Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulos 33 e 34

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Capítulo 33:

A chegada em Marselha é um grande evento para todo mundo.

Os passageiros estão felizes em poder sair do barco e andar sobre a terra firme durante algumas horas. Estou satisfeita. Livre e acho divertido.

Eu olho para o meu celular, mas não tenho nenhuma chamada do homem que desejo.

Eu amaldiçoo minha petulância e estou convencida de que eu deveria mudar meu jeito desafiante de falar. Arthur não é nenhum dos meus irmãos.

Deitada na cama da cabine, eu penso nele. Lembrando seus beijos, seus abraços ou quando me chama de bebê ou caprichosa, me faz sorrir como uma tola e me desespero por não ter notícias dele.

Enquanto eu estou deitada na cama, com a minha camiseta com o slogan "Eu troco um

sorriso por um beijo”, Coral está se vestindo. Ela me conhece e sabe que eu estou mal. Vendo

que eu não entendo e ainda não sei qual serão os meus planos, me encoraja:

— Venha, venha com a gente. Podemos visitar a cidade e hoje à noite, depois do jantar, vamos a alguns clubes mais quentes. E ei... Quem sabe?

— Quem sabe o quê?

Ela ri e, sentando ao meu lado, responde:

— Quem sabe você encontra um bonito ‘marselho’ para passar a noite e tirar toda essa bobagem de estar apaixonada.

— Não me amole, Coral.

Minha amiga ri de novo e, ao digitar no celular, diz:

— Vamos, mulher, vamos iluminar essa cara e brilhar.

— Eu não posso.

— Se Arthur não dá nenhum sinal de vida, você pensa em guardar luto por ele? – não respondo e ela insiste – Vamos lá, se vista. Acabei de dizer a Gina e a Rosa que estamos prontas. Vão nos buscar em cinco minutos.

Eu cubro meu rosto com o travesseiro. O que eu faço?

Eu vou com minha amiga, eu espero para ver se Arthur dá sinais de vida ou fico trancada na cabine, lendo e refletindo sobre minhas dores?

Enquanto Coral se penteia olhando no espelho, alguém bate na porta da cabine.

— Abra – diz ela – São as meninas.

Desorientada, eu me levanto, fico presa no botão, estou usando minissaia preta, e ao abrir a porta, estou sem palavras para ver Arthur mais bonito do que nunca, com jeans, uma camisa marrom e uma mochila ao ombro. Olha-me, lê a mensagem na minha camiseta e diz:

— Eu aceito a troca.

Sorrio encantada.

— Pronta para o nosso encontro? – pergunta.

De repente, eu percebo que estou meio vestida e respondo:

— Estou ligando desde ontem à noite, você ainda não viu as minhas chamadas?

— Sim. Mas estava ocupado.

Tome isso! Quem é agora ‘o cara’? Fico quieta. Isso me irrita.

Eu tento manter meu temperamento sob controle e, embora seus olhos ainda acendam o pavio, eu posso manter minha boca fechada. Meu rosto deve ser um poema, mas Arthur me diz, provocando:

— Se você prefere se divertir com seu amigo Tomás, para mim não há problema.

Já chega, já me encontrei!

— Ei, como é que é?

Com um sorriso que é de matar, responde:

— já disse... Caprichosa.

— Olhe, bonito – levanto minha voz – eu não sei que tipo de mulher está acostumado

a tratar, mas eu não funciono assim, entende?

Seu sorriso se congela. Franze o cenho e apoia as mãos de ambos os lados da moldura da porta. Está claro que o meu tom o incomoda e retruca:

— Olhe, bonita, eu é que não funciono como o resto dos caras que dança na água para você. Adeus e aproveite o dia.

Eu o olho indo espantada.

Que idiota esse homem!

Quando fecho a porta da cabine, Coral, que ouviu tudo, solta:

— Mas você é burra?

— Não.

— Não?! – grita ela.

Eu tento explicar:

— Eu estive tentando falar com ele desde ontem à noite e...

— E o que isso importa?

— Eu me importo. – E sem levantar a voz para que ninguém nos ouvisse, eu continuo:

– Eu não quero acreditar que estou babando por ele. Para que você ache que é só clicar os dedos, e já me tem.

Coral sorri, aproximando-se de mim, murmura:

— E te tem, Lua. Você mesma disse que se apaixonou, e contra isso, acredite em mim, você não pode lutar.

— Merda... Merda... Merda... – Eu cubro meus olhos.

Como cheguei a esse ponto?

— Sinceramente – afirma Coral, a entendida – está perdida. Você não percebe?

Eu percebo, claro que eu percebo. Mas com raiva, eu me levanto e digo:

— Dê-lhe chouriço e, como diria meu irmão Garret, que a força o acompanhe! Eu vou com você para visitar a cidade e me ligar a um belo marselho.

Coral, além de louca é a mulher mais sábia do mundo, sorrindo e sentando-se na cama para que me acalme, afirma:

— Ele é o seu plano A. Eu sou seu plano B, pense nisso.

— Não fale bobagens. Você é sempre meu plano A. – respondo irritada.

Tê-lo visto tão bonito e disposto a manter o seu compromisso comigo me intrigou.

— Eu sei, assim como você é para mim. Mas vamos lá, pense novamente, ele é o seu plano A SuperPlus com final feliz e veio do céu à sua procura. Você e eu somos amigas, e sempre seremos mesmo agora se você for com ele.

— Não.

Ela pega a minha mão e, me puxando para levantar, solta:

— Merda, Lua. Arthur é do quadro de trabalho do barco e você está apaixonada por ele. Esse morenaço vem buscar você, não à elas, e você vai e lhe dá as costas. Por acaso vai me dizer que não vai se incomodar que saia com qualquer uma das outras?

Só de pensar me irrita.

Só de imaginar fico louca e, finalmente, respondo cabisbaixa:

— Eu já disse que não, ele se foi e...

— Saia agora mesmo daqui e vá buscá-lo ou eu te juro que eu vou buscá-lo e vou passar o dia com ele em Marselha. – me espeta Coral.

— Você seria capaz?

— Por um cara com aquela bunda, aqueles olhos e esse corpo eu sou capaz de muitas coisas, minha filha. – afirma ela.

Sorrio divertida por seu comentário e em seguida chamam novamente a porta.

— Esconda-se lá atrás – cochicha Coral — Eu direi a Rosa e a Gina que você já se foi. E faz o favor de se divertir ou eu juro que quando eu voltar se você não o encontrou, eu te mato!

Mas quando abre, Coral permanece em silêncio e sai da sala sem fechar a porta. Eu a ouço sussurrar:

— Trate-a bem.

Fiquei chocada ao ver Arthur entrar na cabine. Fechou a porta e nós dois ficamos nos olhando sem dizer nada, até que ele deixou a mochila no chão e, dando um passo até mim, disse:

— Nunca, em meus trinta e sete anos de vida, nenhuma mulher me tratou como você fez, ou que me fez sentir como você me faz sentir, caprichosa. Mas acabo de dar dois passos.

Um para voltar para sua cabine e outro para ficar mais perto de você. Não sei por que eu fiz, mas o caso é que estou aqui e eu não quero ir sozinho.

Como sempre, ‘o cara ao mar’. Sua veia romântica que cada vez eu gosto mais.

Meu coração bombeia enlouquecido. Ambos estamos na mesma espiral de sentimentos, e dando um passo até ele, me aproximo, o rodeio ao redor de seu pescoço com os braços e murmuro:


Capítulo 34:

— Nunca, em meus vinte e seis anos de vida, nenhum homem falou comigo como você, nem me fez sentir o que sinto o que você me faz sentir. Mas acabo de dar dois passos.

Um para mais perto de você e outro para te abraçar. E eu quero que você saiba que, se você não tivesse voltado, eu estava saindo para te buscar, porque eu não quero ficar sem você.

Deus, desde quando eu tenho essa veia romântica também?

Concorda...

Concordo...

E, finalmente, meu morenaço diz:

— Eu acho que eu estou louco, Lua. Eu não consigo parar de pensar em você.

Concordo...

Concorda...

E, estupefata, respondo:

— Para mim, a mesma coisa acontece comigo. Eu acho que nós dois estamos loucos.

Arthur sorri e trazendo sua boca com a minha, sussurra:

— Eu quero você.

Ele me beija. Com paixão, ele enfia sua língua em minha boca e faz amor com ela. Eu o agarro desesperadamente e eu pressiono contra seu corpo. Sabendo que, pelo menos, sinto-me louca precisando dele me confortando e eu gosto.

E quando eu estou prestes a começar a desabotoar sua camisa, sussurra contra os meus lábios:

— Me desculpa não ter respondido a suas chamadas.

— Não importa.

Eu não me importo. Eu só me importo em estar com ele, beijá-lo, que me beije, me toque e então que me deixe louca. Ao mover-se em minha cabine minúscula, ouve-se uma batida. Arthur dá de ombros e diz:

— Eu acho que só abri a minha cabeça.

— Não brinque. – digo, olhando para o local da sua cabeça onde rapidamente foi a batida.

Felizmente, vejo que não é nada grave, uma colisão leve. Carinhosamente beijando sua cabeça, eu indico:

— Deite-se na minha cama.

Ele se recusa e responde:

— Vamos.

— Onde?

— Está livre até amanhã, as três, certo?

— Como você sabe disso?

Arthur sorrindo me abraça e murmura:

— Eu tenho minhas maneiras de descobrir tudo o que quero. – em seguida ri – Eu ouvi quando eu você disse ao Tomás.

— Quanto tempo você tem disponível? – Eu me pergunto.

— O mesmo tempo.

Eu sorrio e ele me beija, depois mordendo sussura na minha boca:

— Eu amo a mensagem de sua camisa.

— É a camisa das reconciliações. – o informo.

— Mmmm... Agora eu gosto ainda mais.

Solto uma risada e ele me beija de volta. Quando separado de mim diz:

— Conheço Marselha. Eu estive várias vezes. Leve pouca roupa. Você não vai precisar e, por favor, não mude de camisa.

Cautelosa, eu pergunto:

— Onde é que você pretende levar-me?

Após retirar uma mecha de cabelo dos olhos, sorri e sussurra:

— Um lugar melhor do que este, com uma Jacuzzi impressionante para duas pessoas e uma grande cama, onde conversaremos e desfrutaremos de 24 horas de sexo. Você e eu.

— Minha mãe! Eu estou morrendo de vontade de estar lá. – eu respondo, e acrescento:

— Além disso, degustaremos uma esplendida bullabesa, você sabe o que é? –nego com a cabeça, e ele explica – É a tradicional sopa de Marselha, feita com peixes diferentes.

Você vai gostar.

— Ok.

— Depois de comer um delicioso ensopado de carne, regado com bom vinho e uma sobremesa maravilhosa, suflê de Grand Marnier. Quando acabarmos, te despirei e, durante horas, me dedicarei à arte do prazer que sou capaz de dar. O que você acha deste plano?

— Ótimo. – rio animada e excitada.

Minha reação deve lhe agradar, porque, dando-me um beijo rápido, me exorta:

— Venha. Vamos!

Rapidamente eu coloquei algumas coisas em uma mochila enquanto ele me olha, mas de repente paro e pergunto:

— Tudo o que você tem planejado parece caro. Dividiremos o pagamento, ok?

— Não. – responde risonho – Eu proprus, eu me encarrego dos gastos.

— Arthur, – protesto – Não seja bobo. Podemos dividir...

Sua boca cobre a minha e, depois de um beijo devastador que me faz querer estar naquele hotel que ele falou, diz:

— Não vamos perder tempo.

Disfarçadamente e a uma curta distância um do outro, deixamos o barco. Uma vez em terra, Arthur pisca pra mim e sigo-o até que perdemos pelas ruas de Marselha. Quando chegamos a uma rua movimentada, ele pega a minha mão com força, e me olhando, pergunta:

— Posso?

Permito animada e, em seguida, ele, pegando a minha mão a leva até sua boca, beijando.

Ugh... Como é romântico e cavalheiro.

Seu celular toca. Ele olha e ignora a ligação. Não pergunto. Eu sinto que não devo fazer.

Nós vagamos ao redor da cidade e eu estou surpresa ao ver o quão bem ele a conhece.

Quando eu pergunto, diz ele que esteve lá mais vezes com outras embarcações. O celular volta a tocar. Ele faz um gesto com a mão para não me mover e dá um par de passos, atende. Eu vejo o lugar. É uma rua encantadora, com vários restaurantes. Quando ele retorna, volta a me levar pela mão e, vendo sua expressão, eu pergunto:

— Está tudo bem?

Ele afirma com a cabeça, me beija e diz:

— Quando estivermos no hotel, você e eu, tudo será melhor.

— Onde estamos?

— No distrito de Saint Victor.

Andamos mais alguns metros e eu estou sem palavras ao ver que nós entramos em um edifício com aparência de ser caro. Um desses hotéis que você sabe que até para respirar custa dinheiro.

Isso me assusta. Nenhum de nós tem um saldo impressionante e cochicho:

— Arthur, você vai deixar metade do seu salário para este lugar, você ficou louco?

Mas meu morenaço sorri e responde:

— Relaxa. Eu tenho um amigo, Garson, ele trabalha aqui, e sempre que venho para Marselha, ele consegue um quarto com um preço maravilhoso. Não se preocupe. Eu posso pagar. Agora só o que eu quero é que você goste.

Atordoada, sou eu quem lhe segura à mão para entrar no hotel impressionante.

Caminhamos até a recepção, passando por um sofá redondo e rodeado por flores, Arthur, beijando minha mão de novo, me diz:

— Espere aqui.

Um pouco envergonhada pelo luxo que nos rodeia, faço o que me pede. Sento-me no suave e aveludado sofá enquanto eu o vejo ir até o balcão. Uma vez lá, eu vejo um jovem sobre ele e cumprimentá-lo com familiaridade. Eu acho que deve ser seu amigo Garson.

Depois de conversar alguns minutos, despedem-se com um choque de mãos e me mostrando um cartão de ouro, meu morenaço se aproxima de mim e diz:

— Você está pronta para se divertir?

Saimos do elevador no último andar, e andamos em um salão de luxo para chegar ao quarto.
 
 
Como não postei ontem, aqui estão dois Capítulos e mais logo posto mais dois :)
Ainda não sei o que vou fazer em relação ás webs, mas com certeza não vou parar de postar. Porque depois dessas duas ainda tenho mais um também muito hot. Só não comecei a postar ainda porque essas duas deram um bocado de trabalho para adaptar e só quando essas acabarem eu dedico-me totalmente a adaptar a próxima, até porque é a minha favorita dessas 3.
Mas vamos com calma uma coisa de cada vez, ainda vou pensar o que fazer em relação ás novas regras

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