"É Estranho. Mas é do nosso jeito" - 2ª Temporada - 8º Capítulo

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P.O.V.’s Narrador

Depois de Lua voltar a casa, após o pedido de casamento falhado, as coisas estavam mais calmas. Apesar de não dormirem ainda na mesma cama, Lua pretendia resolver as coisas com o namoro.
Arthur se mostrava empenhado em ajudar Lua, tanto nas tarefas de casa como nas idas às compras, bem como nos pedidos de comidas estranhas.
Ambos têm evitado falar sobre o sucedido, mas a verdade é que tinham de falar. Era necessário. Caso contrário, iam fingir que nem mais namorados eram.

Lua esperava Arthur para jantar. Ela tinha feito lasanha vegetariana, que era algo que lhe chamava à atenção, apesar dela nunca ter provado.
Enquanto Arthur não chegava, ela lia o plano do seu programa para apresentar no dia seguinte.
A porta abriu devagar e Lua escutou o barulho de uma pasta ser jogado no chão. Arthur entrou e fechou a porta atrás de si. A primeira coisa foi beijar Lua na testa e espreitar o forno.

- Desculpa a demora.
- Tudo bem. – Lua suspirou, mais uma vez, e se levantou da mesa para tira o jantar. Mas nem foi preciso, Arthur já o estava fazendo. – Amanhã eu vou a uma consulta de rotina e queria saber se você quer ir.
- Vamos ver o sexo do bebé?
- Não sei se já dá para ver. Mas espero que sim.
- Eu acho que a sua barriga cresceu.
- Acha? – os olhos de Lua brilharam. Era a primeira vez que alguém confessava algo assim
- Sim. Eu noto ela maior. – Arthur deu um sorriso de lado e colocou os pratos na mesa – A que horas é a consulta?
- Acho que é à tarde. Ainda tenho de perguntar ao Diogo.
- O quê? – Arthur ficou um pouco chocado – Como assim a ele? Ele vai?
- Não. Mas o irmão dele é médico e a consulta será com ele.
- Não tinha outro médico?
- Tinha. Mas eu confio mais nele.
- Eu não sei. – Arthur, por um segundo, cruzou os braços
- Mas eu sei. – Lua provou a comida e notou que podia ter deitado mais sal – Eu estou te dando uma chance de melhorar as coisas… sabe… a sua desconfiança, e aquela nossa última… discussão. Eu quero colocar um ponto final nas discussões. Chega de estragarmos o nosso namoro desse jeito.
- Quer dizer que continuamos juntos? – Arthur chegou a cadeira para mais perto de Lua, para assim lhe tocar o rosto com a mão.
- Claro que sim. – Lua deitou a cabeça sobre a mão dele – Mas com algumas condições. Eu quero que confie em mim.
- Eu confio.
- Não minta. – Lua tirou a mão dele do seu rosto – Você me acusou de traição. Você disse que este filho não era seu.
- Mas é o que aparentava ser…
- E o que é que conta? Uma mera probabilidade ou a minha palavra?
- Eu tenho ciumes, ok? Eu detesto aquele Diogo, detesto!
- O Diogo tem sido tão meu amigo. Você não devia odiá-lo.
- Eu o odeio sim! Porque eu tenho a certeza que enquanto eu estava fora, ele tentou tirar o meu lugar.

Flash back on.

Arthur tinha viajado à três semanas e só havia ligado duas vezes. Lua começava a se irritar, até que um dia, aproveitou a sexta feira à noite, depois do trabalho, para ir tomar uns copos com uns amigos.
Essa noite acabou na casa do Diogo. A verdade é que não fizeram nada de mais. Lua não se encontrava no melhor estado para ir para casa dirigindo, e Diogo ofereceu o quarto vago da casa dele para Lua ficar. Ela aceitou.

- E o Arthur?
- Esse? Eu sei lá! A culpa de eu estar assim, é dele!
- Sinceramente. O que ele tem na cabeça?
- Eu é que sei?
- Namorado que é namorado, não deixa a namorada sozinha durante tanto tempo.
- E não é que eu concordo com você? – Lua desatou às gargalhadas. Mas segundos depois, se encontrava num estado melancólico – Eu sinto saudades dele.
- Do Arthur?
- De quem mais?
- De mim.
- Mas você está aqui
- E amanhã? Você vai sentir saudades?
- De você?
- Sim.
- Eu não sei.
- Pode me ligar. Pode vir cá passar a noite. Pode me convidar para jantar na sua casa. Podemos beber uma garrafa inteira de vinho ou vodka ou o que você entender. Podemos assistir um filme juntos. Você pode adormecer no meu ombro ou simplesmente me convidar para passar a noite na sua casa.
- Diogo. – Lua gargalhou. Estavam os dois totalmente perdidos.
- Estou falando a sério. Esse cara não te ama.
- Mas eu amo ele.
- Eu te amaria mais. Me deixa provar.
- Não. – Lua o empurrou de leve – Neste momento, eu estou com o Arthur. E não vai acontecer nada entre a gente até o Arthur chegar.
- E depois dele chegar?
- Depois dele chegar? Bom, haverá uma grande confusão.
- Porquê?
- Porque eu estou grávida! – Lua confessou.

Flash back off.

- O Diogo sempre me respeitou. – disse Lua, depois de grandes lembranças. – Ele nunca tentou nada. Quando eu dizia não, ele entendia esse não. Nunca tentou me desrespeitar.
- Eu vou tentar controlar os meus ciúmes.
- Bom, agora eu vou ligar a ele.
- Ele?
- O Diogo.
- Porquê?
- Esqueceu? A consulta! – Lua riu e levantou da mesa.

(…)


Dentro do consultório, o Dr. Analisou Lua e depois Arthur conseguiu entrar também para saber como estava ela e o bebé.
Lua estava receosa/ansiosa com as palavras que podiam sair da boca do médico. Tanto podiam ser boas, como más. A maior preocupação de Lua, era se o bebé tivesse algum problema que ela não tivesse antes notado. Preocupações de mãe.

- O bebé está bem. Receio que seja menina, porque as meninas são sempre mais difíceis de descobrir. Já começou a sentir os chutes do bebé?
- Ainda não.
- Bom, depende sempre de mulher para mulher. Não tarde, irá começar a sentir. Está de quatro meses, perto de cinco. Os cabelos do bebé estão começando a crescer. Ele mantém os olhos fechados e já é sensível ao toque.
- E quanto a mim? Quando é que a barriga irá crescer?
- Bom, realmente em você ainda não se nota muito. Talvez os mais chegados notem a diferença. – nesse momento, Lua olhou para o Arthur que foi o único que falou nesse detalhe – O seu abdómen está a crescer com rapidez e é normal sentir algumas dores.
- E a irritação dela? – perguntou Arthur
- Está se queixando? – Lua o encarou
- Se acalme – o médico riu – A irritação vai abrandar muito, assim como os enjoos. Tem dificuldades para dormir?
- Ainda não.
- Bom, se tiver, tente se deitar de lado, de preferência para o lado esquerdo. Coloque alguns travesseiros. O marido não se vai importar, com certeza.
- Não. – Arthur riu. Talvez ele tenha rido mais da expressão “marido” e não do facto dele se importar com a muralha a separar os dois. Até porque, até agora, Lua e Arthur não dormem juntos.

(…)

- Eu queria tanto um pizza.
- Mas agora? – Arthur se queixou – Estou atrasado para o trabalho.
- Tudo bem. – Lua suspirou. Era daqueles dias em que ela trocava o celular por uma pizza.

Arthur deixou Lua em casa. Ela aproveitou para contar as novidades ao seu pai, bem como à Bela e à Luísa.
Ela estava de toalha enrolada no corpo, após um banho, quando tocaram à campainha.
Um homem com boné vermelho estava do outro lado, com uma baixa quadrada bem grande. Lua sem entender, pegou a caixa e estranhou o facto de não ter de pagar nada. Se encaminhou para a cozinha, e percebeu que a surpresa tinha sido de Arthur.


Notas finais:
- ALÔ BRASIL! Sentiram a minha falta? asdfgh amanhã tento postar mais, ok?

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