Treinando a Mamãe - Primeiro Capitulo

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Pov: Lua
Eu ainda não tinha me acostumado a acordar cedo mesmo com tantos anos de carreira. Além disso era horrível levantar da cama macia numa manhã fria e gostosa, para treinar. como todos os dias, levantei as 07:00, fiz minhas higienes matinais, e com 40 minutos eu estava linda como sempre. Costumava me atrasar com frequência, então não era surpresa para o meu treinador eu ter que estar em quadra as 08:00 e só chegar as 09:00. Peguei uma torrada quentinha e as chaves do carro, quando dei a primeira mordida e rodei a maçaneta da porta abrindo-a, tinha uma miniatura de gente diante de mim.
- Estou atrasada, não compro na porta.
- Eu não estou vendendo nada. Sou Amy.
- O que quer?
- Eu vim. pra você cuidar de mim.
Invadiu a minha casa, arrastando uma mala rosa e uma bolsa de ombros. Sentou-se no sofá sem cerimonia nenhuma.
- Cuidar? Eu? Você? mas... Que é você? - Mas atordoei, ainda segurando a maçaneta.
- Sou Amy Lee - Riu, como se fossemos intimas. - Sua filha!
- Minha O que?
- Filha!
Meu mundo desabou dos meus pés e eu não pude fazer, nada Pelo menos, ainda. De onde aquela criança tinha saído? Não poderia simplesmente chegar em minha casa e falar que era minha filha e que tinha o nome da cantora do Evanescence. A unica filha que eu tive nesse mundo o traste do meu ex-marido a levou ainda na maternidade, para Europa. Não, sinceramente não poderia ser ela.
- Não acredito. - Fechei a porta e a encarei.
- Tudo bem, eu tenho uma carta aqui que o meu pai escreveu, quer ouvir?
- Seu pai?
- Arthur Aguiar, o Biólogo mais famoso desse mundo todo. - Sua voz, era um tanto irritante. Voz de criança sempre se torna irritante.
''Oi Lua. Sim, sou eu o Arthur. Ah, e essa? É a Amy Lee, nossa filha. Você deve estar um pouco confusa, eu entendo. Só peço que cuide dela por um tempo, até eu voltar para o Brasil. Te explico tudo quando eu voltar, prometo. Mas, agora é com você.  Beijo.
                                                                    Arthur Aguiar.''
Sabe o que foi ler aquilo e depois olhar para ela, percebendo que havia verdade em todas aquelas palavrinhas miúdas iguais a ela? Foi apavorante. Ela sorria para mim, como se quisesse debochar da situação, tinha cachinhos iguais os meus, e o olho negro do Arthur. Um sorriso atraente,admito. Parecia comigo sem dúvidas, sempre fui atraente.
- Onde vou dormir?
- Aqui, bem aqui nessa sala mesmo.
Já tinha perdido o treino mesmo. A tarde com aquela projeto de gente até que não foi das piores, ela conversa bem.
- Aqui? -  franziu o cenho, saindo do sofá onde estávamos sentadas - Que pobreza, não tem nenhum quarto de hospedes?
- Eu odeio receber visitas na minha casa.
- E eu odeio ter que dormir no sofá. - Me encarou, com as mãos na cintura.
- E eu odeio crianças que se acham adultas demais para sair por ai encarando os adultos. - Meu nariz estava na mesma altura que o dela. Digo.... A encarava também.
- Na minha casa tem, quarto de hospedes.
- Na sua casa pode ter até um Cristo redentor. Não sou obrigada a ter um quarto de hospedes na minha casa. - Levantei e dei de ombros. - Ou dorme ai, ou então pode trocar de lugar com o Freddie... Ele adora sofá.
Freddie era o meu cachorro de estimação. Que por sinal estava bem assustado com aquela situação de achar que seu reinado tinha ido por água abaixo, afinal não era mais a unica criança naquela casa. Deixei ela lá na sala e segui para o meu quarto, precisava de uma boa ducha.
                                                                                                                  Continua.................

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