Tentação Sem Limites - Capitulo 42

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Tentação Sem Limites

Lua
Sentei-me na sala de espera e tentei não olhar para as outras mulheres grávidas que também aguardavam a sua vez. Havia três de nós esperando. A mulher que estava do outro lado aconchegou-se no braço do marido. Ele ficava sussurrando em seu ouvido fazendo-a sorrir. A mão dele nunca deixou a barriga crescida dela. Não havia possessividade em seu comportamento. Apenas proteção. Era como se ele estivesse protegendo sua esposa e filho com esse simples gesto.
A outra senhora que estava mais longe de nós percebeu que seu bebe estava se mexendo. Seu marido tinha as mãos em sua barriga enquanto olhava para ela com admiração. Havia um olhar doce de adoração no rosto. Eles estavam compartilhando um momento e apenas olhar de relance nessa direção me fez sentir como se estivesse me intrometendo.
Então lá estava eu. Com Fernando. Eu tinha dito que ele não precisava vir comigo, mas ele disse que gostaria. Ele não iria comigo para sala de exame, porque eu não estava disposta a deixá-lo me ver quase nua em um robe de algodão fino para o exame, mas ele continuaria sentado na sala de espera. Ele tinha se servido de uma xícara de café e desde que ele só tinha tomado um gole, tive certeza que o gosto era horrível. Eu sinto falta de tomar café. Provavelmente seria delicioso para mim. Eu precisava comprar um pouco de café descafeinado.
''Lua Maria.'' A enfermeira me chamou da porta que conduz para as salas de exame. Levantei-me e sorri para Fernando. ''Não deve demorar muito.''
Ele deu de ombros. ''Não estou com pressa.''
''Seu marido pode vir com você.'' A enfermeira disse alegremente. Meu rosto estava quente instantaneamente. Eu sabia mesmo sem ver que minhas bochechas estavam coradas.
''Ela é apenas um amigo.'' Rapidamente lhe corrigi.
Desta vez, ela quem ficou numa tonalidade rosa. Obviamente, ela não tinha lido no meu registro para ver que eu era solteira. ''Eu sinto muito. Uh, bem, ele pode vir também, se quiser ouvir o batimento cardíaco do bebe.''
Eu balancei minha cabeça. Era muito pessoal. Fernando era um bom amigo, mas eu não estava pronta para compartilhar algo tão importante como a batida do coração do meu bebe com ele. Arthur ainda não tinha ouvido o batimento do bebe. ''Não, está tudo bem.''
Não olhei para Fernando, porque estava com vergonha por nós dois. Ele estava apenas ajudando. Ser rotulado como o pai do bebe não tinha sido para o que ele se inscreveu.
O exame não demorou muito.Desta vez eu tinha sido capaz de ouvir os batimentos cardíacos do bebe sem ter uma varinha enfiada em mim. Tinha sido tão alto e doce como antes. A gravidez estava progredindo bem e estava liberada para a próxima consulta daqui a quatro semanas. Caminhando de volta para a sala de espera encontrei Fernando, lendo uma revista sobre pais. Ele olhou para mim e sorriu timidamente. ''O material de leitura aqui e limitado.'' Explicou.
Abafei uma risada. Ele se levantou e caminhamos para a porta juntos.
Uma vez que estávamos no carro, ele olhou para mim. ''Está com fome?''
Eu estava, mas quanto mais tempo passava com Fernando, mais desconfortável ficava. Não conseguia afastar a sensação de que o Arthur não gostaria disso. Ele nunca tinha gostado de me ver próxima a Fernando. Mesmo que eu precisasse de uma carona, estava começando a me preocupar que isso fosse uma má ideia. Era melhor se Fernando simplesmente me levasse de volta para a casa do Arthur.
''Estou mais cansada que qualquer coisa. pode me levar de volta para casa do Arthur?'' Perguntei.
''Claro.'' Respondeu ele com um sorriso. Fernando era realmente fácil de lidar. Eu gostava disso, já que não estava com disposição para discutir.
''Já falou com Arthur?'' Ele perguntou.
Isso não era uma pergunta que eu queria responder. Havia tanta coisa para se conversar, mas não sobre isso. Apenas balancei a cabeça. Ele não precisaria de uma explicação e se ele queria não teria, porque eu realmente não tinha uma. Eu tinha esperado muito e liguei para Arthur duas noites atrás, mas tinha caído diretamente no correio de voz. Deixei uma mensagem, mas ele não ligou de volta. Eu estava começando a me perguntar se ele estava esperando que eu fosse embora quando ele voltasse. Por quanto tempo eu deveria ficar na sua casa?
''Ele não está lidando com isso muito bem, imagino. Ele vai te ligar em breve.'' Disse Fernando. Eu poderia dizer pelo tom da sua voz que ele nem sequer acreditava no que estava dizendo. Era só para me fazer sentir melhor. Fechei os olhos e fingi dormir para que ele não falasse mais nada. Não quero falar sobre isso. Não quero falar sobre nada.
Fernando ligou o rádio e nós seguimos em silencio o resto do caminho de volta para Rosemary. Quando o carro parou, abri meus olhos para ver a casa do Arthur na minha frente. Eu estava de volta.
''Obrigada.'' Disse olhando para Fernando. Sua expressão era séria. Poderia dizer que ele estava pensando em algo que não queria dividir comigo. Não era preciso perguntar para saber o que era. Ele achava que eu deveria deixa-lo também. Arthur não iria ligar e havia uma chance de que ele poderia não voltar. Eu simplesmente não podia viver em sua casa.
''Ligue-me se você precisar de alguma coisa.'' Disse Fernando encontrando meu olhar.
Concordei, mas já tinha me decidido em não ligar para ele mais. Mesmo se o Arthur não se importasse que eu ligasse, não era certo. Abri a porta do carro e sai. Com um último aceno, fui para a porta da frente e voltei para a casa vazia.
                                                        Continua.....

3 comentários:

  1. Acho que bocó do Arthur vai estar em casa. Porque se não o Fernando vai passar ele pra traz

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  2. Que coisa uma hora Lua é tomada por Arthur que ele nao desgruda dela, outrora ele a deixa que ela fica desolada....
    Adoorandoo *O*

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  3. Posta mais, por favor, por favor!!
    -Emmy

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