"É Estranho. Mas é do nosso jeito" - 2ª Temporada - 11º Capítulo

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P.O.V.’s Narrador

Hoje era dia de festa. O salão reservado para a família Blanco estava decorado de azul e branco. Isto porquê? Porque ele será avô de um menino. O nome estava escolhido: Lourenzo. 
Os meios irmãos de Lua, ainda pequenos, estavam animados com a ideia de serem tios. Eles imaginavam, provavelmente, que Lourenzo mal nasça já possa correr, pular e jogar futebol com eles. Sim, quem sabe um dia.
Sr. Blanco estava mais que feliz. Planeava uma festa de arromba, hoje, para amigos e família chegada. Iria ter, inclusive, uma surpresa. 
Lara, mulher de Sr. Blanco, estava animada com a ideia de ser avó, apesar de Lua ainda não ter dito com todas as letras que ela poderia tratar o Lourenzo de neto. Talvez sobrinho. Sim, quem sabe ela pudesse ser uma tia-avó, porque avó mesmo seria Cláudia.

Mesa posta, música ambiente e convidados. Dezenas de convidados. Família que Lua já não via à anos e outros recem chegados. Amigos do seu canal, amigos chegados de Arthur e outros amigos da família. Luísa, amiga de Lua, também estava presente. 

- Isto está de arromba. – Luísa comentou – Estou tão feliz por vocês. E feliz por você ter seguido o meu conselho.
- É. Falar com Arthur foi a melhor coisa. Além do mais, você nem sabe de tudo.
- Tudo o quê?

Flash back on

Num jantar, sexta à noite, o casal estava saboreando um dos desenhos de Lua. Arthur estava romântico naquela noite. Ofereceu flores, chocolates, abriu a porta do carro e a toda a hora se mostrava disposto a ajudar e agradar a namorada.

- Sobre aquela ideia de exames…
- Exames? – Lua tinha esquecido.
- Sim, ao Lourenzo.
- Lourenzo? – Lua riu – Não era Pietro?
- Estive pensando. Você tem razão. Lourenzo é legal e podemos sempre chamar de Enzo.
- Lindo! – Lua se esticou um pouco para beijar o namorado – Mas sim, os exames serão logo feitos quando ele nascer.
- Não, não quero. Eu serei um perfeito idiota se eu quiser mesmo fazer esses exames. Olhei para trás e vi toda a nossa história. História de… filmes, telenovelas. Vivemos tanta coisa. Desde o meu problema com a bebida até à grande mudança de você em relação em mim. Você me odiava, eu era um irresponsável, lembra? – Os dois riram - Você acha mesmo que eu ia pôr tudo isso em causa? – Ele segurou as mãos dela por cima da mesa – Eu acredito em você. Os problemas vividos foram inseguranças. Você me conhece. Sempre fui assim. 
- Isso quer dizer que…?
- Que não serão feitos exames ao Lourenzo. Era uma patetice. 
- Você não tem noção do quanto me deixa feliz. – os olhos de Lua brilharam. Os dois se beijaram até serem interrompidos pelo garçon que trazia os pratos.

Flash back off

- Então quer dizer quê… - Luísa começava.
- Isso mesmo. – Lua riu divertida – Que eu tenho o melhor namorado do mundo.
- Falando de mim? – Arthur chegou por trás e colocou a mão na cintura de Lua, abraçando-a de lado. – Já viu a quantidade de gente chegando?
- Se vi. Meu pai é tão legal.
- Para quem o odiava.
- Eu não o odiava. Eu odiava as ações dele.
- Passado é passado! – disse Luísa. – E bom, eu vou dar uma volta, beber uns drinks e deixar o casal em paz.
- Aleluia! – Lua foi irónica.

A maioria dos convidados trazia presentes para Lua e a criança. Lua era felicitada por todo o mundo. A maioria das mulheres mais velhas comentavam com foi o parto de cada uma, desde as complicações às maiores felicidades.
O almoço estava prestes a ser servido, quando Lara perguntava a todo mundo por Blanco.

- Onde ele se meteu? – Lua começou a ficar irritada – Logo na hora de almoço ele desaparece? Se o meu filho nascer de boca aberta, morto de fome, a culpa é dele!. – Lua se mostrava irritada, sintomas da gravidez.
- Calma. – Arthur bem tentava a acalmar.

E de repente, entra pela porta principal, nada mais nem nada menos, do que Cláudia. É, a mãe de Lua. Viajou do Brasil até Roma só para ver a sua filha, e restante família. Foi Blanco quem a foi buscar, não agradando nada a Lara que morreu de ciúmes. 

- MÃE! – Lua gritou e correu para os braços da mãe.

As duas se abraçaram e fizeram lacrimejar os mais sensíveis. Lua chorava. Cláudia chorava. As tias choravam. Blanco conteu a lágrima. 

- Eu tive tanta saudade! – Cláudia dizia entre lágrimas – E a sua barriga, que linda. Perfeita. A minha filha é a grávida mais linda do mundo. Aí, eu trouxe uns vestidos que te vão ficar tão lindos. E Bela mandou centenas de roupas para o Lourenzo. Ela queria tanto vir, mas o trabalho não permitiu.
- Oi Cláudia! – cumprimentou Arthur
- Arthur, querido. – os dois também se abraçaram – Daniel manda um abraço. Também está cheio de saudades. Ah, desculpem gente. – ela se virou para todos os que estavam sentados na mesa do grande salão – Boa tarde e desculpem a confusão. – todos riram.
- Cláudia, vamos almoçar. Temos todo o tempo do mundo para conversar. – os olhos de Blanco brilharam ao ver o encanto que Cláudia ainda tinha. 

Na mesa, Blanco se sentou na ponta, do seu lado direito estava Lua, seguida de Arthur, e do seu lado esquerdo estava Cláudia, seguida das crianças e, por fim, Lara. Claro, esta última não achou piada nenhuma à reunião da família Blanco. Durante o almoço não deu uma única palavra e ainda fingiu uma enxaqueca para sair da mesa mais cedo.

- Eu queria tanto que vocês voltassem para o Brasil. A minha casa não é a mesma sem vocês.
- É claro que não! – Blanco se impôs – Eles aqui têm o seu trabalho e casa… a vida dos dois está aqui!
- Mas Brasil é a terra natal e eu aposto que os dois estão com saudades.
- Estamos mesmo. – Concordou Lua – Eu não comentei com Arthur, mas eu queria muito batizar o Lourenzo no Brasil. 
- Sério? – o namorado se espantou – Eu também acho uma boa ideia. Mas eu gostaria de permanecer cá. Lá não tem nada que me prenda. – se referia a ser pai. 
- Seu pai se divorciou. Não sei se ficou sabendo.
- Não falo com ele desde que vim para cá.
- É pena. Ele está sozinho.
- É bem feito!
- Arthur! – Lua o repreendeu
- Você se lembra de todo o mal que ele nos fez?
- Lembro. Mas ele é seu pai. Quem sabe agora com o nascimento do Lourenzo ele não fique melhor.
- É. Quem sabe. Mas não sei. – Arthur olhou novamente para o prato.

Após a sobremesa, era hora de abrir os presentes. Os homens se encaminharam para o jantar, fumando charutos e colocando conversa de homens em dia. Menos Arthur, que permaneceu com Lua, no centro da sala, para abrirem as prendas. Foi formada uma roda, com todas as mulheres presentes na festa, e os presentes foram abertos.
Havia muita roupa, botinhas, bonecos, bolsas e até camisas para Lua usar no hospital. Muita coisa também para decoração do quarto, que estava sendo montado aos poucos.
Por volta das 18h da tarde, as pessoas começaram a ir embora. 

(…)

Já em casa, Lua arrumava o quarto para a mãe poder dormir. Ela estava trocando os lençóis da sua cama, visto que Cláudia ia dormir com ela enquanto Arthur dormia no sofá.

- O mal dos apartamentos é terem poucos quartos.
- Mas Arthur está acostumado a dormir no sofá.
- É? – Cláudia riu
- Sim. Quando discutimos, ele já sabe qual o seu canto a permanecer nas restantes noites.
- Coitado. Mas vocês, como estão?
- Muito bem. Desde aquele mau momento, que nunca mais tivemos chatices. Acho que agora é de vez.
- Fico tão feliz por vocês.
- Vamos, finalmente, ser felizes para sempre. – Lua sorriu para a mãe e logo depois as duas se abraçaram.

Notas finais:
- Problemas estão por vir.

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