"É Estranho. Mas é do nosso jeito" - 2ª Temporada - 6º Capítulo

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P.O.V.'s Narrador


- Eu vou fazer de tudo para que a gente volte a ser como eramos antes. Eu tento, todos os dias, te fazer feliz. Te ver feliz é tudo o que eu mais quero.
- Eu gosto deste Arthur. – ela apontou para o peito dele – Carinhoso, safado… você sabe que eu odeio apressar as coisas e ultimamente você só fazia coisas para me agradar. Você nunca foi assim. Eu quero que você seja você. Não quero que invente de ser outra pessoa para parecer melhor.
- Eu nem faço isso.
- Não? – ela gargalhou – Desde quando você arruma a casa sem reclamar?
- Você não gostou?
- Gostei. Mas você não é assim.
- Você é muito complicada. – Arthur cruzou os braços e fez bico
- Lindo. – finalmente, pela primeira vez, ela cedeu.

A água do chuveiro continuava a cair sobre ambos os corpos despidos e grudados como à muito tempo não estavam. Lua se deixou levar pelos seus institos e entrou pelos braços abertos de Arthur. Este não perdeu tempo em lhe roubar um beijo. Enfim, um beijo. Começou bem devagar, aproveitando cada segundo daquele momento. As mãos de Lua andavam de um lado para o outro no cabelo de Arthur, enquanto ele apertava o mais possível a cintura dela. Era tão bom sentir a pele um do outro.
Lavaram os seus cabelos e quando chegou a parte de ensaboar o corpo, Arthur quis fazer isso em Lua. Passou o sabão por cada parte mais intima do corpo dela e ela nem reclamou. 
Sem mesmo Arthur ensaboar o seu corpo, lá estavam eles aos beijos. Agora a coisa estava mais séria. Lua estava de costas grudadas na parede e Arthur apertava todo o corpo dela, sem parar. Ele levantou a perna de Lua com a mão esquerda e se encaixou perante o corpo dela. Lua mordeu o pescoço dele quando sentiu a primeira investida, lenta e serena. Arthur parecia estar nas nuvens, pois não estava acreditando que aquilo finalmente estava acontecendo. 

- Aí, Arthur… - ela deixou escapar um gemido, enquanto arranhava a nuca dele. 
- Quer parar? – perguntou ele no ouvido dela
- Não. – ela riu, por a sua resposta ter um quanto de safadeza.

Após o segundo orgasmo, decidiram ficar parados sentindo a água correr sobre as suas costas quentes. Precisavam de outro banho, mas Arthur quis ter calma com Lua devido à sua gravidez.
Ela estava sobre o peito dele, de respiração ainda ofegante, e ele aproveitou para tocar na barriga dela. Lua sentiu um arrepiu, mas não disse nada. 

- Vamos. O jantar já deve estar frio.
- Jantar? Não podemos pular essa parte? – Lua mordeu o lábio.
- Não, nada disso. Você precisa de comer. – ele riu. 

Ambos esqueceram a vaidade que antes tinham e foram mesmo de roupas interiores e regatas para o jantar. Lua se sentia mais confortável com a regata de Arthur do que com aquele vestido que pensara usar antes. 
Arthur colocou o jantar no forno para aquecer novamente e, enquanto aquecia, encheu os copos com suco. A vontade dele era pular este jantar e pedir-lhe logo em casamento, mas o jantar para as grávidas é importante. 

- Agora tudo está bem, certo? – ele segurou a mão dela. Ela riu e tirou uma mexa de cabelo da frente do rosto.
- O que você acha?
- Linda. – elogiou ele e a beijou novamente. – Eu te amo. – foram interrompidos pelo “clique” do forno.

Jantaram calmamente. Desta vez não falaram das discussões passadas. Lembraram apenas os velhos momentos: em que só os dois importavam; lembraram os filmes que “assistiam” (convém dizer que o escurinho do cinema era bom pra namorar e não propriamente para ver filmes); lembraram das viagens; e das surpresas que se faziam um ao outro. Falaram de assuntos banais, relacionados com músicas, marcas de carro e possíveis planos para o futuro, nomeadamente o bebé. 

Ao levantar a mesa, Lua percebeu o nervosismo de Arthur. Ele tremeu ao levar os pratos e levantar os copos. 
Foram para a sala. Lua sentia as pernas cansadas e necessitava de as esticar. Era agora. Arthur tinha de lhe pedir em casamento antes que ela adormecesse.

- Lua…
- Sim? – ela abriu os olhos.
- Eu quero… quero te dar uma coisa.
- O quê?


 
- É uma coisa que… para mim é muito importante. Eu tenho a certeza que para você também é, apesar de não termos falado bem sobre isso. Quero dizer, antes falavamos, mas depois de tudo o que aconteceu… bom, eu não sei se era a sua vontade, mas é a minha, então…
- Eu não estou entendendo nada.
- Isto tudo para… abra. – Arthur lhe entregou a caixa.

Tinha uma fita rosa à volta da caixa. Lua foi bem rápida ao tirá-la, mas na hora de abrir a caixa, ela hesitou um pouco. O seu coração começou a bater mais forte e as suas mãos quase levaram o mesmo ritmo. Respirou fundo e abriu a caixa. Lá dentro tinha um balão (não sei se vocês dizem balão também) branco e amarrado nele tinha outra fita. Dessa vez, a fita era mais comprida. Lua puxou e de lá tirou um cartão. “Você quer se casar comigo?” 

- Casar? – o lábio de Lua tremeu. Arthur tinha um sorriso enorme no rosto, mas vacilou quando viu o rosto assustado de Lua. – Arthur, a gente acabou de se resolver, após uma coisa que… eu sinceramente não sei se voltava a fazer.
- Como assim?
- Te desculpar. Ou você acha que foi fácil ceder a você?
- Mas… você não quer casar comigo?
- Para quê adiantar tanto as coisas? Você tem mesmo a certeza desse passo? À pouco tempo atrás você nem sabia se era o pai desse bebé…
- Eu não estou entendendo. – Arthur, que antes estava de joelhos ao pé de Lua, agora se levantou e a encarou. – Eu não sou o pai desse bebé?
- Me diz você!
- Não, me diz você! – ele levantou o tom de voz – Eu te faço uma surpresa destas e você tem a lata de me dizer estas coisas?
- Lá dentro, no banheiro, eu te disse que gostava de outro tipo de Arthur… não este que tenta me comprar com presentes caros.
- Presentes caros? Lua, isto é só um sinal do nosso amor.
- Amor? – Lua riu irónica – Eu não provo o meu amor com presentes caros. Eu provo o meu amor com palavras.

Lua se levantou e deixou a caixa e o pedido de casamento de lado. Arthur não aguentou tal pressão e começou a chorar. Ele não queria que Lua o visse daquele jeito, pois por dentro ele estava realmente destroçado, então olhou para o lado de fora da janela. Para a noite. 
Lua foi para o quarto e pouco depois voltou à sala. Arthur estava sentado no chão com a cabeça nos seus joelhos dobrados. Estava realmente destroçado. Agora era conseguia ouvir ele choramingar e quase soluçar. Lua se encaminhou para a porta, a abriu e só parou quando ele falou.

- Onde você vai?
- Eu vou sair. Vou embora. Eu só volto quando… quando você voltar a ser o que era de antes.
- Mas eu sou o mesmo de à três e cinco anos atrás. Aqui sou só eu. – ele se levantou e andou até ela – Será que eu não posso dar apenas um passo por nós? Será que não posso estabilizar a nossa relação? Poxa Lua, a gente estava tão bem…
- Pois estavamos. – ela olhou para cima, evitando as lágrimas – Você não precisava de estragar tudo com esse pedido de casamento comprado.
- Quê comprado o quê? Lua! – ele choramingou mais – Que merda! Eu fiz isso com a melhor das intenções.
- Não, não fez. Porque eu tenho a certeza que se não acontecesse aquilo que aconteceu no banheiro, você não me pedia em casamento.
- Pedia sim! Eu tinha tudo planeado.
- Acontece que nem sempre é tudo como você quer. – ela deu mais uns passos para fora do apartamento
- Depois você diz que sou eu que estrago tudo. – ela parou novamente com as palavras dele – Eu é que fujo, eu é que não me importo com nada. Eu é que não te amo. 
- Você apressou as coisas. A gente tinha acabado de se reconsiliar e você pensou apenas que me pedindo em casamento ia ser uma garantia disso. E não, as coisas não são assim. – ela ia embora, mas voltou atrás novamente – Se fosse em outra ocasião, eu aceitava casar com você. Até porque é isso que eu mais quero. Mas não deste jeito.
- Você já sendo teimosa.
- E você está querendo apressar tudo e isso me deixa louca da vida! – ela gritou e a vizinha da frente veio ver o que se passava no prédio. Ambos pediram desculpa. A vizinha entrou novamente em casa e Lua foi embora

Notas finais:
- A razão está do lado de quem?

17 comentários:

  1. Cara a Lua ta muito cheia de si, velho! Já chega disso!!! Ela tem que enxergar um pouco além do umbigo, o Arthur ta sendo um fofo, se dedicando, ELE SÓ QUER SABER SE O FILHO É DELE!!! E ELE TEM TODA RAZÃO! PORQUE ME DIZ SE CHEGASSE UMS GAROTA E DISSESE QUE TA GRÁVIDA DE UM FILHO DO ARTHUR!!! COMO ELA IA SE SENTIRRR!!!! É SÓ SE POR NO LUGAR DE! ELA TA MUUUUUUITOOO EGOÍSTA ELA ACHA QUE ELA TA CERTA E ACABOU TÁ NA HORA DE ENCHERGAR A OUTRA PARTE DA HISTÓRIA CARAA! O ARTHUR TODO FOFO A Í VAI ELA E FAZ ISSO...REVOLTEI AGORA!

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  2. Não gostei dessa atitude da Lua! Eu estou do lado do Arthur, ele tentou no máximo agradar ela ele fez de tudo e é assim que ela agradece ele.

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  3. Oh bebê e de quem? Pra quê esse mistério todo? Cara a Lua ta se achando a dona da verdade eu não gosto disso.

    Ta perfeito Cris só melhora a marreta da Luh

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  4. Coitado do Arthur, ele não merece isso. Posta maiss

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  5. eles complicam tudo! cada um tem a sua razão, mas podiam ser menos complicados.

    amando a web

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  6. Lua tá sendo muito dura com ele. ele errou, mas ela tá fazendo pior a ter atitudes assim.

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  7. Em parte o Arthur tem razão de querer saber ,mas a Lua também tem razão,poxa se põem no lugar dela o homem que você ama duvidando de você e barra

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  8. ela quer ter a certeza que ele nunca mais vai duvidar dela, do filho de ambos e do amor dos dois. ela não quer ser magoada mais. ele tbm foi embora e não lhe disse nada, e isso magoa.

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  9. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  10. Lua já tá tirando minha paciência com esse mimimi dela 😑

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  11. Acho que cada um tem um pouco de razão ,mas eu acho que pra Lua é um pouco pior pois o homem que ela ama está duvidando que o filho que ela está esperando não seja dele e isso deve magoar muito uma mulher !
    De qualquer modo POSTA MAIS !!!

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  12. Se fosse eu aceitava pq depois q eka qrer talvez seja tarde d+

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  13. eu acho q ele nao devia nem pensar q o filho nao era dle

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  14. Cristina quero pedir a sua permissão para mim postar a sua web "Certezas" no meu isnta, boto créditos vc me autoriza?

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