Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 85 e 86

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Capítulo 85:

— Desculpa... desculpa, Raquel. — Fico séria e abaixo a voz, assim como ela. — Acho muito legal que José tenha te dado de presente um vibrador e que vocês fantasiem. Se isso vai apimentar a vida sexual de vocês, ótimo! Fantasiar é bom... A imaginação tem que servir para alguma coisa, não acha?
 
 
Ela concorda, vermelha como um tomate.
— Ai, Lu...! Fico vermelha só de lembrar as coisas que José me dizia.
Tento entendê-la. Tento imaginar o que José lhe dizia, e isso me faz sorrir. No fim das contas, os seres humanos são mais parecidos uns com os outros do que pensam.
Sussurro no seu ouvido.
— Tudo bem... não precisa me contar o que ele te dizia, mas que tal o Dom Vibrador?
— Lua!
— Você lhe deu um nome?
— Maninha, por favor!
— Ah, vai... você gostou ou não?
Minha irmã fica como um tomate de novo, mas, ao ver que continuo olhando para ela à espera de uma resposta, faz que sim com a cabeça.
— Ah, Lua, foi maravilhoso. Nunca pensei que um aparelhinho desses que vibram e funcionam com pilhas juntos com a imaginação pudesse ter tanta utilidade. Só posso dizer que desde sábado não paramos mais. Estou assustada. Será que tanto sexo assim faz mal? E vou te dizer que até minha virilha está doendo...
Achando graça da confidência que minha irmã acaba de fazer, eu rio de novo. Não consigo evitar.
— Diga a ele que dê um vibrador para o clitóris — cochicho. — É fantástico!
A cara da minha irmã agora é impagável.
Eu... sua irmãzinha, acabo de lhe revelar que nada do que ela me contou é novidade para mim. Deixa o leque em cima da mesa.
— Mas... desde quando você usa essas coisas?
— Há muito tempo — minto.
— E por que você nunca me disse?
Assustada com a pergunta, fico olhando para ela.
— Convenhamos, Raquel, o fato de que você precisa me contar suas intimidades na cama com seu marido não significa que eu precise contar as minhas. Eu uso essas coisas e ponto. E agora, se você descobriu que te excitam, te deixam com tesão ou como queira chamar, aproveite o momento e tenho certeza de que sua vida será mais feliz.
Minha irmã faz que sim e toma outro gole de café.
— Você é minha melhor amiga e eu precisava te contar isso tudo. Eu sabia que você não ficaria escandalizada e que me incentivaria a continuar esses joguinhos sexuais com José.
Sorrio, pego sua mão, e ela sorri também. Às vezes eu é que pareço a irmã mais velha, e eu gosto disso.
— Essas coisas, como você chama, são brinquedos eróticos e tudo bem usar — cochicho, finalmente, em meio a risinhos. — E sim... eu também brinco com eles e com a imaginação. Acho que noventa por cento do planeta faz o mesmo, mas poucos admitem.

Você sabe muito bem que sexo é tabu e, apesar de todo mundo fazer, ninguém fala disso. Mas o sexo é o sexo e devemos aproveitar tudo dele.
Volto a pensar em Arthur e, com um sorrisinho bobo, vou em frente:
— Lembro que a pessoa que me deu meu primeiro brinquedinho me disse que, quando um homem dá um objeto desses a uma mulher, é porque deseja brincar com ela e curtir.

Então, irmãzinha, aproveite, pois a vida é curta!
De repente, minha irmã explode numa gargalhada e eu também. Ainda não consigo acreditar que estou falando de vibradores com minha irmã e usando a palavra “brincar” nesse contexto. Até que minha sobrinha entra na cozinha.
— Do que vocês estão rindo?

Inesperadamente, Raquel pisca um olho para mim e diz, enquanto continuo rindo:
— De como eu e sua tia adoramos brincar.

Nessa noite, após uma tarde de risadas e confidências com a agora safadinha da minha irmã, ligo o computador assim que as duas vão embora e fico boquiaberta. Um email de Arthur! Nervosa, abro a mensagem e vejo uma foto minha da noite anterior, dançando como uma louca com os braços para o alto. Isso me dá raiva. Por acaso ele voltou a me espionar? Mas minha irritação aumenta, quando leio o texto do e-mail.
De: Arthur Aguiar

Data: 21 de julho de 2012 08:31
Para: Lua Blanco

Assunto: Linda quando dança
Gostei de te ver feliz e mais ainda de saber que você está cumprindo o prometido.

Atenciosamente,
Arthur Aguiar (o babaca)

O sangue me sobe à cabeça. Ter consciência de que ele fica me vigiando, de que leu a mensagem em que o insultei e de que não me respondeu — isso tudo me irrita a um ponto indescritível. Por que não me liga? Por que não responde meus e-mails? Por que fica me seguindo?
Penso em responder. Começo a digitar, escrevendo um monte de grosserias. Mas não... me recuso a lhe dar esse gostinho e deleto a mensagem em um só toque. Por fim, desligo o computador e, morrendo de raiva, vou para a cama. Mais uma noite em claro.


 
 
 
 

Capítulo 86:


No sábado à tarde decido sair de novo com meus amigos. Bebemos umas cervejas no bar do Asensio, jantamos numa pizzaria e depois seguimos para a boate Amnesia. Dou uma olhada à procura do detetive que Arthur com certeza pôs na minha cola. Mas, claro, não descubro ninguém. Apenas gente se divertindo como eu.
Quando já faz mais de uma hora que estou lá, Fernando aparece. Olho para ele surpresa e ele sorri para mim.
 
— O que você está fazendo aqui?
— Jerez sem você é muito chato.
Estranhando sua presença, volto a olhar para ele.
— Fernando... você está se iludindo comigo. Nunca menti pra você e... Põe um dedo na minha boca para me fazer ficar quieta.
— Eu sei, mas não consegui me segurar. Vamos... venha ao meu hotel. Temos que conversar.
Me despeço dos meus amigos e de Azu e prometo voltar logo. Sei que voltarei. A conversa que vou ter com Fernando vai ser rápida e na certa não muito agradável.
Quando chegamos ao hotel, podemos sentir a tensão no ambiente. Me recuso a subir até seu quarto. Vamos ao bar e pedimos uma bebida. Conversamos durante uma hora, discutimos, deixamos claros nossos sentimentos. E, quando por fim tudo parece esclarecido e eu me preparo para ir embora, ele me pega pelo braço.
— Me dá uma chance, por favor. Você mesma acabou de dizer que não sabe se quer algo mais. Deixa eu te mostrar de uma vez por todas o que sou capaz de te dar. Você é linda, eu te adoro, sua animação para fazer as coisas me enlouquece, e quero que saiba que eu faria tudo por você.
Preciso de carinho e suas palavras são, nesse momento, um alívio para minhas feridas.
Não posso deixar de pensar no desgraçado safado do meu chefe. Fecho os olhos, e o olhar possessivo e misterioso de Arthur Aguiar aparece. Sem saber por quê, eu beijo Fernando. Eu o beijo com tanto erotismo e vontade que até eu mesma me surpreendo.
Sem hesitar, Fernando me arrasta até o elevador. Sei o que ele quer. Sei aonde me leva e eu deixo. Subimos até seu quarto. Por alguns minutos nos beijamos, enquanto eu o deixo percorrer meu corpo com as mãos. Mas me sinto uma traidora, não consigo parar de pensar em Arthur. Quando ele começa a levantar minha saia jeans até a altura dos quadris, eu suspiro e, para sua surpresa, pego sua mão e o incentivo a me tocar.
Excitado com minha empolgação, Fernando me joga na cama, deita em cima de mim se esfregando. É cauteloso. Sempre foi assim. Seu jeito de fazer amor não tem nada a ver com o de Arthur. No sexo, Fernando é devagar e delicado. Arthur é rude e possessivo.
Dois homens diferentes, com duas formas diferentes de fazer amor.
Meu coração bate com força. Penso em Arthur e isso me excita. Tenho certeza de que, se ele visse o que estou fazendo, ficaria tão excitado quanto eu. Seu jogo se transformou no meu. Neste momento, embora seja Fernando quem me toca, é Arthur quem me possui. Pego o celular e, disfarçadamente, tiro algumas fotos enquanto ele me beija.
Enlouquecido pela minha entrega, ele tira minha calcinha e se surpreende ao me ver de pernas abertas para ele. Sem demora, me lambe e, instantes depois, meu gemido toma conta do quarto enquanto deixo que ele me coma, me chupe, me penetre com seus dedos.
Estou de olhos fechados e sinto o olhar de Arthur. Seus olhos ardentes me censuram, mas ao mesmo tempo são cheios de desejo. Não quero abrir os olhos. Não quero ver Fernando. Quero continuar de olhos fechados e sentir a presença de Arthur sobre mim.
De repente, Fernando para e abro os olhos. Abriu a calça e está colocando um preservativo.
— Tem certeza?
Faço que sim com a cabeça. Não consigo falar.
Ele sorri, mas não diz nada. Instantes depois, com delicadeza, começa a entrar em mim. Um pouco... mais um pouco... mais um pouco, mas a impaciência me domina e sou eu quem vai em sua busca. Pressiono meus quadris e me encaixo nele, desejando que goze em mim. Esse ataque o pega de surpresa. Escuto-o suspirar. Ele me agarra pela cintura e move-se para dentro e para fora. Gosto disso. Isso... continua... continua... mas preciso de mais. Minha vagina se abre para recebê-lo, mas esse pênis não é o que eu desejo. Meus músculos se contraem, à espera de mais profundidade, mais voracidade, mas Fernando, após várias investidas, goza e cai sobre mim.
Fecho os olhos e sinto vontade de chorar. Quero Arthur. Quero fazer sexo com ele e que ele me faça estremecer. O que até um mês atrás era ótimo com Fernando ou qualquer outro homem; agora, depois de Arthur, ficou sem graça e monótono. Preciso de mais, e só Arthur sabe me dar o que quero.
Sinto a cabeça de Fernando em meu pescoço. Ouço-o respirar forte pelo esforço.
Quando se afasta de mim, pergunta se estou bem. Minto e digo que sim. Não quero magoá-lo.
Ele me ajuda a me levantar e vou até o banheiro. Fecho a porta e jogo água no rosto, me olho no espelho e sussurro ao pensar em Arthur:
— O que você fez comigo, seu babaca?
Depois de me lavar, saio do banheiro e encontro Fernando sentado numa cadeira. Nos olhamos.
— Estou indo.
Sua expressão se contrai.
— Não, Lua... fique aqui.
Consciente de que estou me comportando como uma pessoa sem caráter, como uma idiota filha da puta, me aproximo e lhe dou um beijo na boca.
— Por favor, Fernando, continue com sua vida e me deixe continuar com a minha. Nos vemos em Jerez.
Dito isso, me viro e saio. Quando fecho a porta atrás de mim, fecho os olhos e suspiro.
Sinto-me péssima. Ando até o elevador e, já na rua, ligo para minha amiga Azu. Me diz onde estão e eu corro para lá. Preciso encher a cara e esquecer o que acabei de fazer.
 
 

A doença é grave sim, mas ele não corre risco de vida meninas :)
Mesmo longe Arthur está sempre de olho na Lu.
Hellen Lima- O nome do livro é o mesmo que eu tenho como titulo

11 comentários:

  1. Kkk Raquel gostou eim de brincar *-*
    Arthur ta mt estranho :/
    putz Lua jogou baixo agr procurar em Fernando o q tem com Arthur...
    adoreeiiii *--*

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  2. Cada Dia Melhor ! Adorei
    Mais hahah'

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  3. Raquel fafada kkkkkk,Fernando tem que seguir a vida dele e deixar a Lu em paz,Arthur voltaa :(

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  4. Fernando é burro ou o que ? Genteee a Lua não quer nada com ele, sim Arthur óbvio !!
    Posta +++++++
    Ameeii *-*

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  5. Toh curiosa pra saber a doença do Arthur ele vai fala pra lua ? Ou ela vai descobri ? .......********* ... Acho que agora a lua entendeu que só o Arthur tem oq ela tanto quer ... Hahaha ❤✔ amor ah web

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  6. Super curiosa pra saber a doença do thur..posta mais++++

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  7. Amor ele vai contar pra lua sobre a doença?
    A lua vai mandar as fotos pro arthur? O arthur vai voltar logo?!
    Web top, amando posta mais

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  8. A lua vai descobrir a doença ou o arthur vai contar pra ela?
    Quando o arthur volta?
    Posta mais ,pff ,se puder tenta aumentar os numeros de capitulos pff, eu to viciada nessa web

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  9. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  10. Posta maisssss +++++++++++

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  11. Essa Raquel é um pouquinho inocente kkkkkkkk, morri de rir

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