Arthur - Too Far 1.1 - Ultimo Capitulo Parte 1

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Arthur
Lua entrou no quarto e foi para o canto mais distante, antes de se virar. -
Fale. Depressa. Eu quero você fora daqui. - disse ela, em uma voz apertada.
- Eu te amo. - Eu já deveria ter dito a ela. Eu deveria ter dito a ela ontem.
Eu deveria ter porra dito a ela, no momento em que eu percebi isso, mas eu não
tinha.
Ela começou a sacudir a cabeça. Ela não ia me ouvir. Eu ia ter que
implorar, porra. Eu lutaria o suficiente por nós dois.
- Eu sei que minhas ações não parecem confirmar isso, mas se você
apenas me deixar explicar. Deus, gata, eu não posso suportar ver você sofrendo.
- eu disse, implorando.
- Nada que você possa dizer vai resolver isso. Ela era a minha mãe, Arthur.
A única memória boa na minha vida. Ela era o centro de todos os momentos da
infância feliz que eu tive. E você. . . - Ela fez uma pausa e fechou os olhos. - E
você e. . . e eles. Vocês desonraram ela. As mentiras feias que vocês falaram
como se fossem a verdade.
Eu me odiava. Eu odiava as mentiras. Eu odiava minha mãe e Billy.
- Eu sinto muito que você descobriu desse jeito. Eu queria dizer a você. No
começo, você era apenas um problema queria ferir Giovanna. Eu pensei que você iria
causar-lhe mais dor. O problema é que você me fascinou. Confesso que
imediatamente fui atraído para você porque você é linda. De tirar o fôlego. Eu
odiei você por causa disso. Eu não queria ser atraído por você. Mas eu estava.
Na primeira noite eu fiquei louco por você. Só de ficar perto de você... Deus, eu
inventei motivos para procurá-la. Então. . . então eu comecei a conhecê-la. Eu
estava hipnotizado por sua risada. Era o som mais incrível que eu já tinha
ouvido. Você era tão honesta e determinada. Você não lamentava ou reclamava.
Você pegou o que a vida lhe deu e fez o melhor possível. Eu não estava
acostumado a isso. Toda vez que eu via você, cada vez que eu estava perto de
você, eu me apaixonava mais um pouco.
Dei um passo em direção a ela e ela levantou as mãos como se para
manter-me de volta. Eu tinha que continuar falando. Eu precisava que ela me
acreditasse.
- Então, naquela noite no bar country. Depois disso, passei a ser
completamente seu. Você pode não ter percebido, mas eu estava viciado. Para
mim não tinha mais volta. Eu tinha tanta coisa para compensar. Eu tinha
colocado você em um inferno desde que você chegou e eu me odiava por isso.
Eu queria dar-lhe o mundo. Mas eu sabia. . . Eu sabia quem você era. Quando
eu lembrava exatamente quem você era, eu recuava. Como
podia estar completamente envolvido com a garota que representava a dor da
minha irmã?
Lua tapou os ouvidos. - Não. Eu não vou ouvir isso. Saia daqui, Arthur.
Saia agora! - ela gritou.
- O dia em que minha mãe chegou em casa, do hospital com ela, eu tinha
três anos. Lembro-me bem, apesar de tudo. Ela era tão pequena e me lembro de
me preocupar que algo iria acontecer com ela. Minha mãe chorava muito. E
Giovanna também. Eu cresci rápido. No momento em que Giovanna tinha três anos, eu fazia
tudo para ela,desde preparar seu café da manhã e colocá-la para dormir à noite.
Nossa mãe tinha casado de novo e agora tínhamos Guga. Nunca houve
qualquer estabilidade. Eu realmente ansiava pelos tempos que meu pai vinha me
pegar, porque eu não queria ser responsável por Giovanna, por alguns dias. Podia
tirar uma folga. Então ela começou a perguntar por que eu tinha um pai e ela
não. - Eu queria que Lua entendesse por que eu fiz o que fiz. Estava errado,
mas ela tinha que entender.
- Pare! - Ela gritou, movendo-se mais para trás, contra a parede.
- Lua, eu preciso que você me escute. É a única maneira de você
entender. - eu implorei. O soluço na minha garganta causava rachadura em
minha voz, mas eu não estava parando. Ela tinha que me escutar. – Mamãe dizia
que a ela não tinha um pai, porque ela era especial. Isso não funcionou por
muito tempo. Exigi que a mamãe dissesse quem era o pai de Giovanna. Eu queria que
fosse o mesmo meu. Eu sabia que meu pai iria levá-la para passear. Mas ela me
disse que o pai de Giovanna tinha outra família. Ele tinha duas meninas que ele
amava mais do que Giovanna. Ele queria essas garotas, mas ele não queria Giovanna. Eu
não conseguia entender como alguém poderia não querer Giovanna. Ela era a minha
irmãzinha. Claro, às vezes eu queria matá-la, mas eu a amava intensamente.
Então chegou o dia em que mamãe levou ela para ver a família que seu pai tinha
escolhido. Giovanna chorou durante meses depois.
Parei de falar e Lua afundou na cama. Ela estava me ouvindo. Eu senti
um pequeno vislumbre de esperança.
- Eu odiava aquelas meninas. Eu odiava essa família que o pai de Geovanna
havia escolhido em seu lugar. Jurei que um dia, o faria pagar. Geovanna sempre dizia
que talvez um dia, ele viesse vê-la. Ela sonhava que ele iria querer vê-la. Escutei
esses devaneios durante anos. Quando eu tinha dezenove anos eu fui à procura
dele. Eu sabia o nome dele. Eu o encontrei. Deixei para ele uma foto de Geovanna
com o nosso endereço na parte de trás. Eu disse a ele que tinha outra filha, que
era especial e ela só queria conhecê-lo. Conversar com ele.
Eu podia vê-la fazer a matemática em sua cabeça. Ela tinha perdido sua
irmã menos de um ano antes de eu ter encontrado Billy. Mas eu não sabia. Deus,
eu não tinha ideia. Eu estava tentando ajudar a minha irmã, não destruir a vida
de Lua.
Eu não sabia Lua.
- Eu fiz isso porque eu amava minha irmã. Eu não tinha ideia do que sua
outra família estava passando. Eu não me importava, sinceramente. Eu só me
preocupava com Giovanna. Você era o inimigo. Então, você entrou na minha casa e
mudou completamente o meu mundo. Eu sempre jurei que nunca iria me sentir
culpado por quebrar aquela família. Depois de tudo, eles tinham separado o pai
de Giovanna. Todo momento que eu estava com você, a culpa pelo que eu tinha feito
começou a me comer vivo. Vendo seus olhos quando você me contou sobre sua
irmã e sua mãe, Deus, eu juro que você rasgou meu coração naquela noite,
Lu. Eu nunca vou superar isso.
Fui até ela e ela me deixou chegar mais perto.
- Eu juro para você que tanto quanto eu amo minha irmã, se eu pudesse
voltar atrás e mudar as coisas, eu o faria. Eu nunca teria ido ver seu pai. Nunca.
Eu sinto muito, Lua. Porra, me desculpe. - As lágrimas estavam borrando minha
visão. Eu tinha que levá-la a entender.
- Eu não posso te dizer que eu te perdoo. - disse ela em voz baixa. - Mas
eu posso te dizer que eu entendo por que você fez o que fez. Mas o que fez
alterou todo o meu mundo. Que nunca poderá ser mudado.
Uma lágrima escapou e rolou pelo meu rosto. Eu não me movi para limpá-
la. Eu não tinha certeza de quando eu tinha chorado pela última vez. Eu era uma
criança. Era algo que eu não estava acostumado mais. Mas agora, eu não
poderia manter lá dentro. A dor era esmagadora. - Eu não quero perder você.
Estou apaixonado por você, Lu. Eu nunca quis algo ou alguém do jeito que eu
quero você. Eu não posso imaginar o meu mundo agora sem você nele.
- Eu não posso te amar, Arthur. - disse ela.
                                                                                         Continua.................

4 comentários:

  1. Owm ='( choreeeei
    É muita coisa pra uma so pessoa :/ e o tiro q Arthur deu saiu pela culatra
    Ta acabando :/ q triste

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  2. amando a web, pena que tá terminando

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