"É Estranho. Mas é do nosso jeito" - 2ª Temporada - 5º Capítulo

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Arthur seguia, cuidadosamente, todos os passos indicados por Daniel. Ele arrumava a casa, tentava não chegar tarde, contemplava os desejos de Lua e… só faltava uma coisa. Uma verdadeira surpresa. Algo que Lua nunca iria esquecer. Algo romantico. Algo diferente e bem criativo. Quem sabe um jantar, ou uma serenata… ou quem sabe um pedido de casamento.
Lua tinha que confessar. Ver o seu namorado cozinhar era algo que ela nunca esperava ver. Ver ele tão empenhado nas tarefas domesticas, muito menos. Arthur realmente estava um pouco mudado. Ele realmente estava se esforçando, mas será o suficiente?

Lua foi à casa do seu pai. Sentiu saudades dos tempos em que passavam tardes na sala a conversar sobre este e aquele assunto. Naquela tarde não estava ninguém na casa dele e os dois poderam conversar sem grandes problemas.

- E você e o Arthur? Como estão? – perguntou o pai dela. Ele sabia perfeitamente que o casal não ia bem pois no último jantar, em que tiveram todos lá em casa, Arthur e Lua não se mostraram muito unidos.
- Na mesma.
- Mas ele tem te maltratado?
- Não. muito pelo contrário. O Arthur tem sido um anjo de pessoa.
- Então?
- Então que eu tenho medo de magoar de novo. O que ele fez me marcou muito.
- Mas você sabe que ele não fez por querer. Nestes três anos vocês nunca tiveram uma discussão tão séria quanto essa.
- Nós tivemos várias discussões mas em nenhuma ele saiu de casa.
- Ele saiu em trabalho.
- Mas não me contactou nem uma vez! – ela se exaltou um pouco
- Mas você não foi melhor, em não ter contado ao rapaz que ele ia ser pai.
- Acho que ele nem sabe que vai ser pai.
- Como assim?
- Longa história. Não quero falar disso.
- Mas você já não gosta dele?
- Eu amo! Eu mais que amo ele. Mas ele está outra pessoa. Desde que se tornou mais responsável, se tornou também mais chato. Está parecendo o pai dele.
- Responsabilidades fazem parte do crescimento.
- Mas eu quero o meu Arthur de volta! – ela pediu.

O pai de Lua suspirou. Ele não podia fazer nada para que as coisas voltassem a ser como de antes. A única coisa que podia fazer era acalmar a filha.

Enquanto isso, em casa, Arthur pesquisava na internet formas de surpreender a namorada. Ele sabia de tudo o que ela gostava, e isso ajudava imenso.
Viu as coisas que tinha a comprar e saiu imediatamente. Enquanto isso, rezava para que ela demorasse mais um pouco na casa do pai.
Arthur estava confiante de que todo este esforço ia dar certo e de que, finalmente, os dois iam poder fazer as pazes.

Enquanto isso, no apartamento vizinho, Lua e os seus desejos atacavam.

- Preciso de ir para casa.
- Mas já? – o pai dela se levantou ao mesmo tempo que a filha
- Sim. O meu bebé está atacando de novo. – ela colocou a mão na barriga e riu
- Não vejo a hora dessa garotinha nascer
- Pai, eu tenho a certeza que será um menino
- E como tem a certeza?
- As mulheres têm um 6º sentido que os homens não têm.
- Pois vamos então apostar!
- O quê? – Lua quase sofreu um ataque – Apostar sobre o meu bebé? Nem pensar! – ela bateu o pé – Eu tenho de ir para casa. Quero comer banana com nutella. E quem sabe um sorvete. Ou então… salgadinhos. E quem sabe tudo junto.
- Temos tudo em casa. Os miudos adoram nutella e sorvete. Vamos até à cozinha. – o pai dela a guiou em direção à cozinha. – Quem trata dos seus desejos lá em casa?
- O Arthur. Ele tem uma paciência de anjo. Nunca vi.
- Ele ama você.
- É… eu sei. – Lua suspirou e abriu a geladeira.

Em casa, Arthur preparava a mesa. Passou no take away para comprar algo feito e bem leve para o jantar e depois seguiu todos os passos para arranjar a surpresa para Lua.
Arthur optou o suco natural pelo vinho, visto que Lua não podia beber; o frito pelo assado; e o chocolate branco pelo normal, visto que Lua enjoo o primeiro. E claro, flores. As flores eram essenciais.
O passo seguinte foi tomar banho e ficar bem cheiroso para a sua namorada. Iria usar o novo perfume que Anna insistiu tanto em ele comprar em Londres e deixou o cabelo levemente bagunçado tal como Lua gosta de ver.



A campainha tocou. O coração do rapaz, que estava no interior do apartamento, acelerou de um jeito indiscritivel. Antes de ir até à porta, passou pelo espelho do hall da entrada para ver a sua aparência; secou as mãos que estavam transpiradas devido ao nervosismo e pegou as flores.

- É agora. – sussurrou ele, abrindo de imediato a porta.
- Esqueci as chaves… - ela ainda tinha a bolsa aberta e procurava realmente o seu chaveiro das chaves. Mas parou automaticamente quando viu Arthur com as flores brancas na mão.
- Para você! – ele sorriu e as entregou delicadamente. Lua estava estupefacta com todo aquele romantismo, mas as aceitou e entrou em casa.
- Eu faço anos?
- Não. Mas me faz feliz, serve?
- Para quê tudo isso?
- Não posso te fazer surpresas?
- Pode… mas… parece que não me encontro a modos, como você. – Lua olhou Arthur de cima a baixo. Ele usava roupa em tons de azul e branco, que lhe acertava tão bem.
- Quer trocar de roupa? Eu acho que você está bem assim, mas…
- Sim, eu quero. – ela sorriu. Atravessou o corredor e quis espreitar a cozinha. Imediatamente Arthur tapou a visão dela.
- Perdeu alguma coisa aqui? – ambos riram.

Lua se encaminhou para o quarto e separou um vestido bonito para o jantar desta noite. Aproveitou para combiná-lo com os seus novos sapatos altos. Se encaminhou para o banheiro e deu de caras com Arthur na porta do banheiro.

- Já tomou banho?
- Sim… tomei antes de você chegar.
- Que pena. – Lua piscou para Arthur e entrou no banheiro.
- Que… pena? – ele sussurrou e seus neurónios começaram a trabalhar de imediato. Não pensou duas vezes e entrou no banheiro bem rápido.

Lua despia a sua roupa enquanto a água já aquecia. Desatou o seu cabelo sensualmente, tanto, que fez Arthur se encostar na porta por livre e espontânea vontade. Os olhos de Arthur passeavam desde a ponta dos cabelos de Lua, passando pelas suas costas, bunda, boxas até chegar aos seus pés já descalços. Antes de entrar na box, para tomar banho, Lua lançou um olhar a Arthur que rapidamente o jovem entendeu por: “Jura que vai ficar aí?”.
Arthur tirou as suas roupas bem rápido e entrou no banheiro. Estavam ambos sem roupa, um à frente do outro, sem se importarem com olhos maliciosos de ambas as partes. Afinal, não era a primeira vez nem seria a última.
Algo despertou em Lua. um desejo, um sufoco por não o ter em suas mãos à muito tempo. Talvez fosse da gravidez ou talvez fossem mesmo saudades. Ela só queria ele. Queria tê-lo ali, nem que fosse a última coisa que fizesse naquele momento.
Arthur não aguentou a distância e juntou o seu corpo ao dela. Por enquanto, as suas mãos estavam bem comportadas. Estavam sobre a cintura da jovem, enquanto as dela estavam expostas na nuca dele. Os rostos estavam bem próximos e ambos já sentiam o vapor da água quente.

- Isto me faz lembrar os bons tempos na piscina do colégio.

Flash back on

“A piscina estava diferente. À sua volta não havia ninguém, pelo menos eu não via ninguém. Estava silenciosa. A água estava coberta de folhas, coisa que nunca antes eu tinha observado e admirado. Eu não gostava de flores, mas estas tinham um brilho especial quando estavam mergulhadas nessa água.

- Acho que quando estamos aqui, tudo fica diferente. – Arthur chegou por trás de mim e colocou as mãos à volta da minha cintura. Eu me assustei e arrepiei com o seu toque – Lembra da última vez que estivemos aqui? Foi tão legal.
- Lembro. Você não era tão idiota.
- Confesse os seus sentimentos!
- Está maluco? – rapidamente, dei a volta a ele e fiz com que tirasse as mãos de mim.
- Eu não. E você?
(…)
- Me deixa em paz! – virei as costas – Vai lá com a Pérola, vai lá!
- Não, você é mais bonita! – ele me segurou forte, deixou a minha mala cair no chão e caímos os dois na piscina.

Fomos ao fundo juntos e voltamos. Quando chegamos ao cimo da água, eu estava com pétalas de rosas no cabelo e uma inclusive no rosto. Arthur afastou-a e deu uma gargalhada gostosa. Eu ri junto mas me afastei.

- Volta aqui. – ele me segurou pelos braços novamente e juntou os nossos corpos. Eu ri dele e baixei ligeiramente o rosto – O que foi?
- O teu sorriso… - disse eu, passando as mãos pelos lábios dele – Tão lindo.
- Eu sei. – ele riu e eu dei um tapa no seu rosto
- Quando temos água entre nós, tudo se torna mais bonito, né?
- É. Eu não sei que mágica é essa… mas mesmo que eu queira muito ir embora, a verdade é que eu não consigo.
- Isso é porque me ama. – estávamos quase abraçados no meio da piscina
- Você diz isso como se fosse a coisa mais legal do mundo. – cruzei os braços
- Amar?
- Sim
- Mas amar é bom”

Flash Back off

- Nessa época eramos tão felizes. – ela suspirou.

Notas finais:
- Amanhã eu faço a continuação, ok? Será que é desta que o casal se resolve?

10 comentários:

  1. será que é desta que eles se acertam?

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  2. ++++++++++++++++++++++++++++++

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  3. eles estavam morrendo de saudades um do outro

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  4. Lua e os hormonios. ele tá se esforçando, mas será que já conseguiu ou precisa de mais empenho???
    amando a web de montão

    Ana

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  5. Tem que se resolver pra curti a gravidez do baby

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  6. Eles tem que se revolver, o Arthur tem que saber que é o pai e é claro continuar mimando a Lua

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