"É estranho. Mas é do nosso jeito" - 46º capítulo

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P.O.V.'s Lua Blanco

- Safada! – disse ele novamente, após descobrir que eu o olhava.
- Eu… eu estava só olhando o que é meu, ou não? – mordi o lábio. Estava mais safada hoje do que em qualquer dia da minha vida. Mas como resistir deus, como?
- Olha o perigo. – avisou ele quando eu me aproximei e segurei a barra da sua cueca, aproximando-o de mim, depois, para o beijar.
- Eu gosto do perigo.
- Eu também. mas aviso que não vou conseguir me controlar.
- Eu não quero que se controle mesmo. – sorri
- É sério?
- Muito. – beijei o seu pescoço delicadamente.
- Lu, é sério…
- É sério também, Arthur. – olhei pra ele e quis o assegurar que eu sabia perfeitamente o que estávamos fazendo.

   Dedilhei na barra da sua cueca até à parte do seu bumbum, onde desci as mãos bem devagar e apertei. Tão bom. Tão bom sentir algo assim. Subi os beijos para a boca dele e puxei o seu lábio. Finalmente ele estava cedendo. 
   Arthur subiu as mãos para até aos meus seios e os apertou. A minha camisa estava o suficientemente amassada já. Os botões começaram a ser abertos pelos dedos trémulos dele, mostrando o meu soutien azul. Arthur mergulhou os seus lábios no meu pescoço, descendo até ao meu peito. Mas antes, jogou tudo o que estava em cima da secretária contra o chão e me sentou lá, abrindo depois as minhas pernas e ficando no meio. Puxei a cadeira para colocar os pés e ficar mais à vontade, enquanto beijava Arthur. 
   O safado tratou, dessa vez, de colocar a sua mão esquerda na altura do meu joelho e ir subindo por baixo da saia. Apertou a coxa, o interior dela e por fim senti-o bem perto da minha calcinha. Era a primeira vez que sentia isso. Comecei a sentir uns tremores diferentes, umas borboletas por todo o meu corpo. Finalmente ele colocou a mão sobre a minha intimidade, por cima da calcinha. Sensação do outro mundo. 

- Era… suposto estudarmos. – gemi entre o seu pescoço e o seu ombro 
- Você que provocou. – respondeu ele todo divertido.

   Me levantei, tirando a minha saia e jogando a minha camisa longe. Arthur me pegou no colo e me levou para a cama. Antes de se deitar em cima de mim, verificou a porta e fechou a janela. Não íamos querer que ninguém nos visse (ou ouvisse). 
   Voltou para a cama, ficando por cima de mim. Desta vez, não me beijou nem me tocou. Ficou apenas olhando para o meu corpo.

- O que foi? – corei.
- É só que… estou feliz.
- Feliz? 
- É… você vai dar esse passo comigo. Eu estou feliz.
- Você é o ideal. 
- Você me faz tão feliz
- Você também
- Te amo
- Te amo mais. – respondi
- Você tem a certeza que quer isso? Eu sei que sou meio bipolar. Ora quero à força ora não quero. Mas é que isso não irá ser nada de especial, nem romântico… entende?
- Entendo. Mas quero que seja com você. E por ser com você já é especial o suficiente.
- Você acha? – ele perguntou
- Eu tenho a certeza! – o puxei para mim. 

   Enquanto me beijava, pegou levemente as minhas costas para conseguir tirar, finalmente, o meu soutien. Ele levou uns minutinhos a entender como é que aquilo se fazia, mas conseguiu-o tirar. Mais uma vez, olhou para o meu corpo, me fazendo corar na hora. 
   Beijou um, tocou no outro. Estava sentindo um prazer inexplicável. 
   A minha primeira vez estava fechando. Aquela era a hora, eu sabia disso. 
   Após uns momentinhos de tortura, Arthur tirou a minha calcinha e a sua cueca. Voaram as duas para o mesmo canto do quarto. Estavam agora, como costumam dizer, como viemos ao mundo; nus. Fiquei sem palavras quando vi Arthur, pela primeira vez, totalmente sem roupa. Um “deuso”. Uma coisa do outro mundo. 
   Arthur se sentou na cama para tirar a camisinha da sua mesinha de cabeceira, estava na primeira gaveta, de baixo das suas meias. Aquele pacotinho azul não enganava ninguém. Eu tive ainda tempo para reparar que aqueles preservativos continham sabores. Nossa. Adoro.

- Eu espero realmente que esteja pronta e que não se arrependa.
- Eu nunca me vou arrepender. – sorri ansiosa. 

   Ele abriu a caixinha e o meu celular tocou. Droga.

- Bela? – atendi – Não, eu não vou estudar com vocês. – respondi – Eu estou com o Arthur. Sim, vamos estudar juntos… sim, estamos estudando… não, não, não precisam… porque a gente está concentrado e… Bela, eu falei que não. Não precisamos de ajuda… que chatos! – gritei. – DROGA! – gritei mais uma vez, levantando da cama e jogando o celular longe. 
- O que foi? – perguntou Arthur se levantando da cama ainda com o pacote de camisinhas nas mãos
- A Bela está vindo para cá. – peguei a minha roupa interior e vesti rapidamente. 
- Porque?
- Porque eles fizeram barulho de mais e foram expulsos da biblioteca e na sala de convívio tem muita gente
- Então porque ela não foi para o quarto dela?
- Eu é que sei? – o encarei
- Ei, calma. – Arthur veio me abraçar. Eu não me encostei muito, caso contrário faria uma loucura. – Arthur… você tá… - apontei para baixo, para o seu volume. 
- Ah é… eu vou… no banheiro. É. – Arthur pegou algumas roupas e passou por mim, indo para o banheiro. Assim que passou por mim, eu dei um tapa naquela bunda gostosa branquela.

   Me vesti. Estava puta da vida com Bela. Ela quer tanto que eu deixe de ser virgem, mas não deixa de jeito nenhum isso acontecer. Eu sentia que esta era a altura certa, o momento indicado para, finalmente, eu ter a minha primeira vez. Tudo bem que não era num hotel ou numa mansão de cinco estrelas, mas era com Arthur. Arthur é a pessoa que eu mais confio nesse mundo, quero dizer só depois da minha mãe, porque mãe é mãe. Mas Arthur é aquela base essencial na minha vida. Se eu estou de mal com a minha mãe e os meus amigos não me compreendem, Arthur tenta me entender e ainda me ajuda com certos problemas. 

   Abri os livros e escondi as camisinhas. Não queria deixar pistas algumas para quando Bela e Daniel chegassem. Eles não precisavam de saber que a gente quase transou. Arthur também ficou um pouco chateado por a gente ter parado, mas nenhum de nós tinha culpa. 


   A época de provas começou. Duas semanas intensivas de provas e mais provas. Eu parecia uma doida lendo e relendo o meu livro de história e ainda ajudando Arthur com as mini explicações de matemática. Por cada boa nota que ele tirava, eu fazia uma mini surpresa na piscina. Bom, era sempre a mesma coisa. Um mergulho durante a noite, uns beijos e depois uma fugida para os quartos para que ninguém nos visse quebrando uma regra do colégio: mergulhar de noite na piscina.

   Nas horas livres, Arthur pintava. Ele gostava de ficar sozinho enquanto pintava, então eu permanecia na sala de convivo com Caio, Bela, Daniel e os de mais. Caio tocava nas horas livres e adorava que eu cantasse com ele. Sinceramente, nós dois fazíamos um dueto muito perfeito.

- E o Arthur?
- Adivinha?
- Bom, se não está com você, nem no seu bolso… deve estar doente.
- Ra-ra-ra. – disse eu sem graça ao Daniel – Muito engraçado, você. – suspirei – O Arthur me expulsou do quarto.
- Vocês brigaram? – perguntou Caio
- Não, deus me livre. – bati na madeira – Ele quis pintar e eu tive de sair.
- Aquele garoto ama pintar.
- Mas ele tem jeito mesmo?
- Sim. Ele é o melhor. Nunca vi alguém assim. – respondi ao Caio – Ele faz quadros perfeitos. Ele costuma fazer a lápis quadros meus.
- Seus?
- É. Ele me desenha. Nos desenha. – ri, me lembrando dos últimos quadros 
- Você já pensou em publicar os quadros dele? Sei lá, assim a galera ficava sabendo que ele pintava bem, se interessava e ele ainda podia ganhar uma grana legal.
- É… vou falar com ele. – fiquei pensando no caso.


   Era sexta à noite. Eu ia ficar no colégio para dormir com Arthur e na manhã seguinte eu ia para casa. Na verdade, íamos ficar os quatro no quarto de Arthur. Eu, ele, Daniel e Ana. Uma espécie de pijama party, mas sem barulho, álcool e confusões do costume, porque temos um diretor a uns passos do quarto. 
   Arthur estava tomando banho e eu aproveitei isso para tirar fotos dos seus desenhos acabados e inacabados. Bela me ajudou enquanto Daniel deva uma olhadela na porta do banheiro. Tiramos fotos daqueles que eu achava que eram os mais bonitos. O passo seguinte era colocar todas as fotos no computador, editá-las para colocar o nome de Arthur e depois publicá-las numa rede social. Bela ia tratar disso. 


- Vamos jogar a alguma coisa? – Arthur quebrou o silêncio. Ana estava no computador, eu estava lendo e Chay estava cochilando.
- Mímica? – propus
- O jogo do stop? – Bela propôs
- Primeiro um e depois outro. – Arthur respondeu. 

Amanhã vou tentar colocar mais AÇÃO na web.
Ando meia desaparecida daqui porque estou trabalhando e ando mega cansada. (estou acordando antes das 8h da manhã EM PLENAS FÉRIAS DE VERÃO)


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