"É estranho. Mas é do nosso jeito" - 30º capítulo

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P.O.V.'s Lua Blanco


   Quarta-feira, segundo dia de aulas.
   Bela acordou pensativa. Diferente de todos os outros dias da sua vida.

- Lua, você acha que…
- Perai, você me chamou de quê?
- Lua... não é o seu nome? - ela me encarou
- Você nunca me chama assim
- Tá, mas agora o assunto é sério… Arthur disse pró Daniel e depois o Daniel me disse que você se declarou para o Arthur. É verdade? – eu coloquei a mão na testa e ri – Ah! Eu sabia! – ela riu – Você nunca se declara. Eu estava achando estranho. Como é que você ia dizer que ama o Arthur? Logo ele né?
- Eu disse que o amava sim! E disse porque o amo de verdade.
- Ama-AMA? – Bela gaguejou
- Lógico né coisa errada? Porque acha que eu estou com ele? - peguei um casaco que estava jogado na cama, e dobrei para disfarçar a situação embaraçosa
- Eu pensei que… você nunca ia dizer isso.
- Um dia tinha de ser. – dei de ombros – O mal de amar, é os ciúmes.
- Você tem ciúmes do Arthur?
- Eu odeio ver ele com a Frederica. Ela é…  - guardei o palavrão pra mim - Cara, odeio ela. – amarrotei o casaco que havia acabado de dobrar e joguei contra a parede, fingindo que era Frederica – E pelos vistos, o Arthur também tem ciúmes de mim com o Caio.
- Sem razão?
- Lógico. O Caio é meu amigo. Eu é que tenho razões para ter ciúmes do Arthur com a Frederica. Agora chega desse papo sem sentindo e vamos comer que eu estou com fome!

   Abro a porta do meu quarto, prontinha para mais um dia no inferno, e ao virar da esquina, no corredor, dou de caras com Arthur segundo Frederica pelo braço. Jura? A garota estava com algo no pé que o impossibilitava de o colocar no chão. Arthur, pelos vistos, virou o anjo da guarda que ajuda todo o mundo, inclusive vadias falsas.

- Fica calma – Bela sussurrou para mim. Nós íamos as duas tomar o café da manhã.
- Como? – encarei ela. De seguida olhei para Arthur, que deixou o braço dela, a pedido da mesma. Frederica caiu no chão novamente. – O que você faz aqui?
- Eu ia te buscar. – ele me sorriu, enquanto pegou o braço dela novamente -  Mas a Frederica tropeçou e não está muito bem.
- Então fique ajudando a sua amiguinha. – passei por ele, esbarrando no seu braço de propósito
- Lua! – ele me chamou, mas nem o olhei
- Lua, bom dia! – deu Caio – Vai pra cantina?
- Sim, vou. Vamos. – sorri pra ele e fomos para a cantina diretos.

   E na cantina, eu havia perdido completamente a fome que tinha. Todo o mundo estava lá comendo, rindo de um sonho ou outro, e eu estava ali num canto, sozinha, esperando que Arthur chegasse.
   Quando ele chegou, já tinha tocado para a primeira aula do dia, mas mesmo assim eu esperei por ele. Ele pegou o que queria comer e veio se sentar ao meu lado.

- Bom dia. – deu ele, sorrindo, como se nada tivesse acontecido
- Bom dia – dei também. Ele comeu um pouco do pão e bebeu suco – Não está meio atrasado? – o encarei
- Estive na enfermaria com a Frederica. Ele teve um problema qualquer no pé.
- Ah claro. – respirei fundo, olhando para o lado – Perdi a paciência de ir à próxima aula. Vou pró quarto.
- O quê? Mas é a primeira…
- Eu sei – dei de ombros e me levantei
- Espera… se você não vai, eu também não vou.- ele se levantou
- Vai sim. Se esqueceu do que aconteceu nas férias? Você ficou de recuperação. Quer ficar de novo? – o encarei novamente – Além do mais, na aula tem a sua amiguinha Frederica, porque não vai ver como ela está? – sorri forçado e fui em direção ao corredor, tentando ir para o meu quarto
- Lu, você é tão tolinha. – Arthur veio atrás de mim, até ao meu quarto
- Se você diz. Talvez a sua amiguinha seja melhor, não é? – entramos e eu fechei a porta – Você vai perder a aula.
- Eu sei. Pega o seu biquíni. Vamos para a piscina.
- Piscina? A essa hora?
- O que tem?
- Arthur, você tem aula.
- Você também! – ele me encarou – Vamos?
- Pra aula?
- Pra piscina… boba. – ele riu e me vez rir também.

   Combinamos nos encontrar na piscina.
   Eu estava com medo. Por ele, não por mim. Tinha medo de sermos pegos por alguém, ainda por cima dentro da piscina fora de hora. Estava com medo do pai dele descobrir essas faltas e ainda o colocar de castigo ou sei lá o que aquele homem é mais capaz de fazer.
   Eu mergulhei primeiro. Arthur não tinha chegado e eu não sabia quanto tempo mais aquela cinderela ia demorar. Nadei de leve. Adoro nadar por baixo da água durante um grande tempo, o problema é que não tenho fôlego suficiente.
   Estava nadando até aquele louco entrar na água sem eu dar por conta e me encontrar por baixo de água. Brincamos um pouco na água. Eu nadava na frente e ele tentava me apanhar. Estávamos fazendo muito barulho, tipo como se ali houvessem mais 10 pessoas. Eu gritava, ele dizia que me ia apagar e eu gritava ainda mais quando ele finalmente me apanhava. Beijos, abraços, tapas de amor e até aquelas mordidas safadas que eu adoro.



- Eu te amo! – disse ele, encostado na beira da piscina, bem à minha frente. O meu coração batia tão forte ao ouvir aquilo. Porque é que ele me fazia sentir essas coisas?
- Eu é que te amo.
- Eu te amo mais.
- Pára, vai ficar chato.
- Um chato gostoso
- Gostoso é você
- Gostosa. – me provocou.

   Não resisti. Os últimos raios de sol de verão estavam batendo no rosto dele, fazendo parecer que afinal o castanho dos seus olhos não era assim tão escuro. Era um castanho mel. Castanho mel escuro. Os seus lábios, bem finos, estavam vermelhos devido à intensidade do nosso beijo e confesso que gosto de lhe dar uma leve mordida no final de cada beijo que damos.
   Entrelacei as pernas na cintura dele, segurei o seu rosto com as duas mãos e o beijei mais uma vez. Ele tratou de pegar pelas minhas coxas, apertar e corresponder ao nosso beijo. Adorava bagunçar o cabelo molhado dele. Adorava fazer de conta que o afogava. O safado aproveitava a situação para dizer que estava sem ar e nesse instante eu tinha de lhe fazer “respiração boca a boca”. Ele pensava que sabia bem mais que eu.

- O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO AÍ? – gritou alguém com uma voz bem autoritária. Eu estava ainda sobre o colo do Arthur, o beijando. Tratei de me afastar dele e olhar para o Diretor do colégio. – Vocês não deviam estar nas aulas? Arthur Aguiar e Lua Blanco, para o meu gabinete agora! – ordenou ele
- Não precisa diretor. A culpa é minha! – disse eu – Eu é que disse pra ele vir. Me castigue a mim, chame os meus pais…
- Os dois! Agora!
- Deixa… - Arthur me deu a mão.

Hoje tem mais!

9 comentários:

  1. Que lindo fofos perfeito♥

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  2. Aiiiiii continua , ta muito bom , Capitulo fofo !!! amei .


    ( Eu estou escrevendo isso com os olhos cheio de lagrimas não sei o motivo só sei que to chorando )

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  3. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  4. Posta +++++++++++
    Ameeii *-*
    Aii meu Deu, o pai do Arthur não pode saber de nada !.!.!

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  5. Sinto saudade de quando vc cris, nos elogiava a cada capitulo :'3
    Amandoo Real! Issu ta peeeerfeito
    By:Rafa

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  6. água e nós e nós e água
    saaaaaaaaaaudaaaaaaaaaaaaade

    Ana

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  7. Acho que foi o idiota do Caio que falou pro direito que eles estavam na piscina.

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