"É Estranho. Mas é do nosso jeito" - 2ª Temporada - 10º Capítulo

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P.O.V.’s Narrador

Acordar novamente ao lado da pessoa que Lua tanto ama, não teve explicação. Houve certos momentos da sua vida, sentidos à bem pouco tempo, em que ela julgo que aquilo não voltaria a acontecer. Mas passado é passado.
Era sábado, o que significa que nenhum dos dois teria de ir trabalhar. 
Os primeiros raios de sol entraram pela janela entre aberta do quarto dos dois e fez Lua despertar primeiro. Na verdade, ela já estava acordada pois o intensivo horário obrigatório de acordar às 6h30 da manhã fez com que se acostumasse. 
Naquela manhã, sentiu uma saudade enorme do Brasil. Uma saudade da sua mãe e de Bela também. Consequentemente, saudade do colégio, onde todos os sábados de manhã uma briga havia pois a) ou Ana chegava sorrateiramente ao quarto após uma noitada com Daniel ou b) o espertinho, Daniel, decidia fazer uma surpresa à namorada, a acordando cedo para passear. 
Lua pegou o seu celular e foi ao seu álbum de fotos antigas rever fotos das suas amizades. Ela tinha vídeos inclusive. Sem dúvida uma adolescência jamais esquecida.
Olhou para o lado e sorriu. Se espreguiçou um pouco e passou a mão pela barriga, dando um grande suspiro. Finalmente tudo estava bem. Viu Arthur dormindo ali tão bem, sorrindo inclusive, e desejou saber o que ele sonhava. Talvez com ela e com o futuro filho. Talvez não. Seja o que for, parecia ser bom. Se aninhou mais um pouco a ele e tentou dormir.

(…)

O café da manhã tinha sido servido de um modo diferente. O casal se encaminhou para a varanda do apartamento e decidiu tomar café enquanto apreciavam a agitação na cidade. Os carros pareciam atarefados, assim como as pessoas que passavam com sacos de compras ou outras simplesmente atarefadas para o trabalho. Pois sim, existem pessoas que trabalham aos sábados. O mundo não para aos sábados.
Lua tinha a caneca de café na mãe e se encontrava em pé, devido às dores nas costas que sentia. De repente, sentiu algo diferente. Uma sensação não fora do comum, mas algo que ela não esperava. Um chute. Consequência disso, foi Lua ter largado a caneca no chão, se quebrando, e ter assustado Arthur.

- O que foi? O que está sentindo? Está tudo bem? – rapidamente ele se levantou da cadeira e a fez sentar. Lua se encontrava com os olhos brilhando, provavelmente chorando de emoção. – Me diz o que foi! – ele insistiu. Segurava a mão dela fortemente e olhava de vez em quando para a barriga, à espera de uma resposta. – Foi o bebé? Quer ir ao hospital?
- Sim… o bebé… ele chutou. – Lua gargalhou entre lágrimas. Arthur deu um suspiro do tamanho do mundo e de agachou para melhorar a sua quase quebra de tensão. 

Depois de ambos caírem na real, foram para o sofá. Lua escolheu uma posição confortável e Arthur ficou de modo a ter uma vista privilegiada da barriga da namorada. Ele tocava na barriga a toda a hora, cantava e chamava por possíveis nomes do bebé. Este, ou esta, se limitava a mexer. 

- Catarina é legal.
- Eu gosto de Tomás.
- Mas isso é para menino.
- Existe uma grande probabilidade de ser menino.
- Assim como de menina. – Lua insistiu.
- Eu quero que ela seja como você.
- Linda e maravilhosa?
- Linda e maravilhosa! – Arthur concordou e beijou a namorada – Te amo tanto. Daqui até à lua.
- Também te amo tanto, tanto. Você é o amor da minha vida.
- E você é a metade que me faltava.
- Nossa, que piroso!
- Olha quem fala, amor da minha vida.
- Só te chamei isso porque é o que realmente é.
- Faço de minhas as suas palavras. 

Cliché.

(…)

Chegou a altura desejada: o sexo do bebé.
O casal se encaminhou para a consulta. Arthur tirou um dia de folga, assim como Lua. O prometido estava sendo cumprido. O casal estava mais junto do que nunca. 

- Vejo que está tão nervoso quanto na primeira vez.
- Digamos que é mais ansiedade.
- O que é super normal. Sintomas?
- Tonturas. São normais? – Lua questionou.
- Sim. Tem se alimentado bem? E nervosismo, tem passado?
- Sim, tenho me alimentado. Eu como a toda a hora.
- É super normal. – Respondeu o Dr., que é irmão do Diogo – Mas e o nervosismo? – ele quis saber.
- Zero. Zero preocupações. – ela olhou para Arthur e sorriu. Ambos deram as mãos.
- Sua pulsação irá aumentar um pouco, mas é normal. O que irá aumentar também é a sua irritação, é uma espécie de TPM. Quanto ao bebé, vamos já saber o sexo.

Lua se deitou na maca e, após os vários percursos naturais, olhou para o ecrã, para assim ver o bebé. Ele se mexia bem e dava para ouvir perfeitamente o som do seu coraçãozinho. Arthur não tirava os olhos do ecrã. 
O Dr. analisava tudo com atenção e tirava os seus apontamentos.

- É um menino! – ele declarou.

(…)

- Se chamará Pietro. 
- Eu gosto de Lorenzo. Assim podemos o chamar de Enzo. 
- Ah Lua, é muito grande.
- Por isso mesmo, tem depois um diminutivo.
- Bom, não vamos brigar por isso. Temos tempo. – Arthur tranquilizou a situação e seguiu para casa.

Notas finais:
- E vocês? Que nome preferem?

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