Arthur - Too Far 1.1 - Capitulo 31

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Arthur
Eu não conseguia dormir. Fiquei ali por horas, observando Lua em meus
braços. Ela se enrolou contra mim e agarrou-se a mim como se eu fosse seu
único calor. O medo de que eu nunca poderia ter isso de novo era muito real.
Por mais que eu não quisesse acreditar que ela fosse me deixar, eu sabia que
poderia perdê-la. Como é que eu sobreviveria a isso? Puxei-a para perto de mim
e segurei-a com mais força. Se eu pudesse levá-la e fugir.
Nunca deixaria que ela soubesse a verdade terrível. Por que eu sempre
tenho que machucá-la, quando tudo o que eu queria fazer era proteger deles?
- Eu te amo. - eu sussurrei em seu cabelo.
Isso tinha que ser o suficiente para nós.
Eu vi o sol nascer e crescer mais brilhante na manhã. Lua precisava
dormir. Ela provavelmente dormiria até o meio-dia. Eu tinha que falar com a
minha mãe e Billy antes que Lua acordasse. Eles precisavam saber como eu
me sentia sobre ela. Ela tinha se tornado a minha prioridade. Isso tinha que ser
esclarecido.
Fechando os olhos, eu inalei seu cheiro e fiquei embebido na sensação dela
em meus braços. Então, confiante. Forçando-me para sair da cama, eu me movi
sobre ela e para fora dos seus braços. Eu estava pronto para descer e lidar com
a verdade. A horrível, a verdade sórdida e feia que ia machucá-la. Eu não
conseguia parar isso. Eu poderia apenas esperar que eu fosse o suficiente para
ajudá-la a se curar.
Eu.
Vesti minhas roupas e me dirigi para as escadas, então parei e olhei para
trás, Lua deitada na minha cama. Ela estava enrolada nas cobertas agora. Seu
cabelo loiro se espalhou por cima do meu travesseiro. Quando criança, eu tinha
muitas vezes me perguntado se os anjos eram reais. Até o momento que eu
tinha dez anos, eu tinha decidido que não eram. Isso era tudo besteira. Percebi
agora que eu estava errado.
Lua era o meu anjo.
Billy estava de pé na cozinha, tomando uma xícara de café e olhando para
fora da janela. Este era o homem que tinha abandonado a minha Lua. Ele
deixou-a enterrar sua mãe e deixou-a para descobrir tudo por conta própria.
Eu o odiava.
Ele não merecia Lua.
Billy se voltou e encontrou meu olhar. Uma carranca puxou sua boca, e ele
tomou outro gole de café antes de voltar a olhar para fora da janela novamente.
Ele foi usado para o meu ódio. Mas ele não tinha ideia de quão alto tinha subido
desde que ele tinha me visto pela última vez. Eu queria começar a arrancar os
braços fora de seu corpo. Só de olhar para ele me enfurecia.
- Você vai perguntar sobre ela? - Eu rosnei.
Ele deu de ombros. - Ela está aqui, eu presumo. - Ele presumiu. Ele não se
importava. Ele só presumia.
- O que te fodeu tão mal que você é tão sem coração? - eu perguntei, ódio
atado em minhas palavras.
- A dor que você nunca poderia entender, garoto. - ele respondeu. Sua voz
era vazia de emoção.
- Ela enterrou a mãe sozinha, seu filho da puta. E você sabia disso.
Ele não respondeu.
- Ela é tão maldita mente inocente e sozinha. - eu disse, precisando
dele para reconhecer ou eu ia perder a minha cabeça.
- Ela não é mais, não é? Inocente e sozinha. - disse ele.
Minha raiva atingiu um ponto de ebulição, atravessei a cozinha. Ele virou-se
apenas a tempo para eu pegá-lo e jogar contra a parede. –Você, filho da puta de
merda! Nunca mais e eu porra quis dizer nunca mais insinue por um minuto que
Lua é nada menos do que inocente. Eu vou acabar com você! Eu não dou um
caralho para o que você quer! - Eu estava gritando.
Billy tinha deixado cair o café e a xícara tinha quebrado no chão, mas eu
ignorei. Ele não olhou como se importasse. Havia um vazio neste homem que eu
não entendia. Era como se ele não tivesse alma.
- Você dormiu com ela? - Disse ele calmamente.
Bati ele contra a parede novamente, com força suficiente para sacudir as
paredes e enviar prantos caindo para se juntar a xícara quebrada. - Cale a boca!
- Eu rugi.
- Arthur! - A voz histérica da minha mãe quebrou a minha raiva.
- Não é seu assunto, mãe. - eu disse, não tirando os olhos do homem que
eu estava pronto para matar com a minha mãos.
- Não parece que ela está mais sozinha, também. - disse Billy.
Eu engoli o medo que estava arranhando meu peito. - Ela não está. Ela
nunca estará. Eu vou estar sempre lá para ela. Eu vou mantê-la segura. Eu vou
cuidar dela. Ela vai sempre estar comigo. - Minha mãe estava ao meu lado,
puxando o meu braço.
Lua ia descer em breve. Eu não poderia matar seu pai. Não, a menos que
ela me pedisse. Então, ele seria um homem morto. Eu o deixei ir e recuei. -
Cuidado como você fala com ela. Eu não quero mais vê-la sofrer. - eu avisei.
- Arthur, é o suficiente! – As unhas da minha mãe cravaram no meu braço,
eu me livrei dela.
- Não me toque, também. Você queria esse saco de merda em nossas
vidas. Você o deixou sair da dela. - Eu apontei o dedo para ela.
O choque da minha mãe cresceu a uma confusão quando ela olhou em
volta para as coisas quebradas. - Você fez uma bagunça aqui. Vão para a sala agora, antes que alguém se corte. Eu preciso de uma explicação para o seu
comportamento. - disse ela, saindo para a sala, nos esperando para seguir.
Eu a observei ir, então olhei para Billy.
- Nada que você possa fazer para mim vai comparar com o sofrimento que
eu passei. - disse Billy, e então ele se virou e seguiu a minha mãe, para fora da
cozinha.
Como é que aquele homem criou alguém como Lua? Eu não entendia
como aquela mulher lá em cima, na minha cama, poderia ser um produto deste
homem. Giovanna eu podia ver, mas não Lua.
Eu tinha que falar com a minha mãe e Billy. Foi por isso que eu tinha me
levantado e deixado minha cama com Lua ainda enfiada nela. Entrei na sala e
minha mãe olhou para mim, com a boca aberta.
Aparentemente, Billy tinha lhe dito algo.
- Vocês. . . você. . . Eu não posso acreditar em você, Arthur. Eu sei que você
tem um problema com dormir por aí, mas você tem que estabelecer um limite,
em algum lugar. Essa menina usou seu corpo para manipulá-lo.
Eu balancei a cabeça e caminhei em direção a minha mãe. Eu estava puto
de ouvi-los falar sobre Lua. Eu não me importava mais quem diabos dissesse
isso, eles pagariam.
Billy se colocou entre nós, mas sua atenção estava na minha mãe. -
Cuidado com o que você diz sobre ela. Lua é minha filha. - O aviso em sua voz
me surpreendeu. Não compensou para sua outra merda, mas ele defendeu ela.
- Eu não posso acreditar em você, Arthur. O que você estava pensando?
Você sabe quem é ela? O que ela significa para esta família? - minha mãe disse
em um tom horrorizado, como se eu tivesse cometido um crime. Ela culpou
Lua por algo que nunca foi culpa dela. Como era esse processo insano de
pensamento que acreditava muito a minha família?
- Você não pode considerá-la responsável. Ela não era nem nascida ainda.
Você não tem ideia de tudo o que ela tem passado. O que ele a fez passar. - eu
disse, apontando para Billy. Porque eu sabia e eu nunca o faria esquecer.
- Não seja um cavalheiro ofendido. Você foi o único que o encontrou e
trouxe para mim. Assim, o que quer que ele a fez passar, você começou tudo.
Então você vai e transa com ela? Realmente, Arthur. Meu Deus, o que você
estava pensando? Você é igualzinho ao seu pai. - Minha mãe adorava me acusar
de ser como Léo, quando ela estava com raiva de mim. Eu estava grato que eu
não era nada como ela.
- Lembre-se de quem é dono desta casa, mãe. - eu lembrei.
- Você pode acreditar nisso? Ele está virando contra mim por uma garota
que ele acabou de conhecer. Billy, você tem que fazer alguma coisa.
Minha mãe olhou suplicante para Billy e eu queria rir. Ela esperava que ele
fizesse alguma coisa.
Isso era besteira. Eu estava cansado disso. Eu precisava dessa merda
consertada antes que Lua acordasse.
- É a sua casa, Julia. Eu não posso força-lo a fazer nada. Eu deveria ter
esperado por isso. Ela é muito parecida com a mãe.
Suas palavras me levaram a fazer uma pausa. O que diabos ele quis dizer
com isso?
- O que quer dizer com isso? - Minha mãe gritou, obviamente, já sabendo o
que ele quis dizer ou ela não estaria prestes a perder para ele.
- Nós passamos por isso antes. A razão pela qual eu te deixei por ela
porque ela exercia essa atração sobre mim. Eu não conseguia me afastar dela...
- Eu sei disso. Não quero ouvir isso de novo. Você a queria tanto que me
deixou grávida e um monte de convites de casamento para cancelar. - minha
mãe disse, interrompendo-o.
- Querida, acalme-se. Eu te amo. Eu estava apenas explicando que Lua
tem o carisma de sua mãe. É impossível não ser atraído por ela. E ela é tão
cega a isso como a sua mãe era. Ela não pode evitar isso. - disse Billy.
Olhei para ele com horror. Será que ele pensava isso? Será que ele
realmente acreditava nisso? Eu não estava apaixonado por porra de carisma. Ela
era muito mais. Será que ele não via isso? Bastardo cego.
- Argh! Será que aquela mulher nunca vai me deixar em paz? Será que ela
vai sempre arruinar a minha vida? Ela se foi, pelo amor de Deus. Eu tenho o
homem que eu amo de volta, nossa filha finalmente tem seu pai e agora isso.
Arthur vai e dorme com isso, esta menina! - Minha mãe estava ficando excitada e
eu não tinha tempo para sua birra. Eu tinha que me preocupar com Lua.
- Só mais uma palavra contra ela e eu te expulso dessa casa - eu avisei
minha mãe pela última vez. Ela não ia desrespeitar Lua de qualquer forma.
- Julia, querida, por favor tenha calma. Lua é uma boa menina. Ela
estar aqui não é o fim do mundo. Ela precisa de um lugar para ficar. Expliquei
isso para você já. Eu sei que você odeia Claudia agora, mas ela era sua melhor
amiga. Vocês duas eram amigas desde que eram crianças. Até que eu apareci e
arruinei tudo, vocês duas eram como irmãs. Lua é filha dela. Tenha um pouco
de compaixão. - O raciocínio que ele estava jogando para fora, não ia trabalhar
na minha mãe. Ela era tão insanamente egocêntrica como minha irmã.
- Não! Cale a boca, todos vocês! - A voz de Lua enviou uma lâmina reta
através do meu coração.
                                                       Continua................
Meninas desculpa a demora tava sem net.

4 comentários:

  1. Posta mais um pra compensar

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  2. Omg =O Billy se remoe mais não toma nenhuma atitude...
    Owm Arthur tão perdidamente apaixonado <3
    Lua esta num fogo cruzado :S
    Adoreeii *O*
    que bom q esta de volta, Manu
    Ass: Danni Aires

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  3. Agora as coisas vão começar a pegar fogo . Eu já tava com muitaaaaaa sdds Xx adaline

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