"É estranho. Mas é do nosso jeito" - 40º capítulo

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P.O.V.'s Lua Blanco

- Que animação de festa hein – dizia Arthur
- Mil vezes ficar no quarto… com ela… beijando ela… - imaginava Daniel
- Ela quem? A consola de vídeo game? – me meti na conversa, sentando no colo de Arthur – Amor, a festa nem está nada de mais. A gente podia ir dançar, né?
- Não está brava?
- Nunca estive – dei um selinho sobre os seus lábios – Mas não me troque por vídeo game. Isso é a pior coisa que podem fazer.
- Um dia eu te ensino a jogar. – ele me abraçou

   Começou a passar músicas dos 5sos e a galera começou a ficar mais animada. Eu só via garrafas de álcool de um lado para o outro. Havia muita gente lá dentro: subindo para o quarto, na piscina, no jardim, no bar ou até dançando em cima do balcão que separava a cozinha da sala de jantar. Alguns estavam mesmo descontrolados.

- Subimos? – Arthur disse perto do meu ouvido.Daniel e Bela estavam na maior pegação bem ao nosso lado. 
- Pra onde?
- Quarto, ora. 
- Mas agora? Aqui?
- É… aqui está chato. – ele beijou o meu pescoço

    Depois de me levantar do seu colo, me recompus, e fomos para as escadas, ao lado da porta da cozinha, em direção ao andar superior. Nas escadas de madeira clara, haviam latas de cerveja e copos vazios, uns até entornados. O corredor do segundo andar estava bem mais calmo do que o primeiro andar. Nada se comparava. Entramos no primeiro quarto. Na verdade, eu é que ia à frente a abri a porta do primeiro quarto que vi. Coloquei apenas a cabeça lá dentro e vi três pessoas se pegando - oi? Três? Mas gente! O quarto ao lado era todo requintado, bem decorado e suspeitei que fosse dos pais da Jhulie, por isso, escolhemos outro. Um quarto em tons de laranja, madeira clara e um grande LCD na parede. A cama estava feita. Era bem grande.  

- Começo a achar que podíamos ter ido dar uma volta só nós dois. – confessei. Tirei os meus saltos altos e sentei na beira da cama – Não pensei que viesse tanta gente. Ainda por cima lá em baixo está uma grande confusão. Não sei como é que a Jhulie irá conseguir mandar todo o mundo embora.
- A gente podia voltar pró colégio.
- É. Mas chegando lá, cada um teria de ir para o seu quarto
- Ou não – ele sorriu safado
- Agora é mais difícil de dormirmos juntos. O final de semana está terminando.
- Por isso mesmo. Terá mais alunos lá e ninguém conseguirá espionar tudo.
- Melhor não. – peguei a mão dele – A gente se divertiu ontem, não?
- É. Eu amei dormir com você. – ele puxou as minhas pernas para o seu colo e as acarinhou. Coloquei os braços de volta do seu pescoço e o puxei para um beijo. 
- Eu adorei dividir a cama com você. Mesmo que tenhamos ficado meios apertados – eu dei uma risada baixa 
- O que eu não gostei, foi de ficar com os seus cabelos pinicando no meu nariz. Mas adorei ter a tua bunda bem encostada a mim. Dormir de conchinha é coisa de deus.
- Coisa de deus – bati nele devagar – Quando eu voltei para o meu quarto, eu tinha o seu cheiro na minha roupa.
- Você se importaria de fazer essas coisas todos os dias?
- Como assim?
- Se importaria de viver comigo? De ter uma rotina?
- Viver com você? Agora?
- Não tolinha – ele riu dessa vez – Um dia, né? Um dia vamos viver juntos. Casar. Ter filhos, talvez.
- Você quer?
- Quero. E você?
- Quero também. que sejam “minis-você”.
- Minis você também – Arthur deu um selinho sobre os meus lábios e me deitou sobre a cama.



   Ia começar de novo aquelas sensações: frio na barriga, calores vindos do além e muito nervosismo. Mas eu acho que já nem sinto tanto essas coisas. Acho que já me acostumei a ficar desse jeito com Arthur.
   Adoro quando ele tenta subir a minha roupa e eu dou um tapa em sua mão, para que não seja teimoso e não faça nada que eu não queira. Bom, a verdade é que eu queria muito, mas o medo, por vezes, fala mais alto.
   Adoro quando ele me beija de modo intenso. Eu fico sem ar e desvio um pouco a boca em busca de oxigénio. É nesses momentos que eu decido passear as minhas mãos pelo corpo dele – e que corpo. Arranho de leve as suas costas, por cima da camisa, aperto a sua bunda de leve e subo em direção aos seus cabelos.
   Quando eu cedo, ele começa por tirar delicadamente da minha roupa. Bom, normalmente é assim. Mas dessa vez, a música parou de dar, no andar de baixo, e eu estranhei.

- O que será que aconteceu?
- Talvez vão mudar o som – Arthur continuou com os beijos pelo meu pescoço

   
   Em menos de cinco minutos, estávamos fora da casa da Jhulie. Porquê? Porque os pais dela chegaram de surpresa e viram tudo aquilo que não queriam. Entraram pelos quartos e mandaram todo o mundo embora, com a ameaça de que “os vossos pais vão saber de tudo”. Mas bom, eles nem sabem ao certo quantas pessoas lá estavam. 
   O certo mesmo é que eu e o Arthur fomos apanhados, assim como tantos outros.
   Já no lado de fora da casa, a gente se encontrou com Daniel e Bela, que estavam na sala quando os pais da Jhulie chegaram.

- E agora? – ainda tremia do tamanho susto.
- Nós vamos para o colégio. Chega de confusões. – disse Bela
- Podíamos ir para a minha casa – sugeriu Arthur
- Vão vocês, casal – Daniel sorriu.

   Pegamos um táxi. Fomos para a casa do Arthur, que, no momento, se encontrava vazia. Arthur pegou um lanche da cozinha e depois subiu para o quarto, onde eu já estava. Dei uma olhadela pelos seus quadros e por fim deitei na cama dele. O cheiro dele é o mesmo em todos os lados. Suave. 

- Aqui. – ele sentou na cama, junto com a bandeja cheia de guloseimas
- Você não está com medo?
- Medo? De quê?
- Dos nossos pais saberem do que aconteceu?
- A gente não teve culpa.
- É… mas fomos pegos no quarto…
- Fazendo nada.
- Não é bem assim. Você sabe que nos olhos dos adultos, o que a gente estava fazendo era já pecado
- Pecado seria se estivéssemos nus ou então com mais alguém no quarto. Relaxa. Além disso, eles não vão saber de nada. Aquilo foi só para meter medo.
- Espero. – suspirei – A minha mãe anda em cima da gente
- Da gente?
- Lógico. Por causa da primeira vez. Ela viu que eu dormi com você
- Como assim? Viu?
- Ela chegou cedo ao meu quarto e eu não estava lá. Eu tive de contar
- Ah, que vergonha cara – Arthur riu
- Não é vergonha… é a realidade. E se ela souber disso, irá ficar ainda mais no nosso pé.
- Relaxa. – Arthur pegou as minhas mãos – Talvez ela não saiba de nada.

   Arthur me puxou para o seu peito. Ele estava sentado, com as costas sobre a cabeceira da sua cama. Passou os dedos pelo meu cabelo, descendo até às costas e fazendo desenhos lá. Desenhos imaginários, claro. Voltou novamente ao meu lado e desceu para as costas. Sempre assim. Cafuné gostoso. Estava cochilando no seu colo. 
   Alguém bateu na porta. Eu despertei. Tinha a certeza que os meus cabelos estavam despenteados e nem tinha reparado que agora o casaco de Arthur estava sobre os meus ombros. 

- Arthur. O que você pensa que faz aqui? – Carlos entrou no quarto e o questionou. Ele tinha um aspeto resmungão. – Você não devia estar no colégio?
- Pai, eu tenho estudado. Hoje era domingo e eu fui dar uma volta… - ele se justificou. Eu me levantei e procurei os meus sapatos
- Uma volta? Foi dar uma volta ou foi fazer poucas vergonhas para a casa de gente desconhecida? Arthur, você não tem vergonha?
- Droga! – nós os dois sabíamos bem do que ele estava falando
- Quantas vezes eu tenho que te dizer que temos de nos mostrar sérios e responsáveis perante a sociedade? Onde você pensa que chega assim, com todas essas suas asneiras? Você não vai ser ninguém assim! – Carlos gritou
- Que asneiras o quê pai? Estava todo o mundo bebendo lá. Eu não bebi! Não é um motivo de orgulho?
- Orgulho? Orgulho para mim seria se você estivesse no colégio, como eu ordenei, estudando. Mas não. Você agora quer é namorar. Quer amigos, maus exemplos e desenhos. Desenhos por todos os lados. – num momento de raiva, Léo pegou o quadro da piscina, que Arthur desenhou, e jogou contra o chão
- Cuidado! – Arthur gritou – São os meus quadros!
- Você tem mais com que se preocupar do que com esses seus míseros rabiscos. Em Direito você não precisará disso para nada. Trate de jogar tudo isso fora e vá para o colégio como eu o ordenei.
- Desculpe, mas você não pode falar assim com ele – me intrometi
- Além de má influência, julga que pode se meter na vida dos outros assim? – Carlos deu dois passos na minha direção. 

Amanhã tem mais. Os capítulos estão grandes, não?
O que acham que vai acontecer depois?

13 comentários:

  1. espero que a Lua feche com a cara desse Carlos. Posta mais

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  2. mt boa essa web a melhor ue ja li posta exchanged for a game

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  3. caraca boa pacas posta maisss

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  4. caraca boa pacas posta maisss

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  5. Quero ver a lua fechando com a cara desse carlos . Posta mais

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  6. Posta +++++++
    Ameeii *-*
    Lua tem que dar um fora nesse Carlos que ele vai ficar transtornado !.!.

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  7. Lua tem que fechar com a cara desse Carlos
    Maiiis

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  8. Li tudo novamente aaaahhhh continua

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  9. esse Carlos tem que aprender a respeitar o filho

    Ana

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  10. +++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  11. a Lua poderia dar uma lição no pai do Arthur, homem insensível e prepotente

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  12. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  13. O pai do Arthur é chato em?! Tadinho dele. Lua tem que dá moral ai.

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