"É Estranho. Mas é do nosso jeito" - 2ª Temporada - 9º Capítulo

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P.O.V.’s Narrador

Não podemos dizer que tudo ia na maior leveza do mundo. Mas ao menos confusões não existiam.
Lua continuava trabalhando. A barriga continuava a pesar. Continuava saindo naturalmente com o seu amigo Diogo, apesar de saber dos ciúmes exagerados de Arthur. Diogo entendera, finalmente, que é mesmo de Arthur que Lua gosta. Ele, Diogo, continua a insistir que Arthur não ama Lua, devido às desconfianças. Mas Lua estava disposta a colocar tudo em pratos limpos.

- Como é que é? – Luísa quase cuspiu o café.
- É. Eu estou disposta a fazer testes de paternidade, quando o bebé nascer, claro. Para que assim o Arthur possa finalmente acreditar em mim.
- Não, não estou ouvindo isso.
- Estou farta de desconfianças.
- Você sabe que eu quero o teu bem… mas se você diz que ele confia em você, qual é a razão de fazer os exames?
- Quero apenas paz.
- Mas você já não tem paz?
- Tenho. Eu e o Arthur nunca mais discutimos, mas eu não sinto que ele realmente acredite que este filho seja dele também. Acho que há 10% dele que pensa que o filho é do Diogo.
- E ele tem razão?
- Claro que não. Este filho é do Arthur. Eu nunca me envolvi com o Diogo.
- Não? – Luísa bateu na mesa – Porra Lua! Quem me dera ser você!
- Se quiser, eu faço um jantar às escondidas com ele.
- Faria isso por mim?
- É claro. Assim ele deixaria de ter pensamentos menos corretos.
- Como assim?
- Há dias em que conversamos e eu sinto que ele ainda quer ter algo comigo. Ele acha que eu vou largar o Arthur, mais cedo ou mais tarde.
- E você vai?
- É claro que não. Eu amo aquele sem noção.
- Se amam, mas não se beijam. Vivem na mesma cama, dormem em quartos separados, não se beijam, nem transam. Que raio de casal! – Luísa abanou a cabeça negativamente.
- Sempre disse que somos estranhos.
- Coloca estranho nisso, pelo amor!
- Eu sinto saudade dele. Do cheiro dele. Se tem coisa que eu não aguento, é o perfume dele. É o abraço dele. É uma tortura o ver sair do banho, ainda com o cabelo pingando. É uma tortura o ver destapado, enquanto dorme. Tenho a maior vontade de ir o abafar, mas tenho medo de cair nos braços dele e ficar lá…
- Então por que simplesmente não caí?
- Porque não quero ceder assim tão fácil.
- Você complica o simples.
- É por isso que quero fazer os exames.
- Não. Acho isso errado. Se você e o Diogo realmente nunca se envolveram antes, não tem por quê o bebé não ser do Arthur. Ele tem de acreditar em você. Vocês têm de conversar!
- Desculpa interromper. – Veio o câmara mean – Vamos entrar ao vivo dentro de 5 minutos. Você tem de retocar a maquilhagem.
- Falamos depois! – disse Lua.

(…)

Após o trabalho dos dois, Lua e Arthur se deslocaram até a um shopping próximo de casa. Tomaram um lanche bem caprichado, pois Lua estava cheia de fome, e depois se encaminharam às lojas de bebé.
Quem os via aos dois, realmente podiam se questionar se eram ou não um verdadeiro casal. Arthur levava a bolsa de Lua enquanto a grávida levava o casaco dele vestido. Tinham ambos sorrisos bem cúmplices, mas não haviam mãos bobas ou beijos trocados.
Entraram na primeira loja de bebé que viram. Lá havia roupas até aos 12 anos de idade, consideradas ainda crianças, e era no fundo da loja que se encontravam cadeirinhas, berços, bolsas, mamadeiras… enfim, todo o equipamento necessário para bebé.
Os olhos de Lua brilharam pela primeira vez. Não que ainda não tivesse encontrado este tipo de coisas, mas agora era diferente pois ia começar a comprá-las.

- Eu optaria pelo azul escuro para o carrinho. O que você acha?
- Concordo. Qual deles? – Ela se perguntou. Os dois olharam para os dois carrinhos azuis e começaram a olhar as diferenças. Após uns segundos de pensamento, apontaram ambos para o mesmo carrinho. Soltaram uma gargalhada. Realmente os gostos são muito parecidos.
- Imagina que é um garoto.
- Ou uma garota.
- E se fossem dois?
- Você queria? – Lua questionou ele.
- Claro. – Os olhos dele brilharam. Depois ele baixou a cabeça. – Desde que estivéssemos juntos… desde que tudo estivesse bem entre a gente.
- Poderia estar. Você é que não quis assim.
- Não é bem assim.
- É sim. – Lua andou até às bolsas para levar para o hospital, no momento do nascimento do bebé, por exemplo – Você é que começou a desconfiar de mim. E é por isso que eu estava disposta a fazer uma coisa… isto não era pra falar aqui, mas acho que não dá para esperar mais.
- Que é o quê?
- Fazer os testes de paternidade. Assim, você irá acreditar em mim uma vez por todas. Eu sei perfeitamente que este filho é seu. Mas se você não acredita… é melhor mesmo comprovar. Mas não pense que ficará tudo bem, depois da confirmação. Porque nada seria necessário se você acreditasse em mim.
- Eu acredito em você.
- Então por que é que eu te sinto distante?
- Tenho medo de me apegar… tinha medo que o nosso namoro não voltasse. Estava inclusive com medo que você e o Diogo voltassem…
- Impossível! Nós nunca tivemos nada. Quem deveria voltar, era nós dois.
- Nós dois? – Arthur sorriu e mordeu o lábio
- Não quer?
- É tudo o que eu mais quero. Você tem noção do esforço que eu não faço para entrar no quarto e te amar até o dia nascer? Tem noção do esforço que eu faço para não entrar no banheiro e tomar um banho relaxante com você? Porra… tudo o que eu mais quero é voltar a ser o que éramos antes. Tenho saudade de te beijar, de andar de mãos dadas… Dessa vez, eu juro que a escola de artes não irá atrapalhar nada. Alias, eu vou tirar férias quando o bebé nascer. E sempre que você precisar, eu vou deixar o trabalho de lado para poder passar os dias com você em consultas ou algo assim. Vou fazer tudo o que você quiser.
- Como eu te amo! – Lua lançou os braços aos ombros de Arthur e o puxou para si. A barriga dela se encostou à dele, fazendo-o arrepiar.

A mulher da caixa ficou de boca aberta ao ver o casal se beijar, no fundo da loja. Se beijavam com uma doçura enorme. Era possível ver, da caixa, as línguas de ambos coladas e sincronizadas. Ainda de lábios pegados, ele levou ela no ar, rodando o seu corpo, terminando o beijo em risadas. Deram mais uns beijos seguidos e passearam pela loja de mãos dadas, tal como Arthur queria.

(…)

Os dedos dele passaram pelas costas dela, trazendo-a para si, fazendo ela tocar nos músculos dele do seu peitoral. Ele sentiu ela estremecer. Ela se sentia segura, como à muito tempo não se sentia.
Ela jogou a bolsa para o chão da sala, não antes de trancar a porta. Ele deu uma gargalhada com o tamanho desespero dela. Eram os prazeres de grávida falando mais alto.
Lua o abraçou e pousou o seu rosto na curvatura do pescoço dele. Ele parou de a apertar contra si e baixou o rosto para poder encará-la.

- O que foi?
- Nós. Nós voltamos?
- Quer mesmo discutir isso agora? – Lua riu, mordendo os lábios
- Eu acho que não. – Ele mordeu o pescoço dela.



De seguida, Arthur segurou as coxas de Lua e impulsionou-a para cima. Seguidamente, Lua enrolou as pernas ao redor do quadril dele e puxou o rosto do garoto de maneira a beijá-lo. As línguas de ambos entraram, mais uma vez, em contacto.
Quando Lua sentiu as suas costas chocarem contra a parede, deduziu que ele se encaminhava para o quarto, às cegas visto que ambos estavam de olhos fechados enquanto se beijavam. Lua soltou uma risada e puxou Arthur para o lado, de modo a o conduzir até ao quarto.
Delicadamente, Arthur a colocou na cama. Ele tirou a camisa e ela teve uma visão paradisíaca. Ele se deitou, por cima dela, ficando a sentir novamente o calor. Lua envolveu as pernas ao redor do quadril de Arthur, novamente, enquanto as mãos dele tratavam de tirar a roupa dela.
Ela se arrepiou mais quando ele teve a lata de dizer que os seios dela estavam maiores. Talvez fosse verdade. Todo o corpo de Lua cresceu devido à gravidez. Soltou um gemido e ordenou que Arthur se sentasse. Ela se sentou em cima do membro de Arthur, enquanto este a beijou desde os seus encarnados lábios aos seus seios, novamente. Enquanto um seio era beijado, outro era tocado ora leve ora com mais força.
Lua colocou a mão dentro da calça de Arthur, num jeito de pura safadeza, e tocou no membro dele, ora para cima, ora para baixo. Arthur ficou louco de prazer e arqueou a cabeça para trás.

- Não quero gozar assim… - ele confessou.

Arthur tirou as suas calças com alguma pressa, enquanto Lua também tirava a sua restante roupa. Ele escolheu a camisinha e optou por uma confortável posição para Lua, para finalmente poder possuí-la.
Ele se deitou na cama, enquanto ela ficou por cima de seu membro. Os primeiros movimentos foram feitos com a maior cautela, mas à medida que o prazer crescia, eles se tornavam mais violentos. Naquele momento, Arthur não pensou em parar um único segundo, assim como Lua.
Arthur segurou as coxas de Lua com força, fazendo-a movimentar mais e assim alcançar o ápice de prazer. Soavam mais a cada movimento e só pararam quando se viram satisfeitos.
Caíram na cama totalmente ofegantes, mas felizes por finalmente estarem juntos.
Arthur beijou cada centímetro da barriga de Lua, enquanto ela via e sorria, e depois puxou o lençol para se cobrirem. Lua adormeceu sobre o peito de Arthur.

Notas finais:
- POW, EU NÃO SEI COMO É QUE AINDA NÃO MANDARAM A POLÍCIA ATRÁS DE MIM!
- Eu sei, eu ando mega de-sa-pa-re-ci-da, acontece que as minhas notas não estão indo bem e eu não quero ficar um ano a repetir tudo de novo. Mas vou aproveitar as férias de carnaval para postar. Ok? Tenham paciência :(

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