Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulos 5, 6,7, 8 e 9

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Capítulo 5:


No dia seguinte, domingo, depois de um dia cansativo na loja de meus pais, volto para casa e tomo um banho. Estou cansada. Às seis horas, depois de comer alguma coisa, coloco um vestido escuro e sapatos de salto alto e vou trabalhar no hotel. Hoje o repertório muda um pouco: músicas dos anos setenta.

Quando terminamos, o líder da banda me chama e depois de dizer que gosta da minha voz e minha boa disposição, me propõe trabalhar todos os fins de semana. Aceito emocionada.

Enquanto me dirijo para o carro, me sinto uma vencedora. Consegui que uma banda queira que eu cante com eles, mesmo que seja no coro. Ótimo!

Feliz, conduzo meu carro enquanto eu cantarolo a música que toca na rádio. Quando estou prestes a deixar Santa Cruz, reduzo a velocidade e, sem hesitar, viro à direita, decidida a visitar uma das casas de swing. Não vou a que é próxima da minha casa, escolho uma mais afastada. Não quero me encontrar com alguém conhecido. Que vergonha, por Deus!

Quando estaciono são onze e meia da noite. Olho a porta do local que se chama Instantes. Só o nome me motiva. Uma parte de mim quer entrar, mas a outra grita para não fazê-lo.

Entro? Não entro?... O que eu faço?

Plano A: entrar.

Plano B: sair.

Plano C: Deus, não tenho plano C!

Finalmente, ligo o carro e eu vou. O que eu faço lá?

Noite sim e a outra também, cada vez que eu saio do trabalho volto ao mesmo local e o observo pensando no que fazer. Olho com curiosidade para as pessoas que entram e vejo que são pessoas tão normais como eu. Isso me motiva e, finalmente, me atrevo a sair do carro.

Mas uma coisa é sair do carro e outra é entrar no local. Depois de pensar um pouco, a curiosidade que sinto para ver este lugar com os meus próprios olhos me faz caminhar ali com meus pés martirizados pelos saltos, enquanto digo em voz baixa:

— Vamos, Lua, você pode realizar o plano A.

Abro a porta e encontro um bar normal.

E isso é tudo?

Por que tantas dúvidas?

Homens e mulheres conversam no balcão do local, enquanto tomam uma bebida ao som da música.

Que decepção. Não sei o que esperava, mas certamente não é isso.

Quando chego ao balcão e peço uma vodca com Coca-Cola, uma mulher se aproxima de mim e me cumprimenta.

— Ei, qual é seu nome?

— Lua. – digo.

— Olá, Lua, meu nome é Susan e eu sou a promoter do Instantes.

Esta é a primeira vez que você vem aqui, certo?

— Sim.

— Você está esperando alguém?

— Não. – Vejo que minha resposta a deixa um pouco assustada e acrescento — Estava passando por aqui e decidi parar para tomar uma bebida.

Ela assente, toca seu cabelo vermelho e se aproximando de mim diz:

— Lua, não sei se você sabe, mas este lugar é...

— De troca de casais. – termino a frase.

Estou nervosa. Muito nervosa.

Mas se algo que tenho de bom é que os nervos não estão expostos e as pessoas só vêem minha tranquilidade e segurança. Sorrindo acrescento:

— Fique tranquila, Susan. Sei onde estou.

Ela volta a sorrir e pergunta um pouco perplexa:

— Você é desta ilha?

Confirmo. É uma pergunta que eu ouço várias vezes por dia e eu explico:

— Sim. Meu pai é holandês e minha mãe nativa de Tenerife. E, sim, sou muito loira e sei que pareço estrangeira, mas eu não sou. Sou tenerifenha.

— Eu sou inglesa, mas por amor passei a viver aqui neste lugar lindo. –

Ambas sorrimos e ela acrescenta — Uma vez que o gelo foi quebrado, vou dizer que sempre que alguém novo chega me encarrego de ensinar e explicar as regras.

— Ótimo.

— Você me permite te informar qual a finalidade do Instantes?

— Claro.

Susan sorri e diz:

— A filosofia deste tipo de local é desfrutar de novas experiências, sempre de comum acordo. Aqui ninguém deve ser forçado a fazer algo que não queira e nosso lema é "Desfrute do sexo, mas sem irritar ou incomodar os outros, e aceite que te digam não.”

— Bom lema. – afirmo, enquanto mantenho meus nervos sob controle.

— As pessoas que vêm sozinhas como você, passam para uma sala diferente da sala dos casais, e só pode passar as áreas comuns se lá formar um par ou alguém do local exige sua presença. Isso funciona assim todos os dias, exceto aos sábados, quando apenas os casais são bem-vindos. Em princípio, os casais só conversam, dançam ou tomam alguma coisa e se decidirem fazer uma troca ou se relacionar com os outros para o sexo tem que passar para as salas privadas. Quer que eu te mostre o local?

Assento e a sigo. Tudo o que ela me disse já tinha lido na internet.

Passamos uma porta azul e nos encontramos em outra sala onde a música é mais suave e há também pessoas conversando e bebendo. Estou ciente de que vários homens e mulheres me observam. Eu desperto tanta curiosidade quanto eles a mim, mas sigo Susan para o quarto escuro, a sala de cinema pornô, uma pequena sala com buracos na parede, várias salas privadas e um salão enorme com uma grande e larga cama. Minha boca fica seca ao entrar e ver o que alguns casais estão fazendo.

Que forte!

Assim que saímos da sala, tento disfarçar, mas sinto como se fosse dar um medo.

Susan me apresenta outra sala onde há duas jacuzzis ocupadas por pessoas.

Meu coração está batendo com força quando eu vejo o que eles estão fazendo nessas jacuzzis. Depois, Susan me mostra os armários onde vejo vários sacos transparentes fechados, que contém toalhas de banho, toalhinhas e garrafas de água. Ela explica que em um lugar como este a higiene é fundamental e eu confirmo. Aqui tudo é moderno e limpo. Muito limpo. Após a visita, Susan me guia até uma sala onde as pessoas estão falando e interagindo.

— Esta é a sala azul – diz — Nela estão pessoas que vêm desacompanhadas. E agora eu preciso sair. Estarei pelo local. Qualquer coisa que deseje peça-me, ok?

Eu digo sim com a cabeça. Estou sem palavras. Se me picarem, nem sairá sangue, de tão assustada que estou.

Mas que diabos eu estou fazendo aqui?

Onde estou me metendo?

Com a boca seca como uma lixa, eu vou para o bar e quando o garçom me olha, eu digo:

— Uma água sem gás.

Ele me serve e eu a bebo quase em um único gole. Estou com sede. De repente, um homem se senta ao meu lado, e olhando diz:

Ciao, bella . Meu nome é Francesco.

Dei um salto na cadeira que eu acho que bati com a cabeça no teto.

Com os olhos bem abertos, olho para o homem que tenho na minha frente e murmuro:

— Eu tenho que ir. Adeus.

O italiano não se move. Não me toca. Não me impede.


Saio do local entro em meu carro, e com taquicardia por tudo que eu vi, dirijo até minha casa.

Capítulo 6:

Um mês depois de começar a trabalhar como a garota do coro, tudo está indo bem. Pela primeira vez estou fazendo o que sempre sonhei e me sinto a protagonista da minha própria história. Gosto de cantar com a banda e no dia em que me propõem interpretar uma única canção sozinha, quase morro de felicidade!

Em minha cabeça não parou de passar imagens do que eu vi na casa de swing e, finalmente, uma noite, quando eu terminava a atuação no hotel, decido voltar para aquele lugar.

Estaciono e olho para o letreiro. Tomo ar e desço do carro. Sem hesitar, entro, ao ver Susan, a cumprimento. Ela se lembra de mim e me recebe com um sorriso. Desta vez, sem me explicar de novo, vou para a sala azul. Vim sozinha e, portanto, não conheço ninguém de lá.

Uma vez lá dentro, vejo pessoas com quem falo em silêncio e ninguém olha para mim. Mais segura do que da última vez, sento no bar e peço uma vodca com Coca-Cola. Havia tomado apenas um gole, quando ouço alguém dizer para mim:

Ciao, bella. Fico feliz em vê-la novamente aqui.

Reconheço a sua voz e lembro o nome dele. Dirijo-me o olhar para ele e falo:

— Olá, Francesco.

— A última vez que a vi, não me disse o seu nome.

Penso em instantes se invento um nome ou digo a verdade, finalmente respondo:

— Lua.

— Belíssimo nome.

Sorrio e ele faz o mesmo. Gosto do seu sotaque italiano, mas há algo que aprendi é ter cuidado com os estrangeiros que vem de férias. Ainda mais com os italianos, que muitas vezes são perigosos!

Francesco é alto e magro. Tem cerca de trinta e cinco anos, cabelos longos castanhos e olhos escuros. Sinceramente, é muito agradável aos olhos e logo descubro que aos ouvidos também. Durante um tempo, falamos de coisas sem importância, até que me olha e pergunta:

— O que aconteceu no outro dia?

Eu rio. Quando estou nervosa, é o que eu faço. Então respondo:

— Nada. Só decidi sair.

O italiano assente e depois de um gole em sua bebida, continua:

— Susan me disse que da outra vez você veio sozinha.

— Sim.

— O que você procura?

Sinto calor...

Minhas pernas fraquejam...

Mas disposta a ser uma mulher segura de seus atos, como quero ser, respondo:

— Vim tomar uma bebida e conhecer local.

— Nada mais?

Confirmo como uma boneca, mas ao ver seu olhar, acrescento:

— No momento sim.

Francesco sorri e se aproximando um pouco mais, sussurra:

— Aqui você não encontrará um namorado ou alguém que a peça em casamento, mas sim sexo. Por assim, isso de “momento”, eu gosto.

Esboço um sorriso. Se tem alguém que não quer namorado e nem casamento, essa sou eu, e olhando para o garçom, peço outra vodca com Coca-Cola.

Quando ele coloca o copo na minha frente, o italiano diz:

— Susan comentou que foi a primeira vez que você veio. – Concordo e ele pergunta — Sério? E o que te trouxe a este bar?

— Curiosidade. – respondo sincera.

Francesco me olha sorridente e aproximando-se, sussurra:

— Você tem que ter cuidado com essa curiosidade.

Que calor. Quanta razão ele tem!

— Por que?

— Porque lugares como estes podem assustá-la e, além disso, você sabe, a curiosidade matou o gato!

Solto uma gargalhada. Estou nervosa! Mas tentando manter minha aparência segura, respondo:

— Estou convencida de que um lugar como esse pode me surpreender, mas assustar, te digo que não vai.

Oh céus, como minto bem!

Uma hora depois, Francesco e eu já pegamos mais confiança. É muito agradável e me faz sentir confortável. Durante nossa conversa, descubro que vive em Porto Fino, cerca de 35 quilômetros de Génova, mas a dois meses está na ilha. Trabalha em um porto de sua cidade como analista de sistemas e sua empresa o enviou para passar seis meses em Tenerife.

Interessante!

A cada segundo que passo com ele me sinto mais e mais receptiva à sua sedução.

Que terão os italianos que nos deixam bloqueadas?

Será o seu sotaque? Seu estilo? Ou o elegante nó de sua gravata?

Não colocou um dedo em mim, mas seu olhar de desejo fala por si só e isso me excita como nunca teria imaginado.

Oh, mãe!

Francesco e seu senso de humor me cativam, encantam. Seu caráter me deixa fácil, e seu sorriso, acompanhado por seu lindo cabelo, me apaixonam. Pego um par de bebidas e, embora não esteja bêbada, noto que toda vez que eu vejo um casal desaparecer atrás da cortina preta ou da porta dos reservados, me excito. Francesco deve ter percebido, porque me pergunta:

— Você quer dançar na sala escura?

Bem, a proposta é, no mínimo, interessante. O que eu faço? O que eu digo?

Eu estou quente, excitada, isso não vou negar. O italiano é um bombom.

Tem lábios fantásticos, lindos olhos encantadores e um sotaque enganador, e eu estou disposta a me divertir e aproveitar o que o meu corpo exige.

— Depende. – solto.

Ele sorri.

— Depende de quê?

Como um vampira, toco meu cabelo e respondo toda metida:

— Do que você pretende que façamos lá.

Com um gesto felino que me hipnotiza, aproxima sua cabeça da minha e me diz:

— A primeira regra desses locais é só jogar o que desejar. Você quer jogar? –


Capítulo 7:


Não respondo, mas sinto como meu coração dispara e ele continua

Está claro que eu gosto de você, você me atrai e eu gostaria de jogar com você tudo o que se possa imaginar. Mas também esta claro que você não é uma mulher experiente em algum tipo de jogo, certo?

Sua olhada me faz saber que espera uma resposta e digo:

— Eu tive relacionamentos, mas... Bem, é a primeira vez...

Não digo mais nada, porque minha voz some. Ele concorda. Levanta-se e com charme, me estende uma mão murmurando:

— Confie em mim e passaremos para a sala escura.

Meu Deus, o momento da verdade chegou!

Penso alguns segundos. Devo confiar nele ou não? Mas meu radar não me alerta de qualquer perigo e decidida, me levanto e respondo:

— Tudo bem.

Francesco pega a minha mão e, juntos, nos encaminhamos para as cortinas escuras, onde durante toda a noite eu vi aparecer e desaparecer algumas pessoas.

Sinto meu estômago revirando. Estou histérica!

Assim que atravessamos as cortinas tudo é escuridão. Agarro sua mão com força e ele me abraça, diz enquanto uma canção sensual soa através dos alto-falantes do local:

— Fique tranquila, belíssima, só chegaremos onde você quiser. Até onde você deseja. Ninguém vai obrigar você a fazer qualquer coisa. E se algo que eu faça te deixar desconfortável me diga e vou parar.

Nossos corpos se movem no tempo com a voz de Whitney Houston quando percebo que suas mãos baixam até minha bunda e a apertam sobre o vestido. Provocação.

Meu Deus, estou deixando que um homem que não conheço passe a

mão em mim!

Sem dizer nada, deixo que suas mãos passem por meu corpo enquanto sua boca busca a minha e me beija. Apanho sua língua em minha boca e a degusto, apreciando. Assim estamos há alguns segundos até que ele interrompe e seus lábios carnudos baixam para o meu pescoço, para terminar de preencher meu pescoço com beijos. Estimulação

Sinto que os meus mamilos ficam duros e meu estômago se encolhe diante do ataque angustiante, mas não o paro. Aproveito. Não quero pensar em mais nada. Só quero desfrutar da excitante brincadeira quente. Pressiono-me contra ele e o incentivo a continuar.

A música...

A escuridão...

E a maneira em que me toca fazem que eu perca a razão, mas quando estou consciente da difícil e latente ereção que há por baixo de suas calças.

Tentação.

Senti-lo excitado pelo que fazemos me deixa louca.

— Continuamos jogando? – Ele me pergunta ao ouvido.

— Sim.

Até agora, gosto de tudo e quero continuar.

— Posso colocar minhas mãos debaixo de seu vestido e tocá-la?

Estou sem palavras. Não posso responder.

Onde está a minha voz?

Muitas pessoas qualificariam como uma indecência o que estou fazendo, mas eu gosto. Em todo caso, é minha indecência. É meu corpo e é com ele que jogo. E eu não quero parar. Quando Francesco mete as mãos por baixo da saia do meu vestido, minha respiração se acelera. A sensação de seu toque subindo por minhas coxas até chegar a minha bunda é incrível. Aceitação.

Quando coloca os dedos por um lado da minha calcinha até alcançar meu sexo fico louca, e mais quando o ouço dizer:

— Separe um pouco mais as pernas. Assim... Assim... Mmmmm... Está molhada.

Deus... Deus... Deusssssssssssssssss...

Faço o que ele me pede, enquanto mais acostumados com a escuridão, começo a ver que ao nosso redor há mais pessoas e um casal dança com a gente.

Sem demora, Francesco introduz um dedo dentro de mim e eu solto um pequeno grito de surpresa.

— Você gosta? – pergunta.

Oh, sim... Claro que eu gosto!

— Sim. – Respondo em voz baixa.

Noto que ele sorri e após morder meu queixo ele murmura:

— Quando você disser, pararei.

Confirmo... E confirmo... Mas não digo para parar.

Nem louca!

Ele move os dedos dentro de mim e agitada, solto um grito de luxuria.

Masturba-me e presa a ele deixo que me excite e seja dono do meu corpo. O casal que dança ao nosso lado ouve meus suspiros e não me surpreendo quando vejo que começam a fazer o mesmo que nós.

Eu nunca estive com outras pessoas fazendo algo assim e me sinto muito excitada.

Depois de vários minutos agradáveis em que a outra mulher e eu ofegamos, Francesco se aproxima de meu ouvido e pergunta:

— Continua o jogo?

Sem dúvida, respondo enfaticamente:

— Sim.

— Vamos para um dos sofás. Estaremos mais confortáveis.

Eu o segui até a lateral da sala, onde há vários e um par de casais.

Nós sentamos e Francesco me beija. Volta a atacar minha boca, enquanto põe uma de suas mãos debaixo da minha saia para me masturbar.

Sentada e sem precisar dizer nada, abro as pernas quando de repente sussurra:

— Posso tirar sua calcinha, Lua?

Minha calcinha?

Isso é sério.

— O que... O que você vai fazer?

Ao ouvir minha pergunta, responde sem parar de me masturbar:

— Quero te saborear, se você me permitir. Vou colocar minha boca em seu sexo quente e delicioso para beijar e mimar como sei que você deseja. Vou abri-la com os dedos e passarei minha língua dentro de você para proporcionar ondas de prazer e, por fim, se você quiser, vou te foder. Posso?

Minha mãeeeeeeeeeeee.

Minha mãeeeeeeeeeeee.

Minha mãeeeeeeeeeeee.

Ouvi-lo falar assim me excita. Deixa-me a mil por hora.

Plano A: Sim.

Plano B: Sim.

Plano C: Sim.

Respiro fundo enquanto, ironicamente me pergunto como você deixa que um estranho tire sua calcinha? Mas a excitação que tudo isso provoca faz esquecer minha pergunta e respondo:

— Sim, tire-a.

Francesco o faz em dois segundos. Em seguida, se ajoelha diante de mim, e começo a ofegar como uma locomotiva. Ele toca meus tornozelos, beija meus joelhos e quando seus beijos sobem pela parte interna das minhas coxas, minhas pernas se abrem, estou prestes a gritar. Por vários segundos se dedica a beijar minhas coxas até que se ergue para estar à altura de minha boca e diz:

— Deite-se de costas. Isso é... Sim... Assim... Muito bem. Agora, abra as pernas... Assim... Um pouco mais... Sim... Isso... E agora me deixe entrar em você – Quando eu suspiro, ele continua — Primeiro vou lavar você e, em seguida, prometo ser cuidadoso e levá-la ao sétimo céu. E lembre-se, quando não gostar de algo ou te incomodar, me fale e eu pararei. Entendido, Lua?

Concordo.

Eu gosto que antes de fazer qualquer coisa ele me pergunte. Aprecio que esteja ciente do que quero ou preciso.

De um saco lacrado que esta ao lado do sofá, pega água e uma toalha gentilmente me lava e então, seca. Em seguida, começa novamente a me dar beijos doces nas pernas. Minha respiração altera mais quando vejo que o casal próximo a nós também continua com seu jogo.

Francesco coloca as mãos debaixo da minha bunda para me aproximar dele e momentos depois abre minhas pernas com facilidade.

Oh, meu Deus, que fogo!

Meu sexo, molhado e pulsante, fica totalmente exposto para ele. Eu ofego. Noto que meu coração se descontrola e um grito de desejo sai da minha boca quando sinto como sua dura e quente língua passa pelo centro do meu prazer.

Oh, Senhor...! Estou permitindo que um homem que não conheço chupe minhas partes mais íntimas.

Eu enlouqueci?

Sigo ofegando calorosamente enquanto ele pega minhas coxas com um gesto possessivo, abre mais e coloca sua língua dentro de mim, depois de me dar pequenos tapas no clitóris.

Que surpreendente!

Cravo minhas unhas no assento do sofá.

Oh, meu Deus... Que prazer!

Nunca, nada e nenhum homem me chupou com tal ímpeto e o desejo de continuar me faz abrir ainda mais as pernas. Exijo que ele não pare e ele continua enquanto me movo incessantemente, louca de prazer.

Não sei quanto tempo passou. Só sei que aproveitei. Seguro sua cabeça para apertá-lo contra mim e me movo contra a sua boca, enquanto ele parece se divertir tanto quanto ou mais do que eu.

De repente, sinto uma mão que não é sua na minha coxa, e ao olhar, vejo que é a mulher que está ao meu lado e que está sendo penetrada pelo homem que a acompanha, me olha. Nossos olhos se conectam. Não afasto sua mão. O calor na minha pele é estimulante, mas quando pega com força enquanto sinto as investidas de seu parceiro e ouço seus gemidos.

A boca de Francesco está me deixando louca e estou totalmente desinibida. Enrolo meus dedos em seu cabelo.

Oh, sim, não pare!

Pressiono sua boca contra meu sexo e sinto que eu começo a tremer. O italiano e a mão da mulher estão me levando a um ponto em que nunca estive e tenho certeza que quero voltar.

Vou explodir!

Tremo. Começa pelos pés, sobe por minhas pernas, passa pelo meu estômago, continua por meu peito e quando chega a minha cabeça explode, me fazendo gritar e convulsionar de prazer.

Francesco, ao me ver, sorri, aproxima sua boca na minha e me pergunta, enquanto estremeço:

— Posso foder você agora?

Digo que sim com a cabeça. Ele tira a calça e a cueca e com a escuridão do lugar, posso apenas distinguir seu pênis. Sem demora, o vejo colocar o preservativo. Em seguida, se agacha e me dando um beijo nos lábios, sussurra, enquanto passa o dedo pela entrada do meu sexo:

— Gosto assim, lubrificação natural.

Não posso falar.

Não consigo raciocinar.

Só posso incentivá-lo a fazer o que desejamos.

Estando entre as minhas pernas, introduz a ponta do pênis em meu sexo, me agarrando pela cintura, se afunda totalmente dentro de mim. Ambos ofegamos. Fecho meus olhos e arqueio gostoso. Desfruto do momento e não quero pensar em mais nada. Recuso-me.

Francesco me penetra uma e outra vez, enquanto em italiano o que me excita ainda mais, não para de dizer:

— Bellisima... Bellisima.

Assim estamos há alguns minutos, até que novamente o clímax explode em mim e cravo minhas unhas em sua bunda. Segundos depois, após um grunhido, ele fica totalmente quieto e ao olhá-lo vejo que os tendões de seu pescoço estão tensos e sua expressão é de prazer.

Querido Deus, acabo de transar com um estranho e foi uma das experiências mais prazerosas da minha vida.

Depois de alguns segundos, durante o qual ambos podemos nos recuperar do que aconteceu, Francesco sorri sai de mim e se senta ao meu lado. Coloca sua boca na minha e noto o gosto do meu próprio sexo.

Beijamos-nos e nos tocamos com total liberdade, até que seu pênis volta a ficar duro e preparado novamente.

— Acho que, por hoje, para a sua primeira incursão no mundo, você já teve o bastante. O que você acha, belíssima?

Alucinada, viajando e totalmente seduzida por ele, respondo muito excitada:

— Acho que você está certo.

Francesco confirma e depois de me dar outro beijo, sussurra:

Este casal me convidou para jogar, você se importa?

Olho para o homem e a mulher ao nosso lado e parecem estar aproveitando plenamente o sexo e respondo:
— Não. Não me importo.


Capítulo 8:


Deitada no sofá observo Francesco, que se levanta e desta vez posso ver sua enorme ereção. Minha boca enche de água, mas tenho que parar.

Tenho que controlar meu corpo e minha loucura. Não devo fazer mais nada ou sei que me arrependerei.

Sem deixar de me olhar, vejo que lava o pênis e coloca um novo preservativo; depois se coloca atrás da mulher, que está sentada montada em seu parceiro, e em um movimento brusco, a penetra.

Porra... Acaba de penetrar com toda facilidade no ânus! Que dor!

Mas o grito satisfeito dela me permite saber que não há dor, em seguida, confirma quando a ouço implorar: "Continue... Continue, me dê mais."

Meio deitada no sofá, excitada e sem calcinha, observo. O que eles estão fazendo menos do que um palmo de mim é estimulante, sensual, quente e ardente. O toque de seus corpos, unidos a de suas vozes e suspiros, me faz desejar participar também. Os invejo, mas sei que ainda não estou preparada.

Meia hora mais tarde saio do local, ainda em uma nuvem e quando chego ao meu carro, ouço me chamarem. Quando me viro vejo que é

Francesco. Ele vem até mim e, entregando-me um cartão diz:

— Ligue-me quando quiser, ok, belíssima? Como eu disse, estarei um tempo na ilha e estou à sua inteira disposição.

Sua proposta e o belíssima me fazem rir. É tão italiano! Mas não digo

nada.

Pego o cartão, em que há um número de celular e leio:

Francesco Galliardi

Assessor Financeiro de RNTC

Porto Fino – Genova (Itália)

Sem um pingo de vergonha pelo que aconteceu entre nós, pergunto:

— Você está tentando ser meu professor?

Ele sorri e afastando os cabelos do rosto, responde:

— Só quero te ensinar a jogar.

Sorrio, guardo o cartão na bolsa, e depois de dar um beijo na bochecha, entro em meu carro e saio. Não dou meu telefone.

Ainda não posso acreditar no que fiz!

Quando chego à casa todos estão dormindo e vou direto para o meu quarto. Vou para a cama ainda alucinada com o meu comportamento.

Oh Deus, se minha família descobrir!


Capítulo 9:


— Bom dia, dorminhoca!

Um travesseiro no rosto me acorda.

Abro os olhos e os fecho um pouco para ver melhor. Míopes sempre fazem isso para tentar clarear o foco. Vejo o meu irmão Argen com um travesseiro em uma mão e uma xícara de café na outra. A expressão de seus lindos olhos claros, tão parecidos com os de papai e os meus, me faz sorrir e sentando-me na cama, pergunto:

— Que horas são?

— São nove e meia e...

Batendo-me outra vez, me cubro com o travesseiro e protesto:

— Por Deus, Argen... Fui para a cama muito tarde... Deixe-me dormir.

— Vamos, levante. Hoje está um dia lindo para surfar.

Acaba de dizer a palavra mágica.

Levanto num salto, coloco meus óculos e olho pela janela. O dia está um pouco nublado, mas quando olho para o mar e vejo seu movimento, sorrio e digo:

— Em meia hora, estou no carro.

Quando meu irmão sai do quarto, o vejo sorrir. Argen e eu somos muito parecidos. Amamos esportes, especialmente o surf.

Tomo um banho rápido e quando desço para a cozinha, minha avó Ankie, que está tomando café com ele, pergunta:

— Aonde vão os meus artistas?

— Surfar. – eu e meu irmão respondemos em uníssono.

Ankie sorri para nós e coloca diante de mim um copo de leite. Faço cara de nojo e o afasto. Então pego o pote de Nesquik, abro e levo uma colherada à boca.

— Hmmm...

— Por favor, Lua. – protesta minha avó. — Já dissemos mil vezes que o cacau é para o leite, não para tomar assim.

— É que amo. – digo, pegando uma nova colherada. Saboreio.

Minha avó murmura. Rapidamente, como mais uma colherada e sorrio para o meu irmão, que fica rindo dos meus dentes pretos.

Também fico rindo, mas ao fazê-lo, o pó vai para o outro lado e me engasgo.

Tusso, espirrando pra toda parte.

Minha avó me dá um tapinha nas costas e rosna:

— Essa garota... Igual todos os dias.

Argen, acostumado, rapidamente coloca um copo de água na minha frente, enquanto ri. Bebo e engasgo, e quando a angústia passa, ouço minha avó perguntar:

— Hoje você não trabalha, não é, Lua?

Ainda aquecida pelo meu quase afogamento ‘nesquitero’, digo que não com a cabeça e ela exclama:

— Ótimo! Hoje à noite o meu grupo toca no bar Ralé e precisamos de coro, você vem?

Concordo. Amo cantar e acompanhar minha avó e suas amigas. Ankie sorri e depois coloca de volta o copo de leite na minha frente colocando Nesquik, pergunta ao meu irmão:

— Você já tomou a sua insulina, querido?

Ele responde:

— Sim, Ankie. Insulina e carboidratos ingeridos.

Os três sorriram. O coitado tem que dizer isso mil vezes ao dia.

— Hoje você não vai para o ateliê? – Pergunta minha avó.

Meu irmão é um ceramista e ganha a vida com isso, explica:

— Sim, irei, mas primeiro vou surfar um pouco com a Lua. Por falar nisso, onde estão Han Solo e o corajoso?

Minha avó e eu soltamos uma gargalhada e ela responde:

— Eu não sei. Eles levantaram cedo e foram embora. Por certo, me disse Nira que foram fazer sua refeição no Rancho Canário, o que me diz?

— Mmmm... Que gostoso! – eu digo.

Ela e Argen se olham. Eles sabem que eu como bem.

Despedimo-nos de nossa avó com um par de beijos, Argen e eu entramos no seu besouro amarelo. Este carro é mais velho do que nós, mas nós o amamos. Foi onde meu pai se declarou para minha mãe e meu irmão cuida com carinho.

Enquanto ele dirige para a praia do Socorro, cantarolo o que toca no rádio, a música de Carly Rae Jepsen, Call Me Maybe.

“Ei, acabei de te conhecer

e é louco

mas aqui está o meu número

então me ligue, talvez?

É difícil olhar para a direita

Pra você, baby,

mas aqui está o meu número,

então me ligue, talvez?”

Argen sorri. Sempre gostou de como canto e quando a música termina, ele pergunta:

— É verdade que você não está mais com o Fernando?

— Quem te contou essa história?

Ele balança a cabeça e diz:

— Quando você vai destrancar seu coraçãozinho?

— Nunca.

Argen é com quem mais falo da minha fobia de me apaixonar. Foi a ele que contei meu drama quando o neozelandês partiu meu coração.

— Encontrei com Fernando ontem na rua – explica – e comentou que não queria nada sério. Ele diz que te quer, mas sabe que você não o quer. Mas olha, agora que vocês já não estão juntos, quero que saiba que sempre pensei que Fernando não era para você. Você precisa de outra coisa.

Divirto-me com o seu comentário, e pergunto:
— O que mais eu preciso?



— Um homem.

— Caramba... E Fernando o que é, uma salamandra?

Argen ri enquanto estaciona e acrescenta:

— Fernando é um cara bom, mas com o temperamento que você tem, vai devorálo!

É também manso demais para você e estou feliz que você já começou o plano B para conhecer alguém.

Agora estou rindo de ouvir sobre o plano B. Eu e meus planos!

Saímos, abrimos o porta-malas do besouro e começamos a vestir nosso

Wetsuit (traje de surf), enquanto observamos as ondas.

— Retire as lentes – me lembra meu irmão.

Sorrio, tiro e coloco os óculos. Perdi muitas lentes na água.

Uma vez terminado, tomamos as duas pranchas de surf que trouxemos no seu carro e Argen pega a minha mão enquanto caminhamos para a beira do mar.

Antes de tirar os óculos, procuro um ponto de referência, como sempre faço.

Uma rocha pontuda e um enorme guarda-chuva da Pepsi. A correnteza me move e, se não tenho uma referência clara, quando saio do mar sem óculos não consigo ver nada.

O mar está agitado e alguns banhistas simplesmente tomam sol e observam os surfistas.

Quando chegamos à praia, pegamos nossas pranchas na areia enquanto saudamos vários amigos. Todos são surfistas como nós, e juntos olhamos para a onda e para aqueles que já desfrutam dela.

Depois de alguns minutos, meu irmão e eu também nos lançamos na água.

Face para baixo na prancha, nadamos com os braços para entrar no mar. Uma vez que fazemos isso, nos sentamos para esperar uma boa onda e conversar com amigos que estão por perto.

Surfar é divertido. Não preciso ver com nitidez, uma vez na prancha só precisa sentir. Durante um par de horas, nós montamos as ondas e gritamos satisfeitos quando a adrenalina nos transborda.

Quando saio da água, olho para o guarda-chuva da Pepsi, e uma vez na areia, pego minha prancha e tiro da bolsa uma toalha para limpar meu rosto. Logo coloco meus óculos e fico observando meu irmão. É ótimo! Ele foi meu professor e quem plantou em mim o amor por este esporte.

Ouço a música tocando nos alto-falantes da lanchonete e, olhando para o mar, cantarolo a canção Single ladies, da Beyoncé, enquanto movimento meus ombros seguindo o ritmo. Amo esta cantora.

Então penso sobre o que aconteceu ontem à noite. Ainda não posso acreditar no que eu fiz. Se alguém descobrir, morro de vergonha, mas sorrio lembrando o bem que passei, na verdade, só eu sei o que ocorreu lá.

Pouco tempo depois fico com sede, assim, me levanto e vou à lanchonete:

— Uma cerveja gelada. – peço ao gerente. O cara, que já me conhece de outros tempos, sorri e grita para seus assistentes:

— Tragam uma cerveja gelada para a linda surfista loira.

Divirto-me com as brincadeiras que fazem, pego minha bebida e quando volto para a minha prancha, ouço alguém me chamar.

Viro curiosa para saber quem é, e petrifico ao ver diante de mim, o italiano de Porto Fino que conheci ontem.

Quero morrer, “O que ele está fazendo aqui?”.

Sorri, se aproximando de mim, e sussurra:

— Com óculos está lindíssima.

Uma merda.

Foda-se! Não gosto de ser vista com óculos. Sempre odiei. Na escola era chamada Lua e os óculos da vovó e lembro que ficava infeliz. Então tento usá-los apenas em casa e quando não tenho escolha, como agora na praia.

Que azar! Por que tinha que encontrar esse homem?

Meu rosto deve estar um poema, porque o pobre está se aproximando e, pegando meu braço, pergunta:

— O que acontece?

Acontece tudo. Mas olhando para ele, sussurro:

— Não diga nada do que aconteceu entre você e eu, ok?

O poema agora é a cara dele, aproximando-se mais, responde:

— Lua... Isso é algo entre nós, não pra sair contando por aí pra se gabar. –

E ao ver minha expressão, sorri e murmura: — Acho que ainda tem que aprender muitas coisas no mundo Swinger.

Suas palavras me acalmam, vejo que posso confiar nele, e apontando para a praia, digo, ao ver Argen sair da água:

— Venha, vou apresentá-lo para o meu irmão.

Francesco e ele se dão bem. No final, os três voltam para a lanchonete e brincamos sobre os meus óculos. De acordo com Francesco, estou belíssima com eles. No entanto, não vejo a hora de ter dinheiro para fazer uma cirurgia e não ter que usá-lo mais.

Então nós conversamos sobre a ilha e trabalho e quando vamos nos despedir, enquanto meu irmão caminha para o carro, o italiano pergunta:

— Vai me ligar?

Passo a vista neste homem tão bonito e, depois de um momento, respondo:

— Que tal nos encontrar amanhã no mesmo lugar?

Ele está sorrindo e piscando para mim, confirma e se vai.

Quando chego ao carro, meu irmão, que esta tirando seu traje, olha com graça e diz:

— É bonito o belíssima.

— Sim. É bom.

Depois de um silêncio, Argen acrescenta:

— Mas isso não é um cara para você. Você devoraria como Fernando!

Eu ri muito e ele pergunta:

— De onde o conhece?

Também começo a tirar a roupa e respondo:

— O conheci numa noite, tomando um drinque.

— Divirta-se com ele – diz Argen — mas lembre-se, que o plano B não é para você. Inicie o seu plano C.

Divirto-me.

— Você sabe que tenho personalidade, fui criada com três irmãos em casa, sendo a única garota e a caçula.

Quando vamos entrar no carro, o telefone de Argen toca.

— Era Jonay. – me diz entrando — Seu primo começou a trabalhar no Parque

Siam e nos convida para passarmos lá, quando quisermos.

Cámbate! Que bom.

Ao ouvir esta expressão de admiração daqui da terra, o meu irmão ri. Sabe que adoro ir ao Siam Park, um parque aquático ao sul da ilha, em que há piscinas com as maiores ondas artificiais do mundo. Na ocasião, assistimos os melhores surfistas do momento. Quando fecham o parque, abrem para eles e é maravilhoso vê-los montar essas ondas impressionantes.

De repente, um carro para ao nosso lado e vejo nele a menina que Argen idolatra desde anos: Patrícia, sua paixão.

Olho para ele divertida e ele olha para mim com uma carranca. Aproximando-me, pergunto:

— Algum plano?

Argen balança a cabeça e digo:
 
 
Mais logo vou postar mais cinco capítulos e eles já se vão  conhecer

3 comentários:

  1. Tambem rola mais 5 capitulos de Peça-me oq quiser?

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  2. Meu Deus?!!!! Estou desmaiada u.u kkkkkkkk eu pensando que Francesco seria o Arthur '-'
    socorrooo ta muito boa essa fic, Jess *--*

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