demostrar mais seu amor pela lua, que top esse capítulo

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  3. Esses dois por mais que briguem foram feitos um pro outro ♡♥♡♥
    Adoreeeeiii Jess

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  4. Ansiosa pra essa comemoração !!
    Já até imagino !
    Posta +++++++++
    Ameeii *-*

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  5. Ai, Que Triste Da Irmã Do Arthur :( , Continuaaaaaaa !

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  6. Posta maiss por favor ++++++++

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  7. Essa comemoração vai ser melhor do q a vitória haha

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