"É Estranho. Mas é do nosso jeito" - 2ª Temporada - 14º Capítulo

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P.O.V.’s Narrador

Anna insistiu para que Arthur passa-se na casa dela, na terça à noite, para jantar. Ele disse que não queria. Disse mil vezes que não, mas ela insistiu mil e uma vezes. E pronto, lá foi ele.
Arthur apareceu na casa dela com uma garrafa de vinho na mão. No dia seguinte ele não iria trabalhar, pois irá continuar assim até Lua recuperar. Então beber um pouco não havia problema. 

- Oi. – Disse ele ao entrar na casa dela. – Eu trouxe vinho. – Ele mostrou a garrafa.
- Legal. Vou abrir. O jantar está quase pronto. – Ela pegou a garrafa e levou para a mesa. – E a Lua?
- Continua na mesma. 24h se passaram e nada. Nada de nada.
- E o Diogo?
- Ele continua lá. Eu sinceramente não tenho mais vontade de discutir com ele. Estou sem cabeça para isso. – Arthur foi para a cozinha e deu de caras com Anna de costas para si, abrindo a garrafa de vinho.
- Porque ele continua lá? – Arthur deu de ombros – Eu sinceramente acho estranho ele estar lá. E acho ainda mais estranho ele ter sido o primeiro a chegar ao hospital, após o acidente, e ainda mais ter sido o primeiro a pegar na criança. Sendo que o primeiro é sempre um dos pais. Arthur, algo estranho realmente se passa.
- O que quer dizer com isso?
- A criança… o Diogo. O rolo que ele e Lua tiveram.
- Lua me garantiu que não teve nada com ele.
- Nem um beijo? Nem uma rapidinha? Desculpa, mas é raro a pessoa que aguenta tanto tempo com o namorado longe. Ainda por cima jovem como ela é. Todos temos vontades… o sexo é indispensável na nossa vida.
- Eu fui para Londres, estive longe dela, mas não me envolvi com ninguém.
- Mas você estava ocupado com outras coisas. E ela? Ela estava aqui, morrendo de saudades, carente… podia muito bem ter acontecido.
- Está querendo então dizer que o Lourenzo não é meu?
- Bom… eu não vejo outra explicação. 
- O Diogo gosta dela… - Arthur suspirou e se sentou à mesa. Anna tirou o jantar do forno e serviu nos pratos. Serviu também o vinho e Arthur deu um gole. – Sempre gostou.
- Mas é algo mais… é raro o homem que se mete com uma mulher que tem um filho, ainda por cima recém-nascido. Ainda para mais, ela não está acordada. O que ele podia fazer agora era fugir. Mas não, parece que ele é daquelas que não arrenda pé até conseguir o que quer.
- E o que ele quer?
- Talvez tirar Lua de você. Assumir o filho. Assumindo as responsabilidades, a Lua automaticamente caí nos braços dele.
- Eu não posso deixar isso acontecer! – Arthur bateu na mesa – A Lua é minha e o filho é meu!
- Está mesmo certo disso? – Anna encarou Arthur. Ele suspirou. A dúvida voltou novamente – Os testes de paternidade são fáceis de fazer e Lourenzo já nasceu. Nada impede de você fazer os testes…
- Eu sei. Mas eu prometi à Lua que confiava nela e que não ia fazer os testes.
- Mas ela está em coma. Ela não irá saber de nada.
- Mas os exames demoram muito tempo, até lá ela pode acordar.
- Mas você conhece o primo do Diogo, não é? Aquele doutor? Você podia dar um jeito de… sacar os exames mais rápido.
- Talvez. – Arthur suspirou.

Eles beberam a garrafa inteira de vinho e pouco ou nada comeram do prato. Anna puxou Arthur para dançar. Estavam os dois tocados pelo vinho tinto. 
Foram para a sala e, apesar de não haver música nenhuma no ar, Anna tinha Arthur junto assim com as mãos dela de volta dele. Ele não queria colocar as mãos à volta dela. Mas nem foi preciso querer. Anna agarrou as mãos de Arthur e apertou-as junto ao seu corpo. 
Anna se voltou, ficando de costas para Arthur, e desceu bem junto ao corpo dele. Agarrou novamente as mãos de Arthur e colocou sobre os seios dela. Apertou-os. Anna se voltou novamente e por pouco não beijou Arthur.

- Eu não posso. Eu tenho a Lua… - Disse ele, mesmo pouco sóbrio.   

[…]

Arthur pensou muito. Ele não tinha ninguém para se informar melhor ou pedir outros conselhos. Ele apenas seguiu os conselhos de Anna e arriscou fazer os exames.
Tudo isto porque, certo dia, ficou ao lado de Lourenzo e começou a observá-lo atentamente. As sobrancelhas do bebé não eram tão bem feitas como as de Arthur. Os lábios também não eram nada parecidos, assim como o cabelo.
 Mas será que ele não sabe que os bebés recém-nascidos, ao início, não se parecem com ninguém? Bom, pelos vistos ninguém avisou Arthur disso.

Ele falou com Pedro, o primeiro que Diogo, e tratou de tudo o que fosse necessário para os exames serem feitos. Disse, ainda, que pagava o que fosse preciso para ter os exames prontos o mais rápido possível.


[…]

Três dias se passaram após o acidente. A mãe de Lua viajou novamente para poder estar ao lado da filha. Enquanto isso, dormia na casa da mesma, junto com Arthur. Blanco estava fascinada com o seu primeiro neto, mas de coração partido devido ao estado da filha. Foi ela quem terminou o quarto de Lourenzo e era ela quem vestia ele todos os dias, no hospital enquanto está internado.

Outro dia, Arthur acordou com vontade de ter Lua nos seus braços. Foi direto para o hospital sem nem tomar o café da manhã. Sentia que tinha de estar ao lado dela e lhe dizer algo. Sentia que tinha de lhe dizer tudo, apesar de ela não estar a ouvir. Ou estar. Não sabemos ao certo.
Ele entrou no quarto e sentiu um arrepio. Ela estava lá, deitada, sem se mexer, na exata posição de ontem. Ela tinha o rosto com uma cor diferente, os olhos cansados e as mãos pousadas sobre a sua barriga.
Arthur puxou uma cadeira e se sentou ao lado dela, digo, da cama. Ele puxou a mão dela para o seu colo, bem devagar, e passou o dedo sobre toda a extensão do dedo dela. Beijou a mão levemente e se sentiu triste por a ver naquele estado. Começou a chorar. Era difícil vê-la naquele estado. Normalmente pensamos que isto só acontece com os outros. Mas não estamos livres de nada. É Deus quem manda.

- Sinto a sua falta. Eu não consigo olhar para aquele bebé e sentir felicidade. Digo… eu estou feliz, mas falta algo. Falta você. Queria tanto poder ter visto o bebé ao mesmo tempo que você. Eu disse que assistiria ao parto e nem disso eu fui capaz. Ninguém me avisou, mas eu senti o que tinha acontecido com você. Eu senti, naquela manhã, uma vontade enorme de te ver. Eu senti que alguma coisa não estava bem. Eu fui um idiota… a culpa desse acidente é minha. Eu coloquei a merda do trabalho em primeiro lugar e disse à mulher da minha vida para ir sozinha em outro carro. – Arthur suspirou e limpou as suas lágrimas. Mas elas insistiam – Eu acho que cometi um erro… eu pedi para fazerem os exames. Me desculpa. – Arthur deitou a cabeça sobre a barriga de Lua e segurou bem forte as mãos dela – Anna falou comigo de um modo que… ninguém falou. Alias, eu nem tenho falado com ninguém. Mas ela me convenceu de que aquilo é o certo… eu sei, eu vou me arrepender. Você disse que se eu fizesse os exames e eles dessem positivo, que você me deixaria para sempre. Mas foi mais forte do que eu. Por favor, me entenda. – Arthur chorou mais ainda. 

Notas finais:
Será que ela acorda?

10 comentários:

  1. Perfeitooo,q foto é essa de Arthur e lua?

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  2. Eu acho que agora ela acorda.
    Posta maiss ++++

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  3. Ela deve acordar, lembrar de tudo, o Arthur falar a verdade pra ela e viverem felizes como uma família

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  4. Essa anna é uma vadia mesmo, raiva dela arrrrrgh! Poste com mais freqüência por favoooor rs' tomara que a Lu acorde logo e perdôe o Thur

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  5. Mano que ódio dessa Anna, espero q ela acorde mds

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  6. Essa Ana precisa ganhar uma passagem só de ida para o inferno!! 😡😡 Deus, q Raiva q eu tenho dela! 😡😡
    Tomara q a Luh acorde logo❤️😍 Amando

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  7. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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