Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulo 28

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Na manhã seguinte, quando o despertador toca, eu sinto como se estivesse morrendo.

Coral acorda como sempre cheia de energia e, uma vez vestida e arrumada, ela sai. Trabalhando em cozinha, seu turno começa cedo. Depois de fechar a porta, me aconchego de volta na minha cama e volto a dormir. Meu turno mudou e eu tenho que mudar também o meu horário.

Quando o alarme tocar de novo, eu sei que é hora de movimentar.

Coloco música e ouço a voz de Michael Bublé. Eu amo este homem! Ainda me lembro quando eu assisti a um dos seus concertos em Madrid com o meu irmão Argen. Economizamos por meses para a viagem, mas valeu à pena.

Quando cantou You'll Never Find, eu cantarolava para ele do meu assento ao lado de Argen. Foi um dos momentos mais mágico da minha vida. Assim que eu estou limpa e arrumada, deixo a cabine.

Eu tenho que encontrar com a orquestra na sala de estar para ensaiar, mas como eu tenho algum tempo, decidi ir para o convés para tomar um ar.

Foda... Com o movimento do barco e começo a ter tonturas.

Eu ando a passos firmes em direção ao salão, quando me surpreendo ao ver Arthur correndo com roupas esportivas. Ele não me vê e eu decidi assistir. Em um determinado momento, Tony e Tito se aproximam dele. Eles falam e riem e segundo depois Arthur continua sua corrida, enquanto os outros dois ainda estão rindo.

Será que os três amantes?

Eu continuo o meu caminho até que, de repente, vejo que Arthur está me olhando com um espetacular sorriso.

— Bom dia, Lua. – me cumprimenta.

Com roupas esportivas está incrível. Eu não posso nem imaginar como seria totalmente nu.

Eu olho para suas mãos e coro. E pensar que a noite passada esses dedos entraram e saíram de mim me proporcionando um prazer incrível me deixa louca, mas eu tento manter o controle.

Tem pernas fortes, estômago mais liso do que eu pensava e braços maravilhosos. Olho a tatuagem que envolve um deles e reprimo um inoportuno gemido de excitação que quase me escapam.

Recomponho-me em décimos de segundo e, olhando para os seus grandes olhos, respondo a sua saudação, enquanto coloco as mãos nos bolsos da calça jeans.

— Bom dia.

Inclinando-se sobre as coxas para pegar o ar, Arthur olha para mim e pergunta:

— Como você está?

Estou prestes a dizer-lhe corcunda depois da noite passada, mas eu opto por responder mais contido:

— Tonta.

Do bolso traseiro tira uma cartela de pílula e diz:

— Pegue isso. Garanto-te que a tontura vai desaparecer.

Olho a caixa. Não reconheço o nome, mas antes de dizer qualquer coisa, ele acrescenta:

— Confie em mim, teimosa. Eu sei do que falo. Você vai ficar bem.

Nesse momento, duas mulheres passam ao nosso lado correndo e vejo como elas se olham entre elas e sorriem.

Eu sei o que isso significa.

Sem dúvida, agora elas falam sobre como é bom Arthur. Como deve ser quente na cama. De sua bunda, a boca, os olhos. Foda-se !

Meu estômago cai e minha respiração se acelera. Eu fico com raiva e de repente eu percebo que eu estou com ciúmes. Eu ciumenta?

Oh... Oh... Oh... O que está acontecendo comigo?

Irritada com a minha reação, olho para o homem na minha frente que não tira olho de mim. Eu aceito as pílulas e agradeço antes de continuar o meu caminho.

Mas ele agarra meu braço e, parando, pergunta:

— Você vai voltar a ficar com raiva de mim?

Ele franziu o cenho e me faz sorrir, olhando para chave que leva em torno de seu pescoço, eu falo, puxando o iPod do bolso:

— Aqui, você deixou ontem à noite.

Ele pega e volta a me olhar com sua cara intimidadora, mas quando vai dizer alguma coisa, me despeço:

— Eu tenho que trabalhar.

Ainda me segurando, ele responde:

— Vejo você à noite.

Eu franzo o rosto e chateada com o que me faz sentir, eu pergunto:

— Para que?

Arthur fica sério e eu, irritada com tudo, solto:

— Mas vamos ver o que você vai fazer? Apalpar-me, me beijar, me masturbar. Então você me dá abóboras e diz que isso não pode acontecer de novo, e agora... O que diabo é isso?

Meu moreno, porque para mim é meu moreno, toma um fôlego e responde:

— Eu sei o que eu disse ontem, mas...

— Bom dia. – eu ouço alguém dizer ao nosso lado.

Quando eu olho, fico horrorizada ao se tratar do Sr. Martinez. Foda o Rançoso parece que está nos vigiando. Eu respondo:

— Bom dia, senhor.

Arthur também o cumprimenta e me solta. E o memorando do chefe, porque não pode ser considerado de outra forma, diz ele, olhando fixamente:

— São muitas vezes que eu vi-os juntos e é meu dever alertar.

— Alertar? – Arthur pede gravemente.

O Rançoso, mais tolo não pode ser, responde:

— Estão proibidas as relações pessoais entre a tripulação. Implica em demissão imediata. Se você quiser verificar o que eu digo, olhe para seus contratos. Página dois, sete pontos. Bom dia.

E sai, deixando nós sem palavras, mas, em seguida, Arthur diz:

— Todos os dias eu gosto menos desse cara.

Olhando afastar-se aquele amargado, aponto:

— Eu também não gosto dele, mas olha, o que ele disse deixa claro o que pode fazer e o que não funciona. E apesar de eu não concordar com isso, que esclarece as coisas ainda mais. Então não. Não nós não nos veremos à noite.

Agarrando o meu braço de novo, ele pergunta:

— Você vai ver Tomás?

— Não é o seu problema. Pergunto-te eu se acaso você vai ver Tony ou

Tito?

Ele sorri e isso me deixa perplexa, então olha para mim e acrescenta:

— Eu tenho que falar com você.

— O que?

— De certas coisas que...

— Olha, Arthur – eu corto – acredito que o melhor é esclarecermos isso de uma vez. Você tem um segredo que eu sei e pelo que eu vi ontem à noite, o segredo é tão grande que você não conseguiu terminar algo que você começou comigo. Assim, é o fim da conversa.

— Eu quero ver você hoje à noite, ok? – Se repete.

Eu não respondo. Eu me recuso a responder.

Ele viu meu gesto teimoso, acrescenta:

— Hoje à noite eu estou de guarda no armazém.

— Para mim, da igual se você pular no mar.

— Lua... – Diz baixinho, de modo que só nós escutamos.

Ainda com a mão segurando meu braço, ameaço-o:

— Eu tenho três irmãos e dois deles eu tenho lutado muito. Então, se você não quiser organizar uma bagunça na frente de todas essas pessoas que passam por aqui, me deixe ir ou você vai se arrepender, porque eu não ando com florzinhas, você entende?

Ignorando-me, Arthur franze o rosto e sussurra:

— Teimosa...

Isso me enerva e assobiou:

— Mas você é estúpido ou se faz?

— Escuta...

— Não.

— Lua...

— Não.

— Se você continuar se comportando assim...

— Você está me ameaçando?

Seus olhos faiscando, mas eu me soltando finalmente de sua mão, digo:

— Eu tenho que ir.

— Nos vemos hoje à noite. – insiste.

— Não.

— Lua...

— Arthur... Enlouqueça com Tony ou quem você quiser, tudo bem, cara bonito?

Eu estava com as veias fervendo.

Eu comecei a andar...

Apressei o passo...

E quando eu estou ciente de que não me segue, amaldiçoei-me, aquecida pelos nervos.

Mas o que me acontece com este homem?

Pelo amor de Deus, eu estou com ciúmes!

Eu vou para a cozinha e procuro Coral. Ela está batendo ovos e me pergunta:

— O que você tem?

Pego um copo de água, eu tomo uma das pílulas que Arthur me deu e, sorrindo , respondo:

— Nada, eu estou feliz. Agora eu vou ensaiar com a orquestra.

— Esta é a minha menina. Aliás, dois lindos da tripulação perguntaram por você esta manhã. Eu acredito que os seus garganteados Mariah Carey os deixaram alucinados. E os caras eram muito bons de ver. Então, se você entrar, aproveite o momento.

— Eu vou. – Eu acento e dissimulo meu mal estar.

Esse dia, ensaio por horas com a orquestra. O repertório que eles têm para cada uma das festas é grande e deve ser trabalhado. Em um par de ocasiões, Arthur entra na sala com caixas de refrigerante.

Eu sei que ele está lá por mim.

Eu sei que ele me procura, mas quando ele tenta chegar perto, eu me afasto.

Durante o dia, tento me concentrar no trabalho e, de alguma forma ou de outra, consigo tirar da minha cabeça o acontecido na noite anterior. Aqueles olhos... Aquela boca... Aquelas mãos... A música... Tudo nele me esquenta e me põem a mil.

À noite, em uma das ocasiões em que entrei na cozinha para ver Coral, encontro Arthur conversando com duas ajudantes de cozinha. Ambas parecem muito interessadas nele e na sua linguagem corporal, sei que estão mais do que encantadas com sua atenção.

O que tem sido claro! Lagartas.

Eu tento não olhar e se concentrar em minha amiga.

Eu tento não ouvir o riso das duas meninas, mas o ciúme me consome e quando me viro para sair, bufo. Arthur não me olha nem por acaso. Passa por mim.

As horas vão passando e meu mau humor cresce e cresce diante a sua indiferença total. Não vem me ver no salão de festas e eu estou vibrando. Em um ponto, os meus olhos encontram os de Tomás, que sorri para mim enquanto eu canto

 El tiburón.

“Everybody muévelo.

Todo el mundo grite ¡ohh!

Sigue, sigue sin problemas

pa’ que bailen esas nenas.

No pares... Sigue... Sigue.

No pares... Sigue... Sigue.”

É isso que eu faço. Não paro e continuo cantando para as pessoas se divirtam e dancem, enquanto a minha cabeça está no “mundo do Arthur.”.

Quando eu termino o meu desempenho, Coral me envia uma mensagem dizendo que tem um compromisso e não sabe se ela vai voltar para a cabine.

Merda... Coral.

— Olá, querida, o que aconteceu ontem à noite? – Tomás me pergunta, ao meu lado.

Não querendo dar explicações, eu respondo:

— No final algo surgiu.

Ele balança a cabeça e, mais perto, propõe:

— Você vem hoje?

— Não. Estou cansada e quero dormir.

Sem outra palavra, eu vou embora. Quando eu estou com raiva, é melhor que ninguém fale comigo, mas o pobre Tomás não merece a minha reação.

Chegando à minha cabine, peguei uma toalha e eu estou indo para os chuveiros das meninas. Quando entro há várias companheiras. Depois de cumprimentá-las, eu tiro a roupa e entro sob o jato do chuveiro.

Uhh... Que prazer!

Durante vários minutos, eu deixo a água deslizar pelo meu corpo e eu me esqueço de tudo. Só quero desfrutar desse momento relaxante de paz, quando de repente, Arthur e seus olhos novamente aparecem em minha mente.

Pelo amor de Deus, o que eu tenho com ele?

Eu esfregar o corpo vigorosamente e lavo meu cabelo, mas quando eu saio do chuveiro meu mau humor não desapareceu. Eu diria que tem crescido ao pensar que Arthur está brincando com as ajudantes de cozinha.

Envolta em uma toalha, eu volto para minha cabine, onde eu coloco uma música. Toca Shakira e rápidamente canto:

“Yo soy loca con mi tigre.

Loca, loca, loca.

Soy loca con mi tigre.

Loca, loca, loca.”

Animada, começo a dançar na cabine estreita, movendo os quadris ao ritmo sensual da canção. Eu amo Shakira!

Quando termina, sorrio enquanto eu derramo creme sobre a pele e desembaraço os meus cabelos. Depois abro uma gaveta para pegar algumas calcinhas e eu fico olhando para uma tanga muito... Muito sexy que eu tenho, mas nego com a cabeça.

Não. Não penso em vacilar. Não, eu não vou colocar para ele.

Mas a fio dental, que é tão bonita, olha para mim e parece dizer:

Luaaaaaaaaaaaaaaa... , Use... Não seja boba...

Eu fecho a gaveta. Eu não vou fazer o que a fio dental me diz. Ele é Gay!

Mas depois de dez segundos eu abro a gaveta novamente, pego a maldita fio dental e sutiã de seda preta e, enquanto visto, murmuro:

— Eu não me importo o que você é, Arthur. Hoje eu quero guerra.

Cega pelo desejo e ansiedade que me provoca, uso um vestido jeans umas sapatilhas. Nem glamour nem simples. Eu só preciso de um bom coque apertado na cabeça para parecer uma cigana do meu bairro. Deixo minha cabine minúscula e caminho a passos largos.

Quando chego a um corredor, vejo Tomás conversando com uma garota. Eu me escondo. Eu não quero que ele me veja e eu decido tomar outro corredor. Darei mais voltas, mas pelo menos eu desviei.

Eu olho para o relógio, é 02h23 da manhã. Desço uma escada e eu me deparo com algumas pessoas que me cumprimentam, mas não diminuo os passos. Meu objetivo é o armazém onde Arthur supostamente fica de guarda.

Eu vejo a porta no final do corredor.

Caminho para a porta, quando chego seguro a maçaneta e abro com segurança. Diante de mim aparece um grande espaço, com centenas de caixas empilhadas e rotuladas com números. Fecho e me dirijo a uma espécie de cubículo de vidro lá na lateral. Há luz, então ali é o lugar onde deve estar Arthur.

Ao chegar lá não tem ninguém, mas eu ouço a voz de Marc Anthony cantando Vivir lo nuestro. Olho para a mesa e reconheço o celular do homem a que eu vim procurar. Isso me faz sorrir. Ele não pode estar longe.

Sem dizer nada, eu começo a buscar pelo redor do armazém até que eu o vejo no fundo, ao lado de caixas, apontando algo em uma pasta.

Sexy!

Essa é a palavra que o define vestindo um macacão azul, vestindo apenas até quadris e a parte superior de uma regata simples.
Aproximo-me dele sem fôlego e então se vira e me vê.
Eu não digo nada.
Ele não diz nada. Só me olha com aquela cara de valentão que me deixa louca, e quando chego ao lado dele, o empurrou com força contra as caixas e me coloco na ponta dos pés para estar mais na sua altura e murmuro:
— Tem me procurado e me encontrou.
E com isso, eu aproximei minha boca na dele e beijei-o com atrevimento.
Ele fica parado enquanto sou eu quem o ataca, e encurrala contra a parede à espera que se mexa e entre no jogo. Por vários segundos, não faz nada.
Somente eu me mexo.
Eu o beijo.
Eu o toco.
Ele esta paralisado!
— Vamos, Arthur. – espeto ele, sem solta-lo — Beije-me.
Ele me olha. E pelo seu olhar vejo que ele este confuso e, segundos depois, uma mistura de raiva e vergonha me oprime. O que estou fazendo?
— Você já esteve com uma mulher? – Eu pergunto.
Seus olhos, aqueles olhos castanhos maravilhosos olha para mim e, finalmente, responde com uma voz contida:
— A dúvida me ofende.
Eu acredito que é um sim. Eu gostaria que fosse.
— Ok, mas talvez você nunca chegou até o final, estou certa?
Sem resposta. Eu vejo a chave em torno de seu pescoço, e disposta a continuar insisto:
— Sejamos claros. Eu sei que em algo te atraio, mesmo que você me atrai ainda mais. E até que não consigo não vou parar. Eu não sei o que há de errado comigo, mas...
— Mas o que? – Cortando minha pergunta.
Sua expressão é impenetrável, seu olhar duro e decido responder:
— Não estou pedindo amor eterno, ou que você se case comigo no Dia dos Namorados ou...
— Eu odeio essa data. – diz ele.
Divertida com suas palavras, murmuro, sabendo o que eu preciso:
—Peço apenas sexo.
— Não.
Eu me recuso a aceitar a sua recusa.
— Por que? – Eu pergunto. E, ao não obter uma resposta eu insisto –Deixa comigo e relaxa.
Isto é incrível. Eu estou perseguindo um pobre gay como eu nunca persegui ninguém na minha vida. Mas disposta a tudo, vou continuar falando quando ele coloca a mão na minha boca para me calar e pergunta:
— Você não se importa por eu ser gay?
Eu penso suspiro e, quando tira a mão, respondo:
— É claro que eu me importo. Mas eu te desejo tanto que fica em segundo plano.
Percebo que minhas palavras o impressionam. Solta o que tem nas mãos e murmura com voz tensa:
— Tanto me deseja?
— Você não tem ideia.
Seu olhar se transforma felino. Deus... Isto é o que eu quero: acordar o tigre está dentro dele! Finalmente, descansa confortavelmente contra a parede e sussurra:
— Tudo bem, você ganhou. Vamos jogar, mas você...
— Vou fazer tudo. Não se preocupe. – corto. Estou impaciente.
Ele esboça um sorriso.
Deus... Como me deixa quando sorri com cara de presunçoso.
Pena que não é heterossexual!
Ele olha para mim sem se mover, esperando por mim para começar o jogo.
Decididamente, eu fico na ponta dos pés e ele me acolhe em seus braços.
O beijo... E ele me beija.
Eu toco... E ele me toca.
Suspiro... E ele suspira.
Com raiva de tudo o que ele me faz sentir, meu lado selvagem aumenta, explode!
Nossas bocas se devoram. Nossas línguas enroscadas minhas mãos ansiosas de desejos vão para sua cintura e ele, me parando, pergunta:
— Tem certeza, Lua?
Sem dar opção a não ser continuar o que eu comecei, sussurrando sobre sua boca como a uma grande tigresa, enquanto baixo o zíper do macacão para se livrar ele:
— O que você acha?
Minhas mãos continuam no seu caminho, e ele fica tenso, mas deixa.
Eu preciso tirar de uma vez por toda essa tensão sexual que tenho acumulado por culpa dele. Ele sabe que me provoca. Sabe e tem que pagar.
Quando o macacão cai, minhas mãos vão direto para sua virilha. Mas Arthur me para e, com uma voz que me faz tremer, pergunta:
— Aqui?!
Mordendo o lábio inferior para tê-lo à minha disposição, assento e o solto.
— Aqui e você não vai me dizer que não. – respondo.
— Tem sujeira, caprichosa.
Foda-se tudo o que se mexe! Ele já deixou sua veia gay e sussurro:
— Aqui o único sujo é a minha mente. Cale a boca e me beija!
Arthur sorri e com uma curiosidade que me deixa louca, pergunta:
— Você tem uma mente suja?
Eu digo sim para a cabeça e esclareço com palavras:
— Tremendamente suja e eu não vou deixar você voltar atrás. Não sei o que fazem os homens e eu nem estou interessada, eu só quero que você deixe-me mostrar o que eu posso dar como mulher.
— Lua...
— Ouça – sussurro acelerada — como diria Yoda, o maior herói do meu irmão Garret: "Viva o momento, não pense, use seus instintos e sinta a força.”.
Deixo-o espantado. Yoda é assim, que geralmente deixa você sem palavras. Divertida por como me olha, insisto, sabendo que eu estou tendo mais de três pessoas.
— Podemos desempenhar papéis, você quer? – Não se movendo eu continuo: — Você é um homem inocente que trabalha neste armazém e eu uma coelhinha exigente que persegue você para fazer sexo quente com você.
O que você acha?
A minha proposta, cheia de loucura, sexo e deboche, percebo que o surpreendo e ele gosta. Com um sorriso de gatuno finalmente responde:
— Tudo bem, coelhinha.
Consegui!
Sem dizer nada, eu agarro seu pescoço e levou-o a me beijar de novo.
Quando isso acontece, com todo o descaramento do mundo aproveito a oportunidade para colocar as mãos dentro de sua cueca.
Bem... Bem... Bem... O que tem este homem aqui!
Sua ereção é enorme, enorme! O melhor de tudo é tudo meu!
Eu o toco com a respiração entrecortada pelo desejo e calor que me dá, enquanto escuto sua respiração. Ele está excitado. Eu sei.
Sem dar trégua, vai que mude de ideia, com os meus dedos trêmulos aperto seus testículos com uma mistura de cuidados e demanda. Arfa ao sentir o meu toque.
Sua pele é macia...
Sua pele é quente...
Seu pênis está duro... É enorme e eu quero dentro de mim.
— Quero desfrutar de você e vai me permitir, certo? – Peço com a voz insinuante. Arthur concorda. Sua força é dobrada e agora é ele que está me beijando com exigência. Aproveito e desfruto quando sussurra contra a minha boca:
— Lua... Escuta...
— Não – o corto — Eu não vou deixar você estragar o jogo.
Com cuidado, passo a minha mão sobre sua ereção e quando eu o aperto e mordo o seu queixo, múrmura, fechando os olhos:
— Eu não poderia parar.
Eu sorrio e feliz por conseguir a que eu vim buscar, eu digo:
— Não pare, Arthur... Não pare.
Sem responder, tira as botas e o macacão pelos pés. Então ele me carrega como uma pena e me leva para um corredor lateral.
Eu amo esta parte tão viril!
Sentando-me sobre caixas onde leio “Tomate frito". Isso me faz sorrir e mais ao sentir que ficou em seu papel. Arfa com força. Suas mãos são exigentes. Sua boca irresistível. É um trem carregado com combustível e sinto que em breve vai se chocar contra mim.
Protegido entre várias caixas, ainda olhando para mim, Arthur tira a camisa com pressa.
Deus meu que abdômen!
Quando a camiseta cai no chão, murmura, sem tirar os olhos do meu:
—Tudo bem. Agora me diga, o que você gosta, minha caprichosa?
Encantada com a luxúria descontrolada que eu vi em seus olhos, eu desabotoo os botões do vestido jeans e uma vez que este aberto. Pondero:
— Uma mulher gosta que chupem os mamilos, que nos toquem e aqueça antes da penetração.
Quando o meu vestido cai sobre a caixa de latas de tomate, eu fico louca ao ver como me come com o olhar. Ele gosta do que vê. O excita o que eu digo e isso ele não pode me negar.
Aproxima sua mão morena ao meu sutiã de seda. Acaricia um momento e então desabotoa o fecho entre os meus seios, diz enquanto desliza-me pelos ombros:
— Chupar. Tocar. Esquentar. Entendi. – conclui antes de trazer a boca para meus seios.
Sua voz rouca e suas palavras me fazem suspirar e reprimir um leve grito quando os dentes roçam o meu mamilo e me belisca. Suas mãos me apertam mais contra ele para colocar mais profundo meu peito em sua boca enquanto ele suga e me lambe com prazer.
Eu fecho meus olhos e desfruto como estou há um tempo sem fazer isso, até que a gata selvagem que tenho escondida dentro de mim o agarra pelo cabelo atraindo seu olhar.
— Uma mulher gosta que coloque a boca no nosso centro de desejo e nos possua sem moderação e loucura. – eu digo — Nos deixa louca, faz-nos sentirmos desejadas por um homem viril e você é. Você...
Ele não me dá tempo para dizer mais nada.
Minha linda tanga é rasgada em pedaços depois de um forte puxão e abrindo minhas pernas brusquidão, Arthur coloca a boca quente no meu sexo e, eu apoiando minha cabeça sobre as caixas, grito e me entrego a ele.
Sua boca é exigente e sua língua dura entra e sai do meu centro, arrancando suspiros de prazer.
Oh, meu Deus...! Eu estou cumprindo as seis fases do orgasmo!
Eu não sei quanto tempo passa. Eu só sei que me faz amor com a boca como um amante perfeito. Introduz sua língua em mim e tira arrancando ondas de prazeres e gemidos. Após circular meu clitóris e dar ligeiros toques, enlouquecendo-me de novo e de novo até que eu o ouço perguntar:
— Você gosta como faço, coelhinha?
Aceno com a cabeça.
Mas como não vou gostar disso, se você está me deixando louca de prazer?
— Ah, sim... Assim... Você está indo muito bem.
Continua e eu enterro meus dedos em seus cabelos, levanto os quadris e o obrigo a repetir o que ele estava fazendo segundos antes.
Oh, sim, que prazer!
Estou louca e entregue quando sinto abandonar o meu sexo sentir, rastejando pelo meu corpo e abordar minha boca. Enquanto ele retira sua cueca diz:
— Nós homens gostamos do vício, a masturbação, a posse, a luxúria.
No sexo somos lobos famintos. Predadores.
Suas palavras, seu cheiro e como o homem ficou no papel me fazem sorrir e responder:
— Então agora eu quero ser seu vício, eu quero que você me masturbe que você me possua. Eu quero ser sua luxúria e você é meu lobo predador.
Arthur me contempla. Tem a respiração tão agitada como a minha e ambos sorriram.
Seus olhos me perfuram, me percorrem inteira e eu estremeço.
Por enquanto ele está me dando tudo que eu peço e eu quero que continue.
Me segura pelo rosto com uma mão e com cuidado e delicadeza que me deixo sem fala, me beija. Morde-me gentilmente os lábios e eu só posso me entregar a ele. Uma vez que a sua boca e a minha se separam, seus lábios continuam pelo meu corpo. Passa pelo meu ouvido e me suga, passa para baixo para o meu pescoço e mordisca, e, finalmente, chega até o meu ombro direito, mordendo com gosto e prazer, enquanto sua ereção bate em minhas pernas e me deixa louca.
A cabeça está girando e eu começo a pensar:
Plano A: Eu ataco.
Plano B: deixe que ele me ataque.
Plano C: seja tudo o que Deus quiser, mas eu não vou permitir que saia do armazém sem ter desfrutado a que eu vim buscar.
Definitivamente, eu vou optar pelo plano C.
De repente me solta, da um passo atrás e me olhando exige:
— Toque-se para mim.
Boa... Bom... Bom... Mas que excitante!
Sem demora, eu seguro os seios com as mãos, amasso e me massageado enquanto ele busca seu macacão, tira uma carteira do bolso e deixa em uma das caixas. Sem tirar os olhos de mim sem falar, olha para mim e eu murmuro:
— Você é ótimo e me deixa louca.
O corpo dele é incrível.
Sua pele é excitante.
Sua boca é perigosa.
Arthur sorri, mas seus olhos estão estranhos. Eu não sei o que pensar e me desconcerta.
Da carteira tira um preservativo e depois de rasgar a embalagem, ele é colocado com habilidade e fazendo-me descer das caixas diz:
— Vire-se e coloque as mãos nas caixas.
Oh... Oh... Eu acho que ele quer fazer alguma coisa que eu não quero e respondo:
— Não.
Ele olha espantado, mas com calma insiste com voz rouca.
— Estamos jogando. Vire-se.
Nesse momento eu perco a minha segurança.
Acho que já tenho tentado muito minha sorte e agora vai se voltar contra mim.
Apesar da minha experiência sexual com outras pessoas, eu nunca fiz sexo anal e disposta a recusar, eu digo claramente:
— Sexo anal não.
Arthur levanta uma sobrancelha e eu adiciono em voz baixa:
— Eu nunca fiz.
— Me alegro. – afirma os olhos me perfurando.
Assento. Eu entendo que, por causa de sua condição sexual, ele tentou fazê-lo, mas eu insisto:
— Eu tentei uma vez e quase morri de dor. Eu não quero...
Corta-me:
— Isso é porque o homem que tentou não soube te preparar bem para ele. Vamos lá, vire-se e relaxe. Você disse que quer ser meu desejo, certo?
Eu faço o que me pediu com relutância.
Eu estou com medo, mas, ao mesmo tempo, o desejo do momento me faz obedecer.
Ofego ao receber um açoito na bunda. Não sei o que me espera, mas eu sei que vai doer e eu estou permitindo. Eu sou uma idiota?
Assustada e excitada, eu noto que ele se agacha atrás de mim e um guincho ridículo sai da minha boca quando ele me morde nas nádegas.
— Tranquila, coelhinha... Basta jogar como você queria, mas agora o homem inocente do armazém se tornou um lobo. Lembre-se que Yoda disse:
"Viva o momento, não pense usando seu instinto, sinta a força”.
A merda com Yoda!
Eu não posso falar...
Eu não posso responder...

Minha respiração acelera quando ele passa um dedo através do ânus para cima e para baixo. Para cima e para baixo e ele enfia dentro de mim.
Eu não quero... Não... Não queroooooooooo!
Mordeu-me nas costelas. Chupa-me nas costas e na orelha. Ele me beija com prazer. Assim, durante algum tempo e quando nota que meus músculos relaxam em torno do dedo que ele tem dentro do meu ânus, fala no meu ouvido:
—Te chupei como queria. Toquei-te como desejavas e te esquentei como ansiava. Agora o que vem depois? – Mas quando eu vou responder, ele acrescenta: — Tanto homens quanto mulheres desfrutamos de uma boa penetração, você não acha? Nós gostamos de perversão, sexo desinibido e, de certa forma, a loucura, você sabe?
Assento.
Claro que sim.
Eu não sou estúpida.
Mas não sei se ele se refere a um homem heterossexual ou não.
Meu estômago encolhe enquanto seu dedo dentro de meu ânus me deixa louca. Provoca-me. Excita-me. Prepara-me. Ele se agacha e morde nos globos da minha bunda e quando sobe novamente murmura no meu ouvido: — Abra suas pernas e curve-se. Eu tremo.
Sem lubrificante tenho medo que a penetração doa, e digo: — Arthur... Não temos lubrificante e...
— Eu imaginei este momento centenas de vezes – me corta exigente —
mas nunca como esta ocorrendo.
Assento. Suponho que se eu sou sua primeira mulher, tenha imaginado de outra forma. Estou atacada quando, sem tirar o dedo do meu ânus, percebo que com outro, esfrega meu clitóris. Ofego.
Eu sinto sua respiração no meu ouvido enquanto ele murmura:
— Minha intenção de ficar com você esta noite foi para desfrutar de você.
— De mim?
— Sim. De você.
Um gemido escapa-me ao perceber como traça círculos no meu clitóris.
— Eu não posso nem quero perder este presente que você me oferece, embora as medidas de higiene que haja aqui não são as mais adequadas.
Eu rio aquecida. Ele me dá outro açoito na minha bunda e sussurra em meu ouvido, me enlouquecendo:
— Só continuarei o nosso jogo, se você me prometer que na primeira parada que fizermos você vai ter um encontro comigo fora do barco.
Minha risada congela.
Um encontro? Mas o que ele está falando? E eu vou esclarecer:
— Arthur, isso é o que é.
Mas ele não se move. Continua a tocar meu clitóris e eu volto a ofegar.
Em seguida, ele tira o dedo do meu ânus e passa o pênis pela entrada da minha vagina molhada. Provoca-me.
— Eu quero um encontro com você e explicar certas coisas.
Excitada e com tesão como nunca estive antes, respondo:
— Se te referes a sua condição sexual, da no mesmo. Eu só vim aqui pelo sexo. Vamos fazê-lo. – E com o meu lado selvagem mais enlouquecido do que nunca, insisto: — Você me tem nua, excitada e entregue para você fazer o que quiser. Faça!
— Mmmmm... Caprichosa. – sussurra em meu ouvido. — Esse "para o que quiser" eu adorei.
Escutar isso me deixou como uma moto. Ah, como o desejo!
— Se vou ser a primeira mulher com quem você tenha relações sexuais.
Aproveitemos.
Percebo que sua respiração entrecorta ao ouvir-me.
Ele está muito excitado.
Ele se aperta contra mim, mas seu pênis ainda está fora de meu corpo.
Oh, meu Deus...! Eu preciso faça isso agora! Eu bufei.
Provoca-me.
Mostra-me uma e outra vez o que tem para mim, mas não me dá. É cruel. Muito cruel.
Minha vagina se lubrifica. Me curvo para que me penetre, mas isso não acontece. Meu desejo por ele cresce e cresce até que, agarrando meus quadris, sussurra em meu ouvido mais uma vez:
— Uma cama... Jacuzzi... Você e eu...
Eu estou perdendo minha mente.
Deus... Deus... Deus... Que má eu estou ficando!
— Nua em uma cama, te devoraria lentamente. Introduziria os meus dedos em você, morderia seus lábios e faria você gemer de prazer para gritar meu nome e implorar-me para não parar de te foder por horas.
Bem... Bem... Que me dê!
Arrepia-me a pele.
Minha respiração acelera.
Mas o que acaba de me propor esse moreno?
Chocada, viro a cabeça para ver sua proposta excitante, mas quando vou falar, sussurra:
— E o jogo não termina aí.
— Oh, não? – Minha voz é quase inaudível.
— Não, coelhinha. – sussurra em meu ouvido. — Depois de ter seu clitóris inchado e você louca de tesão, te agarraria pelos quadris com força – ele faz — afundaria de novo e de novo dentro de você. – Ele pressiona contra minha bunda. — E assim seria até o meu corpo e seu desfalecerem de prazer e o Jogo acabaria em um grande orgasmo que deixaria ambos sem sentido.
Um gemido que sai da minha boca.
E ele desfruta!
Imaginar o que ele me diz me enlouquece e eu estou quase ao ponto do orgasmo quando ele insiste:
— O que você diz, Lua, teremos um encontro?
— Oh, meu Deus...
— Você desfrutará de meu corpo e eu poderei desfrutar plenamente do que uma mulher quer. Farei com que goste do sexo anal como você ama o sexo tradicional. Eu serei seu brinquedo. Serei seu dono. Eu vou ser o que ambos queremos.
Eu não respondo.
Eu não posso.
O que aconteceu com a minha voz?
Noto, sinto, percebo como passa a ponta do seu pênis duro com força e maldade pela minha vagina molhada e pelo meu ânus, provocando-me. Me curvo para recebê-lo e, finalmente, entra um pouco em mim...
Ah, sim!
Mas quando eu vou em busca de maior profundidade, ele retira e eu amaldiçoo. Ele ri.
Eu o desejo.
Desejo que me penetre.
Desejo com toda minha alma e quando o meu corpo já não aguenta mais, ofego.
—Trato feito. Temos um encontro.
O impulso de seu pênis na minha vagina me faz soltar um grito de surpresa, dor e prazer enquanto ele me empurra contra a caixa. Introduz-se em mim em um único impulso e quando sinto seu saco escovar minha bunda, me curvo e não reprimo meus gemidos.
Ainda bem que não foi sexo anal.
E eu estou feliz em saber que Arthur não pensou só em si mesmo, como eu pensava.
— Você está bem, caprichosa? – Ele pergunta.
Concordo com a cabeça, enquanto seu enorme pênis duro se envolve em meu interior e a parede interna da minha vagina abre para recebê-lo e chupar.
Ah, que prazer!
Uma vez enterrado totalmente em mim, inicia uns movimentos circulares que ameaçam a me fazer perder a razão.
Oh, Deus... Eu adoro a forma como ele me faz sentir.

12 comentários:

  1. Prevejo mas momentos como esse kkkkk

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  2. +++++++++++++++
    ++++++++++++ precisoooooo

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  3. Desse jeito Arthur logo vai virar realmente um heterossexual kkkkkkkkk

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  4. Já imagino ..... Arthur X Thomas =Lua
    Kkkkkkkkkk

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  5. Com um homem desses quem se importaria se ele fosse gay?
    my good ele é um Deus Grego

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  6. Aposto que o Arthur não é gay,ele so tava zoando a Lua kkkkkkk

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  7. Minhaaa Genteee estou no chão esse que é gay??? O.o kkkkk virou homem com H
    Lua abençoada viu!!!

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