P.O.V.'s Narrador
Depois daquela discussão, mais uma vez, Lua ficou meia perdida. Odiava discutir desta maneira, e tinha a certeza que desta vez fazer as pazes não ia ser tão fácil.
Não mesmo, depois de Arhur saber que ela foi para a casa de Diogo. Neste momento, era o lugar em que ela talvez conseguisse se sentir melhor.
Diogo estava cochilando no sofá, até a campainha tocar. Olhou para tv, ainda acessa, e viu que o filme que tinha colocado play ainda continuava a dar. Deu pausa. Andou até à porta, enquanto tentava colocar o seu cabelo direito e pensando ainda em que estaria do outro lado. Olhou pelo olho mágico e se surpreendeu. Abriu logo a porta sem pensar duas vezes.
- Lua?
- Diogo! – Lua deu dois passos apressados e abriu os braços a Diogo. Os dois se abraçaram e Lua logo começou a chorar.
Sem ela dizer mais nada, Diogo a puxou para dentro e fechou a porta atrás dos dois. Andaram até ao sofá e lá se sentaram. Na verdade, Diogo se sentou e Lua deitou sobre o colo dele.
- O que aconteceu Lu? Foi o Arthur? Ele brigou com você?
- Ele me pediu em casamento.
- Casamento? – Diogo ficou sem entender a reação de Lua
- É. Casamento.
- E por que você está assim? Você não quer casar?
- Quero.
- E então?
- Então que ele está querendo apressar as coisas. Ele está agindo de cabeça quente. Ele só fez isto para eu não me afastar dele e talvez assim calar as suas dúvidas. Ele ainda nem tem a certeza que o filho é dele.
- Ele pensa que o filho é meu?
- Sim.
- Esse cara não vale nada mesmo. Quem me dera que esse filho fosse meu… - Diogo deixou escapar e deixou Lua sem jeito. Aos poucos, ela foi levantando.
- O quê?
- É. Se esse filho fosse meu, eu faria ele e você mais felizes do que esse babaca.
- Diogo… - Lua suspirou.
- É verdade. Eu sei que esse filho não é meu, mas se eu pudesse fazer uma coisa para que fosse, eu fazia. Sério, você é uma mulher incrível. A melhor pessoa do mundo. Umas das pessoas mais lindas que eu já conheci. Você é um sonho de mulher!
- Chega, chega. – Lua riu envergonhada devido aos elogios – Você também é uma pessoa incrível. E quem me dera talvez estar apaixonada por você. Assim talvez eu sofresse menos… - Lua se levantou
- Então deixa rolar e ver o que dá.
- Não Diogo, não se iluda. – ela pediu – A nossa amizade chega.
- Quem sabe um dia, né? – ele segurou ela pela cintura e de seguida a abraçou por trás – Quer dormir aqui?
Arthur mal dormiu. A sua preocupação neste momento era Lua e mais nada nem ninguém. Ele estava a uma semana das suas aulas começarem, mas sinceramente não estava nem aí. Ele só queria saber com quem Lua dormiu, onde ela dormiu, se tinha comido e se estava bem. Ele só queria saber dela.
Nem comeu. Apenas tomou banho, escondeu a caixa do pedido de casamento para não se lembrar do sucedido, e depois saiu de casa em direção à casa do seu sogro.
Eram 9h da manhã, mas Arthur sabia perfeitamente que o Sr. Blanco acordava cedo para ir trabalhar e tratar dos seus negócios.
- Bom dia. – ele deu – Preciso de falar com você.
- Aceita café? – Perguntou Blanco, ao seguir Arthur entrando em sua casa.
- Não, obrigado. A Lua está aqui?
- Não… mas… você não sabe onde está a minha filha?
- A gente brigou. Uma longa história. Eu não sei o que está acontecendo com ela. Eu realmente acho que… enfim. Eu não sei onde ela está.
- Ainda a história do bebé?
- Sim.
- Aquele filho é seu!
- É? Tem a certeza? – Arthur encarou o sogro – Ela negou se casar comigo. Ela recusou o pedido. Porquê? Não será porque não quer casar com o pai do filho dela? Se fosse o Diogo lhe pedindo em casamento, eu aposto que ela aceitaria!
- Que drama. – Blanco riu – Isto tudo então por causa do Diogo?
- Você o conhece?
- Sim. Lua já me apresentou ele.
- Engraçado. A mim ela nunca o apresentou.
- Para quê? Para você reagir desse jeito?
- Ela não me ia apresentar o amante, não é?
- Olha aqui! – Blanco se irritou – A minha filha é uma garota do bem. Ela não é quem você está insinuando. Que eu me lembre, quem errou foi você. Quem foi embora foi você. Agora, acarte com as suas responsabilidades. O Diogo é apenas um amigo que ajudou muito a Lua e sempre ajuda com os seus conselhos. Provavelmente ela até está na casa dele.
“Provavelmente ela até está na casa dele”. Aquilo mexeu com Arthur, forte e feio. Ele não gostou de saber de tal probabilidade.
Lua vai para o trabalho com Diogo. Todos os colegas de trabalho comentam a aproximação dos dois. Mas ali, só consistia amizade.
- Amizade? – Luísa riu – Bom, eu já chamei de muita coisa, menos amizade, amiga. Como é que você dorme na casa de um gato assim e só consegue ter amizade com ele? Nem uma mão boba, nem um beijo? Eu realmente não entendo. Quem me dera ser você e ter a sua sorte. Seu marido é um gato e seu amigo então nem se fala.
- O Diogo é especial para mim. Mas é apenas meu amigo. Eu sou totalmente apaixonada pelo Arthur. Mesmo que eu o queira esquecer, eu não consigo porque o que a gente viveu foi intenso.
- Está falando do seu namoro?
- Sim. Ele me deu várias provas de amor.
- Tipo?
- Ele saiu do Brasil sem falar com o pai. Veio para cá com mínimas garantias de que o meu pai nos ia ajudar. Ele realmente me ama e eu acredito nisso. Mas… não sei, algo nele está diferente.
- Porque não fala com ele?
- Eu mandei mensagem. E hoje eu volto para casa.
- Não sei como ele ainda não veio atrás de você.
- Ele deve estar entretido com o seu trabalho. – Lua suspirou.
O ano lectivo estava prestes a começar, e como aquela escola de artes é sinónimo de perfeição, todos os professores se reunem dias antes para conversarem e armarem esquemas e planos para tudo correr na perfeição.
No intervalo das reuniões, Arthur se juntava com Anna, sua grande amiga.
- Ela recusou um pedido de casamento? Vem cá, você não me quer pedir em casamento? Olha que eu aceito! Gato, ela não te ama. Sério! Só uma mulher totalmente louca é que recusa se casar com alguém que diz ser “o amor da sua vida”.
- Eu pensei que tudo ia dar certo. Naquela noite tudo estava correndo tão bem.
- Esse filho realmente não é seu.
- É o que eu penso. Se fosse meu, ela aceitaria se casar comigo. Qual é a mãe que não sonha se casar com o pai do próprio filho?
- Qual foi a justificação dela?
- Diz que eu quero apressar as coisas.
- Apressar? Mas não é de hoje que vocês namoram. Ou é?
- Claro que não. Namoramos à anos e vivemos juntos, inclusive.
- Se você quiser, eu conheço um bom remédio para você tirar ela da cabeça. – Anna piscou o olho para Arthur e deixou a cantina rebolando, digo, andando.
Depois de três dias, Lua voltou para casa.
- Arthur? – ela o chamou, assim que entrou em casa. A casa estava virada do avesso. Roupas de um lado, lixo do outro. O que tinha acontecido ali? Uma revolução?
Antes de começar a arrumar tudo, Lua quis descansar um pouco. Trocou de roupa e deitou na cama de roupa interior. Passou a mão sobre a sua barriga e começou a falar com o seu bebé. Uma coisa natural entre mãe e filho.
- Quero resolver as coisas com ele. – Lua desabafou – Não quero te fazer sofrer mais. – A resposta que o bebé deu foi fome. Lua sentiu uma intensa fome. Pegou uma regata de Arthur, vestiu, e foi para a cozinha.
Abriu a geladeira e se assustou. Nunca tinha visto aquilo tão vazio. Vazio de coisas necessárias, porque lá cerveja tinha muita. Cerveja? Desde quando Arthur bebe?
O que restou a Lua comer foi salchicha e ovo frito. Melhor combinação. Fritou ambos os ingredientes e foi para o sofá.
Sentiu a porta remexer e viu Arthur entrar, finalmente.
- Lua? – disse ele surpreendido. Jogou a sua pasta de trabalho para o chão e foi abraçá-la. – Que saudade.
- Arthur… a minha comida. – Arthur estava quase a entornando toda.
- Desculpa… pow… as horas hoje passaram tão devagar. Nunca mais chegava a hora de te ver em casa. Senti tanto a sua falta.
Notas finais:
-Desculpem a demora, os meus testes começaram :(
Vou matar essa Anna,e se o Arthur der corda pra ela ele vai junto! u.u
ResponderExcluirKkkkk boa amg
Excluirposta mais
ResponderExcluirfaz maratonaaaaaaaaaaaaaa
Posta maiss +++++++
ResponderExcluir++
ResponderExcluirQue ódio dessa Anna, fica falando coisas que não são verdades. Já odiei pela,postaa mais vezes você nem ta postando como antes :( :(
ResponderExcluirse isso for amiga, eu realmente não sei o que é uma inimiga. fogo essa Anna é insuportável. o Arthur tem que acordar para a realidade
ResponderExcluirele tá a ser um completo idiota
ResponderExcluiramando a web, posta mais pf
ResponderExcluiressa colega do Arthur tá colocar minhocas na cabeça dele. se ele não se aperceber a tempo vai acabar por colocar tudo a perder com a Lua
Ana
+++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluircoitados. eles estão a sofrer. alguém tem que dar o primeiro passo. espero que eles se resolvam
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