Forever Too Far - Capitulo 5

|


Lua 
Entrei na cozinha para ver Léo Aguiar fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela do rock. Lembrou-me de um pai.
''Bom dia, luz do Sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Arthur algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos'', disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Arthur falar ao telefone atentamente.
''O que você disse a ele?'' perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
''Guga e Giovanna tiveram uma coisa por algum tempo. Giovanna finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Arthur não sabia sobre isso.''
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Guga e Giovanna? Sério?
''Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu de maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.''
Olhei de volta para fora para Arthur. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Giovanna ou Guga.
''Por que você não se senta á mesa e deixa-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebe provavelmente precisa de um pouco de ambos.''
Mudei minha atenção de volta para Léo enquanto ele lá segurando um preto com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso pra mim?
''Uau, isso parece delicioso'', respondi.
''É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-,e alimentá-la.''
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei á mesa. Arthur abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
''Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela.'' Arthur sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
''Você está bonita'', ele sussurrou.
''Você está bem?'' perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Guga e Giovanna.
''Sim. Estou bem. Achou que Guga é sensato e tudo vai ficar bem.''
Eu fiz uma careta. Guga sensato? O que ele quis dizer?
''Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma'', ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Léo colocou um copo de suco de laranja e uma copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar a minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
''Você não vai comer?'' perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. ''Não. Acabei de tomar meu café da manhã.''
Arthur coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
''Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.''
''Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei para você.'' Léo respondeu.
Eu gostava de ver Arthur com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
''Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças'', eu informei Léo.
Léo sorriu. ''Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois''.
O sorriso de satisfação no rosto do Arthur me aqueceu. ''Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.''
''Vou com você.'' Arthur respondeu.
''Não, você vai ficar aqui com seu pai. Você poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Mel quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã''.
''Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia á toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir um filme e depois eu mesmo o levo para o almoço.''
Poderia dizer pelo olhar no rosto de Arthur que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
''Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Mel''. Arthur assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Léo.
''Eles estão tão bons. Obrigada.''
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
''Por favor, Lua. Eu imploro a você, por favor''. Mel ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como de fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
''Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Léo antes?'' perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Carro.
''Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhece-lo agora. Enquanto Chay não está aqui para me ver desmaiar'..
Fiz um ruido de engasgo. ''Ele é velho demais para você desmaiar!''.
''Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Léo Aguiar tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.''
Eu discordei. Léo estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
''Você está pensando em largar Chay para tornar-se mais uma na cama do Léo?'' Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
''Claro que não. Eu quero apenas'', ele parou e agarrou um saco, em seguida subiu os degraus atrás de mim. ''Eu só quero conhece-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.''
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. ''Ele é uma cara normal. Ele também é pai do Arthur e duvido que Arthur vá querer que você entre em saca agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro''.
''Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Léo Aguiar como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.''
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Ás vezes Mel poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
''Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Arthur e seu pai. Giovanna está causando problemas a kiro.''
Mel correu para dentro comigo. ''Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar!! Nem mesmo por Léo! Não!''.
Pelo menos tirei da sua mante a ideia ficar com Léo. Coloquei minha sacola sobre o balcão e ma virei para olhar para ela.
''Arthur precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Giovanna.''
Mel fez um beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. ''Isso é uma merda. Não quero que você viaje.''
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Arthur ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Giovanna.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um banco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
''Você ouviu alguma coisa que eu disse?'', Perguntei Mel invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. ''Desculpe. Estava pensando no meu pai'', admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
''Oh. Você está pensando em convidá-lo?''
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Arthur estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
''Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo'', respondi.
                                                                           Continua..........

6 comentários: