Arthur - Too Far 1.1 - Capitulo 33

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Arthur
Lutando para respirar através da dor, eu me virei e a segui. Ela não me
quer. Ela não queria isso. Mas eu não podia deixá-la ir. Onde ela vai? Onde é
que ela vai dormir? Quem terá certeza de que ela comeu? Quem irá segurá-la
quando ela chorar? Ela precisava de mim. E Deus, eu precisava dela.
Lua alcançou o degrau, pegou o telefone do bolso e empurrou para Billy.
- Pegue-o. Eu não quero isso. - disse ela.
- Por que eu iria ficar com o seu celular? - perguntou Billy.
- Porque eu não quero nada de você. - ela gritou com ele.
- Eu não dei esse telefone para você. - disse ele.
- Fique com o telefone, Lua. - eu disse. - Se você quer ir embora, eu não
posso prendê-la aqui. Mas, por favor, leve o telefone. - Eu estava pronto para
ficar de joelhos e implorar. Ela tinha que pegar esse telefone. Droga, ela
precisava de um telefone.
Lua colocou o celular sobre a mesa, ao lado da sacada. - Eu não posso. -
ela disse e eu sabia que não poderia fazê-la levá-lo, também. Eu não podia fazer
nada. Eu estava fodido. Seu mundo tinha acabado de ser feitos em pedaços e eu
era um inútil.
- Você é igualzinha a ela. - disse a minha mãe, às costas de Lua.
- Eu só espero que eu possa ser a metade da mulher que ela foi. - disse
Lua, com total convicção em sua voz.
A porta se fechou atrás dela.
Eu tinha que fazer alguma coisa.
Desci as escadas, sem tirar os olhos da porta. Eu não podia simplesmente
ficar aqui e deixar seu carro se afastar. - Onde ela vai? - Eu perguntei a Billy. Ele
teria uma ideia.
- Ela vai voltar para o Alabama. A única outra casa que ela conhece. Ela
tem amigos lá. Eles vão cuidar dela. - disse ele.
O grito de Giovanna veio de fora e meu coração parou. Teria algo acontecido
com Lua? Desci correndo as escadas, mas não antes de minha mãe e Billy
chegarem para fora da porta.
- Lua! Abaixe a arma. Giovanna, não se mexa. Ela sabe como usar essa coisa
melhor do que a maioria dos homens. - Billy ordenou com voz calma.
Puta merda, Lua estava segurando uma arma para Gi. Que porra tinha
dito Giovanna?
- O que ela está fazendo com essa coisa? E isso é legal ela ter? - Minha
mãe perguntou.
- Ela tem uma licença e ela sabe o que está fazendo. Fique calma. - disse
Billy, parecendo irritado.
Lua baixou a arma. – Eu vou entrar naquela picape e dirigir para fora de
sua vida. Para sempre. Basta manter sua boca fechada sobre a minha mãe. Eu
não vou ouvi-la novamente. - disse Lua, olhando para Giovanna. Em seguida, ela
subiu na picape e sem olhar para trás, ela foi embora.
- Ela é porra louca. - disse Giovanna, virando para olhar para trás, para nós.
Eu não poderia ficar aqui e ouvi-los. Ela estava me deixando. Eu não podia
deixá-la ir sozinha. Qualquer coisa podia acontecer com ela. Virei-me e fui para
dentro, para o meu quarto.
O cheiro de Lua me atingiu quando cheguei ao degrau mais alto e eu tive
que parar e cerrar os dentes através dador. Apenas duas horas atrás, eu tinha
ficado na cama, segurando-a em meus braços.
Fui até a cama, sentei-me e peguei o travesseiro que ela estava dormindo e
segurei-o no meu rosto. Deus, cheirava como ela. Um soluço se soltou, e eu lutei
para mantê-lo de volta, mas eu não podia. Eu tinha perdido. Minha Lua. Eu
tinha perdido minha Luinha.
Não. Não. Eu não estava aceitando isso.
Levantei-me e coloquei o travesseiro de volta para baixo, com reverência.
Eu ia atrás dela. Eu precisava de algumas roupas e minha carteira. Eu ia buscá-
la. Ela precisava de mim. Ela não me quer agora, mas ela faria após o choque
passar. Eu podia abraçá-la e aliviar sua dor. Eu iria segurá-la enquanto ela
chorava. Então eu gastaria minha vida fazendo as coisas direito. Fazê-la feliz.
Assim, porra de feliz.
Voltei a descer as escadas com a minha mala em minhas mãos, enquanto a
minha mãe, minha irmã e Billy ficavam no foyer falando de Lua e o que tinha
acontecido, eu tinha certeza. Eu não estava escutando. Eu estava saindo.
- Onde você está indo? - Minha mãe me perguntou.
- Ela segurou uma arma na minha cabeça, Arthur! Você não se importa com
isso? Ela poderia ter me matado! - Giovanna sabia onde eu estava indo.
Eu parei e olhei para a minha mãe pela primeira vez. – Eu vou buscar a
Lua. - Então olhei para a minha irmã. - Você vai aprender a calar a boca,
porra. Você disse a coisa errada para a pessoa errada neste momento e você
aprendeu uma lição. Da próxima vez, pense antes de vomitar merda. - Eu
empurrei a porta aberta.
- E se ela não voltar com você? Ela nos odeia, Arthur. - minha mãe disse,
parecendo irritado com a ideia dela mesmo vindo aqui.
- Se ela não voltar comigo, todos vocês vão ter que se mudar. Eu não vou
viver na minha casa com pessoas que destruíram o mundo dela. Decida onde
você pretende ir, porque eu não quero você aqui quando eu voltar. - Eu bati a
porta atrás de mim.
                                                                  Continua............................

3 comentários:

  1. Momento tensooo.. Anciosa pelo proximooo!!!

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  2. Arthur , botou moral nessa zorra . Luar estão sofrendo tanto com tudo isso Xx adaline

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  3. Eita o tempo mais que fechou :S Arthur não põem moral nessa bagaça e deu nisso...
    Agora é corre atrás do prejuízo.
    Adorandoooooo *O*

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