Arthur - Too Far 1.1 - Capitulo 32

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Arthur
Não. Deus não, ainda não. Ela não devia ouvi-lo desta forma. - Lua. -
Mudei-me para ela, mas ela ergueu as mãos para me segurar. O olhar selvagem
em seus olhos quando ela olhou para a direita me parou frio.
- Você. - ela disse, apontando o dedo para Billy. - Você está apenas
deixando que eles mintam sobre minha mãe. - ela gritou. Eu estava com medo
de que ela iria ser machucada, mas a completa frieza que alcançou em seus
olhos,era aterrorizante.
- Lua, deixe-me explicar... - Billy começou a dizer.
- Cale essa boca! - Lua rugiu, interrompendo-o. - Minha irmã, minha outra
metade, morreu. Ela morreu, pai. Em um carro a caminho do mercado com você.
Era como se a minha alma tivesse sido arrancada e resgada em dois. Perder ela
foi insuportável. Eu vi minha mãe chorar e chorar e chorar, então eu vi meu pai
ir embora, para nunca mais voltar, enquanto sua filha e esposa estavam tentando
juntar os pedaços de seu mundo,sem Estrela nele. Então minha mãe ficou
doente. Eu liguei para você, mas você não respondeu. Então, eu arrumei um
trabalho extra depois da escola e comecei a pagaras despesas médicas. Não
fazia nada além de cuidar dela e ir à escola. Só que no meu último ano, ela ficou
tão doente que eu tive que largar a escola. Fiz a prova de conclusão do ensino
médio e parei de estudar, porque a única pessoa no planeta que me amava
estava morrendo enquanto me sentava e assistia sem poder fazer nada. Segurei
a mão dela quando ela deu seu último suspiro. Arrumei seu funeral. Assisti
baixarem o caixão na cova. Você nunca ligou uma vez se quer. Nem uma vez.
Então eu tive que vender a casa que a vovó nos deixou e tudo de valor lá dentro,
para pagar as contas médicas. - Ela parou de falar e um soluço escapou.
Lágrimas escorriam pelo seu rosto, e meu coração explodiu.
Eu não sabia de tudo isso. Ela só tinha me dito um pouco. Eu passei meus
braços em torno dela, a necessidade de segurá-la, mas ela começou a balançar
e lutar contra mim, como alguém que tinha perdido a cabeça.
- NÃO ME TOQUE! - ela gritou e eu tive que deixá-la ir ou arriscar a se
machucar. - Agora estou sendo obrigada a ouvir vocês falarem sobre a minha
mãe, que era uma santa. Você pode me ouvir? Ela era uma santa! Você
são todos mentirosos . Se alguém é culpado dessa besteira que ouço saindo das
suas bocas, é esse homem. - Ela apontou para o pai dela.
Era brincadeira pensar que ela iria me ouvir e me deixar explicar. Seu
mundo estava sendo colocado de cabeça para baixo com esta notícia. Eu não
tinha contado a ela. Eu não queria ver a expressão de dor em seus olhos, que eu
não sabia como aliviar. Mas eu tinha deixado isso acontecer em vez disso e foi
muito pior.
- Ele é o mentiroso. Ele não vale o chão que eu piso. Se Giovanna é sua filha, se
você estava grávida . . . - Lua tinha apontado para Billy enquanto falava, mas
ela parou e mudou a sua atenção para a minha mãe.
Pela primeira vez, ela realmente olhou para a minha mãe. E ela se
lembrava. Ela cambaleou para trás,eu queria estender a mão e segurá-la de
novo, mas eu não fiz. Ela precisava conseguir o controle sobre si própria. Ela não
queria a minha ajuda.
- Quem é você? - ela perguntou, quando minha mãe olhou para ela com um
olhar assombrado em seus olhos.
- Cuidado como você responde a isso. - eu avisei a minha mãe, depois me
aproximei por trás de Lua, apenas no caso dela precisar de mim.
Minha mãe olhou para Billy e depois voltou para Lua. - Você sabe quem
eu sou, Lua. Nós já nos conhecemos antes.
- Você veio até a minha casa. Você. . . você fez minha mãe chorar.
Minha mãe revirou os olhos e eu tensionei.
- Último aviso, mãe. - eu rosnei.
- Gi queria conhecer o pai. Então, eu a levei até ele. Ela tinha que ver a
sua brilhante pequena família, com as filhas gêmeas muito loiras que ele amava e
uma mulher igualmente perfeita. Eu estava cansada de ter que dizer a minha
filha que ela não tinha pai. Ela sabia que tinha. Então eu mostrei a ela quem ele tinha escolhido, em vez dela. Ela não perguntou sobre ele até muitos anos mais
tarde.
Os joelhos de Lua ficaram fracos e ela engasgou por ar. Merda, ela ia ter
um ataque de pânico.
- Lu, por favor, olhe para mim. - eu implorei, mas ela não respondeu. Ela
manteve o olhar no chão quando tudo se afundava lentamente para ela. Eu
odiava ver isto. Eu queria pedir a todos eles que fossem embora daqui, para que
eu pudesse segurar Lua até que tudo estivesse bem novamente. Mas ela
precisava disso. Ela estava ali. Ela queria suas respostas.
Billy falou. - Eu estava noivo de Julia. Ela estava grávida de Giovanna.
Sua mãe veio visitá-la. Ela era como ninguém que eu já conheci. Ela era
viciante. Eu não podia ficar longe dela. Julia ainda estava a fim de Léo e
Arthur ainda estava visitando seu pai todos os fins de semana. Para mim,Julia
estava esperando ir para Léo no minuto que ele decidisse que queria uma
família. Eu não tinha certeza que Giovanna era minha. Sua mãe era inocente e
divertida, não gostava de roqueiros e me fazia rir. Eu a persegui e ela me
ignorou. Então eu menti para ela. Eu disse a ela que Julia estava grávida de
outra criança de Léo. Ela sentiu pena de mim. Eu, de alguma forma,a
convencia fugir comigo. Para jogar fora uma amizade de toda uma vida. -
Quando Billy terminou sua explicação, eu percebi que era mais do que tinha
ouvido falar em um momento.
Lua tapou os ouvidos e fechou os olhos com força. - Pare. Eu não quero
ouvir isso. Eu só quero as minhas coisas. Eu quero ir embora daqui. - Lua
chorou, me rasgando em dois.
- Gata, por favor, fale comigo. Por favor. - Eu implorei a ela e toquei em
seus braços, precisando de alguma forma uma conexão com ela.
Ela se afastou de mim , mas ela não olhou para mim. - Eu não posso olhar
para você. Eu não quero falar com você. Eu só quero as minhas coisas. Eu
quero ir para casa.
Não. Não. Não. Eu não podia perdê-la. Não. Ela não estava me deixando.
Eu a amava. Ela me possuía. Ela tinha que lutar por nós. Eu precisava dela para
lutar.
- Lua, querida, não há nenhuma casa. - disse Billy. Eu sabia que ele
queria lembrá-la de que ela não tinha para onde ir, mas eu queria enterrar meu
punho na sua cara. Ela não precisava ouvir isso com certeza, agora.
Lua olhou para seu pai. – Minha casa são as sepulturas onde minha irmã
e minha mãe estão. Eu quero estar perto delas. Fiquei parada aqui e ouvi vocês
dizerem que a minha mãe era alguém que eu sei que ela não era. Ela nunca
faria o que vocês estão acusando-a. Fique aqui com sua família, Billy. Ela vai te
amar tanto quanto a sua antiga família amou. Tente não matar nenhum deles
dessa vez. - disse ela, em palavras atadas com ódio.
Depois virou-se e fugiu pelas escadas. Olhei para ela e considerei trancá-la
no meu quarto, forçá-la a ficar comigo. Para me ouvir. Será que ela me
perdoaria, então? Eu poderia fazer isso com ela?
- Ela é instável e perigosa. - minha mãe assobiou.
Andei até ela e cheguei em seu rosto, pela primeira vez em minha vida. -
Seu mundo foi rasgado para longe dela. Tudo o que ela conhecia. Então, pela
primeira vez na sua vida, não seja uma vadia egoísta e cale a boca. Porque eu
estou pronto para jogar os dois para fora e deixá-los descobrir como sobreviver
por sua própria conta, porra.
Eu não esperei para ouvir sua resposta, porque eu sabia que iria me
pressionar no limite. Eu tinha que tentar falar com Lua sem seu pai e minha
mãe no caminho.
Eu estava na porta de seu quarto com ela amontoando suas roupas dentro
da mala que ela havia chegado,apenas algumas semanas atrás.
- Você não pode me deixar. - eu disse, lutando contra a emoção entupindo
minha garganta.
- Não só posso como vou. - ela respondeu.
O vazio em sua voz estava me matando. Essa não era minha Lua. Eu não
deixaria essa mentira levá-la de mim. Minha Lua não era tão sem vida e fria por
dentro.
- Lua, você não me deixou explicar. Eu ia te contar tudo hoje. Eles
voltaram para casa ontem anoite e entrei em pânico. Eu precisava dizer-lhe em
primeiro lugar. - Eu não estava fazendo sentido e ela estava indo embora, mas
eu não sabia o que diabos dizer para levá-la a ficar. Batendo o meu punho
contra a porta, tentei me focar. Eu tinha que dizer a coisa certa. - Você não
deveria saber dessa forma. Não assim. Deus, não assim. - Eu estava perdendo.
O pânico e o medo estavam atrapalhando meus pensamentos.
- Eu não posso ficar aqui. - disse ela. - Eu não posso vê-lo. Você representa
a dor e a traição não só a mim, mas à minha mãe. Tudo o que tínhamos acabou.
Morreu na hora em que eu desci as escadas e percebi que o mundo que eu
sempre conheci era uma mentira.
Suas palavras eram tão final. Como eu poderia lutar se ela se recusou a
nos dar uma chance? Será que ela nunca será capaz de olhar para mim de outra
forma de novo? Eu não poderia viver em um mundo assim. Um sem Lua.
                         
                                                                                           Continua..............

3 comentários:

  1. Chorosa :'( tadinha da Lua...
    viciadaa nessa fic *O*
    Adorandoo u.u
    Ass: Danni aires

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  2. Perfeitaaaaa.... Quase choro o.. Tadinho do thur. Posta maisss!!

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  3. Chorei largada . Pow já está acabando :-( Xx adaline

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