Paixão Sem Limites - Capitulo 21 Parte 2

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Capitulo 21 Parte 2

- Chegou a hora. Pessoal dos canapés e das bebidas, vocês sabem o quefazer. Vamos lá.
Nessa noite quem comandava o espetáculo nas coxias era Carla. Peguei a minha bandeja de martínis e fui para a fila na porta. Saímos todos depressa para o salão e seguimos por caminhos diferentes no meio dos convidados. O meu era um semicírculo no sentido horário. A não ser que eu visse Giovanna; nesse caso, inverteria para o sentido anti-horário e Diego assumiria o sentido horário. Era um bom plano; só estava torcendo para dar certo.
O primeiro casal de que me aproximei nem sequer notou minha presença, apenas continuou a conversar enquanto pegava uma bebida na bandeja. Foi bem fácil. Passei por vários outros grupos. Reconheci alguns dos frequentadores e frequentadoras do campo de golfe. Eles sempre sorriam e meneavam a cabeça ao me ver, mas só.
Na metade do salão, minha bandeja ficou vazia e anotei mentalmente o ponto em que havia parado. Voltei depressa á cozinha para buscar mais bebidas. Carla estava á minha espera. Empurrou um bandeja de martínis para minha mãos e me enxotou dali.
Voltei para o ponto em que havia interrompido o meu percurso e só tive que para duas vezes no caminho para que alguém pegasse uma bebida. O Sr. Jenkins chamou o meu nome e acenei para ele, retribuindo o seu sorriso. Ele jogava 18 buracos toda sexta e sábado; impressionava-me o fato de um senhor de 90 anos se locomover tão bem. Ele também tomava o desjejum no clube de segunda a sexta: café preto e dois ovos.
Quando me virei, ainda sorrindo, meu olhar cruzou com o de Arthur. Mesmo sabendo que ele estava na festa, tinha me esforçado muito para não procurá-lo. Essa era a grande noite de Giovanna; Arthur não iria perde-la, nem deveria. Ela podia ser má, mas era irmã dele. Era a mim que ela detestava, não a ele.
Ele estava com uma expressão angustiada e o seu pequeno sorriso foi forçado. Sorri de volta para ele, embora me esforçasse ao máximo para não pensar nesse cumprimento bizarro. Pelo menos ele tinha me olhado. Eu não sabia o que esperar.
O Dr. Wallace e a sua esposa me cumprimentaram e disseram que estavam sentindo a minha falta no campo de golfe. Menti e falei que também sentia falta de lá. Então voltei á cozinha para mais uma bandeja.
Carla me empurrou uma abarrotada de taças de champanhe.
- Vá, vá, rápido - insistiu.
Saí o mais depressa que pude com uma bandeja cheia de flutes de champanhe nas mãos. No salão, recomecei o mesmo percurso, cruzando com sócios mais entretidos ainda nas suas conversas e para quem eu não passava de um bandeja circulante. Eu preferia assim; não me sentia tão na berlinda.
A risadinha conhecida de Mel chamou  a minha atenção e me virei na sua direção. Não a tinha visto na cozinha mais cedo. Imaginei que Carla não queria a sobrinha fazendo aquele trabalho. Ou então o pai de Fernando...
Mas Mel não estava vestida como nós. Usava um vestido de chiffon preto grudado no corpo e os seus longos cabelos estavam presos bem no alto da cabeça. Ela virou a cabeça, olhou para mim e abriu um sorriso. Fiquei observando enquanto ela andava depressa na minha direção. O fato de estar de salto agulha não diminuiu em nada o ritmo dos seus passos.
- Você acredita que estou aqui como convidada? - falou, olhando em volta com assombro e, em seguida, tornando a me encarar. Fiz que não com a cabeça, pois não conseguia acreditar mesmo. - Ontem á noite, quando o chay apareceu no meu apartamento e me implorou de joelhos, falei que, se ele me quisesse, teria que me assumir como namorada em público. Ele aceitou e, bom, o resto você pode imaginar. O troço pegou fogo lá em casa. Mas, enfim, aqui estou - disse ela de um só folego.
Chay tinha agido como homem; que bom. Olhei por cima do ombro dela e vi que ele nos observava. Sorri e meneei a cabeça com um gesto aprovador. Ele me lançou um sorriso torto e deu de ombros.
- Que bom que ele ouviu a voz da rezão - falei.
Mel apertou o meu braço.
- Obrigada - sussurrou.
Ela não tinha por que me agradecer, mas sorri.
- Vá lá se divertir. Tenho que servir todos esses copos antes da sua tia aparecer e me pegar de papo.
- Está bem. Vou me diverti, sim, mas queria que você pudesse se divertir comigo.
Ela olhou por cima do meu ombro. Sabia que o alvo do seu olhar era Arthur. Ele estava na festa, me ignorando na frente de todas aquelas pessoas. Estava agindo assim por causa de Giovanna, mas será que isso melhorava a situação?
Aos poucos entendi o que havia acontecido: Eu tinha me transformado em Mel.
- Preciso do dinheiro para poder morar sozinha - falei, com um sorriso forçado. - Vá lá se enturmar - incentivei, afastando-me em direção ao grupo de convidados seguinte.
Os olhos que me seguiam fizeram um calor subir pelo meu pescoço; eu sabia que Arthur estava me observando. Não precisava me virar e ve-lo para confirmar isso. Será que ele acabara de entender a mesma coisa que eu? Muito me espantaria. Ele era homem. Eu acabei me mostrando disponível e fácil. Era também a maior hipócrita do planeta, pois agora tinha feito justamente o que repreendera Mel por fazer, o que me lavara a sentir pena dela.
A última flute de champanhe foi retirada da minha bandeja e fiz o caminho inverso pelo meio dos convidados tomando cuidado para não chegar perto de Arthur nem de Giovanna. Nem sequer olhei na sua direção; ainda tinha algum orgulho. Só tive que parar três vezes para as pessoas depositarem as suas flutes vazias na minha bandeja antes de me recolher apressada á segurança da cozinha.
- Ah, que bom que você voltou. Peque esta bandeja aqui. Precisamos servir algumas comidas antes de todos beberem demais e isto aqui virar um porre coletivo de grã-finos - disse Carla, passando-me uma bandeja de canapés que não reconheci e que tinham um cheiro meio ruim.
Torci o nariz e afastei a bandeja do rosto. Carla deu uma sonora gargalhada.
- É escargot. Caramujo. Um nojo, mas essa gente acha um manjar. Ignore o cheiro e circule.
Senti o estomago embrulhar; não precisava daquele esclarecimento. Escargot teria bastado como descrição.
Quando cheguei á porta do salão, eu me equilibrei e tentei não pensar nos caramujos que iria servir para as pessoas comerem nem no fato de que Arthur estava na festa fingindo que não me conhecia. Isso depois de eu ter passado as duas últimas noites na sua cama.
- Tudo bem? - indagou Fernando quando entrei no salão.
Ele tinha surgido ao meu lado com um ar preocupado.
- Tudo. Tirando o fato de que estou servindo caramujos para as pessoas- respondi.
Ele deu uma risadinha, pegou um escargot da bandeja e pós na boca.
- Pois deveria experimentar. É uma delícia. Principalmente com bastante manteiga e alho.
Meu estomago embrulhou outra vez e fiz que não com a cabeça. Dessa vez ele riu bem alto.
- Ah, Lua, você sempre torna tudo mais interessante - falou, inclinando-se para junto do meu ouvido. - Eu sinto muito pelo Arthur. Só para constar, se você tivesse escolhido a mim, não estaria trabalhando hoje. Estaria na festa de braços dados comigo.
Senti o rosto corar. já era o suficiente saber que eu era um segredinho sacana, mas o fato de outras pessoas perceberem isso era humilhante. Mas eu queria ficar com Arthur. Queria muito. Bem, tinha conseguido o que queria.
- Eu preciso do dinheiro. Estou muito perto de poder alugar a minha própria casa - informei-lhe com voz neutra.
Fernando assentiu com um meneio curto da cabeça e deu um sorriso compreensivo antes de se virar para cumprimentar uma senhora idosa que passava. Aproveitei a deixa para me afastar. Tinha caramujos a servir.
                                                                                                                           Continua....
 2ª temporada. Sim ou claro?

17 comentários:

  1. Sim. Quero mais,preciso de mais ! Nesse cap teve a diferença das realidades de cada um... To gostando do Fernado,ele defende a Luinha :))
    Alice

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  2. Contttt,2° temporada por favor

    mary

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  3. Sim,pois nao vou conseguir viver sem essa web. Sou completamente viciada em Psl

    bjokas

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  4. Claaroooo ! Posta mai ainda hoje, poor favoor !

    Gaaby

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  5. Posta mais um hoje quero 2 temporada

    Ass:bea

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  6. Óbvio que sim! ❤
    Natália

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  7. 1 fic que eu gosto do Fernando ele é fofo e não se importa com as diferenças

    Hellen

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  8. Ameiiiiii de maissss.....claroo 22222temporada necessariooo

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