Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 39, 40 e 41

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 Capítulo 39:
A lavadora começa a funcionar e dez minutos depois eu continuo olhando o tambor da roupa dando voltas tão depressa quanto minha cabeça. Minha respiração se acelera e eu grito de frustração:
— Te odeio, Arthur Aguiar.
Volto pro meu quarto. Torno a abrir a gaveta e olho para o vibrador com controle remoto que ele usou comigo.
Meu corpo me implora para que eu brinque de novo com esse aparelhinho.
Me recuso a ceder à tentação!
Até eu usei a palavra “brincar”. Por fim, incapaz de tirar Arthur da minha cabeça, e muito menos do meu sexo, tiro a calça e a calcinha e sento na cama com o vibrador nas mãos.
Mexo no controle, ligo a potência 1 e a vibração começa.
Depois a 2, a 3, a 4 e a máxima de 5.
Movo o vibrador em minhas mãos enquanto minha vagina e principalmente meu clitóris imploram para receber o toque do aparelho. Deito na cama. Desligo o vibrador e fico me roçando nele. Estou tão molhada que me surpreendo. Arthur!
O pequeno vibrador desliza em mim. Estou úmida e com as pernas abertas. Pronta para recebê-lo. Ligo a potência 1. A vibração começa e eu fecho os olhos. Aumento para a 2. Com meus dedos, abro os lábios vaginais e deixo que o aparelho massageie a área ao redor do clitóris. Um calor irresistível toma conta de mim e eu começo a gemer.
Retiro o vibrador e junto os joelhos. Estou ardendo de desejo. Mas quero mais. Arthur!
Separo de novo as pernas. Ligo o vibrador na potência 3 e o coloco bem na região em que o prazer está prestes a explodir. Penso em Arthur. Em seus olhos. Em sua boca. No jeito como me toca. Volto a fechar os olhos e penso na gravação a que assisti. Me excita lembrar a expressão de seu rosto, seu gesto, enquanto aquela mulher me possuía.
Pensar de novo no que senti naquela tarde faz minha respiração acelerar. Aquilo foi a coisa mais insana que já me aconteceu na vida. Eu, de pernas abertas em uma cama, enquanto uma desconhecida me chupava, eu me oferecendo toda e ele me olhando. Arthur!
Estou ardendo de desejo. Muito desejo. Coloco o vibrador na potência 4. O calor fica insuportável. A vontade incontrolável de gozar começa a aflorar dentro de mim. O ardor vai subindo pelo meu corpo enquanto sinto que vou explodir e minha cabeça imagina todo tipo de brincadeira com ele. Arthur!
Fico me contorcendo na cama. Chego ao clímax e ouço meus próprios gemidos.
Combustão. Suspiro aliviada e me convulsiono na cama. Abro os olhos, enquanto o calor vai se apoderando de mim, e sinto o pequeno vibrador encharcando meus dedos. Fecho as pernas com força e me deixo levar pelo momento. Ao mesmo tempo, sinto milhares de sensações novas e todas maravilhosas. Calor. Excitação. Fervor. Entusiasmo. Só falta Arthur!
Cinco minutos depois e com a respiração normalizada, me sento na cama. Olho com curiosidade aquele aparelhinho e sorrio. Ainda que eu nunca vá admitir, pensei nele. Em Arthur!
Às sete e meia, Fernando chega à minha casa. Como sempre, está feliz e sorridente.
Dá um selinho nos meus lábios e eu permito. É um amor. Às oito, chegamos ao barzinho onde marquei com meus amigos de ver a final Espanha-Itália. Temos que ganhar. O grupo se junta à gente, e eu começo a cantar e a me divertir como uma louca com minha bandeira da seleção espanhola no pescoço e as cores vermelho-amarelo-vermelho pintadas no meu rosto.
Aparece Nacho, um amigo tatuador. É meu confidente. Temos uma amizade muito especial e contamos tudo um ao outro. Quando vê Fernando, Nacho ri. Sabe da relação que tenho com ele e acha isso tudo engraçado. Não entende como Fernando ainda corre atrás de mim depois de todos os foras que já dei a ele.
Às 20h45, a partida começa. Estamos nervosos. O título está em jogo. Vamos, Espanha!
Aos 14 minutos do primeiro tempo, Silva mete um golaço que nos faz pular de emoção. Fernando me abraça e eu o abraço. Estamos felizes. A Itália reage mas Jordi Alba, aos 41, mete outro golaço que nos faz gritar enlouquecidos. Fernando me beija no pescoço e eu, feliz, permito. Chega o intervalo, e Fernando me segura pela cintura.
O segundo tempo começa e eu grito para que coloquem Torres.
Coloquem El Niño!
E, quando vejo que o técnico Del Bosque o chama para o campo, grito, aplaudo e pulo feliz da vida! Fernando aproveita a situação e me puxa para sentar no seu colo. Eu me deixo guiar por ele. Mas minha alegria se completa quando, na segunda metade do segundo tempo, Torres, meu querido Torres, faz o terceiro gol.
Isso, garoto! Isso...!
Fernando, ao me ver tão envolvida com o jogo, me aperta entre seus braços e, de felicidade, me rouba um demorado beijo de vitória. Depois me solta e, quando, nos minutos finais, Mata faz um golaço após um passe do meu Torres, quase morro de alegria! E desta vez sou eu quem se lança em seus braços e o beija com fúria espanhola.
Quando a partida termina, meus amigos e eu brindamos ao título. Fernando não desgruda e, num momento de confusão, entramos no banheiro masculino. Por alguns minutos deixo que me beije e me toque. Preciso disso. Suas mãos percorrem meu corpo e, caramba!, não consigo tirar meu chefe da cabeça. De repente, Fernando não existe. Só Arthur!
Gostaria que ele fosse possessivo e provocativo, mas Fernando é tudo menos isso. No fim das contas, consigo tirá-lo do banheiro sem terminarmos o que estávamos fazendo.
Está irritado, mas nem assim ele me deixa excitada. Quando me chama pra ir a seu hotel e recuso o convite, ele vai embora e, sinceramente, fico aliviada com isso. Ao chegar em casa, por volta das três da manhã, me jogo na cama e sorrio ao pensar que somos campeões!
Eu me nego a pensar em qualquer outra coisa.


Capítulo 40:
Às sete e meia da manhã de segunda-feira, estou de pé. Trampo está calmo. Dou seu remédio e sua comida. Em seguida entro no chuveiro. Dez minutos depois, saio, me visto e ponho maquiagem.
Às oito e meia, chego ao escritório. No elevador esbarro em Miguel e nos damos parabéns pelo título da Eurocopa. Estamos emocionados. Falamos sobre nosso fim de semana e, como sempre, terminamos em gargalhadas. Subimos até a cafeteria e ali trocamos abraços com outros colegas pela vitória de ontem.
Depois nos sentamos para tomar o café da manhã. Dez minutos depois, o biscoitinho que eu segurava cai das minhas mãos, quando vejo Arthur entrar com minha chefe e outros dois diretores.
Está incrível em seu terno escuro e sua camisa clara. Sua expressão séria indica que está falando de trabalho, mas, quando chegam ao balcão e pedem seus cafés, ele me vê.
Eu continuo falando, aproveitando a companhia dos meus colegas, ainda que, olhando de canto de olho, eu consiga vê-los sentando-se numa mesa afastada da nossa. Arthur se acomoda na cadeira que fica diante de mim. Me olha e eu o olho de volta. Nossos olhares se encontram durante uma fração de segundo e, como era de se esperar, meu corpo reage.
— Que saco! Os chefes já chegaram — diz Miguel. — Aliás, me disseram que outro dia você e o novo chefão ficaram presos no elevador.
— Pois é. Nós e algumas outras pessoas — respondo sem muita vontade. Mas, interessada em saber mais sobre o chefão, pergunto: — Vem cá, você que era secretário do pai dele, ele morreu de quê?
Miguel olha com curiosidade na direção da mesa do fundo.
— Na verdade ele era um homem estranho e muito calado. Morreu de ataque cardíaco.
— E, ao ver minha chefe rir, sussurra: — Pelo visto, nossa chefe gosta do novo chefão. É só ver como ela ri e mexe no cabelo.
Sem conseguir evitar, olho para a mesa dele e, de novo, meus olhos cruzam com o olhar gélido de Arthur.
— O senhor Aguiar tinha outros filhos?
— Sim. Mas só o Iceman está vivo.
— Iceman?!
Miguel ri e cochicha:
— Arthur Aguiar é o Iceman. O homem de gelo. Não reparou na cara emburrada que ele tem? — Isso me faz rir e Miguel acrescenta: — Pelo que a chefe me disse, ele é duro na queda. Pior que o pai.
Não me admira que seja assim. Dizem que a cara é o espelho da alma, e a cara de Arthur é de desespero contínuo. Mas o apelidinho me agradou. Ainda assim, quero saber:
— Por que você disse que ele é o único que está vivo?
— Tinha uma irmã, mas morreu há uns dois anos.
— O que houve com ela?
— Não sei, Lua... O senhor Aguiar nunca falava disso. Só sei que morreu porque um dia ele me disse que tinha que ir à Alemanha para o enterro da filha.
Saber disso me dá pena. Duas mortes em tão curto espaço de tempo deve ser muito doloroso.
— O senhor Aguiar estava separado da mulher — continua Miguel. — Iceman e ele não tinham uma boa relação, por isso o novo chefão nunca vinha à Espanha.
Esses novos dados me inquietam. Quero saber mais, então pergunto:
— E por que não tinham boa relação?
— Não sei, lindinha — responde Miguel, enquanto ajeita uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — O senhor Aguiar era muito reservado em relação à vida particular dele. Aliás, quando você vai sair comigo?
Escutar isso me faz sorrir. Apoio os cotovelos sobre a mesa e, com minha cabeça entre as mãos, respondo, encarando-o:
— Acho que nunca. Não gosto de misturar trabalho e prazer.
Minha resposta carregada de uma ironia que ele não entende me diverte. Miguel chega mais perto e murmura:
— Quando você fala em praze a que tipo se refere?
Sem me mover um milímetro sequer, respondo:
— Deixa eu te explicar, seu metido. Você é o docinho que todas as garotas do escritório gostariam de comer e eu sou uma mulher muito ciumenta e não gosto de compartilhar. Então, vá procurar outra, porque comigo você não tem a menor chance.
— Hummmmm... Adoro as difíceis!
Seu comentário me faz soltar uma gargalhada, e em seguida Miguel faz o mesmo. De repente, vejo Arthur se levantar e sair da cafeteria. Enfim respiro. Não tê-lo por perto é um alívio para mim. Dez minutos depois, meu colega e eu voltamos pros nossos lugares.


Capítulo 41:
Quando chego à minha mesa, vejo que a porta da sala do chefão está aberta. Droga.
Não quero vê-lo. Sento e de repente o celular apita e eu leio: “Paquerando em horário de trabalho?”
Isso me incomoda, mas acabo sorrindo.
No fundo, o humor de Arthur me diverte. Não pretendo responder, mas, como sempre faço quando estou nervosa, começo a coçar o pescoço. Meu celular apita novamente e eu leio: “Pare de se coçar, senão as brotoejas vão aumentar.”
Ele está me observando. Olho na direção da sua sala e o vejo sentado na mesa que foi do pai. Sente-se poderoso. Está me provocando, mas não vou cair no seu jogo. Aperto os olhos, irritada. Faço uma cara de poucos amigos e, surpreendentemente, ele curva os lábios enquanto segura uma risada.
De repente minha chefe aparece e diz, atrapalhando nosso campo de visão:
— Lua, se alguém me ligar, passe a ligação para a sala do senhor Aguiar.
Sem abrir a boca, concordo com a cabeça. Minha chefe, rebolando os quadris, entra na sala de Arthur e fecha a porta. Começo a trabalhar e, no meio da manhã, a porta da sala se abre. Vejo minha chefe sair com uma pasta nas mãos.
— Lua — diz. — Vou me ausentar do escritório por uma hora. Se o senhor Aguiar precisar de qualquer coisa, resolva pra ele. — Logo se vira para Miguel e acrescenta: — Venha comigo.
Meu colega sorri e eu também. Ai, ai...!
Se eles soubessem que estou sabendo de tudo...
Quando somem da sala, o telefone interno toca. Me irrito ao saber que é ele. Acabo atendendo.
— Senhorita Blanco, pode vir aqui na minha sala, por favor?
Fico tentada a dizer que não. Mas isso não seria profissional e eu, antes de tudo, sou uma profissional.
— Agora mesmo, senhor Aguiar.
Levanto, entro na sala dele e pergunto:
— O que deseja, senhor Aguiar?
Vejo que apoia a cabeça no encosto alto da cadeira de couro preta.
— Feche a porta, por favor — responde, olhando para mim.
Suspiro e sinto que minha pele começa a arder. Meu maldito pescoço vai me denunciar e isso me incomoda. Mas obedeço e fecho a porta.
— Parabéns. Vocês ganharam a Eurocopa!
— Obrigada, senhor.
O silêncio entre nós dois fica insuportável.
— A noite foi boa? — acrescenta.
Não respondo.
— Quem era o cara que você beijou e com quem passou 17 minutos dentro do banheiro masculino? — pergunta.
Boquiaberta, continuo olhando para ele.
— Te fiz uma pergunta — insiste. — Quem era?
Enfurecida com o que acabo de ouvir, sinto vontade de pegar a caneta que está comigo e enfiar no crânio dele, mas a seguro com força e respondo, enquanto contenho meus impulsos assassinos:
— Isso não lhe diz respeito, senhor Aguiar.
Inacreditável. Ele estava me espionando? Me sinto invadida.
— O que há entre você e o namoradinho da sua chefe? — prossegue.
Olha a que ponto chegamos! Pisco os olhos e respondo:
— Veja bem, senhor Aguiar, não quero ser desagradável, mas nada do que o senhor me pergunta é da sua conta. Então, se o senhor não deseja mais nada, voltarei à minha mesa.
Irritada e sem lhe dar tempo de dizer qualquer coisa, saio da sala e bato a porta.
Quem ele pensa que é? Assim que me sento, o telefone interno toca outra vez. Reclamo mas atendo.
— Senhorita Blanco, venha à minha sala. Já!
Sua voz soa enfurecida, mas eu também estou assim. Desligo e, contrariada, entro de novo disposta a mandá-lo à merda.
— Traga-me um cafezinho.
Saio da sala. Vou à cafeteria e, quando volto, deixo o café em cima da mesa.
— Não tomo com açúcar. Traga adoçante.
Repito o percurso, xingando todas as gerações da família de Arthur, e, quando volto com o maldito adoçante, entrego a ele.
— Coloque meio envelopinho no café e mexa.
Como assim? Ele quer que eu misture seu maldito café?
Aquela ordem me deixa indignada. Ele não para de me olhar, e a sua expressão de superioridade me tira do sério. Que alemão idiota! Sinto vontade de jogar o café na cara dele, mandá-lo plantar batata, mas no fim das contas faço o que ele pede sem contestar.
Quando termino, deixo o café na sua frente e me viro para sair da sala.
— Não saia, senhorita Blanco.








Últimos de hoje!!!


Aqui está o prometido
Arthur abusado kkkkkkkkkkkkk

9 comentários:

  1. Ri muiito !!
    Arthur não presta kkkkk
    Posta +++++++
    Ameeii *-*

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  2. Arthur abusado mesmo kkkkkk,o que mais vai acontecer nessa sala?! Aaah,que curiosidadee.Por favor posta mais amanha de manha

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  3. Adorandooo posta maissss!!!

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  4. Era pra Itália ter ganhado ❤❤, continua ta mara

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  5. Hahahahaha ciúmes do thur amo isso !! Tá perfeira

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  6. Ahhh migué homem já quer saber do mapa é??kkkkkk Lua tá lascada kkkkkk

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  7. rir muito amooooo essa web <3

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