Paixão Sem Limites - Capitulo 25

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Capitulo 25

Dentro do quarto, afastei-me  de Arthur o máximo que consegui. Só parei quando cheguei á parede do outro lado.
Ele entrou atrás de mim e fechou a porta. Parecia estar me devorando com os olhos.
- Pode falar. Ande logo. Quero você fora daqui - falei.
Minhas palavras o fizeram se retrair. Eu não iria me permitir sentir pena dele. Não podia fazer isso.
- Eu te amo.
Não. Ele não estava dizendo isso.Balancei a cabeça. Não estava escutando aquilo. Ele não me amava. Não podia me amar. Quem amava não mentia.
- Sei que as minhas ações não parecem confirmar isso, mas você tem que e deixar explicar. Gata, polo amor de Deus, eu não aguento ver você sofrendo tanto.
Ele não fazia ideia só tamanho da minha dor. Sabia o quanto eu amava a minha mãe, o quanto ela era importante para mim e tudo que eu havia sacrificado. Sabia de tudo isso, mas mesmo assim não me contara o que a sua família pensava sobre ela. O que ele pensava sobre ela. Eu não podia amar isso. Não podia amar Arthur. Eu jamais poderia amar alguém que zombasse da lembrança da minha mãe. Nunca.
- Nada do que você possa dizer vai consertar o que aconteceu. Ela era a minha mãe, Arthur. A única lembrança na minha vida que contém algo do bem. Ela é o centro de todos os instantes felizes que eu tive na infância. E você... - Fechei os olhos, sem conseguir olhar para ele. - Você e... e eles... vocês desgraçaram a minha mãe com aquelas mentiras horríveis que disseram como se fossem a verdade.
- Eu sinto muio que você tenha ficado sabendo desse jeito. Queri ter contado. No começo, você era só alguém com potencial para magoar Gi. Pensei que fosse causar mais dor para ela. O problema foi que você me deixou fascinado. Confesso que senti uma atração imediata, porque você á linda. Sua beleza é de tirar o folego e eu a odiei por isso. Não queria sentir atração por você, mas senti. já na primeira noite fiquei louco por você. O simples fato de estar perto de você, meu Deus... eu inventava motivos para procurá-la. Aí... aí conheci você melhor. Fiquei hipnotizado pela sua risada. Era o som mais incrível que eu já tinha escutado. E você era tão honesta, tão determinada... não ficava choramingando com isso. Sempre que a observava, sempre que a observava, sempre que chegava perto de você, me apaixonava mais um pouco.
Ele deu um passo na minha direção e eu ergui as duas mãos para detê-lo. Estava respirando fundo, não queria chorar outra vez. Mas se ele precisava me dizer tudo aquilo e me deixar ainda mais arrasada, iria escutar. Iria conceder a ele aquele instante de conclusão, pois sabia que jamais teria o meu.
- Aí teve aquela noite no bar country. Depois daquilo, eu passei a ser completamente seu. Talvez você não tenha percebido, mas fui fisgado; para mim não tinha mais volta. Eu tinha muitas coisas pelas quais precisava me redimir. Tinha transformado a sua vida em um inferno desde a sua chegada e me odiei por isso. quis lhe dar o mundo inteiro, mas sabia...sabia quem você era. Quando me permiti a recordar exatamente quem você era, eu recuava. Como podia estar tão completamente envolvido com a garota que personificava a dor da minha irmã?
Tapei os ouvidos.
- Não. Eu não quero escutar isso. Saia daqui, Arthur. Agora! - berrei.
Não queria ouvir falar em Giovanna, As palavras imundas que ela tinha dito sobre a minha mãe ecoavam na minha mente. Senti no peito uma ansiá de gritar, qualquer coisa para abafá-las.
- No dia em que a minha mãe chegou do hospital com ela, eu tinha 3 anos, mas e lembro bem. Ela era tão pequenininha. Eu tinha receio de que alguma coisa acontecesse com ela. Mamãe chorava muito e Gi também. Eu cresci depressa. Quando Gi fez 3 anos, eu já fazia tudo para ela. Desde preparar o café da manhã até colocá-la para dormir. Nossa mãe a essa altura havia se casado de novo e agora tínhamos Guga. Nunca houve estabilidade nenhuma. Na verdade, eu ansiava pelas vezes em que o meu pai vinha me buscar, porque assim passava alguns dia sem ficar responsável por Gi. Podia tirar uma folga. Aí ela começou a perguntar por que eu tinha pai e ela não.
- Chega! - alertei, afastando-me ainda mais dele.
Por que Arthur estava fazendo aquilo comigo?
- Lua, eu preciso que você me escute. É o único jeito de você entender. - Sua voz estava embargada. - Mamãe respondia que Gi não tinha pai porque era uma menina especial, mas isso não funcionou por muito tempo. Exigi que ela me dissesse quem era o pai da Gi. Queria que fosse o mesmo que o meu, pois sabia que o meu pai a levaria para passear, mas ela me disse que o pai da Gi tinha outra família, que tinha duas filhinhas que amava mais do que a Gi. Ele queria essas meninas, mas não queria Gi. Eu não conseguia entender como alguém podia não querer a Gi. Afinal, ela era a minha irmãzinha. É claro que havia momentos em que eu queria matá-la, mas a amava loucamente, Aí chegou o dia em que mamãe a levou para visitar a família que o seu pai tinha escolhido. Depois da visita, ela passou meses chorando.
Arthur se calou e eu me deixei cair sentada em cima da cama. Ele iria me obrigar a escutar aquilo. Eu não conseguia faze-lo parar.
- Eu odiei aquelas meninas. Odiei essa família que o pai da Gi tinha escolhido no seu lugar. Jurei que um dia o faria pagar. Gi vivia dizendo que um dia ela talvez fosse visitá-la. Ficava sonhando que ele iria querer ve-la. Passei anos ouvido esses sonhos. Quando fiz 19 anos, fui atrás dele. Sabia como ele se chamava e o encontrei. Deixei para ele uma foto da Gi com o nosso endereço escrito atrás. Desse que ele tinha outra filha que era especial e que ela só queria conhece-lo. Conversar com ele.
Isso acontecera havia cinco anos. Senti um nó na barriga e fiquei enjoada. Cinco anos atrás, eu havia perdido Estrela. Cinco anos atrás, o meu pai tinha ido embora de casa.
- Eu fiz isso porque amava a minha irmã. Não tinha a menor ideia do que a outra família ele estava enfrentado e, para ser bem sincero, não estava nem aí. Minha única preocupação era Gi. Vocês eram o inimigo. Aí você surgiu na minha casa e virou o meu mundo de pernas para o ar. Sempre jurei que nunca me sentiria culpada por separar aquela família. Afinal de contas, ela tinha separado a Gi do pai. A cada instante que eu passava com você, a culpa pelo que tinha feito começou a me devorar vivo. Quando vi a expressão nos seus olhos na noite em que você me contou sobre a sua irmã e a sua mãe... meu Deus, Lua, eu juro que nessa noite você arrancou o meu coração. Eu nunca vou me esquecer.
Ele andou até mim e não consegui me mexer.
Eu entendia, entendia mesmo. Mas a compreensão vinha junto com um desanimo sem fim. Era tudo mentira, minha vida inteira era uma mentira. Todas aquelas lembranças, os natais em que mamãe fazia biscoitos e papai segurava Estrela e eu no colo para podermos decorar o topo da árvore... tudo isso era falso. Não podia ser real. Eu acreditava em Arthur, mas isso não mudava a maneira como a minha mãe. Ela não estava ali para contar sua versão da história. Eu sabia o suficiente para ter certeza da sua inocência. Ela não podia ser nada além de inocente. O único responsável por aquilo tudo era o meu pai.
- Eu juro que, por mais que ame a minha irmã, se pudesse voltar atrás e mudar as coisas, eu o faria. Eu nunca teria ido falar com o seu pai. Nunca. Lua, eu sinto muito. Porra, eu sinto muito.
A voz dele falhou e, quando ergui os olhos, vi que os seus estavam marejados, embora as lágrimas ainda não tivessem começado a escorrer.
Se ele não tivesse procurado o meu pai, as coisas teriam sido muito diferentes. Só que, por mais que quiséssemos, nenhum de nós dois podia mudar o passado. Nenhum de nós dois podia consertar aquilo. Giovanna agora tinha o seu pai, tinha o que sempre quisera ter.  Julia também.
Já eu só tinha a mim mesma.
- Eu não posso dizer que o perdoo - falei, porque de fato não podia. - Só posso dizer que entendo por que você fez o que fez. Mas o que fez transformou o meu mundo e nada vai mudar isso. Nunca.
Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto de Arthur. Eu não podia estender a mão para enxugá-la, da mesma forma que já não tinha mais lágrimas para chorar.
- Eu não quero perder você. Estou apaixonado por você, Lua. Nunca quis nada nem ninguém como quero você. Não consigo imaginar o meu mundo sem a sua presença.
Eu sempre teria apenas a mim. Porque aquele homem tinha pegado o meu coração e destruído mesmo sem querer. Eu jamais teria confiança suficiente para amar outra vez.
- Arthur, eu não posso te amar.
Um soluço engasgado sacudiu o seu corpo e ele deitou a cabeça no meu colo. Não o consolei; não podia faze-lo. Como aliviar a sua dor quando a minha era um buraco imenso, grande o suficiente para comportar nós dois?
- Você não precisa me amar. Só não me deixe - disse ele, enlaçando minha perna.
Será que a minha vida seria sempre cheia de perdas? Eu não pude dizer adeus á minha irmã quando ela foi embora naquele dia para nunca mais voltar. Eu me recusei a dizer adeus á minha mãe na manhã em que ela me disse que estava quase na hora, fechou os olhos e nunca mais os abriu. Sabia que quando Arthur saísse daquele quarto, seria a última vez que o veria. Seria o nosso último adeus. Eu não conseguiria seguir com a minha vida caso Arthur fizesse parte dela, pois ele sempre iria prejudicar a minha recuperação.
Só que dessa vez eu queria o meu adeus. Aquele era o meu derradeiro adeus, e dessa vez eu queria uma chance de fazer as coisas direito. Não consegui pronunciar as palavras porque elas se recusaram a sair da minha boca. A necessidade de proteger o nome da minha mãe era um obstáculo entre mim e as palavras que eu sabia que Arthur precisava escutar. Eu não podia dizer a ele que o perdoava sabendo que ele era o motivo pelo qual o meu pai tinha desaparecido para sempre. Naquele dia, mesmo sem saber o estrago que aquela foto iria causar, ele tinha levado o meu pai embora.
Nada disso mudava o que eu sentia por Arthur antes de ele fazer o meu mundo explodir em um milhão de pedacinhos. E dessa vez eu iria ter a minha despedida.
                                                                                                                     Continua.....

Vocês querem o ultimo capitulo? ta bom demais. =)

15 comentários:

  1. Caraca! Essa web é linda demais, posta o mais rápido possível por favor

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  2. Posta + to mto curiosa

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  3. Postaaaaa maisss... Pelo amor de seus ta muitooo perfeitaaaaaa!!!!

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  4. Adoreeeeiiiii !! Posta +++++ :) ;*

    By:Drielle

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  5. Ah ela tem que perdoa ! Maiss
    Alice

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  6. To muiito anciiosa pelo proxiimo capiitulo... Postta Maiis, parabéns essa web é demais👏

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  7. Sua web é simplesmente Maravilhosa, cada vez que eu vej um novo capitulo eu vibro de felicidade, mais depois eu choro, pq nss ela e muito emocionante! estou torcendo para que a Lua perdoe ele, mais se nau perdoar, na proxima temporada ela perdoa ;) posta mais um hoje? *-*
    Danny!

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  8. Posta mais, essa fic é viciante! ❤
    Natália

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  9. Último Cap já ? Aí faz eles voltarem , lua tem q superar essa mágoa toda

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  10. Web maravilhosaaa
    Posta mais por favor

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