Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 66 e 67

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Capítulo 66:

Dou uma olhada no armário e escolho um conjunto azul com saia e uma camisa aberta. Hoje quero estar sexy para que Arthur sinta vontade de voltar logo ao hotel.
Às oito, alguém toca a campainha do meu quarto e, segundos depois, uma camareira muito gentil deixa um lindo carrinho com o café da manhã e em seguida vai embora.
Quando levanto as tampas das travessas, pulo de felicidade ao ver a quantidade de bolinhos que tenho diante de mim. Pego uma cadeira e me sento. Bebo um pouco de suco de laranja. Hummmm, que delícia! Tomo um café com um minissanduíche. Depois como um pão doce e, quando estou quase atacando uma rosquinha, me controlo e consigo vencer a tentação. Muita comida!
O celular apita. Recebi uma mensagem. Arthur. “8h30 na recepção.”
Que direto!
Nem um simples “Bom dia, pequena”, “Lu” ou o que for.
Mas, sem tempo a perder e ansiosa para vê-lo de novo, pego minha pasta. Enfio nela o notebook e os documentos de ontem. Hoje vamos
a outra sucursal das Astúrias, e só espero que o dia transcorra melhor do que ontem.
Ao chegar à recepção, vejo Arthur apoiado numa mesa Está incrível com seu terno cinzaclaro e sua camisa branca. Noto que seu lindo cabelo ainda está um pouco molhado do banho e estremeço. Teria adorado tomar banho com ele.
Duas mulheres que passam a seu lado se viram e ficam olhando. Normal. É um homem muito atraente. Ao passarem a meu lado, observo suas caras e percebo que estão cochichando. Imagino sobre o que falam. Decidida, caminho em meus saltos altos na direção dele e passo a mão nas suas costas enquanto o observo lendo concentrado o jornal. Quando chego bem à sua frente, eu o cumprimento com voz melosa:
— Bom dia!
Arthur não olha para mim.
— Bom dia, senhorita Blanco.
Mas peraí... voltamos aos malditos sobrenomes?
Não esperava que ele me pegasse em seus braços e sorrisse para mim como se fosse meu namorado. Mas, por favor, um pouco mais de cordialidade após uma noite separados!
Sua indiferença me desconcerta.
Por que não olha para mim?
Mas, sem querer entrar no jogo de gato e rato, continuo a seu lado esperando que decida quando vamos sair. Dou uma olhada no relógio. Oito e meia. Olho para a entrada do hotel e vejo a limusine esperando. Por que continuamos parados aqui? Arthur ignora minha
presença e segue lendo o jornal com expresão tensa. Será que ainda está irritado?
Tenho vontade de perguntar, mas não quero tomar a iniciativa. Não quero dar o primeiro passo.
Não me mexo. Minha respiração mal se ouve. Tenho certeza de que está esperando algum movimento da minha parte para logo soltar suas palavras ácidas.
As pessoas, em sua maioria executivos como nós, passam ao nosso lado. São 8h35.
Me espanta que ainda estejamos aqui, já que Arthur é obcecado com horário. Já são 8h40.
Continua muito calmo, sem se importar com o fato de eu estar parada a seu lado como uma idiota, quando ouço uns saltos acelerados. Amanda, com um blazer e uma saia branca, se aproxima de nós.
Nem olha na minha cara. Só tem olhos para Arthur, a quem se dirige em alemão:
— Desculpa a demora, Arthur. Um probleminha com minha roupa.
Vejo que ele sorri.
Olha para ela, examinando-a de cima a baixo com seus olhos azuis.
— Não se preocupe, Amanda. A demora valeu a pena. Dormiu bem?
Ela sorri.
— Sim — responde, sem se importar com minha presença. — Consegui dormir um pouco.
Disse “Consegui dormir um pouco”? Peraí, o que esses idiotas estão dando a entender?
Ela sorri, toda boba após a farra da noite anterior, e toca na cintura dele. Essa intimidade me incomoda. Acho repugnante. E ao mesmo tempo seus sorrisos me revelam muitas coisas.
Respiro com dificuldade ao me dar conta do que houve entre esses dois, e tenho vontade de gritar e espernear. De repente, Arthur apoia a mão nas costas de Amanda e, tocando rapidamente sua cintura, diz:
— Vamos, o motorista está esperando.
E, sem olhar para mim, começa a caminhar com essa mulher a seu lado e me ignora completamente.
Eu os observo petrificada.

Capitulo 67:

Não sei o que fazer. Um ciúme incontrolável que até então eu não havia sentido se instala no meu estômago, e estou com vontade de pegar o lindo jarro de cima da mesa e quebrar na cabeça dele.
Meu coração está a mil. Sua batida é tão forte que tenho a sensação de que a receção inteira consegue ouvir. Aquilo me humilha, me aborrece, e ele continua impossível.
Idiota!
A frieza de Arthur continua e eu não entendo por quê. Mas não. Não vou aceitar isso. Arthur não me conhece, e ninguém ousa me humilhar dessa forma.
Começo a caminhar atrás deles.
Se esse babaca alemão acha que vou armar um barraco, ele acertou. Não vou deixar por menos! Quando chegamos à limusine, o motorista abre a porta. Amanda entra, em seguida ele entra e, na minha vez de entrar, Arthur faz um gesto com a mão.
— Senhorita Blanco, sente-se na cabine da frente com o motorista, por favor.
Putz! Que golpe desgraçado que ele me dá bem na frente de Amanda.
Mas, surpreendentemente, sorrio com frieza e digo:
— Como o senhor quiser, senhor Aguiar.
Com minha máscara de indiferença, me sento ao lado do motorista. Que cara emburrada eu devo estar fazendo! Por alguns segundos eu os ouço falar e rir atrás de mim até que um ruído metálico soa em meus ouvidos. Com o canto do olho vejo um vidro opaco dividindo a parte de trás e a parte da frente do carro.
Estou furiosa. Irritada. Exasperada.
Não gosto desse joguinho e não entendo por que ele faz isso comigo. Instintivamente cravo as unhas nas palmas das mãos, até que o motorista me pergunta:
— Quer ouvir música, senhorita?
Faço que sim com a cabeça. Não consigo falar nada. Coloco meus óculos escuros e escondo meus olhos. De repente, começa a tocar a música de Dani Martín Mi lamento e eu sinto muita vontade de chorar.
Meus olhos estão ardendo e as lágrimas imploram para sair. Mas não. Não vou chorar.
Engulo as lágrimas e tento curtir a música e a viagem. Chego até a cantarolar.
Durante os 45 minutos do trajeto, minha mente trabalha a toda velocidade. O que aqueles dois estão fazendo ali atrás? Por que Arthur me pediu para sentar na frente? Por que continua chateado comigo? Quando o carro para, desço sem esperar que o motorista abra a porta para mim. Que ele faça isso aos dois lá de trás. Aos patrões.
Assim que desço, sorrio ao ver Santiago Ramos. É o secretário dessa sucursal e entre nós dois sempre rolou uma química. Mas uma química do bem. Decente. O motorista abre a porta, e Arthur e Amanda saem do carro. Não me viro para eles. Me limito a olhar para a frente com meus óculos escuros.
Arthur cumprimenta Gutiérrez, o chefe da sucursal, e o pessoal da diretoria. Apresenta todos eles a Amanda e depois a mim. Com profissionalismo, aperto as mãos deles para depois acompanhá-los até uma sala. Mas agora, em vez de ir atrás de Arthur e Amanda, me demoro para poder cumprimentar Santiago. Damos dois beijinhos e entramos na sala conversando.
Antes de nos sentarmos, umas senhoras nos oferecem café. Aceito com prazer. Preciso de café. Tomo três. Conforme o tempo vai passando, a distância de Arthur e a conversa com Santiago começam a me acalmar. Nesse momento, percebo que Arthur se vira. É só um instante, mas sei que olhou para mim. Me procurou.
Santiago e eu continuamos conversando e nós dois rimos, quando ele conta algumas coisas da filha dele. É um paizão e isso me comove. Dez minutos depois, todos nós passamos à sala de reuniões, nos acomodamos em nossos lugares e, como sempre, Arthur senta à cabeceira da mesa. Amanda fica à sua direita e eu tento me colocar num segundo plano. Não quero olhar para ele. Não sinto vontade.
— Senhorita Blanco — ouço meu chefe me chamar.
Sem hesitar, me levanto e me aproximo dele com profissionalismo.
Seu perfume invade minhas narinas e me desperta mil sensações, mil emoções. Mas consigo manter inabalada a expressão do meu rosto.
— Sente-se na outra ponta da mesa, por favor. De frente para mim.
Eu vou matá-lo... matá-lo e matá-lo.
Não quero olhar para ele, nem quero que olhe para mim.
Mas, disposta a ser a secretária perfeita, pego meu notebook e me sento onde ele indica. Do outro lado da mesa, de frente para ele.
A reunião começa e eu fico atenta a tudo que falam. Não olho para ele e acho que ele também não está me olhando. Estou com o notebook aberto diante de mim e temo receber alguma mensagem de Arthur. Por sorte, não chega nenhuma. À uma da tarde, a reunião é interrompida. Hora do almoço. O chefe da sucursal reservou mesa num hotel próximo, e Santiago me convida para ir no carro dele. Aceito.

16 comentários:

  1. Aff eu vou matar o Arthur e essa Amanda,por favor posta mais hoje!?

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  2. A primeiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa , estou amandooooo

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  3. Ahhhh q raiva dessa tal Amanda! ...prevejo uma pontinha de ciúmes do Arthur pela Lua está muito ``íntima``com o Santiago ....by: Annye

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  4. Isso luh seja forte e não resista a tentação do demonio kkkkkkkkkkk...
    Muito foda a sua web amando ela ������

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  5. Aiii que raiva desses dois !!
    Lu não merece isso
    Posta ++++++
    Ameeii *-*

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  6. Arthur ta ficando doido ou quer aparecer? --'
    essa Amanda ñ passa de uma vadia pra mim -.-
    hmm Santiago é enviado por Deus kkk
    adoreeii

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Tadinha de Lua Arthur só humilha ela... Revoltada! !!adoreiii!! Posta maissssss

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  9. Amanda vaca , lua parte pra outra arthur só te humilha ;(

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  10. A Lua podia passar mal né..ai o Santiago levaria ela pro hospital sem o Arthur saber,ai ele ficaria preocupado com ela e tal..e ai seria a hora dela ignora-lo,ou n sei lá..kkkk Inventa algo pra ela dar o troco..kk

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  11. Lua pega o Santiago, fica com ele. Se o Arthur pode você tbm pode. Não seja burra, o Arthur ta muito chato affs

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